01.
O "Serviço ComUnitário" continua resgatando as notícias recentes (agora
janeiro 2009) sobre WiMAX, ainda não veiculadas em nossos fóruns, para
registro no
BLOCO.
Muita informação!
Vale conferir! :-)
02.
Para os recém-chegados, com votos de boas-vindas, o último "resumão" está
aqui: :-)
• Resumo
"WiMAX" - Informações básicas e "fontes de consulta"
03.
Aqui estão as matérias transcritas hoje (recomendação:
preferir sempre ler na fonte!):
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A Sercomtel quer deixar de ser uma operadora regional presente apenas em
Londrina/PR e em poucos municípios próximos. O sonho da companhia é se tornar
uma empresa estadual, com atuação em todo o estado do Paraná. Esse é um dos
planos do novo presidente da Sercomtel, Mario Jorge Tavares, que assumiu o
cargo há exatamente uma semana.
De acordo com o executivo, a Sercomtel já solicitou à Anatel as autorizações
de STFC necessárias para essa expansão e aguarda uma resposta ainda em
janeiro. Paralelamente, a operadora inicia uma negociação com a Copel, que é
uma de suas acionistas, para usar a rede de fibra óptica da empresa de energia
nesse projeto de expansão. A rede da Copel é extensa e interliga as principais
cidades do Paraná. O projeto deve ter apoio político do governao estadual. "O
governador do Paraná vê com simpatia a idéia", afirma Tavares.
Vale lembrar que a expansão já começou. Em 2008 a empresa iniciou operação com
rede pré-WiMAX em Arapongas, Rolândia, Apucarana e Maringá, além de algumas
cidades adjacentes a esta última. O foco tem sido o mercado corporativo.
Para 2009, o investimento total da Sercomtel será de aproximadamente R$ 17
milhões. A expansão provavelmente se dará prioritariamente nas áreas locais
com DDD 43 e 44, onde estão Londrina e Maringá, respectivamente. "Vamos
atender aquelas que forem mais viáveis economicamente", explica o novo
presidente da operadora.
Marketing
Junto com o plano de expansão, a Sercomtel irá mudar seu slogan que hoje é
"Londrina, nossa paixão". "Precisamos dar um foco mais regional e evitar
bairrismos. Por isso mudaremos o slogan", justifica o executivo.
O lucro da Intel no quarto trimestre do 2008 caiu 90% em relação ao mesmo
período de 2007, com consequências diretas tanto da recessão econômica como da
diminuição dos investimentos da fabricante de chips.
O lucro da empresa ficou em 234 milhões de dólares para o trimestre terminado
em 27 de dezembro, comparado aos 2,27 bilhões de dólares no mesmo período de
2007. A cifra foi menor ainda que os 257,2 milhões esperados por analistas da
Thomson Reuters.
Os resultados incluíram um prejuízo de 1,1 bilhão de dólares provenientes de
investimentos para participação no capital feitos pela Intel, principalmente
na empresa de WiMax Clearwire.
A receita do trimestre atingiu 8,2 bilhões de dólares, queda de 23% na
comparação ano a ano e 19% caso o terceiro trimestre de 2008 fosse levado em
consideração.
O destaque no resultado da Intel veio das vendas de chips Atom, desenvolvidos
para netbooks. A receita da linha cresceu 50% em relação ao trimestre anterior
atingindo 300 milhões de dólares.
A Intel não projetou guias para a receita no primeiro trimestre de 2009,
citando "incertezas econômicas e visibilidade limitada".
Quanto ao ambiente de incerteza econômica, a companhia está ajustando seus
planos para se adaptar ao futuro, afirmou o presidente e CEO da Intel, Paul
Otellini. A companhia está entrando em novos mercados e vem cortando 3 bilhões
de dólares em custos desde 2006, revelou.
A reestruturação poupou 800 milhões de dólares em 2008, disse Otellini. A
companhia finalizou o ano com 84 mil empregados, queda de 3% em relação a
2007.
A companhia esperar mudar totalmente para seu processo de fabricação de 32
nanômetros para baixar seus custos e aumentar a produção. "Estamos totalmente
priorizando o investimento que levará ao processo de 32 nanômetros. Isso nos
dará uma vantagem de preços", afirmou Stacy Smith, CFO da Intel.
A Intel espera integrar chips fabricados com o novo processo em aparelhos como
set-top boxes e TVs, que criarão novos mercados e oportunidades de receita,
detalha Smith.
Os netbooks apareceram como uma fonte crescente de renda para a Intel e o
segmento cresceu mesmo com as dificuldades impostas pela recessão, afirmou
Otellini, que também aposta no lançamento da microarquitetura Nehalem neste
ano para ajudar na criação de novas linhas que gerem receita à empresa.
USBw 100 recebe 11th Annual Product of the Year Award da revista INTERNET
TELEPHONY(R)
A Motorola, Incanuncia hoje que a revista (TMC(R)) INTERNET TELEPHONY da
Technology Marketing Corporation (
www.itmag.com)
nomeou o Motorola wi4 WiMAX USBw 100 como o destinatário do 2008 Product of
the Year Award (prêmio de Produto do ano de 2008). O USBw 100 já havia sido
homenageado há alguns meses na WiMAX World 2008 com o Best of WiMAX World 2008
Award por dispositivos/periféricos/software de aplicativos.
O USBw 100 já está disponível e é um dos dois equipamentos para instalações do
consumidor (CPE - customer premises equipment) WiMAX da Motorola oferecidos
pela Clearwire com o lançamento do serviço de Internet móvel Clear(TM) em
Portland, Ore.
Esse dispositivo é o primeiro adaptador WiMAX USB da Motorola. O USBw 100 é um
dispositivo de tamanho adequado para ser acionado com o dedo disponível em
três versões para se conectar com as redes WiMAX em cada uma das três bandas
licenciadas e aprovadas para uso em todo o mundo -- 2,3 GHz, 2,5 GHz e 3,5
GHz.
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A primeira reunião do Conselho Diretor em 2009 promete não ser nada tediosa. O
conjunto de processos sobre a nova destinação da faixa de 2,5 GHz, incluindo o
SMP e o STFC na lista de usuários dessas freqüências, está nas mãos dos
conselheiros e pode ser votado no encontro do dia 28 de janeiro. Fazem parte
desse pacote de documentos três peças: a consulta pública para a prorrogação
das licenças das primeiras operadoras de MMDS em funcionamento; a análise
sobre a homologação de equipamentos de WiMAX; e a proposta de alteração de
destinação da faixa de 2,5 GHz.
O assunto tem sido discutido pela Anatel desde 2007, mas nem por isso as
controvérsias sobre a mudança estão totalmente dirimidas. Há pontos
discordantes especialmente sobre a prorrogação dos contratos e por quanto
tempo as empresas de MMDS terão prioridade na faixa de 2,5 GHz. A entrada
efetiva dos serviços de dados, por meio das licenças de MMDS, que já têm
direito a parte das radiofreqüências nessa faixa, também é uma incógnita por
conta da falta de uma indicação clara sobre a homologação dos equipamentos.
Apesar de todas essas ponderações, a agência deverá deliberar sobre a mudança
do espectro e colocar o principal documento - a proposta de alteração do
Regulamento sobre Condições de Uso de Radiofrequências nas Faixas de 2.170 MHz
a 2,182 MHz e de 2.500 MHz a 2.690 MHz - em consulta pública. Depois de ter
colocado em consulta mudanças na faixa de 3,5 GHz, também associada à
transmissão móvel de dados, a equipe técnica começou a correr com o 2,5 GHz.
Os textos encaminhados ao Conselho Diretor sugerem que as decisões fossem
tomadas por meio de circuito deliberativo, ou seja, sem a necessidade de que
os conselheiros se reunissem presencialmente. Se a sugestão tivesse sido
aceita pelos conselheiros, a consulta sobre a alteração da faixa de 2,5 GHz
poderia ter sido iniciada ainda em 2008. Mas nem toda a diretoria da agência
concordou em deliberar sobre um documento tão polêmico fora de uma reunião
formal da agência, segundo fontes da autarquia.
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São Paulo, 13 de janeiro de 2009 - De acordo com uma pesquisa realizada pelo
Dell’Oro Group, a receita gerada pelas vendas de infraestrutura para redes
móveis Wimax qudriplicou no terceiro trimestre de 2008 quando comparada aos
números do ano anterior.
Com base nos resultados, a consultoria acredita que as vendas no último
trimestre do ano passado tenham-se mantido em alta, continuando a tendência de
crescimento. Segundo analistas do Dell’Oro, a expectativa é que os números do
período batam os recordes de venda da tecnologia.
A expectativa para 2009, entretanto, não é tão otimista. A análise do
instituto aponta que, com a recessão global e o encurtamento do crédito, a
construção de novas redes deve ser adiada. Com isso, o Wimax pode perder o
time-to-market, chegando ao consumidor juntamente com as redes LTE.
Atualmente, os principais fornecedores de infraestrutura para as redes Wimax
móveis são Samsung, Motorola, Alcatel-Lucent e Alvarion, que, juntas, detêm
90% do mercado.
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Fonte: Computerworld
Para especialista da ABI Research, fornecedores de CDMA que sobreviverem terão
boa oportunidade com upgrade de redes na China.
O pedido de concordata da Nortel, anunciado nesta quarta-feira (14/01), não
foi recebido com surpresa por Nadine Manjaro, analista sênior da consultoria
ABI Research. Para a especialista, fabricantes de equipamentos CDMA, como
Alcatel-Lucent, Motorola e Huawei serão os principais beneficiados pelo
anúncio, embora eles também estejam vivendo tempos difíceis.
"Aqueles que sobreviverem ganharão com a reestruturação do mercado chinês de
telecomunicações, que planeja investimentos superiores a 11 bilhões de dólares
no upgrade da rede CDMA", prevê Nadine, em entrevista por e-mail ao
COMPUTERWORLD.
De acordo com a consultoria, a Nortel vinha obtendo um desempenho ruim há
alguns trimestres devido à quedas em seu negócio CDMA, uma das principais
fontes de receita da empresa. Além disso, boa parte das operadoras de
telefonia da América do Norte (maior mercado da companhia canadense) já lançou
suas redes 3G e optou por tecnologias como LTE e WiMAX para a migração para o
4G. E a Nortel não é forte na oferta dessas tecnologias, segundo a ABI
Research.
"O mercado de infra-estrutura é muito competitivo e os players fracos vão
cair. Mais de 40% do negócio da Nortel estavam no segmento de operadoras e a
maior parte se concentrava na América do Norte", afirmou Nadine, em entrevista
por e-mail ao COMPUTERWORLD.
Há dois anos, a fabricante de equipamentos de telecomuicações deu início a uma
reorganização em seus negócios, com o objetivo de conquistar, novamente,
relevância. A estratégia era focar em convergência, serviços e comunicações
unificadas, além de transformar seu negócio de soluções corporativas.
No fim de outubro, logo após anunciar Carlos Britto como novo presidente da
operação brasileira, a Nortel declarou seu interesse em "diminuir a
dependência das carriers". Na ocasião, o executivo informou que as operadoras
de telecomunicações respondiam por 75% da receita mundial da fabricante e o
mercado corporativo por 25%.
A estratégia da Nortel em focar seu portifólio nas áreas de soluções
corporativas e aplicações multimídia, cuja expectativa de crescimento é de,
respectivamente, 12% e 8% ao ano até 2011, pode ter sido tomada com um pouco
de atraso, para a ABI Research.
Apesar disso, a expectativa de Nadine é que a fabricante canadense sobreviva à
crise, mas passe a ocupar um lugar de relevância no mercado corporativo, e não
mais como fornecedor das operadoras de telecomunicações.
"A Nortel pode fazer parcerias com operadoras para oferecer serviços
empresariais, um segmento que vem apresentando um crescimento muito mais
forte. A empresa é vista como líder nesse setor e acertará ao focar em
equipamentos e serviços para o mercado corporativo, como comunicações
unificadas e telepresença", disse a analista.
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Fonte: Convergência Digital
O ecossistema WiMAX sofreu um duro golpe nesta quinta-feira, 08/01. Em
comunicado, a Nokia informa que descontinou o modelo N810WiMAX Edition,
lançado há apenas nove meses. A fabricante, no entanto, diz que manterá
acompanhando a evolução da tecnologia.
Em dezembro, o presidente do WiMAX Forum, Ron Resnick, admitia que a
certificação de produtos caminhava em ritmo lento, mas garantia que a
tecnologia, apesar dos impasses regulatórios, seria a melhor opção para países
emergentes, mas desde então, em função da crise econômica mundial, as notícias
para a área não são boas.
No final do ano passado, a Alcatel-Lucent, que era uma das maiores
incentivadoras da tecnologia anunciou uma reestruturação e a tecnologia deixou
de ser prioritária nos planos da companhia.
Um dos grandes problemas do ecossistema WiMAX é, exatamente, o alto custo da
CPE - terminal utilizado pelo usuário. A decisão da Nokia de descontinuar o
único modelo de celular compatível com a tecnologia é "uma ducha de água fria"
para os que defendem a tecnologia.
No informe divulgado à imprensa, a Nokia ressalta que apesar de descontinuar a
produção do modelo N810, lançado há apenas nove meses, a companhia continuará
acompanhando a evolução da tecnologia. A fabricante, inclusive, não descartou
a possibilidade de vir a produzir, no futuro, novos terminais WiMAX.
A tecnologia, além de enfrentar a forte concorrência da Terceira Geração,
também sofre com os aportes no desenvolvimento da LTE (long Term Evolution),
considerada a próxima geração da telefonia móvel celular.
Durante o WiMAX Forum, evento realizado em dezembro do ano passado, no Rio de
Janeiro, Ron Resnick, ressaltou que 403 redes WiMAX já estavam construídas ou
em construção em 133 países. Em 2012, a entidade previa 133 milhões de
usuários de WiMAX, sendo 13 milhões na América Latina.
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SÃO PAULO, 12 de janeiro de 2009 - A Clearwire, empresa que oferece serviços
de banda larga, transformou oficialmente Portland, do estado norte-americano
de Oregon, na cidade sem fio mais rápida do oeste, sede de um dos primeiros
serviços de banda larga sem fio WiMAX 4G do mundo, batizado de Clear™.
Com o Clear, consumidores e empresas podem acessar a internet sem fio, com
velocidade banda larga, em casa, no escritório, no metrô de Portland e durante
deslocamentos.
"É um momento histórico para a evolução dos serviços de comunicações e de
computação móvel em Portland e nos EUA', declarou Benjamin G. Wolff, chefe do
departamento executivo da Clearwire. 'A Clearwire está reinventando a
tecnologia sem fio ao oferecer uma combinação sem igual de mobilidade e
velocidade para o acesso à internet.'
"O WiMAX é uma nova tecnologia wireless que dita o padrão da experiência para
a internet verdadeiramente móvel e com preço acessível para os consumidores',
declarou Sean Maloney, vice-presidente executivo e chefe do departamento de
vendas e marketing da Intel Corporation. 'A Intel, juntamente com a Clearwire
e seus parceiros, está orgulhosa por levar aos consumidores norte-americanos a
próxima geração da solução de banda larga líder mundial e que redefine como,
quando e onde os consumidores acessam a internet'. (Redação - InvestNews)
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Com a compra da Brasil Telecom (BrT) e sua entrada na telefonia móvel em São
Paulo, a Oi tornou-se uma operadora nacional de telecomunicações, faltando
apenas a oferta de telefonia fixa residencial em São Paulo. O presidente da
Oi, Luiz Eduardo Falco, informou que não faz parte dos planos imediatos da
companhia essa oferta. Mas, se um dia for prestar esse serviço em São Paulo,
será através de uma rede sem fio, como WLL ou WiMAX. "A infra-estrutura para
isso nós já temos: as 2 mil torres de telefonia celular que instalamos em São
Paulo. E até o final do ano serão 2,5 mil torres", disse o executivo. Vale
lembrar que a BrT detém licença para operar WiMAX em 3,5 GHGz em São Paulo. No
mercado corporativo, a Oi tem alguns clientes de telefonia fixa e serviços de
dados em São Paulo, usando a rede da antiga Pégasus.
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Fonte: Teletime
[06/01/09]
Setor não se entende sobre destinação do 3,5 GHz
Nem bem 2009 começou e a Anatel já está sendo confrontada com o que deve ser
um de seus principais alvos no novo ano: a readequação do espectro de
radiofrequência para atender à crescente demanda dos serviços móveis. O
primeiro sinal de que esta não será uma tarefa fácil está nas 226
contribuições feitas pelas mais diversas empresas na consulta pública nº
54/2008, onde a agência propõe a destinação, em caráter primário, da faixa de
3,5 GHz para o Serviço Móvel Pessoal (SMP).
Várias entidades apresentaram sua contribuição mais de uma vez, mas ainda
assim o quantitativo de comentários é expressivo, ainda mais considerando
tratar-se de um texto de cunho técnico.
Tantas intervenções têm relação com a disputa entre os diversos segmentos de
mercado pelo espaço de 3,5 GHz, adequado para novas tecnologias de banda larga
e móveis, como o WiMAX. Mas os comentários revelam também um desconforto geral
com alguns conceitos e a falta de objetividade da proposta apresentada em
itens cruciais para a adaptação.
O ponto de maior polêmica continua sendo o nível de mobilidade dos serviços
prestados nesta faixa e quem poderá explorar essa mobilidade. Os prestadores
de SCM, encabeçados pela Abramulti, querem que não haja qualquer restrição à
participação das empresas nos leilões das frequências de 3,5 GHz, permitindo
assim que todos os prestadores de telecomunicações entrem na disputa pelas
faixas.
Este pedido, no entanto, não está restrito às SCMs. Concessionárias como a
CTBC e fornecedores de tecnologias como a Qualcomm fizeram comentários na
mesma direção, embora mais sutis. A Qualcomm inclusive criticou a destinação
em caráter primário para o SMP, ação que considerou "prematura", visto que não
existiria uma indicação clara da indústria para a fabricação de equipamentos
diretamente relacionados com a telefonia móvel nesta faixa.
Mobilidade restrita
Tema de inúmeras controvérsias ao longo dos últimos dois anos, a mobilidade
restrita voltou a ser tema na consulta do 3,5 GHz. Tudo porque a Anatel
incluiu um artigo na proposta eliminando a previsão regulatória da
nomadicidade (nome técnico para a mobilidade restrita). O entendimento geral é
de que a retirada da previsão da mobilidade restrita significaria a
autorização para todas as prestadoras de telecomunicações pudessem oferecer
serviços com mobilidade plena. Esse entendimento está explícito em pelo menos
uma contribuição, da Telcomp.
No entanto, a grande maioria das empresas é contra a eliminação do conceito de
mobilidade restrita da regulamentação. Mas, ao contrário do que se possa
pensar à primeira vista, o posicionamento não é uma defesa de que as empresas
que não são operadoras do SMP tenham uma atuação limitada na oferta de
serviços móveis.
A maior parte das críticas à retirada da nomadicidade está no fato de que a
Anatel não foi clara se a barreira à mobilidade está de fato sendo removida ou
se existirão outras limitações. O entendimento de boa parte das
concessionárias e dos fabricantes de equipamentos é que, da forma como está o
texto, a exclusão da mobilidade restrita resultaria na eliminação de um
"direito adquirido".
Como já era de se esperar, as operadoras móveis também são contra o fim da
mobilidade restrita. Mas neste caso porque temem uma "concorrência predatória"
por parte das demais empresas, como declarou a Claro. A Vivo também protestou
sobre este item e alertou a Anatel sobre os problemas de se controlar a oferta
restrita de serviços móveis, rememorando o "Caso Vésper" - autorizada do STFC
que oferecia telefonia fixa por WLL com mobilidade plena apesar de existirem
regras proibindo esse tipo de produto.
Mariana Mazza
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Luiz Eduardo Falco, presidente da Oi, não tem dúvidas. O futuro da telefonia
móvel ultrapassa as barreiras do simples serviço de telecomunicações. “O
celular vai virar cartão de crédito. Eu não tenho nenhuma dúvida”, disse, em
resposta à pergunta de um leitor de Época NEGÓCIOS.
Leia a seguir as questões respondidas pelo executivo, que está desde 2002 na
Oi, exclusivamente para o site da revista.
O que podemos esperar para a telefonia móvel daqui a 5 anos? Realmente
poderemos falar por wireless ilimitadamente por um preço fixo? Usaremos os
celulares como cartões de crédito?" Severino Gonçalves Duarte Filho –
Florianópolis (SC)
A adoção do uso ilimitado por um preço fixo eu acho pouco provável. Mas o
celular vai virar cartão de crédito. Eu não tenho nenhuma dúvida.
Com forte know-how no setor de transporte, cite alguns pontos que você
aprendeu no mercado aeronáutico que podem ser aplicados no mercado de
telefonia? Anselmo Cassiano – Boston (EUA)
Os dois são indústria de serviço. E todo tipo serviço sempre tem muitas
semelhanças. Tanto faz ser uma administradora de cartão de crédito, uma
operadora de telefonia celular ou empresa aérea. O desafio é fazer um serviço
continuado e agradar o cliente durante toda a vida.
Ainda há espaço para outras operadoras na telefonia móvel no Brasil? José
Valter – São Paulo (SP)
Quatro operadoras grandes parece ser um número interessante para o Brasil.
Mas, obviamente, sempre há um lugar para operadoras de nicho. Nossa entrada em
São Paulo mostra que há espaço para quem quiser ser criativo.
Como empresas como a Oi podem promover a inclusão digital e o aumento do fluxo
de dados com o Wimax? Essa tecnologia não deveria estar disponível para a base
da pirâmide ao mesmo tempo que para o topo? Quais as oportunidades que a Oi
enxerga nessa convergência? Adolfo Menezes Melito – São Paulo (SP)
O WiMAX é mais uma alternativa para a oferta de banda larga. Por suas
características, pode ser uma boa solução técnica para regiões de baixa
densidade de clientes, que muitas vezes não oferecem as condições necessárias
para a expansão da rede DSL ou de cabo coaxial. A Oi tem todo interesse em
explorar essa tecnologia e aguarda a retomada da licitação de freqüências.
Um serviço que está vendendo bem no mercado de telecom é o acesso móvel à
internet em banda larga, os populares modems 3G. Por que a Oi não lança o
acesso 3G pré-pago? Ricardo Mendonça – Recife (PE)
Estamos estudando o acesso 3G pré-pago. Mas o que lançamos recentemente foi a
política de dar três meses de experimentação grátis para o usuário em alguns
de nossos serviços. Se o usuário não gostar não precisa pagar multa nenhuma. É
uma quebra de paradigma. Não é exatamente o pré-pago que o leitor pediu. Mas a
gente ainda vai chegar lá.
Qual é o desafio para formar e administrar uma nova empresa num mercado tão
competitivo como o de telecomunicações? Ricardo Ferreira Gazoli – Campinas
(SP)
A diferença das empresas não é software, não é o hardware. É o que eu chamo de
peopleware. É o seu time, a sua gente e o jeito que você motiva os
funcionários.
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Fonte: Teletime
Um dos aspectos mais importantes da consulta sobre a faixa de 3,5 GHz,
encerrada esta semana pela Anatel, é a presença, em diversos momentos, da
discussão sobre a destinação de uma outra faixa definida internacionalmente
para serviços móveis: a frequência de 2,5 GHz. Especialmente os fabricantes e
desenvolvedores de tecnologias mostraram resistência com relação à iniciativa
da Anatel de resolver a destinação da 3,5 GHz antes da 2,5 GHz. Qualcomm e
Ericsson, por exemplo, declararam claramente acreditar que as alterações na
faixa de 2,5 GHz deveriam vir primeiro, e que boa parte dos conflitos
encontrados na discussão de agora seriam sanados se o 3,5 GHz ficasse para
depois.
O grande empecilho da Anatel para atender essa demanda é que o Brasil possui
um serviço fora da gama de telefonia móvel nesta faixa. Trata-se do MMDS, que
hoje usa a faixa em caráter primário e ambiciona expandir seus serviços para a
banda larga. A questão é que, para prestar os outros serviços, as interessadas
em operar na faixa de 2,5 GHz devem possuir uma licença de MMDS e oferecer os
serviços de TV por assinatura seguindo disposições da Anatel. Ao mesmo tempo,
os mercados mais importantes já estão divididos entre os principais operadores
de MMDS.
A eventual abertura do 2,5 GHz para outros serviços tem sido discutida dentro
da Anatel, mas ainda não há uma posição definida sobre o tema, porque isso
implicaria mexer nas regras do MMDS e eventualmente extinguir o serviço.
Diante do impasse, a Anatel não tem homologado equipamentos para WiMax na
faixa de 2,5 GHz. Em fevereiro, esta discussão virá à tona com a necessidade
de um posicionamento oficial da agência sobre a renovação ou não das outorgas
de MDMS que estão vencendo.
Mariana Mazza
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Para quem acompanha o mercado, não é tão difícil fazer algumas apostas sobre
as tecnologias que dominarão 2009. Basta ficar de olho no que as empresas
estão investindo, no comportamento dos usuários e mesmo nas resoluções
governamentais. E também não deve ser difícil prever o que vai encalhar (sim,
porque a indústria também investe em muitos projetos que dispendem um monte de
dinheiro e acabam morrendo na praia) ou, pelo menos, aquilo que ainda não vai
estourar. Na contramão de seus colegas, o instituto de análises ABI Research
fez exatamente uma lista do que deve micar no ano que vem. É lógico que a
lista está focada nas principais apostas das próprias empresas do setor - já
que, com a recessão mundial, muita coisa realmente deve NÃO acontecer em 2009.
Algumas coisas são meio óbvias, como o mobile marketing ou a substituição da
TV tradicional pelo IPTV. No caso da publicidade via celular, as agências
ainda não abraçaram a nova mídia. Elas reclamam da falta de métricas
consistentes para a medição dos resultados. Além disso, em época de crise
financeira, a área de advertising sempre acaba sofrendo um pouquinho mais com
o corte geral de investimentos.
No entanto, a Internet via celular deve ser cada vez mais adotada pelos
usuários, e sua chegada às massas finalmente trará números com os quais os
anunciantes poderão lidar. Já a TV sobre IP, apesar de seu crescimento
substancial frente ao mercado de TV paga, não deve substituir os canais
abertos. A adoção da tecnologia é um mistério ainda em muitos países. No Reino
Unido, por exemplo, é um fracasso. Já em Hong Kong existem mais de 160 canais
disponíveis para os assinantes.
Os Estados Unidos e a França também têm suas histórias de sucesso, com mais de
um milhão de assinantes cada. A complexidade, aqui, está no fato de os
provedores terem de assumir o controle sobre as variantes financeiras e
tecnológicas relacionadas ao conteúdo, incluindo direitos autorais, segurança,
maturidade do mercado, arquitetura da plataforma, middleware e faixa de preço.
E também tem a questão da banda para a transmissão dos programas, que é
limitada, principalmente na última milha. Enquanto a fibra óptica não chegar
aos lares, o papel do IPTV será mais o de coadjuvante, mesmo.
Outras não-apostas da ABI para 2009:
- As operadoras não desenvolverão sistemas de pagamento via celular. Esse tipo
de investimento continuará na mão dos bancos e cartões de crédito;
- Não haverá nenhum grande lançamento em celulares NFC (Near Field
Communication, uma espécie de "novo Bluetooth" que permite a troca de
informações em curtas distâncias e possibilitará o desenvolvimento de uma
série de aplicativos, em especial relacionados a meios de pagamento sem
contato). Porém, veremos testes e alguns lançamentos isolados ao redor do
mundo, ou mesmo o uso da nova tecnologia em outros gadgets;
- A recessão mundial não vai deter os investimentos em RFID;
- Os sistemas de transporte inteligente não ganharão escala (apesar de os
analistas acreditaram que investir em telemática é exatamente o que as
empresas do setor deveriam fazer nesse momento de crise, a fim de saírem na
frente da concorrência);
- A indústria de serviços baseados em localização (LBS, na sigla em inglês)
não terá uma trégua. Com crise ou sem crise, um monte de empresas inovadoras
continuará criando serviços e soluções como sistemas de navegação para
pedestres, tráfego preditivo, mapeamento, pesquisa nos arredores, geo-tagging,
redes sociais para vizinhanças e mesmo nos chipsets para GPS;
- O mercado de celulares não crescerá e deve mesmo reduzir entre 3% e 5%. Só
se for lá fora; aqui no Brasil, ainda há espaço e as operadoras não estão
medindo esforços para dominar todas as cidadezinhas desse Brasilzão;
- A banda ultra-larga (ou UWB, Ultra Wide Band) não chegará aos celulares;
- Não haverá uma explosão no uso do WiMax na região da Ásia-Pacífico. Não por
causa da infra-estrutura, que já está bastante completa, mas porque os gadgets
para acessar essa rede ainda são muito caros - taí a crise, mais uma vez, para
atrapalhar. Por aqui, a Brasil Telecom prometeu iniciar sua operação comercial
no início de 2009. De novo, onde estão os equipamentos? Vai demorar para o
WiMax se tornar uma realidade para o usuário final;
- O Windows Mobile não se tornará open source (e alguém esperava diferente?).
Acho que ainda podemos falar da TV digital aqui no Brasil, né? Não pegou no
ano passado, não pegou esse ano e não deve pegar no ano que vem. Não tem
interatividade, os canais vivem fora do ar ou com a imagem quebrada, o set top
box ainda não chegou a um preço atraente e - vamos combinar? - o povo parece
ainda muito mais interessado em aproveitar as megaofertas de TVs de plasma da
geração passada do que em ver a novela das 21h em alta definição.