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Dezembro 2009 Índice Geral do BLOCO
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20/12/09
• 1ª Confecom (58) - E o "Marco Regulatório das Telecomunicações", sô? + Editorial do Estadão: "O saldo da Confecom"
de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br,
data 20 de dezembro de 2009 11:25
assunto 1ª Confecom (58) - E o "Marco Regulatório das Telecomunicações", sô? +
Editorial do Estadão: "O saldo da Confecom"
01.
Temos uma série de mensagens que aborda o tema "Marco Regulatório da
Internet", a tal consulta/blog que terminou no último dia 17.
Não confundir com o "Assunto" desta mensagem que é o "Marco Regulatório
das Telecomunicações".
02.
A mídia nos informa que a Confecom aprovou 672 propostas, que virão à
publico nos próximos dias, após o devido processamento.
Quem acompanhou o noticiário, sabe que a Confecom "não aconteceu" na
TV. "Neste país", se não deu na TV, não aconteceu...
Por exemplo, li numa matéria da web que a Globo usou 01 minuto do seu
precioso tempo para um comentário sobre a Conferência. A conferir... E a
comentar... :-)
O Estadão de hoje termina seu editorial
O saldo da Confecom propondo que todas as propostas sejam destinas ao
lixo (transcrição mais abaixo).
Sou leitor assíduo e respeito muito o Estadão mas isto é um exagero.
De qualquer modo creio que podemos prestar um serviço à ComUnidade e à
sociedade se fizermos uma análise ponderada e isenta do resultado da
Conferência.
Já andei conversando com o Márcio Patusco para tentarmos manter o tema em
nossos Fóruns e no
website comunitário.
Vamos esperar a divulgação das propostas para planejarmos alguma coisa.
Aceitam-se sugestões!!! :-)
03.
Mesmo antes da divulgação das propostas aprovadas, será que já podemos ter
uma idéia se a Confecom trouxe alguma contribuição concreta para o
terma "Marco Regulatório das Telecomunicações?
Numa mensagem anterior, perguntei o que seria "democratização dos meios
de comunicações".
Mais abaixo estão as contribuições - sempre
preciosas - sobre esta questão numa pequena coleção de "posts".
Que tal fazer uma releitura para atualização (e ambientação para os
"novos")?
Repito:
A Confecom trouxe alguma contribuição concreta para o terma "Marco
Regulatório das Telecomunicações?
Vamos lá?
Ao debate!!!
Boa leitura!
Boas Festas!!!
Ótimo 2010!!!
Um abraço cordial
Helio Rosa
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22/07/09
•
1ª Confecom (21) - Novo marco regulatório... E nós com isso? [3]
20/07/09
•
1ª Confecom (20) - Marcio Patusco comenta mensagem de José Smolka: Novo
marco regulatório... E nós com isso? [2]
•
1ª Confecom (19) - Outro comentário de José Smolka: Novo marco
regulatório... E nós com isso? [2]
•
1ª Confecom (18) - Opinião de José Smolka: Novo marco regulatório... E nós
com isso? [1]
18/07/09
•
1ª Confecom (17) - Msg de Márcio Patusco: Ainda sem Regimento Interno mas
com a verba recomposta
17/07/09
•
1ª Confecom (16) -Ainda sobre o "Marco Regulatório" - Respostas de Márcio
Patusco
•
1ª Confecom (15) - Ainda sobre o "Marco Regulatório" + Confecom + 2
perguntas
09/07/09
•
1ª Confecom (14) - Msg de Márcio Patusco: Novo marco regulatório nas
comunicações brasileiras
06/07/09
•
1ª Confecom (13) - O que é "Marco Regulatório"? Como "ajudar" a Confecom?
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Fonte: Estadão
[20/12/09]
O saldo da Confecom
Custeada com recursos oficiais e contando com a participação majoritária de
assessores de imprensa de sindicatos e de órgãos públicos, a 1ª Conferência
Nacional de Comunicação (Confecom) foi encerrada com uma série de
recomendações ideologicamente enviesadas que, se transformadas em lei,
restringiriam a liberdade de informação e criariam obstáculos à ação da
iniciativa privada no setor, a pretexto de promover o "controle público,
social e popular" das atividades jornalísticas.
Das mais de 1,5 mil propostas apresentadas, a Conferência aprovou 672.
Dentre as que se caracterizam por seus propósitos dirigistas, usando
conceitos vagos e critérios dúbios, se destacam, por exemplo, as que sugerem
a elaboração de um código de ética para a prática do jornalismo, a volta da
obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão, a implantação de
um "tribunal de mídia" para coibir "supostos desrespeitos" a movimentos
sociais, a imposição de restrições à propriedade de veículos de comunicação
por uma mesma empresa e a fixação de limites para a formação de redes
nacionais de tevê, além da redução do limite do capital externo em empresas
de comunicação.
Do mesmo pacote de propostas dirigistas constam sugestões para a imposição
de cotas na programação das televisões, a aprovação de uma Lei de Imprensa
que assegure a "pluralidade de versões em reportagens controversas" e o
estabelecimento de mecanismos de fiscalização das obrigações fiscais e
trabalhistas das empresas de comunicações - função que já é exercida pela
Receita Federal e pelas Delegacias do Trabalho. E, em nome do chamado
"controle social", sindicatos, associações comunitárias e ONGs poderiam ter
acesso às contas das empresas privadas de comunicação.
Como era esperado, a 1ª Confecom serviu de palco para nova tentativa de
criação do Conselho Federal de Jornalismo (CFJ). Concebida por jornalistas
vinculados a órgãos públicos, apoiada por determinados setores do governo
Lula e justificada com base em argumentos corporativos e ideológicos, a
proposta foi, desde o início, rechaçada pela sociedade civil, juntamente com
a sugestão de criação da Agência Nacional do Cinema e Audiovisual - outro
órgão estatal destinado a intervir na produção cultural. Na primeira
tentativa, a justificativa foi a de que o País necessitava de um órgão
paraestatal destinado a assegurar a "qualidade da informação". Agora, a
justificativa é de que é preciso um órgão corporativo que atue como
intermediador entre a imprensa e as pessoas que se sentem prejudicadas pelo
noticiário.
Em meio a um sem-número de lugares-comuns politicamente corretos, alguns
participantes da 1ª Confecom também tentaram defender suas "boquinhas". Eles
querem que o governo destine parte da publicidade oficial para veículos
alternativos comunitários e, na velha tradição dos cabides de emprego,
reivindicam a expansão do sistema público de comunicação e a recriação das
delegacias regionais do Ministério das Comunicações nos Estados.
Essas ominosas propostas aprovadas pela 1ª Confecom, além de expressar a
vontade de grupelhos políticos, corporações profissionais e máquinas
sindicais azeitadas à custa de dinheiro público, colidem com os dispositivos
da Constituição que asseguram a liberdade de informação e a livre-iniciativa
em todas as atividades econômicas. Foi por ter certeza de que o resultado da
Confecom não poderia ser muito diferente disso que seis das oito entidades
que representam as empresas de comunicação se recusaram a comparecer.
Com a representatividade comprometida pela agressiva atuação de grupos que
invocam o controle social almejando ser "comissários do povo", a 1ª Confecom
terminou de forma melancólica. Baseadas nas velhas cartilhas da esquerda, as
medidas sugeridas, se forem postas em prática, levariam a um regime político
em cujo âmbito os jornais não têm redações, alimentando-se apenas de
sinopses escritas por amanuenses de confiança do poder. Ao avaliar o evento,
o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, disse que ele não teve
caráter mandatório e que as propostas são programáticas, devendo ser
filtradas pelo governo para a escolha das que poderão ser convertidas em
projetos de lei. O governo agiria mais sensatamente se mandasse todas elas
para a lata do lixo.
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