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29/12/09
• Tele.Síntese: "Muito a fazer em 2010"- por
Miriam Aquino
de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br,
wirelessbr@yahoogrupos.com.br
cco miriam@momentoeditorial.com.br
data 29 de dezembro de 2009 09:23
assunto Tele.Síntese: "Muito a fazer em 2010"- por Miriam Aquino
Olá, ComUnidade
WirelessBRASIL!
Leitura de Festas...
:-)
Boa matéria!
Considerações interessantes sobre o PNBL - Plano Nacional de Banda Larga...
Fonte: Tele.Síntese
[21/12/09]
Muito a fazer em 2010 - por Miriam Aquino
A jornalistas Miriam
Aquino, integra a diretoria da Momento Editorial (Divisão Tele.Síntese); atua há
mais de 15 anos em Brasília, nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da
Informação, com larga experiência no acompanhamento de políticas públicas.
Comentários?
Ao debate!
Boa leitura!
Boas Festas!!!
Ótimo 2010!!!
Um abraço cordial
Helio Rosa
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Fonte: Tele.Síntese
[21/12/09]
Muito a fazer em 2010 - por Miriam Aquino
A Anatel começará 2010 com o Conselho Diretor completo, podendo lidar com mais
celeridade e maior determinação em uma extensa pauta de questões que precisarão
ser resolvidas. O primeiro grande desafio da Anatel será o Plano Nacional de
Banda Larga, a política de massificação da internet que será anunciada pelo
presidente Lula no início do próximo ano.
Qualquer que seja a política estabelecida – caminha-se para o fortalecimento da
Telebrás, utilizando-se as fibras ópticas da Eletronet, para a oferta de
capacidade no atacado,além de atender o usuário final, onde houver condições
para isso – a Anatel terá um importante papel na esfera regulatória. Esse
trabalho pode começar, por exemplo, com o estabelecimento das tarifas de
atacado. E muito precisará ser respondido. Por exemplo: como serão as regras
para as redes privadas e estatal? Haverá assimetria? Todas as redes terão
tarifas iguais? Como a agência irá intervir nas redes de dados que não fazem
parte da concessão? Como irá tratar as redes wireless?
Ainda para viabilizar a política de banda larga, a Anatel poderá também ter que
conferir uma nova metodologia de venda das frequências que administra. A
intenção do governo é estimular o pequeno empreendedor privado a prestar o
serviço ao cliente final e, para isso, um dos melhores caminhos é a oferta de
serviço sem-fio. Para oferecer serviço wireless, é preciso frequência. A Anatel,
no entanto, nunca vendeu espectro que cobrisse apenas um único município
brasileiro, sob o argumento de que não há viabilidade econômica em projetos
muito pequenos.
Com a política de governo a ser anunciada, a agência poderá ter que rever as
suas convicções e refazer contas para tornar disponíveis faixas menores – e mais
baratas. E, para vender mais barato essas licenças, terá que convencer também o
Tribunal de Contas da União e o Ministério Público, que nunca gostaram de
qualquer proposta de comercialização de banda que não seja pelo cálculo do valor
presente líquido.
Vender sem arrecadar para os cofres do Tesouro será uma façanha inédita no
Brasil. Mas a agência poderia vender banda de tal forma menor que a tarifa fosse
a única referência de compra. Precisará também repensar a ocupação dessas
frequências, para estimular que elas sejam realmente usadas na oferta de serviço
à população e não fiquem “guardadas” pelo comprador em ação especulativa.
Mas não é só a PNBL que irá demandar ações firmes da agência. Ela tem a sua
própria pauta – prevista no Plano Geral de Regulamentação das Telecomunicações –
com metas de curto prazo (dois anos) para as quais perdeu todo o ano de 2009 sem
conseguir implementá-las. Entre os itens de sua própria agenda estão o Plano
Geral de Metas de Competição (prometido desde 2005). Uma peça que ninguém sabe
bem o que significa, mas que está prevista nos contratos de concessão das
operadoras de telefonia fixa e que, por isso, precisa ser efetivada.
Há diferentes faixas do espectro de micro ondas, que podem ser vendidas para
ampliar a oferta de serviços sem-fio e banda larga. A agência precisa resolver a
questão da faixa de 3,5 GHz, licitação que foi paralisada há mais de quatro
anos. No final de 2009, a Anatel lançou a consulta pública para a venda da
último pedaço de banda para a terceira geração da telefonia celular, direcionada
a um novo investidor. Essa proposta vai receber o bombardeio dos players que
atuam no mercado, mas essa pressão não pode ser justificativa para a agência
adiar ainda mais a venda dessa faixa.
2010 assistirá também à decisão da agência sobre a banda de 2,5 GHz. Os atuais
operadores de TV paga via MMDS são os que mais perdem com a proposta lançada à
consulta pública pela Anatel, que reserva a maior parte do espectro de 2,5 GHz
para a quarta geração da telefonia celular. Pode ser que a disputa acabe
judicializada.
Questões que rondam há algum tempo o setor também terão que ser resolvidas em
definitivo. Entre elas, o ponto extra da TV paga. Até hoje não se sabe, com
precisão, qual foi a decisão do conselho diretor da Anatel. Na última vez em que
deliberou sobre esse tema, o conselho diretor repassou a bola para a
superintendência técnica, a quem caberá traduzir o que foi decidido.
Há ainda o estabelecimento das novas metas de universalização para as
concessionárias do STFC, que precisam assinar os contratos até o final de 2010
e, para isso, têm que saber quais são as suas novas obrigações.A agência terá
também que regular em definitivo o papel do operador móvel virtual (MVNO), cuja
proposta foi lançada para consulta pública em dezembro de 2009.
A lista é ainda muito grande. Há ainda regulamento de sanção; questões
tarifárias, desbloqueio de aparelhos; regras de uso do espectro ; decisões sobre
fusões que ainda não foram encaminhadas ao Cade (dois exemplos emblemáticos: Oi/BrT,
Telefônica/TVA), etc, etc., etc. Mas vamos começar só com esse pequeno rol, que
já vai dar muito pano para manga.
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