BLOCO
Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário
da
ComUnidade WirelessBrasil

Fevereiro 2009               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!


19/02/09

• PLC (09) - Banda larga pela rede elétrica - Informações básicas - Trabalhos acadêmicos + Os artigos mais significativos + Coleção de links  + Notícias recentes

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
01.
Este é o "Serviço ComUnitário" sobre "Power Line Communication (PLC) ou  "Banda larga pela rede elétrica".
O "Serviço" se completa com o debate do tema.

"Resumos" com informações sobre este e outros temas são reciclados regularmente para recordação e ambientação dos recém-chegados.
Contamos com a colaboração de todos para as necessárias atualizações e eventuais correções.

Precisamos de mais informações/links sobre trabalhos técnicos e acadêmicos para "abastecer" este Resumo!  Obrigado!!!  :-)
Experiências e opiniões?  :-)


02.
Notícia recente ainda não veiculada nos fóruns - Transcrições de hoje:

Fonte: INFO
[18/02/09]   Banda larga a 110 volts  por Rosa Sposito, da INFO 

 
03.
O Teleco possui um Tutorial sobre o assunto:
PLC - Power Line Communications por  Edson Rodrigues Duffles Teixeira
 
E também uma página especial:
PLC - Power Line Communications
 
04.
No Portal da ABUSAR também encontramos um página especializada:
Redes PLC - Internet via Rede Elétrica
 
05.
Vale visitar o Guia das Cidades Digitais e ler mais dois textos:
- Um estado inteiro ligado por PLC (sobre o Pará)
- Pilotos indicam necessidade de aprimoramento  
 
06.
Artigos da nossa participante e Coordenadora-adjunta da ComUnidade, Thienne Johnson  (thienne@datamazon.com )
PLC Funciona?
Redes de Controle e PLC 

07.
Estes artigos destacam-se pelo conteúdo informativo e valem como "resumos" informais da tecnologia:
Fonte: e-Thesis
[16/09/08]  Banda larga na rede elétrica: mitos e verdades por Jana de Paula

Fonte: Telebrasil
[12/08/03]  PLC de nova geração para a última milha

08.
Trabalhos Acadêmicos

[Nov 2008] Power Line Communicantions (PLC) por Túlio Ligneul Santos, Engenharia de Computação e Informação, 6º período - UFRJ


Resumo: Power Line Communicantions (PLC) é um sistema que permite a transmissão de sinais de telecomunicações através dos mesmos condutores usados na rede elétrica. Apesar de esta tecnologia ser, de certo modo, antiga, atualmente ela vem ganhando grande destaque em virtude da possibilidade de resolver o problema da chamada ‘última milha’ da internet, ou seja, conseguindo levar o acesso à internet a todas as pessoas. Além dessa forma de utilização as PLC’s também mostram aplicabilidade nas áreas de vídeo sob demanda, telefonia IP, serviços de monitoração e vigilância, monitoramento de transito, automação residencial, etc.
Neste trabalho, propõe-se definir os conceitos básicos e o funcionamento desta tecnologia, ao mesmo tempo em que se faz uma análise sobre os benefícios e desafios de sua efetiva implementação.
 
[Nov 2008] Análise sobre a tecnologia PLC (Power Line Communicantions)  por André Umberto Faccioni (andreumberto@yahoo.com.br)  (Download .pdf)

Resumo: Este artigo tem o intuído de apresentar uma analise sobre a tecnologia que emprega a comunicação de dados que utiliza a rede elétrica como meio de ransmissão chamada de Power Line Communication (PLC). Esta tecnologia é utilizada desde 1920 por muitas companhias de energia elétrica para efetuar telemedição e telecomando de equipamentos em subestações. Atualmente com novas técnicas de modulação e barateamento de sistemas de telecomunicações, se torna possível a aplicação em massa desta tecnologia para ser implantada em sistemas de telemetria, automação e até mesmo disponibilizar o acesso a internet banda larga para usuários finais. Portando, este artigo irá abordar algumas aplicações da tecnologia PLC no Brasil, alguns aspectos regulatórios sobre esta nova tecnologia e destaca o projeto em desenvolvimento na pré-incubadora do SENAI-Florianópolis.  

[26/02/08] Power Line Communication - PLC: A informação que vem pela tomada por Alessandro F. Cunha
É apresentado neste artigo um sistema de transmissão em banda larga onde o custo de implantação para o usuário final é muito mais baixo do que os sistemas tradicionais, uma vez que aproveita uma infra-estrutura existente em quase 100% dos lares mundiais: a rede de energia elétrica.´
Para ler mais é preciso cadastro gratuito no link acima.
 

09.
Aqui está nossa coleção (parcial) de textos sobre o assunto:

Fonte: Tele.Síntese
[12/12/08]   Conselho Consultivo debate regulamentação do PLC por Lúcia Berbert   
 
Fonte:   Convergência Digital
[17/11/08]   Minicom faz novos testes com PLC

Fonte: Teletime
[13/11/08]   AES Eletropaulo Telecom entrará no mercado com rede PLC

Fonte:   Convergência Digital

[13/11/08]   Eletropaulo Telecom: Falta apenas a regulamentação para vender banda larga via rede elétrica por Ana Paula Lobo
 
Fonte: Tele.Síntese
[17/11/08]   Radioamadores lançam movimento contra PLC 
 
Fonte: Teletime
[20/11/08]   Consulta Pública sobre banda larga na rede elétrica
 
Fonte: Teletime
[02/10/08]   PLC deve ter 80 MHz, e não 50 MHz, diz Aptel
 
Fonte: Teletime
[13/11/08]   Aptel é contra caráter secundário para PLC

Fonte: Convergência Digital
[13/11/08]   Banda larga incrementa demanda por circuitos de alta capacidade por Ana Paula Lobo

Fonte: INFO Online
[10/11/08]   Elétricas poderão explorar banda larga por Felipe Zmoginski, de INFO Online

Fonte: Convergência Digital

[30/09/08]  Sky critica proposta da Anatel para regulamentação do PLC por Luiz Henrique Ferreira

Fonte: Convergência Digital
[30/09/08]   Intelig adverte Anatel sobre regulamentação do PLC por Luiz Henrique Ferreira

Fonte: TelecomOnline
[10/09/08]   PLC volta à cena com a promessa de universalização da banda larga  por Marineide Marques
 

Fonte: Telebrasil
[12/08/03]   PLC de nova geração para a última milha

Fonte: e-Thesis
[16/09/08]   Banda larga na rede elétrica: mitos e verdades  por Jana de Paula  

Fonte: Tele.Síntese
[27/08/08]   Indústria está otimista com regulamentação de PLC por Bruno De Vizia   (bruno@momentoeditorial.com.br)

Fonte: Guia das Cidades Digitais
[29/04/08]   PLC é alternativa de conexão à internet banda larga

Fonte: Plantão INFO
[22/08/08]   Regra vai fomentar web pela rede elétrica 

Fonte: Computerworld
[30/08/07]   Internet por rede elétrica: a revolução nascerá por Taís Fuoco

Fonte: Computerworld
[30/08/07]   Internet por rede elétrica: a revolução que não chegou a nascer por Vinicius Cherobino

Fonte: Computerworld
[18/05/07]   Brasil Telecom terá banda larga pela rede elétrica a partir de setembro por Taís Fuoco
 
Fonte: Redação PSL - Brasil
[03/05/07]   Banda larga pela rede elétrica: Aneel prepara regulamento para 2008
 
Fonte: Computerworld
[20/04/07]   Barreirinhas terá conexão gratuita à web pela rede elétrica em julho
 
Fonte: Computerworld
[30/03/07]   Banda larga pela rede elétrica leva telemedicina a bairro gaúcho por Taís Fuoco
 
Fonte: Computerworld
[26/03/07]   Banda larga pela rede elétrica: o Brasil quer fazer parte por Taís Fuoco
 
Fonte: Computerworld
[01/03/07]   Banda larga pela rede elétrica: a terceira onda está prestes a explodir

Fonte: JB Online
[05/01/07]   Porto Alegre tem internet pela tomada 
 
Fonte: Telebrasil
[12/08/03]   PLC de nova geração para a última milha  (transcrição no final da mensagem)

10.
Coleção de "posts" anteriores:

28/12/08
PLC (09) - Banda larga pela rede elétrica - Informações básicas + Notícias recentes

13/11/08
PLC (08) - Banda larga pela rede elétrica - Informações básicas + Notícias recentes

23/09/08
PLC (07) - Banda larga pela rede elétrica + Convergência: "Regulamentação pode inviabilizar projetos atuais" + "Eletronet"

19/09/08
PLC (06) - Banda larga pela rede elétrica + Artigo do Teletime + Informações básicas

18/09/08
PLC (05) - Banda larga pela rede elétrica + "Mitos e Verdades no e-Thesis + Informações básicas + Consulta Pública

29/08/08
PLC (04) - Banda larga pela rede elétrica - Informações básicas + Consulta Pública

02/05/08
PLC - Power Line Communication (03) - Banda larga pela rede elétrica - Mensagem de Carlos Carneiro

PLC - Power Line Communication (02) - Banda larga pela rede elétrica

01/10/07
PLC - Power Line Communication (01)

13/09/06
• PLC e BPL (Dados pela rede elétrica)

------------------------------------------------

Fonte: INFO
[18/02/09]   Banda larga a 110 volts  por Rosa Sposito, da INFO

A mesma tomada em que você liga o carregador de bateria do notebook, o micro-ondas e a TV também começa a trazer a conexão de banda larga. Pelo menos nos 150 apartamentos que estão testando a internet por rede elétrica no piloto da AES Eletropaulo Telecom, em São Paulo.

É a tecnologia BPL (Broadband Power Line), na sigla usada nos Estados Unidos, ou PLC (Power Line Communication), na da Europa, um novo concorrente para o ADSL, o cabo, o satélite e o 3G. Parte do grupo de energia AES, a empresa pretende fornecer a solução para as operadoras, que comercializarão o serviço nas casas. Sob a coordenação da engenheira Teresa Vernaglia, 43 anos, diretora-geral da AES Eletropaulo Telecom, a companhia investiu 20 milhões de reais no projeto. Veja o que ela contou a INFO.

- Como a banda larga por rede elétrica vem sendo testada?
Teresa - Iniciamos os testes em 20 prédios na região de Moema, em São Paulo, em novembro de 2007. Na fase seguinte, ampliamos a cobertura para 300 prédios, com 15 mil domicílios, em mais dois bairros: Cerqueira César e Pinheiros. São regiões já atendidas principalmente por ADSL e cable modem e com usuários bastante críticos.

- Quantos usuários vocês têm hoje?
São mais de 150 apartamentos, todos residenciais. Eles não pagam pelo serviço, estão nos ajudando a avaliar a tecnologia na vida real, para que a gente possa ter certeza, por exemplo, que o modem funciona em qualquer tomada.

- O uso de banda larga na rede elétrica trará aumento na conta de luz?
Não, só o que consome energia é o modem. O fato de os dados estarem passando pela rede elétrica não afeta o consumo de energia. Eles simplesmente usam a mesma rede.

- Houve casos de interferência na transmissão de dados quando alguém liga um secador de cabelos ou um liquidificador, por exemplo?
Avaliar a performance do serviço no ambiente real foi justamente um dos objetivos dos testes. Observamos que existem situações em que um ou outro eletrodoméstico influencia na performance. Mas, quando isso acontece, existe um filtro que é colocado na tomada e elimina a interferência.

- Quando começará a oferta comercial da banda larga por rede elétrica?
Estamos conversando com várias operadoras e acreditamos que essa solução estará sendo vendida no primeiro trimestre deste ano.

- Tecnicamente, como funciona o BPL?
Os dados vêm pela rede de fibra óptica e, ao chegar embaixo de um transformador, passam por um gateway, que modula o sinal óptico e injeta na rede elétrica de baixa tensão. Cada transformador alimenta um grupo de residências ou prédios. No edifício, o sinal é transferido para a rede elétrica interna, de forma que todas as tomadas de todos os apartamentos passam a ter esse sinal disponível. Com o modem que fica plugado na tomada, o sinal é extraído da rede elétrica e convertido novamente em dados, que vão para o computador por meio do cabo de rede Ethernet.

- Foi preciso instalar mais fibra óptica para atender aos 300 prédios do teste?
Instalamos 70 quilômetros de fibra óptica. Foi um complemento para estender a fibra da nossa rede até o transformador, que fica na rua. Do transformador até o prédio usamos a rede de baixa tensão, que ilumina as residências.

--------------------------------------

Fonte: e-Thesis
[16/09/08]  Banda larga na rede elétrica: mitos e verdades por Jana de Paula

Aprove ImagemExpira no próximo dia 29 de setembro o prazo dado pela Anatel para a consulta pública ao regulamento do uso da rede elétrica para internet em banda larga. Para a maioria dos players Aprove Imagemenvolvidos neste mercado, esta regulamentação traz à discussão um tema de interesse e que movimenta vários pesos pesados das áreas de energia, telecomunicações e fabricantes há alguns anos.

Neste debate, porém, dois conceitos são apresentados como verdade absoluta quando, de fato, não passam de 'ouro de tolo'. Ou seja, de que será possível ampla e irrestrita banda larga em 98% da rede elétrica e, por conseguinte, à mesma proporção do território nacional. E o que faz da interferência a outros serviços de telecom um vilão invencível. Nesta conversa com Rogerio Botteon Romano (foto), pesquisador de telecomunicações da Gerência de Infra-estrutura de Redes do CPqD, foram abordados estes mitos e levantados os modelos de negócios factíveis, em curto e médio prazos.

Enquanto não se regulamenta o uso da rede externa de energia elétrica, o PLC - Power Line Communications, ou sistema de telecom que utiliza a rede elétrica de distribuição como meio de transmissão - vai sendo adotado para implantação de redes locais privadas no cabeamento interno, ou seja, na parte da rede do usuário, seja ele corporativo ou residencial. A Light, do Rio de Janeiro, tem este serviço de telecom para prédios residenciais. A Cemig, de Belo Horizonte, para residências e escolas. A maior, a Eletropaulo, fornece o PLC na rede interna para soluções residenciais, corporativas e de ensino na Região Metropolitana de São Paulo, além de vários outros projetos semelhantes prestados pelas diversas concessionárias de energia elétrica do país.

O que se deseja agora é regulamentar o uso da rede externa, como nova alternativa de fornecimento de banda larga em ampla escala. De fato, a rede elétrica tem potencial para transmitir multimídia (canais de TV), telefonia (voz) e internet em banda larga. Isto tudo adicionado a outro portfólio que inclui medição e balanço energético, com redução de custo eficiente. Este modelo já é adotado em mercados maduros, como nos Estados Unidos e no Reino Unido. Mas, para que a rede elétrica no país atue como mais um meio de transmissão de serviços de comunicação é necessário um amplo entendimento e a realização de minuciosos modelos de negócios que tragam rentabilidade e confiabilidade.

Até que se chegue a este consenso, algumas questões devem ser levantadas - e respondidas. Como será o modelo de banda larga via rede elétrica externa do país? As concessionárias de energia elétrica concederão suas redes para outros players, inclusive os de telecom? Ou atuarão diretamente no mercado? Que tipos de rede terão preferência? Uma rede totalmente fixa, com fibra óptica na interligação da central de transmissão com a subestação de eletricidade? Ou se dará prioridade a uma rede híbrida, onde a interligação dos dois serviços será feita por tecnologias de radiofreqüência, como Wi-Fi e WiMAX? Que tipo de 'limpeza' será exigida da rede elétrica para que ela esteja apta a transmitir em IP?

O fato é que o uso da rede elétrica para provimento de serviço em banda larga dá uma forte 'mexida' no mercado. Além da disposição das concessionárias da rede propriamente ditas, é fundamental a participação, desde o DNA deste tipo de serviços, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que terá que trabalhar em estreita parceria com a Anatel e a Aneel, as agências reguladoras de telecom e de energia elétrica. Um fato é claro: ao final do processo haverá um ganho bastante democrático: os serviços de telecom ganham um novo meio de transmissão, as concessionárias de energia podem se transformar em rede toda IP - e estar mais aptas a coibir roubos e evitar acidentes; e o usuário, além de receber banda larga pela velha rede elétrica, terá um serviço mais eficiente de fornecimento de eletricidade e, consequentemente, de melhor custo/benefício. Um verdadeiro nirvana...

Quem disputa nesta arena

O problema são os passos que se deve dar para atingir este admirável mundo novo. Como já dito, a primeira providência, após a regulamentação, as especificações e as definições de praxe, é a escolha do modelo ou modelos de negócios. "Para quem já tem backbone de fibra óptica, o negócio é bom de imediato. E, para quem não tem, é bastante viável o uso de rede WiMAX, com IP, numa solução híbrida. Assim, quem é que está mais próximo da rentabilidade? Primeiro quem tem backbone; depois, o dono da rede elétrica; e, em seguida, os vendors de infra-estrutura, modems e outros dispositivos móveis ou fixos e de serviços. No caso específico das concessionárias há um ganho extra: elas podem adotar o uso corporativo na própria rede, com significativa economia", avalia Romano.

Segundo o especialista, o CPqD tende mais para o modelo do PLC como integrante de uma solução híbrida, ou seja, composta de fibra, WMAX e/ou Wi-Fi, até para o mercado ganhar força. "Já que não é preciso instalar a rede, as soluções sem fio podem se mostrar atraentes, sobretudo em situações que requeiram muitos repetidores", acrescenta Romano. Uma vantagem do PLC surge de imediato: sua adoção em áreas de alta densidade populacional, pois, ao contrário do DSL, por exemplo, o sistema permite que a rede se regenere e se amplifique.

O modelo com inclusão digital

Muito se fala, nesta etapa de consultas e sugestões, sobre uma possível capacidade da banda larga via rede elétrica em projetos de inclusão social. De fato, existe o piloto coordenado pela Aptel PLC Brasil - com FITec, Cemar, Eletropaulo, Celg, EBA, Samurai, Positivo e Star One - para levar banda larga (45 Mbps) numa escola de ensino fundamental com 365 alunos em Barrerinhas, no Maranhão. O projeto de inclusão social e digital tem o apoio do Sebrae e da Secretaria Estadual de Saúde. Como este há outros - o Restinga, em Porto Alegre (RGS), o Bandeirante, em São Paulo (SP). Mas, pelo número e o porte dos players envolvidos nestes projetos, que se pode classificar de pequeno porte, é possível enxergar o nível de parceria envolvido e os custos implicados.

"Não vejo a inclusão digital como a principal aplicação do PLC. Prefiro acreditar que há outras formas de ele decolar", adverte Romano. Aí, novas questões se pousam. Quem vai realizar as instalações necessárias? O próprio governo? Haverá planos de metas de inclusão digital para os players interessados, como no caso das outorgas da 3G?Estarão as concessionárias de energia elétrica dispostas a reduzir a tarifa de concessão de eletricidade diante do aumento de receita originário destes serviços de banda larga através de sua rede? Como se vê, antes de se pensar em projetos de inclusão de grande porte, mais uma vez, é preciso se elaborar um minucioso plano que inclua um detalhado calendário de retorno sobre investimentos (ROI).

"Como já disse, os modelos de negócio mais viáveis para o PLC atualmente são o que implicam outro tipo de meio acoplado a ele, seja fibra óptica ou tecnologias de radiofreqüência. As grandes cidades, com seus amplos backbones de fibra óptica, podem ser consideradas o filé mignon deste negócio. As áreas com pouca densidade populacional não são atualmente o melhor mercado. Mas, com a regulamentação do PLC e a elaboração de um minucioso ROI é possível torná-lo rentável. A oferta de equipamentos ainda é incipiente, sobretudo internamente. O modem com gerenciador é um equipamento fundamental, por exemplo. Hoje há alguns players estrangeiros competindo no mercado local. A Current (dos EUA), por exemplo, realiza testes com a Eletropaulo em projetos de telecom em prédios residenciais (banda indoor)", pondera o especialista.

Interferência, o vilão

Está constatado, principalmente em redes que adotam meios sem fio, que existem problemas de interferências em linhas de visada. Também, nas redes externas de PLC já implantadas no mundo, notou-se o quanto os eletro-domésticos 'sujam ' a rede elétrica, bem como alguns tipos de lâmpadas compactas. Mas tudo é uma questão de especificação. Assim, a interferência, que é o problema número um quando se trata de PLC, pode, sim, ser mitigada. Até porque a capacidade de interferência em outras redes não é exclusiva do PLC.

As redes de TV a cabo, quando há rompimento do cabo coaxial, também são fortes poluidoras e trata-se de uma rede super utilizada. Mas, por ser um serviço regulamentado, quando há vazamento, seja por falha técnica, humana ou vandalismo, ou seja por conectores mal feitos e/ou mal instalados, é possível o controle, monitoramento e mitigação dos problemas verificados. O mesmo ocorrerá ao PLC, depois de regulamentado e, por ser uma rede subutilizada, seus problemas não serão maiores que o verificado neste exemplo da TV a cabo.

"Trata-se de um segmento onde a regulamentação é indispensável. Todos os países que adotam este tipo de serviço elaboraram suas regras. O fato é que o PLC está numa freqüência que pode interferir em vários serviços, já que trabalha numa faixa ampla - de 1,7 MHz a 30 MHz. E, como atua em todas as faixas em modulação similar ao DSL, ao TLC e ao rádio etc., a interferência deve ser controlada para a prestação de um serviço de qualidade. Hoje a mitigação deste problema está avançada. O CPqD fez vários testes nos chamados PLC de segunda geração e constatou isso", disse Romano.

Em longo prazo, o PLC pode se transformar em opção tecnológica para implantação da rede de comunicação orientada nos conceitos de SmartGrid, além de rede de acesso externo à banda larga.

Os tipos de PLC

Há três tipos de rede PLC. O de média tensão (20 kV - 11,9 kV) é usado exclusivamente pelas concessionárias de energia elétrica. O de baixa tensão (220V-110V) é o indicado para o uso da rede de distribuição de energia das concessionárias no fornecimento de serviços de telecom para residenciais e escritórios. Há ainda PLC na rede interna, de uso do cabeamento interno de prédios e casas para estabelecer redes locais privadas.

No caso de um PLC em rede de baixa tensão, que é o que leva banda larga outdoor, o backbone de internet é levado pela mesma tensão dos transformadores (tensão média). Ou seja, a banda larga chega até os transformadores em média tensão e é distribuída para as casas em redes de baixa tensão (220 V-110 V). Neste ponto da rede é que também são instalados os regeneradores de PLC (para controlar interferências). O backbone de internet também pode vir direto da subestação (por fibra óptica). Quanto ao cliente, ele instala um modem PLC em sua casa e passa a ter banda larga.

PLC nas faixas de 80 MHz a 1,6 MHz

De início (há dez anos), o plano entre os pioneiros, era de as próprias concessionárias de energia se tornarem as fornecedoras de serviços de telecom. Os sistemas PLC foram desenvolvidos inicialmente por pesquisadores da Nor.Web - empresa formada entre Northern Telecom (Nortel) e United Utilities. As primeiras redes de telecom em PLC basearam-se em fibra óptica, numa rede totalmente com fio. Neste caso, o centro de operação do sistema de comunicações é interligado à subestação de energia elétrica por fibra óptica e transmitido ao consumidor até a rede primária de média tensão/PLC (o transformador instalado nas ruas, dos quais se bifurcam os fios para as residências) As residências, tecnicamente, recebem a chamada rede secundária de baixa tensão (a conexão entre a rede primária e a secundária seria a última milha).

Assim, enquanto na concessão de telefonia fixa comutada o xis da questão é a última milha, na da rede elétrica a ponta principal fica entre o transformador e a subestação, que é onde se instala a rede de transmissão de dados, voz imagem etc.

A rede híbrida

No caso da rede híbrida, a estação de base, ou centro de operações (telefonia, multimídia e internet), é interligada à rede secundária de baixa tensão (a que fica nas vias públicas, no transformador), dispensando a interligação com a subestação. A banda larga chega sem fio na casa do cliente, com uma vantagem: o cliente que dispuser de uma antena wireless, femtocell, Wi-Fi, WiMAx etc. pode adquirir mobilidade nesta rede. Este tipo de rede híbrida WLAN-PLC está num estágio entre a segunda e a terceira geração.

------------------------------------

Fonte: Telebrasil
[12/08/03]  PLC de nova geração para a última milha

A tecnologia PLC (power line communications) permite que os fios de cobre que levam a energia elétrica em 50Hz transportem canais de telecomunicações em banda larga, na faixa de 1 a 30 MHz. A idéia do PLC não é nova, mas agora surge revigorada, com chips de última geração para modems que vão utilizar a rede de energia elétrica para se comunicarem. Na Internet (Yahoo), são mais de 22 mil itens sobre o assunto.

De acordo com um participante do IV Seminário sobre Broad Band Over Power Line, realizado no Rio de Janeiro pela Associação de Empresas Proprietárias de Infra-estrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações, o modelo PLC não constitui uma panacéia, mas sim uma nova alternativa para a última milha. A equação econômica do investimento a ser feito para o PLC, em cada caso, decidirá se a nova tecnologia surge como um sério competidor numa rede, hoje, fechada ao unbundling (desregramento).

Dotada de alta capilaridade, a rede de distribuição de energia elétrica com PLC entra como novo meio para dar banda larga ao usuário, competindo com as redes de pares de cobre das empresas telefônicas, dotadas de modems xDSL (x digital subscriber line), ou das redes de televisão a cabo, equipadas com cable modems.

– Na Europa, as aplicações PLC passam do estágio de experiências-piloto para o comercial e os EUA vão ser o grande impulsionador desse mercado – disse Dymitr Wajsman, diretor da Aptel e membro da UPLC (United Power Line Council).

Na tecnologia PLC, os fios de energia atuam como um duto para conduzir sinais de rádio. O consumidor residencial ou comercial "pluga" na tomada de energia – agora também de TCs – o seu computador. Os condutores de energia não devem atuar como antenas. A Resolução 305 da Anatel (de 26 de julho de 2002) limita a 30 microvolts/m, até 30 m, o campo irradiado.

Na versão PLC anterior, o sinal de telecomunicações era introduzido no enrolamento secundário do transformador de distribuição de energia (aquele que fica no poste e baixa a tensão de 6 KV para 220 V) e que pode servir de 100 a 300 domicílios. A rede de telecomunicações precisava chegar até esse transformador.

A nova geração PLC introduz o sinal de telecomunicações (a 40 Mbit/s) num estágio superior da rede de distribuição elétrica, formado por transformadores de média tensão (13,8 KV até 34,5 KV) ligados em anel ou grade e cuja cobertura geográfica de usuários é muito maior.

Empresas de energia elétrica como Copel, CEB, Cemig, Ligth, Eletropaulo, Excelsa e CELG, dentre outras, já conduzem experimentos-piloto na área de telecomunicações PLC e modems, que, por sua vez, serão montados no Brasil. Um dos desafios econômicos do sistema PLC é o investimento necessário para prover às camadas superiores de gerenciamento dos sinais de telecomunicações, tal como fazem as operadoras de telecom.

Surgem agora miniempresários que oferecem serviços em banda larga para prédios e condomínios. Dados típicos de Curitiba (PR) indicam taxas de adesão de R$ 150 e mensalidades de R$ 49 – menores que via ADSL – para velocidade de 300 kbit/s a 2 Mbit/s. (JCF)

Modems PLC serão fabricados no Brasil

A Enterprise Buenos Ayres – EBA –, com sede em Miami, Flórida (EUA), tem filiais em Campinas (SP), Florianópolis (SC) e negócios na Espanha e vai fabricar dentro de 90 dias modems PLC (power line communications) em Santa Rita do Sapucaí (MG) – onde fica localizado o Inatel –, que serão utilizados na rede de distribuição de energia elétrica.

No Brasil, Copel, CEB, Cemig, Ligth, Eletropaulo, Excelsa e CELG, dentre outras, já conduzem experimentos-piloto na área de telecomunicações PLC e vão formar o mercado inicial para a produção da EBA Brasil.

A tecnologia do chip set para os modems é da DS2 espanhola e constitui cerca de 60% do custo do equipamento, já montado na China e agora no Brasil, para diminuir impostos.

Do ponto de vista operacional, uma estação master para processamento de sinal é ligada por uma unidade de acoplamento à rede de baixa tensão (220 V) que serve de 45 a 60 domicílios e nela injeta um sinal de 45 Mbit/s.

Cada usuário é dotado de um modem PLC que provê a quatro portas em sistema de rede local Ethernet, a 2 Mbit/s. A estação master vai ligada por rede Ethernet de alta velocidade a um sistema de telecomunicação de hierarquia superior (anel óptico).

Ao detalhar um sistema PLC, Alexandre de Moura Vidal, da EBA Brasil, mostrou que a faixa de 1 a 30 MHz disponível para banda larga pode ser dividida em três subfaixas, cada uma carreando 1.280 portadoras. Tais portadoras são alocadas dinamicamente entre os diversos usuários. A modulação utilizada para melhor robustez é OFDM – S2 (orthogonal frequency division multiplexing).

Copel de olho nas telecomunicações

Empresas de energia elétrica sempre lidaram com telecomunicações e agora se voltam para a área de distribuição de sinais, na chamada última milha. A empresa estatal de energia elétrica do Paraná – Copel – já na década de 50 lidava com telecomunicações unidirecionais.

Nos anos 60, a Copel cuidou da eletrificação rural com sistemas carrier. Nos anos 80, ela adotou o rádio SHF (desativado em 2001). Em 1994, a Copel inaugurou seu backbone óptico, que deverá alcançar 82% da população em 2005.

A empresa, que serve a 3 milhões de consumidores de energia – dos tipos residencial (77%), comercial e rural –, possui 91 mil pontos de transformação urbanos e 225 mil rurais.

Segundo Lourival Lovato, da Copel, os mercados potenciais para o uso da tecnologia PLC (power line communications) na Copel são os poderes públicos (29 mil consumidores), os serviços públicos (3,4 mil consumidores) e órgãos do Estado (1,5 mil).

Na área rural, com poucos consumidores por transformador, o uso de PLC é economicamente mais difícil. A meninas dos olhos da Copel é vender para o Governo do Paraná a idéia da tecnologia PLC – com investimentos a fundo perdido – para levar a 2.037 escolas estaduais serviços Internet de banda larga.

A Copel foi a 5ª empresa do Brasil a ganhar da Anatel autorização para o SLE (Serviço Limitado Especial) e em 2002 para SCM (Serviço de Comunicação Multimídia), que a habilita a penetrar no segmento residencial com banda larga. A Copel oferece mais de 10 produtos de TCs ao mundo corporativo, em diversas tecnologias e formatos.

O projeto Irma (italiano) é para o gerenciamento remoto de medidores de energia elétrica e por extensão gás – ainda que eletricidade e gás formem um casamento explosivo – e água. O Irma utiliza tecnologia da Enel (o medidor é do tamanho de uma caneta) e conta com US$ 1 milhão de investimentos da CE a fundo perdido.

A Copel, representante latino-americana do projeto, conduz desde 1999 experiência de medição remota de medidores, em Londrina (PR), em parceria com o Sercomtel, que fornece comunicações a 2,4 Kbit/s. Um concentrador varre a cada 20 minutos os dispositivos medidores sob sua supervisão e envia os sinais para uma central. O custo da medição deve ficar abaixo de R$ 1, para ser viável economicamente.

Na área de PLC, a Copel montou em 2001, em Curitiba (PR), uma demonstração juntamente com a empresa suíça Ascom. A Copel vem efetuando experiências em banda larga utilizando a tecnologia PLC com equipamentos EBA e Ascom. "O desafio é montar o modelo de negócios", admitiu Lourival Lovato. 

 


ComUnidade WirelessBrasil                     Índice Geral do BLOCO