Fonte: Monitor Mercantil
[10/07/09]
Uso da rede elétrica pela Web pode reduzir
tarifa de energia
O uso da rede elétrica para a distribuição
de serviços de Internet em alta velocidade poderá baratear as tarifas de
energia. Proposta da área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),
que examina o assunto, prevê que 90% da receita obtida pelas distribuidoras
de energia com o aluguel dos fios para as empresas de Internet terá de ser
empregada na redução de tarifas de eletricidade.
A resolução que definirá as regras para o uso
da Internet pela rede elétrica deve ser votada pela diretoria da Aneel ainda
neste mês. O assessor da Superintendência de Regulação da Distribuição,
Carlos Mattar, disse que o critério já é utilizado no aluguel de postes para
passagem dos cabos da telefonia. "A distribuidora não tem custo nenhum (com
isso)." Ele explicou que, se houver necessidade de investimento na rede, a
empresa de telecomunicações é que arcará com o custo. O mesmo ocorre com os
postes. "Ela (a distribuidora) não vai investir um centavo e ainda vai
ganhar 10%."
A resolução da Aneel, segundo Mattar, deixará
claro que a locação não pode comprometer nem alterar o fornecimento de
energia elétrica. Pela legislação, as distribuidoras não poderão operar
diretamente os serviços de Internet. Se estiverem interessadas em entrar no
negócio, terão de criar uma subsidiária específica. Para definir as regras,
a Aneel estudou a experiência internacional, que mostra que vários países já
têm utilizado a tecnologia de PLC (Power Line Communication), para prestar
serviços de internet em alta velocidade.
Cobrança
"Já que a tecnologia existe, e há muitas
empresas interessadas, vamos disponibilizar a rede de distribuição para que
esse serviço seja prestado, conforme algumas regras estabelecidas por nós."
O relatório da área técnica foi concluído no mês passado, mas foi feita uma
alteração a pedido do diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, no artigo que
trata da oferta das redes. Hubner quer que as empresas sejam obrigadas a dar
publicidade ao aluguel da infra-estrutura, para que os interessados saibam
que a rede está disponível e possam competir em condições de igualdade.
Até o fim do ano a Aneel deve fixar o valor
que as distribuidoras poderão cobrar pelo aluguel dos postes para as
empresas de telefonia. Hoje, como não há uma regra, cada uma cobra o que
quer. Os preços variam de R$ 1 a R$ 16 por mês por poste, a média é de R$ 3.
A AES Eletropaulo, distribuidora que atende a Região Metropolitana de São
Paulo, tem 2,37 milhões de postes, o que gera uma receita estimada de cerca
de R$ 7 milhões mensais com cada companhia de telefonia que utiliza sua
infra-estrutura para passar os cabos. A definição do valor fixo vai ajudar a
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no cálculo das tarifas das
concessionárias de telefonia fixa, uma vez que será possível saber quanto
cada empresa pagou pelo aluguel.
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Mesmo sem a regulamentação da Aneel que dará
sinal verde para a oferta do PLC - serviço de acesso à Internet pela rede
elétrica -, os pequenos provedores já vislumbram um enorme mercado
potencial para os seus serviços. Hoje os pequenos provedores atuam
basicamente alugando capacidade das concessionárias de telecomunicações.
Na medida em que as concessionárias de energia (ou as suas subsidiárias de
telecomunicações) possam alugar sua rede para terceiros, os pequenos
provedores surgem como opção natural para levar o serviço ao usuário
final. Dentro da Aneel, entretanto, ainda não há consenso sobre esse
ponto. "A cessão de infraestrutura é o ponto de interrogação no setor. Na
visão da Aneel esse é o ponto mais complicado do processo", diz o
consultor Edmundo Matarazzo.
Ricardo Sanchez, presidente do Conapsi
(Conselho Nacional dos Provedores de Serviços de Internet) e membro do
conselho consultivo da Anatel, acredita que dificilmente a regulamentação
sairá de forma que os pequenos provedores fiquem fora desse negócio. "Não
acredito que a regulamentação queira novamente levar a falta de competição
na infraestrutura a todos os outros serviços", diz ele.
Vencida a barreira regulatória é possível
questionar qual seria o interesse da subsidiária de telecom da
concessionária de energia em permitir que o pequeno provedor preste o
serviço para o usuário final ao invés de ela própria, afinal boa parte
dessas empresas têm licença de SCM.
Pedro Jatobá, presidente da Aptel, explica que as empresas de energia não
têm interesse em prestar serviços de telecomunicações, o que significaria
gerenciar clientes, construir call center e etc. "Esse não é o negócio
delas".
As concessionárias de energia estão
trabalhando no conceito de smart grid, que basicamente, consiste
em dar uma comunicação de dados à rede elétrica de ponta a ponta. Assim,
os medidores poderão ser lidos de maneira remota, novos serviços poderão
ser criados - como a oferta customizada de energia - fraudes poderão ser
evitadas e etc. A idéia do setor, que está em discussão na Aneel, é como
permitir a cessão para terceiros da infraestrutura ociosa de dados. "O
objetivo principal da smart grid é melhorar a oferta de energia e reduzir
os custos. Mas se não existir outra forma de acesso à Internet naquela
localidade, faz sentido do ponto de vista comercial e de país oferecer
essa capacidade para exploração de terceiros", diz Jatobá.
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Na próxima semana, o Conselho Diretor da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) começa a analisar o relatório
sobre o uso da rede elétrica para a transmissão de dados, ou seja, a
possibilidade dos consumidores utilizarem serviços de banda larga de
internet pelo sistema elétrico. O regulamento do PLC (Power Line
Communications), sigla em inglês para comunicação por linha de energia, está
pronto e, a julgar por projetos já em andamento, promete uma mexida no
mercado atualmente dominado pelas operadoras de telecom.
As distribuidoras de energia não poderão tocar
o serviço diretamente. Pela regra proposta devem oferecer a infraestrutura
de rede para quem quiser operar a banda larga pela tomada. A Aneel manterá a
proibição de que as empresas do setor ofereçam o serviço diretamente,
contrariando a posição das distribuidoras, mas há uma flexibildidade. Isso
porque essas empresas poderão entrar no mercado de internet através de uma
pessoa jurídica criada especificamente para isso.
Nesse ponto, por sinal, está o ajuste pedido
pelo presidente da Aneel, Nelson Hubner, à área técnica da agência: a
exigência de ampla publicidade, por parte das distribuidoras, de que há
oferta de infraestrutura para a transmissão de dados. Mas pelo ânimo já
demonstrado por parte dessas empresas, o 'aluguel' da rede não deve ser o
foco do negócio e sim, como mencionado, a oferta de banda larga pelo setor
elétrico, numa concorrência para as operadoras de telecomunicações.
Daí uma regra que não estará expressa no novo
regulamento, mas que segue o padrão já adotado no setor - a receita extra da
concessão do serviço de energia elétrica deverá ser majoritariamente
destinada à modicidade tarifária. Assim, de cada R$ 10 arrecadados com a
prestação de serviços de internet, R$ 9 entrarão como ganho de produtividade
na fórmula que define a tarifa de energia. O R$ 1 restante é que será a
receita com a banda larga.
Ainda que sejam necessários investimentos para
a prestação do serviço de internet, a leitura da Aneel é de que os
equipamentos que permitem o PLC estão cada vez mais baratos e eficientes,
além do fato das redes de energia em si estarem amortizadas. Daí a visão de
que mesmo com o privilégio à modicidade tarifária, a partilha da receita
ainda deixará o negócio Internet interessante para as empresas.
A proibição de oferecer internet diretamente
criará, porém, um entrave legal para as distribuidoras - os contratos dessas
empresas, donas da rede elétrica, com a prestadora de banda larga deverão,
obrigatoriamente, passar pelo crivo da Aneel quando se der entre firmas do
mesmo grupo. Ou seja segue a regra de contratos entre partes relacionadas,
que precisam de autorização do órgão regulador do setor, como previsto na
resolução 334/08 da agência.
Modelo de custos
Após a regulamentação do PLC, a Aneel passa a
se debruçar sobre um assunto que até pouco tempo era tabu na agência: o
estudo de um modelo de custos para a oferta da infraestrutura. A Anatel já
tinha tentado que a reguladora de energia entrasse nessa seara e definisse
um teto para o que as distribuidoras podem cobrar pelo 'aluguel' da rede,
mas a Aneel alegava não ter competência para tal.
Essa interpretação mudou dentro da agência,
que agora entende ser possível elaborar um modelo de custos. Estudos
técnicos sobre isso já estão sendo analisados, mas a definição desse modelo
ainda é uma incógnita. Há interesse em que seja definida uma faixa de custos
pelo aluguel da rede, mas a agência pode acabar concluindo ser inviável
determiná-la.
Caso isso aconteça será uma regra a ser
expedida depois da definição do marco legal do PLC – assunto em condições de
ser votado pelo conselho diretor da Aneel já nas próximas semanas. Se for
por esse caminho, a Aneel definirá um prazo para que os contratos que já
tenham sido assinados se adaptem à faixa de preços definida. A grande
mudança, nesse caso, está na postura da Aneel que, até pouco tempo, não
queria sequer falar no assunto.
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Uma deficiência para a regulamentação do PLC
(Power Line Communications) no Brasil proposta no texto apresentado pela
ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) na audiência pública sobre o
assunto é a figura de concessionária de PLC criada para representar a
empresa que explorará comercialmente o serviço, o que excluiria do processo
as distribuidoras de energia elétrica.
O texto proposto para regular o assunto aborda
o tema com o enfoque de compartilhamento de infraestrutura, e isso coloca em
risco a distribuição de energia além de criar problemas futuros, dada a
possibilidade futura de reversibilidade dos bens ao final dos contratos de
concessão.
Segundo a APTEL (Associação de Empresas
Proprietárias de Infraestrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações),
o investimento na tecnologia PLC é inevitável em função do contexto das
redes inteligentes (smart grid) e o que pode ocorrer é uma
antecipação deste investimento por parte das empresas de energia. “A
evolução tecnológica das redes terá impacto na melhoria da oferta de energia
e apenas o excedente da capacidade será usado para a comercialização de
outros serviços, como banda larga, por exemplo. Mas para isso viabilizar-se,
as empresas precisam vislumbrar um retorno, como a possibilidade de vender o
excedente para empresas de telecomunicações. Para isso, até admite-se
repassar uma parte deste ganho para a redução tarifária de energia
elétrica”, afirma o presidente da entidade Pedro Jatobá. “O que não pode
ocorrer é as distribuidoras de energia elétrica serem meras fornecedoras de
infraestrutura”, completa ele.
Esse foi um dos temas discutidos pela APTEL e
Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) na
recente reunião que tiveram com a Aneel. Segundo o presidente da APTEL, o
PLC é o pontapé inicial para a criação de um setor elétrico digital. “A
tecnologia PLC futuramente será parte de uma smart grid, ou seja, uma rede
convergente de telecom sobre a rede elétrica que pode impulsionar o setor de
energia e transformar a rede em uma importante plataforma de convergência de
serviços”, diz Jatobá.
No encontro com a Aneel, a APTEL e a ABRADEE
receberam a solicitação de elaborar uma proposta de plano nacional de
transição tecnológica no ramo de energia (nos mesmos moldes do que foi feito
quando da implantação da televisão digital no País), promovendo a
digitalização em toda cadeia de distribuição.
O que é
PLC - PLC (Power Line Communications) ou BLP (Broadband Over Powerline) é o
sistema de telecomunicações que utiliza a rede elétrica como meio de
transporte para a comunicação digital de banda larga de sinais, tais como,
internet, vídeo, voz, entre outros.
A informação pela rede elétrica
A transmissão de sinais pela rede elétrica não é nenhuma novidade. Desde os
primórdios da existência das redes de transmissão de energia elétrica, os
fios utilizados para a condução da energia foram utilizados para a
transmissão de sinais analógicos de voz a longas distâncias, através de um
antigo sistema chamado OPLAT (Onda Portadora em Linha de Alta Tensão). O que
diferenciava as transmissões de energia e informação eram as suas
frequências (muito baixa para a energia e bem mais alta para a informação).
Esta tecnologia era usada principalmente no desenvolvimento de acampamentos
e no início da consolidação de comunidades no entorno de empreendimentos
hidroelétricos.
Um dos grandes empecilhos para um maior
desenvolvimento desta tecnologia era que a transmissão analógica da
informação tinha o seu alcance determinado pela potência dos transmissores
instalados em cada um dos terminais da linha, portanto os sistemas operavam
com um baixo número de portadoras discretas e altíssimas potências de
transmissão.
A era das comunicações digitais de alta
velocidade através das redes elétricas, denominada de tecnologia PLC (Power
Line Communication) ou BPL (Broadband Over Powerline), teve início em 1991,
quando a empresa Norweb Communications – sediada em Manchester na Inglaterra
– iniciou uma etapa de testes em campo, no sentido de investigar o uso
destas estruturas para a transmissão de sinais.
A utilização de técnicas de telecomunicações
digitais na transmissão de sinais de informação através da rede elétrica
abriu um novo horizonte de aplicações até então inacessíveis pela tecnologia
anteriormente adotada.
As redes de transmissão e de distribuição de
energia elétrica em todos os níveis – transmissão, sub-transmissão ou
distribuição – são projetadas de forma a permitir o fluxo da energia da
forma mais eficiente possível, ou seja, com os menores índices de perdas.
Deste modo, estas estruturas não foram concebidas visando à transmissão de
sinais de alta freqüência. Do ponto de vista do uso como um canal para
comunicação, as redes elétricas representam um meio extremamente instável e
hostil.
A solução encontrada para superar os problemas
encontrados neste canal baseou-se na utilização de um robusto esquema de
modulação. Além de prover uma importante ferramenta para combater os
principais obstáculos apresentados pelo canal, como o efeito de
multipercurso ou o desvanecimento seletivo em freqüência, uma técnica de
modulação bem empregada pode minimizar o impacto de outros efeitos impostos
pelo meio de comunicação, como a atenuação e as variações de fase,
simplificando a estrutura do receptor.
Smart Grid
A indústria de energia elétrica se encontra na
iminência de uma transformação. Os clientes de energia estão demandando
maior confiabilidade, mais escolhas e um fluxo constante de informação –
tudo em preços constantes, ou mesmo menores.
Sem uma visão unificada, no entanto, os
aspectos associados ao sistema de energia serão aplicados individualmente
pelas concessionárias, agências governamentais e organizações ligadas ao
setor de energia. O conjunto de resultados de atividades de desenvolvimentos
isolados será um sistema de energia cercado por “ilhas de separação”, onde o
sistema de energia do futuro é realizado apenas em áreas limitadas ou em
pequena escala. A Arquitetura SmartGrid vence este desenvolvimento isolado e
é o primeiro passo para unir as organizações de energia elétrica em sua
jornada rumo ao futuro.
São vários os motivadores que levam a esta
busca por uma revolução tecnológica no sistema de energia elétrica:
- O mercado que, a cada dia mais liberalizado,
exige maior competitividade, com preços mais baixos e maior eficiência, o
que exige inovações tecnológicas;
- Os requisitos cada vez maiores quanto à
segurança e qualidade da energia fornecida, comprometidos com o consumo
crescente de energia e a não disponibilidade de energia primária na mesma
ordem, exigindo que se obtenha maior “capacidade” de atendimento na rede
atual;
- As exigências cada vez maiores de
preservação das condições ambientais, para redução da poluição e em virtude
das grandes mudanças climáticas decorrentes, com o objetivo de preservação
da natureza e da vida animal, e que dificultam a implantação de grandes
usinas geradoras de energia.
A visão desta Arquitetura SmartGrid da rede
elétrica do futuro é a seguinte:
- Um sistema de energia construído a partir de
numerosos sistemas de transmissão e distribuição automatizados, todos
operando de uma maneira eficiente e confiável;
- Um sistema de energia que trata condições
emergenciais com ações de “auto-recuperação” e que busca atender as
necessidades do mercado de energia e das concessionárias;
- Um sistema de energia que atende milhões de
usuários e tem uma infra-estrutura de comunicação inteligente possibilitando
um fluxo de informação oportuno, seguro e adaptável necessário para prover
energia confiável e segura à economia digital em evolução.
Os benefícios específicos esperados desta
Arquitetura SmartGrid são:
- Possibilitar aplicações avançadas que requererem infra-estrutura de
elevada capilaridade
- Economias de capital pelo uso de componentes padronizados
- Reduções de custo de ciclos de vida em virtude de menores custos de
manutenção, devida a padronização
- Redução em ativos obsoletos, com sistemas
que podem ser integrados -
- Custos de desenvolvimento reduzidos pelo
emprego de componentes da Arquitetura SmartGrid
- Maior robustez da rede pela abordagem
estruturada da gestão dos sistemas
- Implementação da rede de forma escalonada e
incremental.
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Fonte: Revista InCorporativa
Anatel homologou tecnologia PLC
No dia 13 de abril, a Anatel (Agência Nacional
de Telecomunicações) homologou a tecnologia PLC - Power Line Communication,
ou BPL - Broadband Power Line. Essa tecnologia permite o tráfego de voz,
dados e imagens através da rede elétrica, o que abre um leque enorme de
possibilidades na área de tecnologia.
A tecnologia PLC já existe há cerca de dez
anos, sendo comercializada em 16 países da Europa. Nestes países, estão
disponíveis links de até 4,5Mbps, devendo chegar ao final deste ano aos
14Mbps.
No Brasil, o desenvolvimento da PLC começou no
Paraná, na fornecedora de energia elétrica, no final da década passada.
Desde então, foi desenvolvida uma tecnologia compatível com o Sistema
Elétrico Brasileiro, que foi testado nos últimos dois anos, até ser
homologado.
Em São Paulo, já existem três bairros onde
esta tecnologia está sendo utilizada: Pinheiros, Cerqueira César e Moema.
Para os demais bairros, a tecnologia deverá estar disponível a partir de
2010. Com o PLC, a tomada elétrica vira o ponto principal de comunicação da
residência ou da empresa.
O QUE MUDA PARA O USUÁRIO?
Para ter acesso a esta tecnologia, o usuário
deverá contratar o serviço da operadora credenciada para comercializá-lo e
adquirir um modem compatível com a tomada elétrica. Esse modem vai filtrar o
sinal elétrico e disponibilizar os sinais de voz, dados e imagens em saídas
específicas, funcionando como central de mídia.
Pensando em termos de facilidades oferecidas,
esse modem poderá vir com uma antena de rede Wireless, oferecendo mobilidade
para equipamentos de informática, como notebooks e desktops.
Outra possibilidade é portar o modem e usar a
sua internet em qualquer lugar, bastando plugá-lo na tomada. Além disso, a
montagem das redes vai ser simplificada, não necessitando de cabeamento de
dados - que hoje é um problema, devido à dificuldade de passagem dos cabos.
Para as empresas, o PLC pode ser uma
tecnologia que irá facilitar a interligação de unidades distantes através da
rede elétrica, diminuindo a necessidade de links dedicados de dados, que são
caros.
O QUE É PRECISO FAZER NA REDE ELÉTRICA?
Para adaptar a rede elétrica para o PLC, as
concessionárias de energia devem instalar uma grande quantidade de
repetidores e roteadores junto aos transformadores, para amplificar o sinal
de dados e evitar as oscilações nos pontos de segmentação da rede elétrica.
COMO O PLC SERÁ COMERCIALIZADO?
A Eletropaulo divulgou que não deverá
comercializar o PLC diretamente para o consumidor final, devendo fazer uma
aliança com as operadoras de telecomunicações para atender o novo serviço.
CAPILARIDADE DA REDE
Como a rede elétrica chega a quase todas as
residências, o potencial de penetração desta tecnologia é enorme, podendo
chegar a lugares onde hoje não existe banda larga pela linha telefônica, por
rede de TV a cabo ou, ainda, por rádio.
Somente este aspecto já torna o PLC atrativo
para o público em geral. Basta agora saber como será o modelo comercial e o
que vai ser oferecido para os consumidores finais.
* Almir Meira Alves é professor de Redes
de Computadores e Telefonia IP da FIAP e da Faculdade Módulo. Engenheiro
Eletrônico, pós-graduado em Gestão Empresarial. Possui curso de extensão em
Criptografia e Segurança de Redes pela UFF/EB - Universidade Federal
Fluminense e Exército Brasileiro. É também Técnico em Telecomunicações pela
Escola Técnica Federal - CEFET/SP.