BLOCO
Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário
da
ComUnidade
WirelessBrasil
Julho 2009 Índice Geral do BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!
31/07/09
• Convite: Fim de semana no "RESISTÊNCIA" + Relação dos "posts" registrados em julho
Inicialmente este novo espaço
virtual estará disponível apenas para os participantes dos Grupos vinculados à
ComUnidade.
Mas há uma grande diferença: os nossos fóruns são ambientes de acesso restrito,
"estamos em casa", podemos debater e atuar com descontração e informalidade.
No novo BLOCO teremos que ter mais atenção e cuidado pois o espaço virtual
estará totalmente acessível ao "público externo".
Não objetivamos polêmicas que
atraiam visitação, pois não temos patrocinadores que exigem relatórios de "page
view".
Almejamos um ambiente democrático em que possamos exercitar nossa liberdade de
pensamento e expressão sem atrair processos por calúnia ou difamação, onde
possamos treinar nossos textos e perder a inibição de participar direta
e ostensivamente dos assuntos que interessam ao povo brasileiro.
•
O pré-sal e a lei - Editorial
(...) Para a área do pré-sal, as
regras serão diferentes. Em vez de concessão, o modelo será o de partilha. O
governo criará uma estatal que distribuirá áreas sem licitação e venderá o
petróleo extraído, remunerando a empresa exploradora.
As declarações da ministra-chefe da Casa Civil levam à convicção de que o
governo está prestes a conceder à Petrobrás o direito de explorar todos os
campos do pré-sal. Enfim, será criado um novo monopólio, que poderá vir a ser
"um Frankenstein petrolífero", na expressão do diretor do Centro Brasileiro de
Infraestrutura, Adriano Pires.(...)
•
A Argentina ganha mais uma - Editorial
"A Argentina vai continuar
barrando produtos brasileiros por muito tempo, se isso depender de Brasília. O
governo argentino conseguiu mais uma vez manobrar o governo brasileiro a seu
favor. (...)
(...) As autoridades brasileiras, guiadas por uma confusa noção de
solidariedade, contribuem para perpetuar essa anomalia, especialmente
escandalosa no caso de uma união aduaneira, status oficial do Mercosul. "
•
Operação mãos sujas - por Dora Kramer
(...) Em demonstração explícita de
que detecta a aproximação do tudo ou nada, o líder do PMDB no Senado, Renan
Calheiros, saiu das sombras em que vinha atuando no comando das ameaças
insinuadas aos colegas e partiu para a ignorância. Literalmente. Telefonou para
o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, com a proposta indecente de sempre. Um
acordo de paz entre os dois partidos ou o PMDB representaria contra o líder dos
tucanos, Artur Virgílio, por quebra de decoro na contratação de um funcionário
fantasma e na conta de hotel em Paris paga por Agaciel Maia.
Uma chantagem clara, cujo maior defeito não foi nem a nitidez, mas a estultice
do gesto. Calheiros entregou-se na bandeja ao adversário e ainda mostrou que na
visão de sua turma denúncia não serve para corrigir malfeitos, mas para ser
usada como moeda de troca na tentativa do “abafa”. Uma legítima operação mãos
sujas.(...)
•
Para que serve um código de ética? - por Eugênio Bucci
(...) Códigos de ética são
contratos públicos que instituições firmam com a sociedade. Quando dispõem de um
mínimo de efetividade, convertem-se em instrumentos para que os cidadãos
fiscalizem essas instituições. Por isso é que podem ser educativos. Esperemos,
então, que o código do PT adquira alguma eficácia. Se assim for, será útil.
Fora isso, há que registrar pelo menos um ponto obscuro no documento, um
resquício de centralismo autoritário. Em seu artigo 6º, inciso IX, ele proíbe o
militante de "fornecer a órgãos de imprensa informação acerca de fatos
pertinentes à vida interna do partido ou às ações de seus filiados, sem se
identificar como fonte", e afirma que isso constitui "falta grave". Claro que
ninguém quer futriqueiros sem caráter em suas fileiras, mas para os mentirosos e
dissimulados não há norma escrita que dê jeito. Ademais, que "fatos pertinentes
à vida interna" são esses? Impossível precisar. Conversar com a imprensa é um
dado da normalidade democrática. Não há no Brasil um só político, inclusive do
PT, que não fale reservadamente com repórteres. Então, qual o propósito do
dispositivo? (...)
29/07/09
•
Vamos proclamar a República? - por Sandra Cavalcanti
(...) Francamente!
República não é nada disso. Essa palavra veio do latim res publica.
República cuida da coisa pública. Seu objetivo principal é o bem comum. Ser
republicano é dar primazia ao bem comum. Isso significa que cabe ao político
cuidar do bem comum. E que essa atividade política se desenvolve na área da
justiça e se vincula integralmente à ética. Sem ética não há política nem
políticos. Sem justiça não há política nem políticos.(...)
(...) Nós! Nós, os republicanos indignados, explorados. Depende só de nós. O
mundo mudou muito, mas a internet mudou o mundo. Essa é a revolução. A turma do
Poder já percebeu e está-se mexendo. E nós? Nossa praça virtual vai ser ouvida.
Só depende de nós. Quantos somos? Onde estamos? Qual o nosso alvo? Vamos
proclamar a República?"
•
O PAC, cada vez mais caro - Editorial
"Elaborado às
pressas pelo governo Lula, com óbvia finalidade político-eleitoral, o Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC) já vinha sendo marcado pela lentidão com que
seus projetos são executados. Agora, de acordo com levantamento feito pelo
Estado, acrescenta à lista de mazelas provocadas por sua má gestão o
extraordinário encarecimento das obras. Para o bolso do contribuinte, é a mais
pesada das consequências do mau planejamento. (...)
•
O olho do juiz - por Dora Kramer
(...) O presidente do Supremo
Tribunal Federal, Gilmar Mendes, cobra da Câmara uma investigação mais acurada
sobre o esquema de desvio de passagens aéreas da cota oficial para a
comercialização em agências de turismo. (...)
28/07/09
•
Caminhando contra o vento - por Dora Kramer
"De rebelde diletante na
oposição, no governo o PT virou um obediente profissional"
(...) O que era uma agremiação viva, com energia partidária sempre em movimento,
no momento é um partido com dono, em pânico ante a possibilidade de sair do
poder e disposto a se submeter a qualquer humilhação para tentar não retornar à
planície.(...)
•
O Vale-Cultura - Editorial
(...) Isso ilustra o caráter
eleiçoeiro do projeto. Na realidade, o Vale-Cultura peca por falhas de
concepção, como advertem os especialistas. A mais grave é o risco de que grande
parte do dinheiro, em vez de ajudar na formação dos trabalhadores de baixa
renda, vá para produtos e eventos culturais de grande apelo popular, mas com
escasso teor educativo, como shows de axé, livros de autoajuda e comédias de
gosto duvidoso protagonizadas por atores de televisão. Isso porque o governo não
se preocupou em vincular o Vale-Cultura a medidas educativas, estimulando o
professorado a aliar cultura ao currículo escolar, como tem sido enfatizado pelo
Ministério da Educação, ou restringindo a concessão do auxílio a alunos da rede
pública, com direito a levar os pais a eventos culturais dentro ou fora da
escola. (...)
•
Situação insustentável - Editorial
(...) Em que pese a captura
do Conselho de Ética, onde o governo ocupa 10 das 15 cadeiras - e cujo
presidente é o senador sem-voto Paulo Duque -, a imunidade de Sarney não está de
modo algum assegurada: o plenário pode rejeitar o engavetamento de pedidos de
processo contra ele por quebra de decoro e projetar a crise para um novo
patamar.(...)
•
Em risco o Tratado de Itaipu - Editorial
(...) Há excelentes
motivos, econômicos, políticos e humanitários, para o Brasil apoiar o
desenvolvimento do Paraguai e de outros vizinhos. Mas não há nenhum motivo
razoável para um governante brasileiro subordinar os interesses do País às
conveniências político-eleitorais de um compañero. (...)
•
Contradição interna - por Rubens Barbosa
"O Itamaraty "paz e amor" se
dissocia de outros ministérios"
"Difícil negar a partidarização de política externa, à luz de tantas e tão
seguidas evidências."
27/07/09
•
Negligência generalizada - Editorial
[O Governo continua pagando CPMF aos forncedores]
(...) Segundo o
jornal O Globo, do Rio de Janeiro, o Tribunal de Contas da União (TCU)
constatou, em pelo menos 20 auditorias realizadas em 2008 e 2009, que empresas e
órgãos do governo continuaram a pagar a CPMF para os fornecedores, que se
apropriaram desse dinheiro. Há indícios, diz o TCU, de que a prática é
generalizada na administração pública. (...)
•
O dever da liberdade - por Carlos Alberto Di Franco
(...) “Para melhor cumprir seu
papel de levar informações ao cidadão, a imprensa precisa fiscalizar o poder - e
o verbo fiscalizar carrega, aqui, o sentido de vigiar, de limitar poder. Sem
ela, não há como se pensar em limites para o exercício do poder na democracia.
Portanto, não é saudável nem útil a imprensa que se contente com o papel de
apoiar os que governam. Não é saudável, não é útil, nem mesmo imprensa ela é.”
(...)
26/07/09
•
Melhorar é possível - por Dora Kramer
"Se o cidadão revogar a Lei
de Gerson no cotidiano, o político se adapta à nova lei do mercado"
(...) Se há grande volume mercadoria podre em circulação na política, é porque
há aceitação do produto (...)
•
Tentando salvar o PAC - Editorial
"São incidentes que agravam a
notória incompetência gerencial do PAC, cujo avanço é muito mais lento do que o
apregoado pelo governo."
•
Pupilos de Lula no divã - por Gaudêncio Torquato
"Por esta ninguém esperava: Luiz
Inácio, o presidente da República, como psicólogo e com dois pacientes no divã.
A primeira é Dilma Rousseff, a ministra de temperamento esquentado, que sinaliza
cuidado na rota dos governistas com suas broncas públicas em ministros e
assessores. O destempero pode ameaçar as alianças em torno de sua candidatura em
2010. O segundo é Ciro Gomes, que avalia a possibilidade de se candidatar ao
governo de São Paulo, tendo como patrono o próprio Lula. A índole explosiva do
deputado nascido em Pindamonhangaba (SP) e com vida pública no Ceará também
clama pela psicologia lulista.(...)
25/07/09
•
Dilemas do realismo político - por Marco Aurélio Nogueira
Por que blindar a presidência do Senado e
banalizar a crise?
•
Salve-se quem (ainda) puder - por Dora Kramer
"Na quinta-feira, o presidente da
Câmara, Michel Temer, e o senador Eduardo Suplicy abriram oficialmente a
temporada "salve-se quem puder" do navio que faz água por todo lado na
presidência do Senado."
24/07/09
• ''Vivemos
com uma ética distorcida'' - entrevista com o filósofo Roberto Romano
O filósofo Roberto
Romano diz que o foro privilegiado concedido aos políticos é uma licença para a
delinquência
•
Fora de esquadro - por Dora Kramer
"Lula nunca usou a voz de
presidente para defender boas biografias e condenar folhas corridas"
•
O presidente sem autocensura - Editorial
(...) O presidente,
definitivamente, não possui o que o público chama de desconfiômetro. Quando lhe
faltam argumentos racionais para defender suas teses, desanda a afirmar coisas
de que em geral as pessoas, que dirá um chefe de Estado, poupam os que as ouvem,
quanto mais não seja para resguardar a própria dignidade. (...)
•
Comissionamento vicioso - por Mario Cesar Flores
"Ele aproxima nossa democracia dos
autoritarismo do século 20"
•
"Noticiou mas não informou" - Mensagem de retorno da
Ouvidoria da "Agência Brasil"
(...) O “esforço de reportagem”
que pede o leitor nada mais é do que fazer o jornalismo que busca causas,
fornece diferentes explicações para os fatos e propicia o entendimento por parte
do cidadão daquilo sobre o qual está se falando. É o jornalismo que estabelece
conexões com outros fatos e com os processos históricos que levam a que eles
aconteçam e que permitem que sejam compreendidos pelo leitor. (...)
23/07/09
•
Linhas ocupadas - Editorial
"É material didático de
primeira ordem para um curso introdutório de ciência política, quando se trata
de explicar o conceito de patrimonialismo - a apropriação dos bens públicos por
grupos enquistados em instâncias dos poderes de Estado -, descrever como o
esquema funciona numa situação concreta e analisar a mentalidade dos envolvidos.
O material são transcrições de telefonemas interceptados pela Polícia Federal,
com autorização judicial, no curso da Operação Barrica. (...)
(...) Esse que "não é uma pessoa comum", como Lula deu de argumentar da primeira
vez que saiu em defesa do aliado. José Sarney, efetivamente, é o chefe incomum
de uma tribo predatória que perpetua no Brasil do século 21 a histórica tradição
de fazer do Estado um privilegiado território de caça. (...)
•
Capitania hereditária - por Dora Kramer
(...) As gravações dos
diálogos entre o filho do senador, o empresário Fernando Sarney, a filha dele,
Maria Beatriz, e o patriarca da família - obtidas com autorização judicial pela
Polícia Federal durante uma investigação de tráfico de influência tendo Fernando
Sarney como principal alvo - valem por um compêndio em matéria de malversação de
poder político.
Mas não revelam só a total sem-cerimônia de uma família no tocante ao uso
privado do bem público. Não deixam a menor dúvida a respeito dos modos e meios
de atuação do presidente do Senado e a forma pela qual formou seus descendentes
dentro do mesmo conceito.(...)
(...) Nas conversas sobre emprego, só interessa quem deveria falar com quem para
fazer de alguém o beneficiário da "colocação". E, como informou o diretor-geral,
para isso seu poder era restrito. Decisões dessa ordem cabem ao chefe.
Ou chefes, pois as quatro palavras fatais - "eu não tenho autonomia" - de
Agaciel Maia deixaram bem claro que quaisquer nomeações relativas a senadores
eram liberadas mediante autorização superior. (...)
22/07/09
•
Teúdos e manteúdos - por Dora Kramer
"Ter opinião é uma coisa,
vendê-la é o que faz o político que se aluga ao governo"
(...) A ruim, a ausência de legitimidade real da entidade. A péssima, o
desinteresse da estudantada em tratar as questões nacionais com mais seriedade
que protestos carnavalescos movidos ao horroroso simbolismo da “pizza”. (...)
•
A gastança é intocável - Editorial
(...) A ideia de um inchaço
contínuo e regulamentado da folha de salários do funcionalismo é uma indecência
administrativa e política. Mas o governo não pode produzir nada melhor, quando o
presidente só tem um objetivo - ganhar a próxima eleição."
•
Uma doença coletiva
(...) Claro que a corrupção
produz, no acumulado, um incalculável desperdício de recursos. A captura dos
Poderes do Estado pelas caciquias políticas e seus parceiros na sociedade, assim
como a infinidade de pedágios que os agentes econômicos pagam às máfias
burocráticas para prosperar - em determinados setores, um dado central da
competição entre as empresas -, cria um aluvião de gastos que de outro modo
teriam um destino socialmente mais justo. (...)
•
O Senado humilhado e Chagas exumado - por José Nêumanne
"Lula manda no congresso
como ninguém o fez"
(...) Há ainda outra evidência de que, com o objetivo inconfessável de manter
regalias sem ter de se explicar ao patrão - o cidadão -, os senadores se deixam
humilhar publicamente pelo presidente. É a presença do sr. Paulo Duque (PMDB-RJ)
na presidência do Conselho de Ética do Senado exatamente no momento crucial em
que será julgado o destino do sobrenome da crise que se abate sobre a
instituição: Sarney. O leitor atento haverá de perceber que o sr. acima usado
não é uma abreviatura de senador, mas de senhor mesmo. Pois Duque não foi eleito
para o Senado, mas é o segundo suplente do Sérgio Cabral Filho, que, diplomado
governador, foi substituído pelo primeiro suplente, Régis Fichtner, que deu
lugar ao ex-deputado estadual ao assumir a chefia da Casa Civil do Estado do
Rio.(...)
21/07/09
•
Intenções e gestos - por Dora Kramer
"Na teoria elaborada e
difundida pelo Palácio do Planalto, o PMDB será o parceiro preferencial do PT
nas eleições de 2010. Nem que isso custe o que resta de reputação aos petistas e
a desistência do partido de conquistar, manter ou retomar governos de Estados
importantes. (...)
•
Um escândalo continuado - Editorial
(...) A prorrogação dos
trabalhos da CPI das Organizações Não-Governamentais (ONGs) no Senado, que de
outro modo encerrará em 12 de maio os seus trabalhos não propriamente profícuos,
é condição necessária, mas de forma alguma suficiente para apurar
irregularidades tidas como muito superiores às que teriam sido praticadas com o
uso dos cartões corporativos do governo. Segundo o senador piauiense Heráclito
Fortes, do DEM, há ''fortes indícios'' de desvios maciços de recursos públicos
em operações que envolvem pessoas e entidades ligadas ao PT e ao Planalto.(...)
(...) O TCU analisou uma amostra de 167 contratos com ONGs. Encontrou
irregularidades em todas as etapas das parcerias. Resume o presidente da CPI:
''Não há critério para seleção, não há fiscalização, não há cobrança de
resultados.''
•
Pagando pelos pecados de Lugo - Editorial
(...) Mais uma vez o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva põe o interesse nacional em segundo plano
para servir à conveniência política de um governante "amigo" - ou seja, para
promover o seu próprio interesse político. Agora o compañero em apuros é o
presidente paraguaio, Fernando Lugo, ameaçado não por uma conspiração de direita
nem pelo denuncismo da imprensa, mas pelos efeitos da própria incontinência
sexual.(...)
(...) A lei brasileira proíbe o uso de recursos públicos a favor de interesses
eleitorais de qualquer governante nacional e de seus aliados. Como aceitar o uso
desses meios em benefício de políticos e partidos de fora - uma prática repetida
no governo Lula? (...)
20/07/09
•
O inchaço do MP - Editorial
(...)
Só resta acrescentar que na
milionária proposta de mais do que dobrar os cargos do Ministério Público
Federal há também um aspecto que bem reflete a ética destes tempos bicudos: dos
novos cargos a serem criados, 6.804 vão ser preenchidos por concurso público e
3.675 são para funções gratificadas. Quer dizer, 35% dos contratados serão
empregados por livre escolha, a critério subjetivo do procurador! É preciso
dizer mais?
•
Eleição ignorada - Editorial
[Brasileiros podem ser obrigados a votar para o Parlamento do Mercosul]
"Pouquíssimos
eleitores já ouviram falar do assunto, mas é muito provável que, em 3 de outubro
de 2010, todos sejam obrigados a votar também nos candidatos brasileiros ao
Parlamento do Mercosul. De maneira quase sigilosa, pois praticamente nada tem
sido divulgado sobre ele, o projeto de lei que estabelece normas para as
eleições de parlamentares do Mercosul avança com rapidez no Congresso. (...)
19/07/09
•
Regra para internet é censura, diz especialista
"As regras da propaganda
política na internet aprovadas na Câmara se aproximam da censura e estão longe
da realidade da rede mundial de computadores, na avaliação de profissionais de
comunicação e estudiosos das campanhas eleitorais. Embora permita a criação de
sites e blogs em defesa de candidaturas e ampla discussão nos portais de
relacionamento, como Facebook, Orkut e Twitter, a lei cria amarras tão rígidas
quanto as válidas para rádio e TV, que são concessões públicas. (...)
•
No terreno da galhofa - por Dora Kramer
(...) Nada menos educativo
e mais impreciso que a comparação de nefastos conchavos políticos a rodadas
festivas de fatias de pizza. Dizer que isso ou aquilo "acaba em pizza", além de
lugar comum de significado gasto e péssimo gosto, não faz jus à dimensão da
questão em si: a impunidade com ares de celebração da esperteza e de suposta
tradução da alma brasileira. (...)
•
Os perigos pós-crise - Editorial
(...) A convalescença
global será uma fase ruim para quem precisar seriamente de financiamento. Mas o
governo brasileiro insiste em aumentar os gastos permanentes, a começar pelos
salários. Empenhado na campanha eleitoral, o presidente Lula expõe o País a
perigos muito graves nos próximos anos. Alguém de fora do Palácio deveria
alertá-lo com urgência.
•
O compadrio político - por Gaudêncio Torquato
(...) E como a opinião
pública reage diante de situações tão canhestras, como a de inimigos figadais
que após duros embates se transformam em amigos cordiais? O substantivo que pode
resumir o estado de espírito de muitos cidadãos é asco. E como a maioria
política reage diante do asco? O verbo já foi declinado pelo deputado Sérgio
Moraes (PTB-RS), ao dizer que "se lixava" para a opinião pública.(...)
•
A corrupção na perspectiva histórica - por Boris Fausto
(...) Mas os avanços
ocorrem em ritmo lento, enquanto a atividade corruptora segue em alta
velocidade. Denúncias e processos se multiplicam, enquanto as punições são raras
ou tardias. Sem entrar em propostas específicas no sentido de enfrentar esse
quadro, lembro alguns objetivos amplos. Em primeiro lugar, o fortalecimento das
instituições públicas, tornando-as cada vez mais estáveis e não tão dependentes
deste ou daquele governo. Na outra ponta, a noção de responsabilidade social dos
dirigentes das grandes empresas, que pouco a pouco se vai firmando.(...)
18/07/09
•
A
crise não viaja - por Dora Kramer
"Quinze dias de recesso não farão pelo Senado o
que cinco meses não fizeram"
•
Terceirização das culpas - por Mauro Chaves
"Nos últimos tempos tem-se
observado no Brasil uma verdadeira revolução ética: é a terceirização das
culpas, fruto da criatividade comportamental brasileira. Já houve tempo em que
as pessoas tinham muita vergonha quando se desconfiava delas e até podiam
cometer gestos tresloucados (como o suicídio de um presidente da República)
quando se lhes atribuía culpa pelo "mar de lama" à sua volta. Hoje em dia, não
só ninguém assume (de graça) responsabilidade alguma pelos atos dos outros -
mesmo que estes sejam seus notórios apadrinhados, agregados ou apaniguados -,
como, ao contrário, jogam-se todas as culpas próprias nos ombros do próximo,
especialmente se subordinado.(...)
•
A aposta no esfriamento - Editorial
(...) Curiosa a cabeça
desses políticos. Eles acham, ou querem fazer crer, que a sequência de
revelações que há meses mantêm o senador na berlinda não é escabrosa o bastante
para resistir a uma nova temporada de possíveis denúncias, dessa vez referidas a
uma personagem incomparavelmente maior, como a Petrobrás. A ideia por trás do
argumento é que a imprensa não tem fôlego para fazer duas coisas ao mesmo tempo
nem a sociedade manterá o interesse pelas lambanças no Senado quando começar o
espetáculo da CPI. Há, nessa visão cínica, uma confusão provavelmente
deliberada. O cenário para a sobrevivência de Sarney no posto que ocupa pela
terceira vez, para não falar do seu mandato, está montado dentro da própria
instituição. Pelo menos a curto prazo, a sua sorte não depende da continuidade
das apurações jornalísticas que possam desentranhar evidências adicionais sobre
os seus procedimentos e os de sua laboriosa família no eixo São
Luís-Brasília.(...)
17/07/09
•
Estadista pelo avesso - por Dora Kramer
" Reza a boa norma
da política que o estadista até leva desaforo, mas não carrega mágoas para casa.
Sobrepõe as questões de Estado a ofensas pessoais. Sacrifica o individual em
nome do coletivo.
É sábio para distinguir situações e, mediante o cotejo de perdas e ganhos,
calibra suas atitudes de modo a equilibrar responsabilidades e necessidades.
O presidente Luiz Inácio da Silva, a despeito da celebração de suas habilidades
no ramo, não possui esses atributos.
Antes, exibe características opostas e age exatamente no sentido contrário ao do
governante cujo objetivo primeiro é o zelo pelo bem-estar físico, espiritual,
cultural e moral dos governados.(...)
•
O primeiro a ligar o forno - Editorial
(...) "todos eles
(os senadores da oposição) são bons pizzaiolos"(...)
(...) Mas o que chama a
atenção no episódio, além da absoluta naturalidade com que o presidente se
permite ofender uma instituição legislativa, embora apequenada, é o fato de ser
ele o primeiro a ligar o forno onde pretende ver incinerados os derradeiros
vestígios de autonomia do Senado, no que possam contrariar os esquemas de poder
do Planalto.(...)
•
O exemplo que Lula nos dá - por João Mellão Neto
(...) Ninguém menos do que o nosso
presidente se arvora em ser o exemplo contrário de tudo isso. Ele se vangloria
de não ter estudado.
E procura passar a imagem de que, para vencer na vida, a diligência, o preparo e
o esmero são valores inferiores à malandragem, à persuasão e à manha.
Então, é assim? Quem conquista um lugar ao sol são os mais espertos, e não os
mais capazes?
Esses são os exemplos que Lula nos dá.
Será que posso recomendá-lo aos meus filhos?
16/07/09
•
Material fatigado - por Dora Kramer
"Governo dá um duro danado, mas nem assim salva
Sarney ou consegue evitar CPI"
•
A captura de uma instituição - Editorial
(...) O escândalo dos escândalos é
a transformação do Senado da República em repartição do governo Lula. A captura
da instituição tornou-se a meta principal, nas relações com o Legislativo, de um
presidente escaldado pela única derrota séria que a Casa lhe infligiu, ao
derrubar a prorrogação da CPMF, em dezembro de 2007, e obcecado em remover do
Congresso o menor obstáculo ao programa de aceleração do crescimento da
candidatura Dilma Rousseff - a "sucessora", como não se peja de proclamar,
indiferente ao prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral para o início da
campanha.(...)
15/07/09
•
Engenheiro de obra desfeita - por Dora Kramer
"Sarney anula no Senado o serviço prestado à
democracia quando esteve no Planalto"
•
Eleição, o grande investimento - Editorial
[Sobre gastos eleitoreiros]
(...) Não há uma
justificativa plausível para um novo aumento do Bolsa-Família, agora ou no
próximo ano, e a única explicação convincente é a sua utilidade eleitoral. Da
mesma forma, o reajuste salarial em vigor desde 1º de julho é obviamente
incompatível com as condições do País, mas o presidente Lula dá preferência a
seus planos políticos.(...)
•
Da crise ao caos no Senado - Editorial
[Sobre José Sarney]
(...) O ato
ostensivo de Sarney, na véspera da instalação do Conselho de Ética onde já foram
protocoladas duas representações contra ele, foi classificado como "atitude
política". De fato, a política nacional está rebaixada a lances dessa categoria
e ao tipo de argumento que Lula usa para justificar a mobilização do governo em
favor daquele de quem diz não ser "uma pessoa comum".
14/07/09
•
Atropelado pelos fatos - por Dora Kramer
"Sarney perdeu todas as
chances de tomar iniciativas na gerência da crise"
•
Receita perigosa - Editorial
[Sobre Lina Maria Vieira na Receita Federal] + Artigo de Dora Kramer +
Reportagem do Estadão
Em 2008: (...) As
piores previsões feitas quando da nomeação de Lina Maria Vieira para o comando
da Receita Federal se concretizaram: o aparelhamento do aparato de fiscalização
e arrecadação, uma das áreas ainda razoavelmente imunes ao loteamento
partidário/sindical patrocinado pelo governo Luiz Inácio da Silva em
setores-chave da administração federal. Trata-se de um plano bem planejado e
gradativamente executado. Portanto, enquanto estiverem no manche do poder
governantes com esse tipo de visão (utilitária) do Estado, nada há a fazer. Não
adianta reclamar, denunciar, apontar os malefícios, os retrocessos, a ótica
distorcida, o espaço aberto a ilicitudes e as intenções subjacentes, porque para
tudo há uma justificativa quando a decisão de governo está tomada.(...)
Em 2009: (...) A nova secretária não se mostrou dócil e disposta a viver à
sombra do ministro. Com personalidade própria, criou atritos dentro e fora do
governo. Um desses atritos foi com certeza decisivo. Ao contestar o critério
contábil da Petrobrás, a Receita colidiu com a maior estatal brasileira,
responsável pela maior parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e um
dos itens favoritos da retórica político-eleitoral do presidente Lula. O
conflito surgiu porque a empresa mudou a escrituração, trocando o regime de
competência pelo de caixa. (...)
•
"Situação-limite" - Editorial
[Sobre José Sarney]
(...) Além de tudo que pesava
contra o senador - as nomeações, os favorecimentos, o tráfico de influência, a
propriedade omitida à Justiça Eleitoral -, a mentira pública manchou
indelevelmente a sua biografia. A renúncia se impõe.
13/07/09
•
Punição exemplar - Editorial
- [Passeata da Apoesp em desacordo com a legislação]
(...) Tanto por sua
fundamentação jurídica quanto pela punição exemplar aplicada à Apeoesp, a
decisão da 4ª Câmara de Direito Privado do TJSP deve servir de advertência a
todos os movimentos sociais, organizações não-governamentais e entidades
corporativas que insistem em bloquear ruas e avenidas importantes da cidade para
realizar passeatas e atos de protesto, dificultando o tráfego e prejudicando a
circulação dos paulistanos. (...)
•
A magia do jornalismo - por Carlos Alberto Di Franco
(...) A revalorização da
reportagem e o revigoramento do jornalismo analítico devem estar entre as
prioridades estratégicas. É preciso seduzir o leitor com matérias que rompam com
a monotonia do jornalismo declaratório. Menos Brasil oficial e mais vida. Menos
aspas e mais apuração. Menos frivolidade e mais consistência (...)
12/07/09
•
Utilização de TVs se espalha pelas Assembleias do País -
Reportagem do Estadão
(...) Poderoso instrumento para
promover a imagem do Legislativo, as TVs Assembleias estão presentes em três de
cada quatro Parlamentos estaduais do País. Criadas para dar maior transparência
ao trabalho dos deputados, elas custarão pelo menos R$ 58,4 milhões aos cofres
públicos em 2009. Mas é justamente a falta de transparência, em particular na
gestão dos recursos utilizados, a maior deficiência desses órgãos, considerados
verdadeiras caixas-pretas.(...)
•
Dias de equilibrista - por Dora Kramer
(...) Vestido na saia
justíssima que o presidente Luiz Inácio da Silva encomendou para a bancada do
Senado, o PT tem sido obrigado a se equilibrar entre as conveniências imediatas
do governo e os planos eleitorais de um partido que daqui a 14 meses joga o seu
destino em votos.(...)
•
Campanha eleitoral na internet (1): Mordaça política na
internet - Editorial
(...) Além disso, embora
autorize os candidatos a fazer propaganda em sites próprios (e acertadamente
vede a propaganda paga), o texto amordaça os provedores de conteúdo, que ficam
proibidos de apoiar ou se opor a qualquer candidatura. Assim, um jornal que
defenda, na página de editoriais, a eleição desse ou daquele nome, poderá ser
punido se o fizer na sua versão online. (...)
(...) O pior de tudo é a consagração das doações ocultas. Os deputados correram
a se antecipar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que se preparava para barrar
esse ladino mecanismo pelo qual os financiadores de candidaturas escondem as
suas preferências, doando os valores aos partidos (que os repassarão aos
beneficiários diretos). Nas eleições municipais do ano passado, 60% dos recursos
desembolsados pelos grandes doadores, como empreiteiras, bancos e empresas
prestadoras de serviços urbanos, se destinaram, no papel, aos caixas
partidários. Agora, liberou geral.(...)
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A galinha de Esopo - por Gaudêncio Torquato
"A galinha é o PT". "Ninguém
duvide se Lula for capaz de fazê-la botar dois ovos por dia"
11/07/09
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O
dia depois de amanhã - por Dora Kramer
(...) Seja qual for o rumo da crise em curso –
sustentação de José Sarney em andrajos ou eleição de um presidente-tampão – a
maioria dos senadores já dá por perdida a atual legislatura. Não há, reza a
avaliação preponderante, a menor possibilidade de recuperação de imagem.(...)
10/07/09
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Crimes Digitais - Projeto sobre crimes cibernéticos em final de tramitação e a
"politicagem"
(...) O objetivo de nosso
estudo e acompanhamento deste tema tem sido entender o texto de um
projeto que pode tornar-se Lei.
Neste processo tivemos oportunidade de conhecer melhor as pessoas envolvidas e
os detalhes da tramitação. E até mesmo de participar, agindo e interagindo com
parlamentares, juristas e mídia.
Considero isto de suma importância para aprimoramento do sentimento democrático
de todos, enquanto cidadãos.(...)
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Caso de polícia - Editorial do Estadão
(...) Assim, não se
estranhe se, já tendo a Polícia Federal começado a investigar criminalmente os
funcionários envolvidos, o Supremo Tribunal Federal se veja obrigado a
investigar alguns senadores. (...)
09/07/09
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Uma leve maquiagem - por Dora Kramer
Aos cinco meses de crise, O Senado não dá sinal
de ruptura com a era do compadrio
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Uma data que não pode ser esquecida - por Luiz Gonzaga
Bertelli
(...) O 9 de Julho evoca os
acontecimentos que mobilizaram os paulistas em 1932, em torno de uma causa
nobre: a constitucionalização do País. Mas poucos sabem, hoje, o que significou
esse movimento para os que o vivenciaram de perto, nas frentes de combate ou na
retaguarda.(...)
08/07/09
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Satisfação garantida - por Dora Kramer
Longe da crise há um PMDB bem servido que só
trabalha com cenário de vitórias
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Culpa de todos justifica perdão aos amigos? - por José
Nêumanne
(...) A escolha da
estratégia de defesa de Sarney - a crise não é da pessoa do velho patriarca,
mas, sim, da instituição - revela, no fim das contas, a causa da luta pela
manutenção do status quo no Senado e também a justificativa de Lula para exercer
as funções - que se atribuiu no poder - de perdoador-geral dos amigos e
carrasco-mor dos inimigos. O raciocínio é simplista: "Se a culpa é de todos e é
impossível punir todos, pois seria o fim do Estado Democrático de Direito, vamos
manter os companheiros no céu e os adversários no purgatório da distância do
poder." O resto é papo furado.(...)
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Para não esquecer! - Entrevista do senador Jarbas
Vasconcelos à Veja: "O PMDB é corrupto"
07/07/09
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Coluna de Dora Kramer no "Estadão": Honra ao demérito (Leitura obrigatória!)
03/07/09
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Msg de Luiz Nacinovic sobre o BLOCO RESISTÊNCIA: "Pegando em armas...virtuais!"
[Procure "posts" antigos e novos sobre este tema no Índice Geral do BLOCO] ComUnidade WirelessBrasil