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Julho 2009               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!


24/07/09

• "Noticiou mas não informou" - Mensagem de retorno da Ouvidoria da "Agência Brasil"

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To:
Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, July 24, 2009 8:24 PM
Subject: "Noticiou mas não informou" - Mensagem de retorno da Ouvidoria da "Agência Brasil"
 
Mensagem com cópia para jornalistas da área de TI e Telecom
 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
01.
Tenho feito uma espécie de ativismo no sentido de estimular a interação individual com autoridades, empresas e mídia.
O mundo mudou e hoje as facilidades das telecomunicações e as ferramentas virtuais permitem que o cidadão isolado aja, interaja, influencie e faça diferença "todos os dias" e não somente de 4 em 4 anos, pelo voto.

Tivemos um exemplo há poucos dias com a participação do jornalista Ethevaldo Siqueira, do Estadão, no debate sobre a Telebrás, rebatendo críticas de um "fonte" que divulgamos nos nossos Grupos e BLOCO. No debate, Ethevaldo reafirmou seu posicionamento sobre o tema, nos deu novas informações e ficamos gratos por isso.

Lembro também o "canal" que foi estabelecido com o Gabinete do Senador Azeredo, que nos ajudou no estudo do PL sobre crimes cibernéticos e nos informou de outros projetos tramitando no Congresso.
 
02.
Hoje recebi o retorno da Ouvidoria da Agência Brasil de uma reclamação que fiz, como indivíduo, sobre uma matéria que "noticiou e não informou".
Minha mensagem foi publicada também como "post" do nosso novo Blog
Resistência:
02/07/09
"Mensagem aberta" à Ouvidoria da Agência Brasil: Crítica sobre a matéria "Lula chama de censura projeto de lei que endurece penas a crimes cometidos na internet
 
Permito-me divulgar mais abaixo a resposta da Ouvidoria e já faço um recorte:
 
(...) Em sua mensagem, Helio sugeriu que: “a Agência Brasil, numa demonstração de independência e transparência, faça literalmente um "esforço de reportagem" abordando todas as nuances do tema, para possibilitar a formação da opinião da sociedade, pois suas matérias são replicadas, como sabemos, por uma grande quantidade de órgãos de divulgação.”
O “esforço de reportagem” que pede o leitor nada mais é do que fazer o jornalismo que busca causas, fornece diferentes explicações para os fatos e propicia o entendimento por parte do cidadão daquilo sobre o qual está se falando. É o jornalismo que   estabelece conexões com outros fatos e com os processos históricos que levam a que eles aconteçam e que permitem que sejam compreendidos pelo leitor.  (...)
 
Encontramos muitos exemplos de "esforços de reportagem" que explicam antecedentes, bastidores e opiniões contraditórias na "grande mídia" dos órgãos de divulgação no papel com versões virtuais.
Mas a mídia "dita especializada" em TI e Telecom que acompanhamos de perto, com raras exceções, parece que não se sente com esta responsabilidade e insiste na notícia apressada, replicando agências  e confortáveis "pautas", conscientemente ou não, dando a versão dos interessados e, com isso, sujeitando-se à suspeição de conivência.
 
03.
Deixo, mais um vez, um forte incentivo para que mudemos a mentalidade de "criticar entre nós" enquanto os alvos das críticas não recebem nossas opiniões.
"Eles" precisam "ouvir" nossa voz e nós podemos e devemos interagir com todos os meios disponíveis!

É um trabalho de longo prazo, de persistência e é assim que podemos mudar este nosso sofrido Brasilzão.
É preciso adotar "tolerância zero" com os desmandos e descasos de toda ordem, é preciso "resistir"!
 
Abaixo está a mensagem da Ouvidoria, o link da Coluna do Ouvidor e também uma cópia do nosso "post".

Em frente, ComUnidade!
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
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----- Original Message -----
From: Ouvidoria EBC
To:
rosahelio@gmail.com
Sent: Friday, July 24, 2009 2:51 PM
Subject: Coluna do Ouvidor
 
Prezado Sr. Hélio:
A Coluna do Ouvidor de hoje (24), na qual sua correspondência é citada, está anexada. Agradecemos sua participação.
Atenciosamente,
David Silberstein
Assessor da Ouvidoria
 
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Fonte: Agência Brasil
Noticia e informação nem sempre andam juntas
 
Paulo Machado
Ouvidor Adjunto da EBC 
 
Brasília - Saber o que aconteceu é uma coisa, saber por que aconteceu é outra. Na sociedade da informação em que vivemos somos bombardeados por dezenas ou até mesmo centenas de notícias todos os dias. Por meio delas ficamos sabendo o que se passa no mundo a nossa volta. Mas, e daí? Para que essas notícias contribuam para que formemos opinião e tomemos decisões, é necessário que a elas sirvam para que construamos significados. O jornalismo que se resume em narrar os fatos como se fossem acontecimentos isolados, surpreendentes, espetaculares, mágicos, noticia mas não informa, ou, pelo menos, não informa com eficiência.
 
É sobre a eficiência da informação fornecida pela Agência Brasil que muitos leitores têm escrito para a esta Ouvidoria. Helio Rosa, 68 anos, engenheiro de telecomunicações aposentado, coordenador de uma comunidade virtual sobre assuntos digitais, escreveu: “O motivo deste contato é criticar a matéria transcrita mais abaixo. Na minha opinião o texto 'noticiou mas não informou'”. Ele se referiu à matéria Lula chama de censura projeto de lei que endurece penas a crimes cometidos na internet, publicada dia 26 de junho. Segundo o leitor “Como está, o texto serviu mais para exaltar o presidente do que informar os leitores com vistas à formação da sua opinião sobre o tema.”
 
Em sua mensagem, Helio sugeriu que: “a Agência Brasil, numa demonstração de independência e transparência, faça literalmente um "esforço de reportagem" abordando todas as nuances do tema, para possibilitar a formação da opinião da sociedade, pois suas matérias são replicadas, como sabemos, por uma grande quantidade de órgãos de divulgação.”
 
O “esforço de reportagem” que pede o leitor nada mais é do que fazer o jornalismo que busca causas, fornece diferentes explicações para os fatos e propicia o entendimento por parte do cidadão daquilo sobre o qual está se falando. É o jornalismo que   estabelece conexões com outros fatos e com os processos históricos que levam a que eles aconteçam e que permitem que sejam compreendidos pelo leitor.
 
O processo legislativo corre para recuperar o prejuízo quando se fala sobre crimes digitais. É um assunto recente em termos de tempo histórico e a sociedade ainda não sabe exatamente como abordar: o que restringir ou liberar? Como controlar sem censurar? O que é ou não crime no mundo virtual? Estas dúvidas repercutem em todos os segmentos da sociedade e a polêmica está longe de ser resolvida com uma canetada, seja ela do poder Executivo ou do Legislativo. São conceitos e valores que ainda estão sendo negociados e daí advém a importância de informar com eficiência sobre o tema.
 
Ler mais em: Noticia e informação nem sempre andam juntas
 
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02/07/09
"Mensagem aberta" à Ouvidoria da Agência Brasil: Crítica sobre a matéria "Lula chama de censura projeto de lei que endurece penas a crimes cometidos na internet"

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To:
ouvidoria@radiobras.gov.br
Sent: Thursday, July 02, 2009 5:22 PM
Subject: "Mensagem aberta" à Ouvidoria da Agência Brasil: Crítica sobre a matéria "Lula chama de censura projeto de lei que endurece penas a crimes cometidos na internet"

Prezados Senhores Ouvidor-Geral e Ouvidores Adjuntos da Agência Brasil
- Laurindo Leal Filho
- Paulo Sérgio Machado,
- Maria Luzia Franco Busse e 
- Fernando Oliveira Paulino

Sou Helio Rosa, 68 anos, engenheiro de telecom aposentado, coordenador da ComUnidade WirelessBRASIL.
A ComUnidade é um ambiente virtual independente para compartilhamento de informações e debates mas escrevo em meu nome, sem representar a WirelessBRASIL.

Acompanhamos o tema "Crimes Digitais" desde novembro de 2006 e temos exatos 81 "posts" registrados nesta Seção 
Crimes Digitais do nosso site comunitário.

Pela polêmica, a ênfase tem sido o chamado "PL Azeredo" mas temos debatido todos os demais projetos que chegam ao nosso conhecimento.

 
O motivo deste contato é criticar a matéria transcrita mais abaixo.
Na minha opinião o texto "noticiou mas não informou".

A Agência não poderia deixar de citar que, exatamente na véspera da declaração do Presidente, a Câmara dos Deputados, num exemplo de enorme transparência, promoveu um chat com o deputado relator do projeto Júlio Semeghini.

Já há decisão, tornada pública pelo relator, de abolir os itens polêmicos e adaptar as alterações vindas do Senado num provável consenso entre as autoridades envolvidas (leia-se "Governo") e os reclamos populares.
O "drama" do relator é que há enormes limitações regimentais que impedem maiores alterações nesta "reta final" da tramitação.

Quem conhece o problema sabe que, retirados ou ajustados os itens polêmicos, o PL traz boas contribuições que suprirão parte das necessidades de tipificação e punição dos crimes digitais da legislação atual.
 
Só para não deixar dúvidas sobre a intenção desta mensagem (que não é defender políticos nem o projeto, mas uma correta divulgação da tramitação), o PL tramita há 10 anos no Congresso: a partir de 2003 passou a ser conhecido como "Substitutivo do senador Azeredo"; após a aprovação no Senado em julho de 2008 alguns o chamaram de "PL Mercadante" pela quantidade de acréscimos (considerados como "bons") feitos pelo parlamentar do PT e, nesta fase final, poderia até ser chamado de "PL Semeghini" pelas alterações a serem feitas pelo relator.

Sabemos que o Presidente é impetuoso e provavelmente mal assessorado em muitos dos temas que aborda em suas declarações.

Podemos até imaginar que a jornalista desconhecesse o chat ocorrido na véspera mas a Redação da Agência Brasil deveria ter suprido esta falha antes da publicação.

Como está, o texto serviu mais para exaltar o Presidente do que informar os leitores com vistas à formação da sua opinião sobre o tema.
É evidente que, no sentido contrário, a ênfase na declaração serviu também para denegrir do Presidente, pelo desconhecimento do tema, perante os que acompanham o assunto com seriedade.
Claro, pode haver implicações políticas de toda ordem, mas as desconhecemos e não são objetos prioritários de nossas atenções.

Tem mais.
O relator Semeghini informou e a mídia já divulgou, que os itens a serem cancelados serão motivo de uma "novo projeto" que deverá seguir a tramitação convencional.
No entanto, foi veiculada na imprensa, recentemente, a intenção do Ministério da Justiça por pressão de vários órgão de segurança, também de apresentar um novo projeto, este sim, com enormes restrições aos internautas. Este suposto "PL Tarso Genro" também foi motivo de estudo na ComUnidade que obteve uma cópia da suposta minuta. Cumpre citar que não há registro de desmentido por parte do MJ. 
 
Claro, para completar a visão do tema, será preciso citar que o Presidente, deselegante e desrespeitoso, interferiu diretamente no processo legislativo, praticamente antecipando que rejeitará um Projeto em final de tramitação, já desqualificado pela sua declaração.

Assim, sugiro que a Agência Brasil, numa demonstração de independência e transparência, faça literalmente um "esforço de reportagem" abordando todas as nuances do tema, para possibilitar a formação da opinião da sociedade, pois suas matérias são replicadas, como sabemos, por uma grande quantidade de órgãos de divulgação.
 
Obrigado pela atenção
Cordialmente
Helio Rosa
rosahelio@gmail.com

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Fonte: Agência Brasil
[26/06/09]   Lula chama de censura projeto de lei que endurece penas a crimes cometidos na internet por Carolina Pimentel 
 
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou hoje (26) de censura o projeto de lei que endurece as penas para crimes cometidos na internet. Ele visitou o 10º Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre.
 
O texto prevê que, quem obtiver ou transferir dado ou informação disponível em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado sem autorização do legítimo titular, poderá ser preso. Para professores de comunicação e organizações ligadas à internet, atividades corriqueiras no mundo virtual, como baixar uma música ou um filme, poderão ser interpretadas como crime. 
 
“Essa lei que está aí não visa corrigir abuso de internet. Na verdade, quer fazer censura. Precisamos responsabilizar as pessoas que trabalham com internet, mas não proibir ou condenar. É interesse policialesco fazer uma lei que permite que as pessoas adentrem a casa de outras para saber o que estão fazendo, até seqüestrando os computadores. Não é possível”, disse Lula, após ouvir apelos da platéia para vetar a lei. O projeto ainda tramita no Congresso Nacional.
 
Em ocasiões anteriores, o relator do texto na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado e apoiador do projeto, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), alegou que o objetivo não é controlar o uso da web, mas punir crimes via rede mundial de computadores, como cópia de cartões de crédito e senhas.
 
O texto obriga os provedores online a guardar, por três anos, os registros de acesso e  encaminhar os dados à Justiça, quando solicitados para investigação. Com essas informações, a ideia é chegar ao endereço de um criminoso.
 

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