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WirelessBrasil
Julho 2009
Índice Geral do
BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem
forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão
Celld-group
e
WirelessBR.
Participe!
20/07/09
•
Telebrás e Eletronet: de novo... (54) - Mais uma "fonte": "... de
fato, uma Nova Telebrás está sendo criada" + "Governo conhece projeto 'Telebrás'
da Austrália"
----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To:
Celld-group@yahoogrupos.com.br ;
wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, July 20, 2009 6:50 PM
Subject: Telebrás e Eletronet: de novo... (54) - Mais uma "fonte": "...
de fato, uma Nova Telebrás está sendo criada" + "Governo conhece projeto
'Telebrás' da Austrália"
01.
O jornalista Ethevaldo
Siqueira (esiqueira@telequest.com.br),
em artigo do dia 28 de junho informou, com base em suas fontes, a desistência
da recriação da Telebrás pelo governo. (Ver
BLOCO)
02.
A jornalista Mariana Mazza (mariana.mazza@convergecom.com.br),
do Teletime, em artigo do
dia 08 de julho, com base em uma fonte, informou que o projeto
técnico está pronto e a decisão depende apenas de uma reunião dos
ministros da Casa Civil, Minicom e Planejamento. (Ver
BLOCO)
03.
Recebi de um leitor do
BLOCO (portanto "externo" ao ambiente dos
Grupos) uma mensagem sobre a "nova Telebrás": está
transcrita mais abaixo.
A mensagem veio assinada, com nome por extenso e tive oportunidade de
interagir com o remetente.
Trata-se de um engenheiro de telecomunicações que prefere contribuir de
modo anônimo.
Sempre me prontifico a servir de intermediário para os participantes que
desejam preservar sua privacidade e isto é válido também para os leitores
externos.
Agradeço imensamente cortesia da contribuição e da informação!
Mais uma confirmação de ações do Governo no sentido da reativação da
Telebrás vem certamente trazer mais lenha para a fogueira do
debate. :-)
04.
Permito-me repetir um trecho das mensagens anteriores:
O Congresso Nacional hoje, como um todo, está no "fundo do poço" nos assuntos
relacionados à ética e à moral.
No entanto, apesar dos pesares, deve ser prestigiado como instituição.
O tema da recriação da Telebrás ou de um "operador
nacional" equivalente deve ser necessariamente debatido no Congresso.
A bem da verdade, este debate deveria ser adiado para meados do próximo
governo, seja ele qual for, pois estamos em pleno biênio pré-eleitoral
por conta e risco do Presidente da República e sua ministra-candidata.
Quem é contra a reativação da Telebrás pode e deve registrar sua opinião,
neste momento, em mensagens para:
Casa Civil - Dilma Rousseff -
casacivil@planalto.gov.br
Minicom - Helio Costa -
gabinete@mc.gov.br
Min. do Planejamento - Paulo Bernardo -
ministro@planejamento.gov.br
No entanto, pró ou contra, o debate continua em nossos fóruns e
este é o momento de comentar e participar!
05.
Lembram-se do que comentamos no estudo dos "Crimes Digitais"?
Se o Projeto sobre Crimes Cibernéticos tem grandes chances de transformar-se
em Lei então é preciso conhecê-lo!!!
O mesmo raciocínio é valido para a "nova Telebrás".
Se o Projeto está mesmo em estudo pelo Governo, então é preciso debater o
tema!!!
E, enquanto não vier à publico, precisamos conhecer os aspectos
favoráveis apresentados pelos defensores de uma "nova" Telebrás ou de um
"operador nacional" equivalente.
O nosso "remetente anônimo" indicou também a
leitura desta notícia de hoje:
Ao debate!
----------------------------------
Obs: A matéria escrita pelo
citado "T.O.M" está transcrita mais abaixo
----- Original Message -----
From: -----
To:
rosahelio@gmail.com
Sent: Monday, July 20, 2009
Subject: Gostaria de oferecer uma outra opinião...
Como é um espaço saudável para um debate sobre esse assunto tão importante,
gostaria de oferecer algumas argumentações...
Concordo com o amigo T.O.M em vários aspectos,
MAS discordo de outros...
TELEBRÁS tem uma história nas telecomunicações
deste país...
Passou por momentos distintos: o da empresa de
telefonia pública que reestruturou o setor e o de um mero instrumento estatal
para amortização da dívida externa.O amigo T.O.M se engana ao concluir que a "
reativação " implicaria num retrocesso semelhante década de 80...
Primeiramente gostaria de salientar que a
empresa não será necessariamente REATIVADA. Ela ainda existe, desde a sua
privatização. Foi aberto um processo de liquidação da empresa naquela época,
que nunca foi efetivado. E, desta forma, a empresa continuou existindo,
miseravelmente, com 5 funcionários. É necessário, se o objetivo for
transformá-la em uma infovia pública de fato, uma portaria de cancelamento
deste processo de liquidação. E, da maneira como tudo se encaminha (aporte 200
milhões, editais de contratação, ...), isso é iminente.
Entretanto, há uma certa confusão sobre o papel
a ser desempenhado por esta Nova Telebrás, que tentarei explicar a seguir.
A nova Telebrás nunca mais será a antiga Telebrás: são períodos e conjunturas
diferentes.
A nova Telebrás terá como papel principal a prestação de serviços ao governo
federal.
As empresas privadas de telefonia mantêm a sua importância e papel fundamental
na prestação de serviços a população. E o próprio governo reconhece e
incentiva isso - se não fosse pela intervenção do governo federal, a fusão
BRASIL TELECOM-OI não ocorreria.
Mas é imperativo enxergar o setor de telefonia como um elemento estratégico e
essencial para o país... Não podemos permitir que tal estrutura esteja
completamente “entregue” ás empresas estrangeiras...
E isso é uma tendência não somente do nosso
país: é uma tendência mundial. Segurança, soberania, garantia de funcionamento
das estruturas vitais... São algumas das prerrogativas que justificam a
existência de uma infovia pública. Nunca mais semelhante à antiga Telebrás,
mas modificada, adaptada a estrutura de telecomunicação atual do país.
O Sr. Ethevaldo, em minha opinião, perdeu
credibilidade. No momento em que se torna contraditório, publicando
reportagens dúbias e sempre defendendo de forma cega e obtusa as empresas
privadas de telefonia. Os motivos que o levam a fazer isso não fazem parte do
objetivo deste debate e não serei eu que falarei sobre isso.
A realidade é que, de fato, uma Nova Telebrás
está sendo criada e sua criação não será motivo de desestruturação ou redução
da qualidade e modernidade alcançadas após a privatização. A nova Telebrás
chega para somar, preencher espaços que não serão completados pela estrutura
vigente. E isso é fundamental, urgente e essencial para o país.
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Se aqui no Brasil, o governo se esquiva de
participar do debate sobre a reativação ou não da Telebrás, executivos
governamentais conhecem experiências internacionais ligadas ao tema.
O Secretário de Logística e Informática do
Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, um dos principais articuladores
do movimento pró-uma rede pública de telecom do governo, o secretário da
Secretaria de Política de Informática do MCT, Augusto Gadelha, e o conselheiro
da Anatel, Plínio Aguiar, estiveram na Austrália, para conhecer o projeto de
rede estatal, desenvolvido pelo Poder Executivo.
A iniciativa do governo australiano é levar
internet de alta velocidade a 90% das residências, escolas, órgãos públicos e
empresas do país. O projeto prevê uma parceria com empresas privadas para a
prestação de serviços de banda larga acima 100 megabites por segundo. Essa
velocidade, segundo informa reportagem, é cem vezes superior à utilizada pela
maioria da população local.
A previsão é atingir esses resultados num
período de oito anos a um custo de 48 bilhões de dólares australianos - cerca
de R$ 100 bilhões. Após esse prazo, o governo australiano pretende entregar a
rede para a administração das empresas parceiras.
As primeiras instalações devem ser implantadas
na Tasmânia, um dos estados com menor cobertura de serviços de banda larga no
país. A intenção é gerar 15 mil empregos diretos na instalação de fibras
óticas no território australiano.
"Essa nova rede irá melhorar a produção
australiana e trazer benefícios para a economia, contribuir na batalha contra
as mudanças climáticas e melhorar a conexão e a prestação de serviços públicos
em áreas menos assistidas", afirma um documento sobre o projeto.
A iniciativa foi apresentada na Austrália ao
secretário de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do Ministério do
Planejamento, Rogério Santanna, pelo diretor do Departamento de Banda Larga do
Ministério das Comunicações da Austrália, Colin Lion.
Para Santanna, a iniciativa mostra que não
apenas no Brasil o Estado tem um papel central na política de expansão da
infraestrutura de banda larga, já que mesmo em países desenvolvidos o mercado
de telefonia não conseguiu atender às demandas sociais impostas pela sociedade
da informação.
---------------------------------------------------------
* Por motivos pessoais,
o autor prefere manter-se anônimo. T.O.M é consultor em telecomunicações
Caro Ethevaldo, li com muita atenção o
posicionamento do Virgílio Freire e o seu. Ambos simplesmente brilhantes.
Coincidem com minha leitura e assim tenho colocado a Telebrás no seu
devido foco em minhas palestras sobre a evolução das telecomunicações
brasileiras.
Acompanhei, não com a proximidade de vocês,
a vida dessa fantástica estatal (competente sim, e muito principalmente na
década de 70, ao transformar nossa infraestrutura precária de telefonia em
eficiente infraestrutura de telecomunicações), que se alinhou não só
tecnologicamente (padrões, desenvolvimento, pesquisas) quanto
profissionalmente (quanto se aprendeu nos cursos, por intermédio das
normas e práticas) e com padrões de qualidade com as melhores práticas
internacionais. Quanta gente boa e competente, quanta massa crítica foi
criada, com salários condizentes.
Contudo, como muito bem disseram vocês dois,
cada um com seus pontos de vista que respeito e considero, na década de 80
a coisa começou a degringolar, pois cada vez mais e mais práticas
políticas "não muito recomendáveis" começaram a substituir as práticas
profissionais, a partir das empresas-pólo. Com a saída de cena dos
honrados comandante Quandt de Oliveira e general Alencastro (com quem
falei pessoalmente em algumas oportunidades a respeito) e outros
profissionais idealistas e patriotas, começaram as disputas políticas por
cargos, loteando-se todos os níveis da Telebrás, que foi impedida de
crescer como ela podia e devia. Com isso, essa incansável "doadora de
sangue" começou a ficar anêmica frente ao insaciável apetite e
parasitário clientelismo político.
Daí, meu amigo, ser esperançoso ao ponto de
achar que, se fosse recriada essa estatal, tais práticas não voltariam com
uma voracidade inaudita, é no mínimo idealismo ingênuo, com o devido
respeito. Basta ver o que está acontecendo com as outras estatais
(Petrobrás, por exemplo, em que não querem que seja aberta a CPI, por
algum motivo, por certo já conhecido - veja,
por exemplo ).
Querer enfraquecer as agências reguladoras é
querer tirar vantagens da redução das suas esferas de atuação profissional
e Estado, [substituindo-as] por práticas políticas de governo, que
deveriam ficar restritas aos respectivos ministérios.
Se a Embraer, a Vale do Rio Doce e tantas
outras estatais, não tivessem sido privatizados, duvido que estivessem no
patamar alcançado e fossem internacionalmente reconhecidas.
[Procure
"posts" antigos e novos sobre este tema no
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