Olá,
ComUnidade WirelessBRASIL!
01.
Abaixo estão transcritas estas duas matérias, que se complementam:
Fonte: Computerworld
02.
O TELECO tem uma página especial com a relação de todas prestadoras de
TV por assinatura:
Fonte: Teleco
03.
As matérias citam a tecnologia MMDS (Multichannel,
Multipoint Distribution System / Sistema de Distribuição Multiponto
Multicanal) também conhecido como "micro ondas terrestre" ou "wireless
cable".
Vai uma recordação ou ambientação? :-)
Transcrevemos, lá no final, uma mensagem de 2006 contendo "tudo" sobre
MMDS. :-)
Com a ajuda de todos, poderemos atualizar os dados e fazer um "resumão"
para ser repetido de vez em quando, como soe acontecer (uau!) com
outros temas. :-)
Vamos lá?
Obrigado!
Comentários?
Ao debate! :-)
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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) quer ampliar o mercado de TV
por assinatura e prepara para este ano uma licitação de alcance nacional. A
ideia é abrir a possibilidade de prestação do serviço em todos os municípios
brasileiros e ampliar o número de assinantes, hoje restrito a 6,1 milhões de
clientes. O planejamento de expansão do setor, primeiro passo para a
licitação, deverá ser votado pelo conselho diretor da Anatel no dia 29.
A iniciativa pode representar o início de uma abertura para que as empresas de
telefonia aumentem sua participação em um mercado dominado por grupos de
televisão. Juntos, os grupos Globo/Net e Sky/Directv detêm 75% dos clientes.
As teles sofrem restrições legais para participar desse mercado.
A prioridade, segundo uma alta fonte da Anatel ouvida pela Agência Estado, é o
mercado de TV a cabo, mas também está sendo estudada licitação de licenças
usando a tecnologia de micro-ondas terrestres (MMDS). Com a ampliação dos dois
segmentos, a Anatel pretende estimular a oferta de serviços de banda larga,
que podem ser vendidos em pacotes com internet, telefonia e TV.
A proposta enfrenta resistências dos grupos já consolidados. Há também
divergências internas na Anatel sobre a data de início da operação. A tese que
tem prevalecido é a de fazer a licitação neste ano e assinar os contratos para
início da oferta dos serviços em 2010. "A ideia é abrir geral", afirma a mesma
fonte, reforçando a intenção de lançar a licitação em todos os municípios
brasileiros.
O edital de licitação não deverá estabelecer limites de licenças por
município. Isso, explica um técnico da agência, permitirá a entrada de várias
empresas no setor e estimulará a competição.
As concessionárias de telefonia, porém, continuam limitadas a uma participação
de apenas 20% nas empresas de TV a cabo nas suas áreas de concessão. Outra
limitação, em 49%, é a de participação de capital estrangeiro, o que atinge a
maior parte das empresas de telefonia, que pertencem a grupos internacionais.
A extinção desses limites foi proposta no projeto de lei 29/2007, mas outras
sugestões incluídas, como cotas para a produção nacional na programação da TV
por assinatura, acabaram inviabilizando a aprovação do projeto. A proposta
original, do deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC), prevê a unificação de regras
entre os setores de TV a cabo, MMDS e via satélite (DTH), liberando
integralmente a entrada das teles. A proposta aguarda votação na Comissão de
Defesa do Consumidor da Câmara.
Enquanto a lei não é modificada, as empresas de telefonia estão avançando em
outros segmentos, como o de TV por satélite. Diferentemente do cabo, que
precisa de licitação, para prestar serviço via satélite basta solicitar a
licença à Anatel. No segmento de MMDS, as empresas de telefonia celular querem
ter o direito de utilizar a frequência da TV por assinatura via micro-ondas
terrestres (2,5 GHz) em serviços de telefonia móvel, como banda larga móvel.
As operadoras de TV por assinatura são contra, argumentando que precisam dessa
frequência para competir no mercado de televisão paga e internet. As
informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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Fonte: Computerworld
Previsão é que tema seja discutido na próxima reunião do conselho diretor da
agência, que acontece em 29/01
Este ano a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) deverá realizar uma
licitação para novas outorgas de prestação de serviços de TV por assinatura,
por meio das tecnologias cabo e MMDS (Distribuição de Sinais Multiponto
Multicanal).
A previsão é que o assunto seja avaliado na próxima reunião do conselho
diretor do órgão regulador, que acontece no dia 29/01/09, em Brasília. O tema
esteve na pauta do último encontro do conselho do ano passado, que aconteceu
em 19/12/08, mas houve um pedido de vistas e ele acabou não sendo discutido.
De acordo com o texto original do "Planejamento do Serviço de TV a Cabo e
Serviço de Distribuição de Sinais /Multiponto Multicanal", que permaneceu em
consulta pública entre 11/01/2006 e 27/03/06, a agência pretende estabelecer
os serviços em todos os municípios brasileiros, sem listas pré-definidas de
localidades para as outorgas dos serviços, como acontecia anteriormente.
Serviço está presente em 8,4% dos municípios
Estatísticas da Anatel mostram que a penetração do serviço de TV por
assinatura é baixa no Brasil, com cerca de metade da população (51,9%, ou 91
milhões de pessoas) com acesso a ofertas do tipo, em 8,4% dos municípios País
que têm o serviço por meio das tecnologias MMDS, cabo, ou ambas.
As empresas de TV por assinatura somam 6,1 milhões de usuários, de acordo com
estatísticas da agência de setembro do ano passado, e outros 2,4 milhões de
clientes de banda larga, segundo a ABTA (Associação Brasileira de TV por
Assinatura).
A tecnologia de TV a cabo responde pela maior parte dos clientes, com 62,14%,
seguida pelo DTH (Direct to Home), com 33,88%, e pelo MMDS, com 3,96%. Apenas
a Net e a TVA oferecem serviço de banda larga por meio de suas redes de cabo.
A Net, que usa o cabo como tecnologia, é a líder do segmento, com market share
de 48% no mercado de TV por assinatura e 18% de banda larga. Em segundo lugar,
está a Sky/DirectTV, que utiliza o DTH como tecnologia, detém cerca de 31% do
mercado.
Teles de olho no mercado
As operadoras de telecomunicações vêm demonstrando amplo interesse em entrar
neste mercado, para oferecer os chamados pacotes triple play, que reúnem TV
por assinatura, banda larga e telefonia. O grande diferencial dessas ofertas,
de acordo com Julio Püschel, analista sênior do Yankee Group, é a
possibilidade de reduzir o dos produtos por consumidor e, ao mesmo tempo,
aumentar o ARPU (Receita Média por Usuário) de um único fornecedor.
"TV por assinatura ganhou grande importância quando a Net lançou seus combos
triple play, porque a empresa conseguiu atrair clientes de banda larga, que
têm um ARPU maior que a média", avalia.
Atualmente, Telefônica, Oi e Embratel oferecem serviços de TV por assinatura,
utilizando as tecnologias MMDS e DTH, já que a Lei do Cabo impõe restrições à
participação das teles na TV a cabo.
De acordo com a legislação, empresas de telefonia não podem ter participação
superior a 20% no negócio de cabo em sua área de concessão. Além disso,
companhias de capital estrangeiro devem respeitar o limite de 49% na
participação acionária em negócios do setor.
A mudança neste cenário depende do andamento do Projeto de Lei 29 (PL 29), que
tramita no Congresso Nacional ainda sem perspectiva real de aprovação.
"Mesmo com essa restrição, as teles têm encontrado alternativas diferentes
para entrar neste segmento", comenta Püschel, referindo-se às ofertas DTH das
operadoras de telecomunicações e a aquisições de TVs a cabo pelas teles, como
aconteceu com a WayTV, adquirida pela Oi, e ao negócio envolvendo TVA e
Telefônica.
MENSAGEM DE 11 DE
MARÇO DE 2006 - Os links podem estar descontinuados!
MMDS (Multipoint
Multichannel Distribution System) está no noticiário e precisamos fazer
uma ambientação e nivelar conhecimentos. Apertem os cintos. :-))
Nesta página a ANATEL
define:
O Serviço de
Distribuição de Sinais Multiponto Multicanais -
MMDS é
uma das modalidades de serviços especiais, regulamentados pelo decreto
nº 2196, de 08 de abril de 1997, que se utiliza de faixa de microondas
para transmitir sinais a serem recebidos em pontos determinados dentro
da área de prestação do serviço.
A mídia costuma tratar MMDS como "TV por assinatura via microondas" e
nos USA é chamada de "wireless cable".
Do mesmo site, transcrevo também duas notícias que informam do uso do WiMAX em
freqüências de MMDS:
Alguém trabalhando com MMDS? Mais informações, principalmente técnicas?
Digitalização, mobilidade...? Obrigado!
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
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Anatel aprova regulamento para MMDS (link
descontinuado)
Quinta-feira, 9 fevereiro de 2006 - 16:51
COMPUTERWORLD
O conselho diretor da Anatel aprovou na quarta-feira (08/02) o novo
regulamento sobre condições de uso de radiofreqüências nas faixas de 2.170 a
2.182 MHz e de 2.500 a 2.690 MHz. O regulamento mantém estas faixas para
uso, em caráter primário, do serviço MMDS (Serviço de Distribuição de Sinais
Multiponto Multicanal) e permite o provimento de serviços multimídia e
mobilidade restrita.
O regulamento aprovado também destaca a manutenção das faixas
- de 2.500 a 2.690 MHz e
- de 2.170 a 2.182 MHz
para o MMDS, em caráter primário;
a destinação de 110 MHz, em caráter primário, nas faixas
- de 2.500 a 2.530 MHz e
- de 2.570 a 2.650 MHz para prestação do SCM (Serviço de Comunicação
Multimídia);
e o uso das faixas
- de 2.500 a 2.530 MHz e
- de 2.570 a 2.650 MHz para novas outorgas de MMDS utilizando a técnica
digital.
O novo regulamento prevê ainda a prorrogação das atuais autorizações de uso
das radiofreqüências, uma única vez, e somente podendo ocorrer indeferimento
em três casos: se for constatado que as radiofreqüências não estão sendo
utilizadas de forma racional e adequada; se a autorizada cometer infrações
reiteradas em suas atividades ou então, se for considerada necessária a
modificação de destinação do uso de radiofreqüências.
A regulamentação vem no momento em que as prestadoras devem começar a
informar à Anatel o interesse na renovação das atuais outorgas de MMDS, para
que possam efetivamente renová-las. De acordo com a LGT, esse interesse deve
ser manifestado à Agência três anos antes do vencimento da outorga. Neste
ano, dez prestadoras têm até 16 de fevereiro para informar o seu interesse,
já que as outorgas vencerão em 2009.
Segundo a agência, o novo regulamento abre caminho para explorar de forma
eficiente e moderna o uso da faixa de 2,5 GHz. Permite, no atual cenário de
convergência tecnológica e de serviços, o surgimento de competidores no
mercado de acesso em banda larga com fio (por exemplo: linha telefônica
usando DSL) ou sem fio. Abre, também, caminho para a rápida inclusão digital
de parcela significativa de brasileiros residentes em municípios onde não há
alternativas para o provimento desses serviços de forma economicamente
viável.
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Definições de mmds na
web em inglês:
- Multichannel, Multipoint Distribution System. A wireless cable system
capable of being encoded for pay-per-view and subscriber services.
www.cdtv.ca/en/glossary.htm
Multichannel Multipoint Distribution System. Terrestrial microwave
system used to distribute high-bandwidth services to end-users at homes and
offices. Advantage of MMDS over satellite-based services is in its ability
to include local content programming.
www.satelliteretailers.com/glossary.html
A method of delivering television signals digitally by microwave
transmission to subscriber households. Can offer up to 120 channels within a
40 mile radius of the transmitting antenna.
www.horizonmedia.com/glossary/m.htm
Multichannel Multipoint Distribution System (see also).
bwcecom.belden.com/college/Cable101/wire%20glossary.HTM
Multi-channel Microwave Distribution System: an analogue broadcasting
medium which allows distribution of a number of analogue television channels
(typically ten). Used to provide 'cable television' in areas where
cable-laying is not viable.
www.forfas.ie/ncc/reports/ncctelecom/glossary.htm
Multichannel Multipoint Distribution Service (network) A broadband
wireless technology, a form of cellular radio that operate at frequencies of
2 GHz. MMDS can be an alternative to the local loop and permits a high
bandwith traffics up to 10 Mbis/s. One of the technologies used to bypass
the bottleneck of "the last mile" (local loop). Others technologies to solve
this problem are DSL and cable modem.
www2.themanualpage.org/glossary/glo_m.php3
Multi-channel Multi-point Distribution Service, a fixed wireless service
for data, voice and video which operates in the 2.5 GHz band in North
America and in the 3.5 GHz bandwidth internationally.
www.polyphonic-ringtones-ring-tones.net/mobile-phone-glossary-j-m.html
Multichannel Multipoint Distribution Service, wireless method of
remotely sending conventional cable TV service to rural areas or over long
distances using microwave radio frequencies.
www2.aj-services.com/some_terms_that_will_be_used_and.htm
Multichannel multipoint distribution service, also known as MMDS or
wireless cable, is a wireless telecommunications technology, used for
general-purpose broadband networking or, more commonly, as an alternative
method of cable television programming reception. MMDS is used in the United
States and other countries, including Canada, Mexico, Ireland and Australia,
usually in sparsely populated rural areas, where laying cables is not
economically viable.
en.wikipedia.org/wiki/MMDS
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A nova regulamentação da Anatel sobre a utilização do espectro de 2,5 GHz,
divulgada nesta quarta-feira, 8, reconhece o enorme potencial do MMDS como
plataforma de serviços convergentes. Está é a opinião Leila Loria, diretora
superintendente da TVA, operadora de TV por assinatura que utiliza o MMDS.
A executiva diz que a norma divulgada pela Anatel está alinhada com a
realidade brasileira em termos de serviços convergentes. “O país tem uma
grande demanda por tecnologias sem fio, que permitem atender a sociedade a
custos mais acessíveis”, explica Leila. “A nova regulamentação abre caminho
para a implementação desses serviços em larga escala, tornando-se uma
importante ferramenta nas ações de inclusão digital”, completa.
Um ponto de destaque do novo regulamento, segundo ela, é a garantia de
renovação das autorizações de uso das atuais operadoras, reconhecendo o
trabalho desenvolvido por essas empresas. “Ficamos muito satisfeitos com a
decisão da Anatel, pois a TVA sempre apostou no MMDS como plataforma
multisserviço para distribuição de conteúdo”, destaca Leila. “A garantia da
renovação das outorgas dá mais segurança para os investimentos das empresas
no desenvolvimento de novas tecnologias utilizando o MMDS, como a TVA já vem
realizando sistematicamente, o que assegura uma posição de vanguarda
tecnológica para o país”, reforça.
No ano passado a TVA, que possui autorização de uso do MMDS nas cidades de
São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre, investiu na
digitalização de sua rede MMDS na capital paulista, ampliando sua área de
atuação e os serviços. Também em 2005 a operadora assinou parcerias com
Samsung e Intel, além de participar do WiMAX Forum, entidade mundial que
trabalha no desenvolvimento do padrão mundial para a nova tecnologia de
banda larga sem fio.
Em 2006 a TVA fará os primeiros testes na cidade de São Paulo da tecnologia
WiMAX versão móvel desenvolvida pela Samsung, além de trabalhar para
digitalizar sua rede MMDS no Rio de Janeiro. “A TVA foi pioneira no Brasil
na utilização do MMDS em TV por assinatura e continua sendo na exploração
das novas possibilidades, confirmadas pela regulamentação da Anatel”,
conclui Leila. Da Redação
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O Conselho Diretor da Anatel aprovou nesta quarta, 8/2, o novo regulamento
sobre de uso das faixas de 2.170 MHz a 2.182 MHz e de 2.500 MHz a 2.690 MHz.
São as faixas do serviço de MMDS. Pelo que foi decidido, estas faixas
continuarão a ser ofertadas primariamente para o MMDS.
A novidade é que os atuais operadores tiveram preservados os seus 186 MHz de
banda atual, e têm a garantia de que a situação assim permanecerá, mesmo na
renovação de suas outorgas (que acontecerá uma única vez), caso o espectro
esteja sendo utilizado racionalmente. Outra novidade é que os autorizados de
MMDS poderão, em 110 MHz de sua faixa, prestar serviços de Serviço de
Comunicação Multimídia, inclusive com mobilidade restrita.
A Anatel ainda não estabeleceu os limites a esta mobilidade, e pretende
fazer isso apenas futuramente. Segundo Leila Loria, presidente da TVA, a
agência atendeu exatamente ao que os operadores do MMDS esperavam como forma
de modernizar e viabilizar o uso da faixa para serviços convergentes.
Vale lembrar que as empresas de MMDS apostam que, com o WiMax, suas redes
serão plataformas de banda larga para uma variedade de serviços que vai
muito além da simples transmissão de sinais de vídeo.
A principal mudança no uso da faixa fica para quem tem outorga de MMDS mas
ainda não usa de forma eficiente o espectro, ou para os novos operadores. No
primeiro caso (uso ineficiente, o que significa dizer, operações que não
existem comercialmente) a Anatel não garante a renovação. No segundo caso
(novas outorgas), a outorga será dada apenas a 110 MHz de banda.
Ficaram reservados 40 MHz da faixa para o UMTS, contra 90 MHz previstos
originalmente.
Operadores de SCM que no futuro queiram a faixa de MMDS para operar também
trabalharão em 110 MHz apenas, desde que disponíveis na cidade.
O regulamento deve sair publicado na próxima semana, e vem no momento em que
a agência começa a oficiar os operadores a se manifestarem sobre o interesse
na renovação de suas freqüências. Este ano, dez prestadoras terão que dizer
se querem ou não renovar, já que suas licenças vencem em 2009. Além destas,
outras 16 vencem em 2013, 16 em 2014, 34 em 2015, uma em 2016 e uma em 2017.
Da Redação
Nas vésperas do dia de Natal, no final do ano passado, o Ministério das
Comunicações assinou com as empresas ITSA (controladora das operadoras Mais
TV de televisão por assinatura por MMDS) e o grupo Abril um contrato para a
realização de um experimento de inclusão digital por dois anos em Belo
Horizonte e Brasília.
O resultado do convênio será o oferecimento de Internet em banda larga, VoIP
e Televisão por Assinatura em 25 escolas públicas e telecentros.
O sistema com alta capacidade de transmissão (75 Mbp/s) utilizará a
tecnologia WiMAX nas frequências do MMDS licenciadas para a ITSA. De acordo
com o padrão 802.16d determinado pelo IEE para o WiMAX, a tecnologia pode
ser utilizada entre as faixas de freqüência de 2 GHz a 11 GHz (o MMDS opera
em 2,5 GHz).
Além da tecnologia wireless de alta capacidade, a proposta incorpora o
conteúdo pedagógico fornecido pelo grupo Abril: Revista Escola,
Superinteressante, Almanaque Abril e Veja nas Escolas, além de canais
educativos como a própria TV Escola do Ministério da Educação, Canal Futura
e os canais legislativos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Vitrine
De acordo com Dilton Caldas, diretor geral de operações da ITSA, o projeto é
uma vitrine para demonstrar ao governo a utilidade da plataforma do MMDS
para a realização dos projetos de inclusão digital. "Espera-se que o governo
convide as operadoras do MMDS para participar das licitações que deverão
promover a inclusão digital", explicou Caldas.
Além da ITSA, também realizarão convênios semelhantes nas localidades onde
operam, a TV Show, ACOM e TVA (totalizando cerca de 250 localidades). "A
idéia é ter em dois anos pelo menos 150 escolas atendidas por cada uma
destas empresas para dar volume à experiência", esclarece Dilton Caldas.
O projeto completo deverá custar às empresas cerca de R$ 6 milhões. Os
outros parceiros que participam do projeto são a Intel (integradora), Cisco
e Aperto como fornecedoras de redes e equipamentos. Carlos Eduardo Zanatta
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ABTA
Tecnologia - Cabo, MMDS e DTH
No Brasil, são empregadas três tecnologias de distribuição de sinais de
televisão por assinatura, com características bastante diferenciadas: o
cabo, o MMDS (Multipoint Multichannel Distribution System) e o DTH (Direct
to Home - bandas C e Ku). Existe ainda uma quarta modalidade, em UHF
codificado, com apenas um canal de programação, mas sem nenhuma expressão
econômica.
O cabo é
o sistema de distribuição mais utilizado no Brasil. Seu custo de instalação
por domicílio atingido é mais alto que o de outros sistemas, mas uma rede de
cabo pode ser utilizada posteriormente para a prestação de diversos outros
serviços, como comunicação de dados, acesso à Internet, telefonia, etc. No
início, as redes de distribuição de sinais de TV paga foram projetadas para
atender, principalmente, o público residencial, mas a rede física passa por
mercados residenciais e por mercados corporativos, abrindo a possibilidade
de estender os serviços ao mercado corporativo, especialmente voz,
comunicação de dados e acesso á Internet em alta velocidade.
A maioria das redes de cabo segue a arquitetura HFC (Hybrid Fiber/Coaxial),
que combina cabos ópticos e cabos coaxiais. Os cabos ópticos, mais caros e
de maior capacidade, transportam o sinal do headend até os hubs secundários.
Nos hubs os sinais ópticos são convertidos em sinais elétricos e levados
pelos cabos coaxiais até os assinantes, em rede aérea ou subterrânea,
tornando sua implantação bastante lenta, especialmente nos grandes centros
urbanos.
No headend ficam localizadas as antenas que recebem os sinais das
programadoras, provenientes de satélites, ou do ar, no caso das TVs abertas.
Ali os sinais são processados, multiplexados e, em seguida, distribuídos por
meio do cabo.
Por trafegarem dentro de um cabo blindado contra interferências externas, os
sinais podem ocupar um espectro bastante amplo de radiofreqüências. As redes
de cabo podem ter largura de banda de 450 MHz até 870 MHz, dependendo do
cabo utilizado. Para se ter idéia do que isto representa em capacidade,
registre-se que um canal de TV analógico utiliza 6 MHz de largura de banda.
Quando se digitaliza o sinal, pode-se trafegar número muito maior de canais
na mesma faixa, dependendo da qualidade da rede e da técnica de compressão
utilizada, que permite multiplicar por até 10 sua capacidade.
Para receber os sinais em casa, o assinante precisa ter um televisor pronto
para receber sinais do cabo (cable-ready) ou utilizar um conversor
(converter), que recebe os sinais e os converte para uma freqüência
compatível com o aparelho de televisão. Se os canais forem codificados, será
necessário usar um decodificador (decoder), em vez do conversor.
As redes de cabo mais modernas são também bidirecionais. Ou seja, podem
transportar informações da casa do assinante ao headend. Isso permite seu
uso para sistemas interativos, como acesso à Internet e TV interativa, entre
outros. Esses serviços também podem estar disponíveis nas redes
unidirecionais, mas nesse caso o retorno do sinal é feito por um modem
convencional, pela linha telefônica.
O serviço de TV a Cabo cobre principalmente as áreas urbanas e permite a
transmissão de programação com conteúdo local, pois o headend está situado
no local da prestação do serviço.
O MMDS (Multipoint
Multichannel Distribution System) é
também chamado nos EUA de wireless cable. No MMDS, os sinais são
distribuídos aos assinantes por meio de microondas terrestres, de forma
semelhante aos canais da TV aberta.
O sistema foi regulamentado no Brasil como uma das modalidades do Serviço
Especial de Telecomunicações, pelo Decreto n.º 2.196, de 1997. Os sinais do
MMDS cobrem uma área com raio de até 50 quilômetros, levando a programação
tanto às áreas urbanas quanto às periféricas. Permite também a transmissão
de programação local, pois o headend está situado o local da prestação do
serviço. Sua capacidade é de até 31 canais analógicos ou de cerca de 180
canais digitais, mas novas tecnologias demonstram a viabilidade de
ampliar-se ainda mais o número de canais digitais transmitidos. Uma de suas
principais vantagens é a portabilidade proporcionada pelo sinal de
microondas, que permite a recepção do sinal em qualquer ponto da área de
cobertura, em geral toda a cidade.
Desta forma, um assinante que mude de endereço não terá dificuldade em
transferir o serviço para o novo endereço.
O headend de MMDS funciona de forma semelhante a uma emissora de televisão.
Ele recebe, codifica e transmite os sinais das programadoras aos receptores
por meio de microondas terrestres. Para compensar a perda de intensidade do
sinal com a distância percorrida e com obstáculos, como prédios ou acidentes
geográficos, são instalados amplificadores e beam benders, equipamentos que
refletem o sinal e tornam possível a visada das antenas.
A capacidade de canais do MMDS é menor que a do cabo porque o sistema dispõe
de uma faixa mais estreita do espectro de radiofreqüências. Essa capacidade
pode ser aumentada, entretanto, com a digitalização dos sinais. Por outro
lado, a instalação de um novo sistema de MMDS em uma cidade tem custo menor
que o sistema de cabo porque não há o custo da cabeação e as antenas e
receptores são colocados nas residências apenas na medida em que surgem
novos assinantes.
O DTH (Direct to Home) é
um sistema de TV paga no qual o assinante instala em casa uma antena
parabólica e um receptor/decodificador, chamado IRD (Integrated Receiver/Decoder),
e recebe os canais diretamente de um satélite geoestacionário. Entre suas
vantagens está a cobertura nacional ou mesmo continental, com mais de 180
canais digitais, e a rápida implantação.
Contrariamente às tecnologias de cabo e MMDS, o DTH não viabiliza a inserção
de programas de conteúdo local, pois a programação é a mesma para todos os
assinantes, em toda a área de cobertura.
O headend de um sistema de DTH é chamado de uplink center porque é de lá que
os sinais recebidos pela operadora sobem para o satélite (uplink). O custo
inicial do sistema é elevado, pois envolve o aluguel de espaço em satélites
e montagem de uma rede nacional de distribuição e de venda. Em compensação,
o serviço cobre praticamente todo o território nacional, variando um pouco
de acordo com a pegada (footprint) de cada satélite.
Todos os serviços de DTH no Brasil - DirecTV, Sky e Tecsat na banda KU, e
Digisat na banda C - , usam sinais digitais, o que permite, além de
excelente qualidade de som e de imagem, melhor aproveitamento do caro espaço
que ocupam nos satélites.
Os primeiros serviços de DTH no Brasil usavam a banda C, a mesma faixa de
freqüências usada pelas emissoras de TV aberta para levarem seu sinal às
afiliadas em todo o País, com o mesmo tipo de antena parabólica. Hoje se
calcula que haja mais de 5 cinco milhões de parabólicas instaladas no País
para captar estes sinais.
A maioria dos assinantes usa o sistema de banda KU, com antena parabólica
bem menor, que pode ser instalada com facilidade mesmo dentro das
residências. Serviços de acesso à Internet via satélite já existem nos EUA,
mas sempre com o canal de retorno por telefone. Serviços de acesso
bidirecional via satélite ainda estão em teste.