BLOCO
Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário
da
ComUnidade
WirelessBrasil
Dezembro 2009 Índice Geral do BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!
25/12/09
• "Banda H" - Ambientação
de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 25 de dezembro de 2009 09:24
assunto "Banda H" - Ambientação
Feliz Natal!!!
01.
Hoje iniciamos as já quase tradicionais "Leituras de Festas", um pequeno
esforço para manter os fóruns ativos neste período do ano.
Mesmo "fora da base", em tempos de mobilidade total, muitos não dispensam uma
"plugação" via modem 3G, Wi-Fi, "web do vizinho" ou as utilíssimas e sempre
lotadas "lan houses". :-)
02.
Vamos fazer uma ambientação no tema "Banda H"?
"A venda da banda H deve acontecer em um megaleilão de
frequências, no qual a Anatel deve oferecer também uma série de sobras nas
subfaixas A, D, E, M e faixas em 900 MHz e 1,8 GHz.
O relatório da conselheira Emília Ribeiro manteve a ideia original, de
oferecer a banda H exclusivamente a novos entrantes. Além da Nextel, que já
manifestou publicamente interesse pela faixa, existe agora a expectativa de
que a Vivendi entre na disputa, agregando telefonia móvel à GVT.
Caso não haja novos entrantes interessados na banda H, o edital admite a venda
para as operadoras já estabelecidas.
Neste caso, a faixa de 20 MHz (10 MHz + 10 MHz) deve ser dividida, abrindo
espaço para duas operadoras adquirirem as frequências."
03.
Aqui está o Sumário da transcrições:
Fonte: Convergência Digital
[22/12/09]
Anatel publica consulta pública da Banda H
Fonte: IN - Investimentos e Noticias
[10/12/09]
Pedidos de vistas adiam votação do edital da banda H
Fonte: Estadão
[21/12/09]
''Não há espaço para nova operadora'' (entrevista com o presidente da Vivo)
- por Renato Cruz
Fonte: Yahoo Notícias
[27/11/09]
Anatel: Emília sugere leilão da banda H só com empresas entrantes
Fonte: Clipping MP
[05/11/09]
Teles reivindicam participação na banda H - por Heloisa Magalhães - Valor
Econômico
04.
Mais informações?
Comentários sobre a Vivendi e Nextel?
"Ecos" dos leilões anteriores?
Ao debate!!
Boa leitura!
Boas Festas!!!
Ótimo 2010!!!
Um abraço cordial
Helio Rosa
------------------------------
Fonte: Convergência Digital
[22/12/09]
Anatel publica consulta pública da Banda H
Contribuições e sugestões poderão ser feitas até o dia 22 de fevereiro de
2010. A consulta pública 51 trata do leilão da Banda H e das subfaixas de
Sobras de Radiofrequências A(S), D(S), E(S) e M(S) e Subfaixas de Extensão
(SE) de Radiofreqüências de 900 MHz e 1.800 MHz, inclusive para as subfaixas
destinadas para sistemas TDD.
No caso da Banda H, a consulta pública servirá para a sugestão de regras para
a expedição de Autorizações para exploração do Serviço Móvel Pessoal – SMP
e/ou para Uso de Radiofreqüências para exploração do SMP nas Subfaixas de
Radiofrequências H (10MHz + 10 MHz), Subfaixas de Extensão de Radiofreqüências
H(SE) (5 MHz + 5 MHz).
As operadoras móveis, atuais detentoras das licenças de 3G, só poderão
participar do processo de venda do espectro da banda H, caso não haja o
interesse formal de novos entrantes, conforme decisão do Conselho diretor da
Anatel, na última reunião, realizada no dia 17 de dezembro.
A licitação tem o propósito de possibilitar o atendimento à crescente demanda
pelo SMP, especialmente por acesso em banda larga móvel, priorizando o
atendimento por meio de Compromissos de Abrangência.
Contribuições à consulta 51 poderão ser encaminhadas por meio de formulário
eletrônico do Sistema Interativo de Acompanhamento de Consulta Pública (Sacp),
disponível no site da Agência (www.anatel.gov.br),
até as 24 horas do dia 22 de fevereiro de 2010.
------------------------------
Fonte: IN - Investimentos e Noticias
[10/12/09]
Pedidos de vistas adiam votação do edital da banda H
Pedidos de vista adiaram as votações de temas importantes que estavam na pauta
do conselho diretor na Anatel ontem. Mais uma vez, a atribuição de mobilidade
à faixa de 3,5 GHz recebeu pedido de vistas. Agora, a conselheira Emília
Ribeiro pediu prorrogação por mais 30 dias, estendendo a decisão para 2010. A
conselheira quer aprofundar com a área técnica os entendimentos acerca de
interferências provocadas por equipamentos WiMAX instalados na faixa de 3,5
GHz sobre os sinas transmitidos pela banda C de satélite.
A proposta de edital para o leilão da banda H recebeu pedido de vistas do
conselheiro Antônio Bedran, enquanto o conselheiro João Rezende solicitou mais
prazo para analisar a minuta do termo de autorização do MMDS. Os dois temas
entraram na pauta do conselho diretor pela primeira vez e não era aguardada
uma decisão de imediato.
A venda da banda H deve acontecer em um megaleilão de frequências, no qual a
Anatel deve oferecer também uma série de sobras nas subfaixas A, D, E, M e
faixas em 900 MHz e 1,8 GHz. O relatório da conselheira Emília Ribeiro manteve
a ideia original, de oferecer a banda H exclusivamente a novos entrantes. Além
da Nextel, que já manifestou publicamente interesse pela faixa, existe agora a
expectativa de que a Vivendi entre na disputa, agregando telefonia móvel à
GVT. Caso não haja novos entrantes interessados na banda H, o edital admite a
venda para as operadoras já estabelecidas. Neste caso, a faixa de 20 MHz (10
MHz + 10 MHz) deve ser dividida, abrindo espaço para duas operadoras
adquirirem as frequências.
----------------------
Fonte: Estadão
[21/12/09]
''Não há espaço para nova operadora'' (entrevista com o presidente da Vivo)
- por Renato Cruz
Presidente da Vivo afirma que venda de licença para quem não está no mercado
traria ineficiência ao setor
Quem é o entrevistado:
Roberto Lima, presidente da Vivo, é formado em Administração pela FGV, com
pós-graduação pela mesma instituição e pelo Institut Supérieur des Affaires
(França).
Foi presidente do Grupo Credicard e trabalhou na Rhodia, Grupo Accor e Saint
Gobain.
A Vivo, maior operadora celular do País, ultrapassou em novembro a marca de 50
milhões de clientes. Roberto Lima, presidente da operadora, afirmou que, para
continuar crescendo e, ao mesmo tempo, ampliar a cobertura para cidades
menores, é preciso que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) leiloe
mais espectro (faixa de frequência que uma empresa pode usar).
Na semana passada, a agência pôs em consulta pública as regras para a venda da
chamada banda H, de terceira geração da telefonia celular (3G), que limitam a
participação no leilão a empresas que ainda não operam o serviço. Entre outros
pontos, Lima explica, na entrevista que segue, o motivo de ser contra essa
limitação.
Qual é a sua opinião sobre a proposta do leilão?
A Anatel parte do princípio de que a qualidade e o preço baixo serão obtidos
através do estímulo à concorrência, com que eu concordo totalmente, até um
certo limite, que é o limite da eficiência. Num país das dimensões do Brasil,
as empresas que atuam no setor precisam ter escala - e espectro é a base para
que uma empresa de telefonia móvel possa ter tamanho. O preço, até certo
ponto, depende da concorrência, mas chega num ponto em que ele para, e só
volta a ser reduzido em função da eficiência. Acho que estamos num momento em
que existem quatro empresas de dimensão nacional, que começam a ter uma escala
muito grande, e que, se forem dotadas de espectro suficiente, podem ter uma
racionalização muito maior nos seus investimentos e isso vai se refletir no
preço. Colocar uma quinta empresa é fragmentar um ativo raro e caríssimo, que
é o espectro, para colocar mais uma empresa na mesma posição de baixa escala.
Não sei se isso é eficiente. Acho que uma quinta empresa será mais uma para
reclamar que falta espectro e que a carga tributária é elevada.
Qual é a sua expectativa de investimento para 2010?
Não posso divulgar o pacote de investimento sem fazer um comunicado público,
porque somos uma empresa cotada em Bolsa de Valores. Por causa da CVM
(Comissão de Valores Mobiliários), temos de fazer um fato relevante. Mas vamos
fazer, como todo ano fazemos, lá por fevereiro.
A expectativa para este ano foi cumprida?
Foi. Tínhamos um pacote de investimento de R$ 2,6 bilhões. Estamos próximos
disso. O que tinha de ser contratado já foi.
Ainda tem muita rede de 3G para ser instalada?
Tem uma demanda muito grande. Parte dos investimentos foram feitos em função
dos compromissos com a Anatel quando da licitação das frequências. O que eu
posso dizer é que, entre 2G (segunda geração) e 3G, fizemos 242 municípios,
tudo o que tínhamos de cobrir, e fizemos mais 217 municípios, além do que era
obrigação da Anatel. Desses 217, 60 são antecipações de 2010. A diferença de
157 são áreas novas para a gente.
Vocês identificaram demanda?
Sempre existe demanda, maior ou menor, em qualquer lugar do Brasil. A
necessidade é maior naquelas regiões onde a gente acha que têm menor potencial
econômico, mas que o impacto do nosso serviço é muito maior. Temos um projeto
em Belterra, uma cidade de 12 mil habitantes no oeste do Pará, que vive hoje
de uma cultura extrativista, com uma atividade econômica baixa, mas tem uma
demanda muito grande por uma questão social, não é por uma questão econômica.
As pessoas precisam daquela comunicação, sem o que, muitas vezes, elas não
conseguem viver. As comunidades ribeirinhas estão distantes uma das outras
muitas vezes entre 30 e 40 quilômetros, sem atendimento médico na dimensão que
eles precisam. Chamar alguém é muito importante. Não é por causa do potencial
econômico, mas da necessidade que existe na região.
Como fica o retorno econômico em uma cidade como Belterra?
Temos de pensar que as telecomunicações são um elemento de desenvolvimento
econômico e social. Se a região já é economicamente desenvolvida, o
investimento que fazemos começa a produzir um retorno a partir do primeiro
momento. O retorno pode acontecer em dois ou três anos. Se não tem ainda o
desenvolvimento econômico, o próprio fato de levarmos comunicação faz com que
aquela região comece a se desenvolver economicamente. Pode demorar um pouco
mais, mas virá. Belterra é uma das boas experiências que nós temos.
Vocês começaram quando?
Oficialmente, foi dia 26 de novembro, mas a antena está ligada desde 12 de
novembro. Embora na cidade não houvesse telecomunicações móveis, já existiam
pessoas com aparelho. Quando eles se deslocam a Santarém ou a Manaus, acabam
usando os aparelhos delas. E agora elas têm na cidade. O fato de terem na
cidade deles permite um uso regular.
Como deve ficar a ampliação da cobertura em 2010?
Não posso falar para não dar ideia de quanto vamos fazer de investimento, mas
já estamos terminando 2009 com 3.960 municípios. A gente tem quase quatro ou
cinco novos municípios por semana. Chegamos a ter 10 municípios a mais numa
semana em que chove pouco. Vamos terminar com quase 4 mil municípios. Um dia
todos os municípios estarão cobertos. Mas não para aí. O indicador de
cobertura hoje, de acordo com a Anatel, é população urbana. Mas existe uma
necessidade tão grande, ou até maior, na periferia das cidades, que é onde não
existe uma oferta de telefonia fixa nem telefonia rural. Com o desenvolvimento
do agronegócio no Brasil, é preciso estar fora dos centros urbanos, nas
regiões rurais, nas estradas, em todos os lugares. No Brasil, falar de
investimento em cobertura é assunto para mais 10 ou 15 anos.
Ano que vem o investimento pode ser menor que este ano?
Eu não acho que a gente vá fazer menos no ano que vem. Em termos de cobertura,
acho que vamos manter o ritmo.
Como está o crescimento da banda larga móvel?
Está indo muito bem. Só a Vivo está vendendo 120 mil modems (equipamentos para
ligar o notebook à rede) por mês, e um outro tanto de telefones com capacidade
de acesso à internet. Existe uma demanda muito forte. Isso traz uma
necessidade de cobertura cada vez maior, e principalmente uma necessidade de
aumento de capacidade da rede. O uso de internet hoje é muito diversificado.
Muito se passa em torno de conteúdos visuais, filmes, iTunes, e coisas desse
tipo, que exigem muita rede. Essa é a nossa preocupação, porque, por mais que
a gente possa aumentar a capacidade de rede, fazendo investimentos, tem um
limite para isso, se a faixa disponível de espectro for pequena. O grande
problema para o Brasil resolver hoje é a alocação do espectro para o sistema
móvel pessoal. O Brasil é um país que, com todos os problemas que está
enfrentando em infraestrutura, seja no setor de aeroportos, portos e estradas,
deveria evitar, a partir da alocação de espectro, que tenhamos um problema na
área de comunicação.
Quando vocês precisariam de mais espectro?
Já. Todo espectro que temos disponível deveríamos colocar. Quando você não tem
espectro, tem de fazer o chamado adensamento, colocando mais antenas. Mas
essas antenas a mais que eu estou colocando aqui em São Paulo, para aumentar a
capacidade, eu poderia estar colocando em Mujuí, que é ao lado de Belterra, e
melhorando a qualidade de vida das pessoas. O adensamento é um investimento
que se justifica economicamente, porque vou gerar mais tráfego na cidade, mas
que é socialmente perverso.
--------------------------
Fonte: Yahoo Notícias
[27/11/09]
Anatel: Emília sugere leilão da banda H só com empresas entrantes
A conselheira Emília Ribeiro, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)
quer que apenas empresas "entrantes", que ainda não atuam no mercado
brasileiro de telefonia celular, possam participar do leilão de novas licenças
de terceira geração (3G), na chamada banda H. A proposta consta do parecer que
Emília apresentará ao conselho diretor até o dia 17 de dezembro.
A ideia que será colocada em discussão, segundo a conselheira, é licitar três
licenças, que ao todo devem cobrir 1.400 municípios em todo o País. As
licenças terão 20 MHz cada uma e serão distribuídas em três regiões, de acordo
com o parecer, que será submetido ao voto dos demais conselheiros e ainda pode
ser alterado.
A região I corresponde à área original de atuação da Oi, em 16 Estados, do Rio
de Janeiro ao Amazonas. A região II equivale à área da antiga Brasil Telecom,
nas Regiões Sul e Centro Oeste, além dos Estados de Tocantins, Rondônia e
Acre. E a Região III no Estado de São Paulo.
As três licenças podem ser arrematadas pelo mesmo grupo, de acordo com a
proposta, mas a expectativa da conselheira é de que mais empresas comprem as
licenças. A aposta do mercado é de que o grupo francês Vivendi, que comprou a
GVT, participe do leilão. Também está sendo esperada a participação da Nextel,
que no primeiro leilão de 3G, em 2007, disputou várias licenças, mas acabou
não arrematando nenhuma.
A conselheira não detalhou os demais critérios, como os municípios escolhidos.
Segundo ela, estão sendo feitos estudos para saber as áreas que ainda precisam
de estímulo à competição. Ela disse que o preço das licenças não está
definido, mas a Anatel deverá levar em conta os parâmetros que nortearam o
último edital.
No leilão de 2007, foram leiloadas 44 licenças, agrupadas em quatro licenças
nacionais. O preço mínimo total foi de R$ 2,8 bilhões, mas, com o ágio
oferecido pelas empresas, chegou a um total de R$ 5,6 bilhões.
A estimativa da conselheira é de que o leilão ocorra em abril de 2010, mas
antes é preciso que a proposta de edital seja aprovada pelo conselho diretor e
colocada em consulta pública. Depois da consulta, as sugestões de mudança
feitas pela sociedade são analisadas pela área técnica e novamente pelo
conselho diretor, que delibera sobre a versão final do edital.
-----------------
Fonte: Clipping MP
[05/11/09]
Teles reivindicam participação na banda H - por Heloisa Magalhães - Valor
Econômico
Tudo indica que vai haver polêmica. O plano da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) é estimular novos investidores, mas as operadoras de
telefonia celular querem uma parte na nova faixa de frequência, a chamada
banda H. Com ela, poderiam ampliar a capacidade de serviços de terceira
geração da telefonia celular (3G) que é cada vez mais a base da promissora
banda larga móvel.
O edital que está em elaboração na agência estabelece que as teles só poderão
participar do leilão, previsto para o início de 2010, caso não haja
interessados. Entretanto - em coro - Vivo, Claro, TIM e Oi não só reivindicam
a possibilidade de adquirir mais frequências como há aquelas que refutam a
abertura para novos investidores.
Mas já existe até candidato declarado: a Nextel. "Todo o setor sabe que vamos
participar do leilão. O que se espera é que as regras não mudem. Acho muito
difícil entrarmos sozinhos diante do potencial de mercado que o Brasil
oferece. Tem muita gente olhando para essa licitação" , afirma o
vice-presidente jurídico e regulatório da Nextel, Alfredo Ferrari.
O executivo não revela onde a Nextel prospecta para identificar potenciais
concorrentes, mas, no mercado, especula-se que entre os interessados estaria a
Vivendi, em especial se conseguir comprar o controle da GVT, onde falta um
braço de telefonia celular. Além da operadora francesa, outros grandes grupos
do setor como a Vodafone e a NTT Docomo são sempre citadas nas listas de
apostas.
Com 2,3 milhões de usuários, a Nextel opera em 336 cidades (faixa de 800 MHz)
e está chegando ao Nordeste. A companhia, que não tem infraestrutura de 3G,
entrou na disputa por frequências realizada pela Anatel em dezembro de 2007,
mas não teve fôlego financeiro para vencer os lances das teles. O preço mínimo
para todas as faixas foi de R$ 2,85 bilhões e, com a disputa, o total
arrecadado ultrapassou R$ 5,9 bilhões.
Por enquanto, os termos do edital ainda estão sendo elaborados na Anatel. Está
previsto que a conselheira Emília Ribeiro leve o texto para votação no
conselho diretor ainda na primeira quinzena deste mês. Depois fica aberto à
consulta pública por 60 dias. Em geral, o texto aprovado pelos diretores da
agência torna-se o eixo da formatação final. E neste caso baseia-se na
Resolução 454, de dezembro de 2006, que aprovou o regulamento sobre condições
de uso das radiofrequências sem exclusividade de 800 MHz e 900 MHz (ambas
antigas bandas A e B), 1800 MHz (utilizada pelo GSM) e 1900 MHz (onde está a
banda H) além de 2100 MHz (que junto com a anterior é usada na 3G).
O presidente da Vivo, Roberto Lima, é taxativo. O executivo se diz preocupado
com uma maior fragmentação do mercado e avalia que o país já tem um número
suficiente de companhias para garantir uma competição saudável. Lima cita que
a liberação da banda H se dá exatamente no momento em que se desenvolve uma
grande discussão sobre qual é o plano de banda larga para o Brasil e os
mecanismos para levar o serviço para áreas distantes em larga escala.
"O que se percebe pelas dimensões, tamanho da população e nível de inclusão
que o país tem hoje, o plano tem que ter escala e capacidade de investimento
muito grande para acelerar a inclusão digital. E a Anatel defende uma
estratégia de fragmentar ainda mais o mercado. Incluir um investidor vai no
sentido contrário da escala", diz .
Já para o presidente da Claro, João Cox um novo investidor não preocupa.
"Espectro é um bem público e todo cidadão tem direito. No entanto, não se deve
impedir que aqueles que já investiram venham comprar novas frequências",
afirma.
Cox reforça que no leilão de faixas de 3G o governo arrecadou quase R$ 6
bilhões, em grande parte devido à competição. "Se tivesse impedido alguém de
participar certamente arrecadaria menos", diz o presidente da Claro.
Mas tanto ele como Lima, da Vivo, reagem à possibilidade do edital limitar o
crescimento das empresas que já atuam no setor ao permitir que as teles só
possam participar caso uma faixa de frequência vá a leilão e não haja
interessados.
A proposta que está em gestação estabelece faixas de 20 MHz. Mas a questão é
que cada tele só pode ter até 15 MHz. Muitas já tem 10 MHz e poderiam comprar
5 MHz. E só caso a faixa seja declarada deserta é que poderia ser dividida em
5 MHz e aí comprada pelas operadoras que já atuam no setor.
"A questão de espectro tem que ser vista como um todo. A previsão é que em
2018 o país tenha 275 milhões de acessos de telefonia celular sendo 125
milhoes em banda larga. Diz-se que grande parte da massificação da banda larga
será como móvel. A pergunta é: existe hoje espectro para sustentar esse
crescimento? A resposta é não", afirma Mario Girasole, diretor de assuntos
regulatórios da TIM.
O executivo explica que não tem preocupação com outros concorrentes:
"Concorremos todos os dias. Mas o que se observa no mercado mundial é uma
tendência de concentração, sem muitos competidores para assim alcançar os
objetivos de investimento e escala", completa Girasole.
Na Oi, Pedro Ripper, diretor de novos negócios completa: "O pleito por essa
frequência (banda H) não é ganancioso. A rentabilidade das operadoras de
telefonia móvel brasileira está entre as piores do mundo. Todos investem na
expectativa de um retorno futuro. A aposta é de que trata-se de um mercado
promissor que vai ter um momento de racionalidade e conseguir trazer retorno
sobre o capital investido", diz Ripper.
Preocupação com igualdade de obrigações é outro foco das operadoras. Tanto Cox,
como Ripper e Girasole reivindicam que um novo investidor também tenha que
atender as normas fixadas pela Anatel. No primeiro ano, 50% do total de
municípios com menos de 30 mil habitantes teriam que ter cobertura móvel (2G
ou 3G). Já no segundo ano, 50% da área urbana das capitais dos Estados e do
Distrito Federal teriam que contar com tecnologia 3G e as operadoras
precisariam completar a cobertura dos demais municípios com menos de 30 mil
habitantes. No terceiro ano a exigência é que 50% dos municípios com mais de
200 mil habitantes precisariam ter cobertura 3G. No quarto ano, a obrigação é
completar cobertura das capitais e dos municípios com mais de 200 mil
habitantes. No quinto ano, 50% dos municípios entre 30 mil e 100 mil
habitantes, 100% dos municípios com mais de 100 mil habitantes e 15% dos
municípios com menos de 30 mil habitantes passam a ter 3G; e do sexto ao
oitavo ano até 2015, 15% dos municípios com menos de 30 mil habitantes
passariam a ter cobertura a cada ano.
[Procure "posts" antigos e novos sobre este tema no Índice Geral do BLOCO] ComUnidade WirelessBrasil