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Junho 2009
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O conteúdo do BLOCO tem
forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão
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Participe!
10/06/09
• Da Série "Apagões" "Retomada da
discussão técnica" e IDEC: "Como reclamar"
O participante Edmilson Rosa (que ajuda
na moderação mas não é meu parente) pondera: :-)
"Tenho achado entranho, que algumas pessoas
agora estão discutindo política, e tomando partido, o que a meu ver não
seria objeto do deste fórum, tirando de fora o problema técnico da telefonica,
que é muito interessante discutir."
Valeu, Edmilson! Tá certo!
Tenho certeza que podermos aprofundar ainda mais as causas reais deste e de
outros incidentes.
Na esteira de outras ponderações em "pvt", recebo a indicação de duas matérias
que descem um pouco ao nível técnico:
Fonte: IPNews
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Fonte: IPNews
Depois da hipótese de rompimento de fibra ótica
levantada pela L5 Networks e da avaliação oficial da Telefônica, apontando que
a paralisação nos serviços na manhã de ontem podem ter sido causadas por falha
humana, IP NEWS levanta como esse tipo de incidente é possível.
A paralisação nas chamadas locais e interurbanas
da Telefônica na cidade de São Paulo ontem pôs em xeque os serviços de
segurança de rede da operadora, que até o momento tem como única manifestação
a provável causa por falha humana. Especialistas ouvidos pelo IP NEWS, no
entanto, levam a crer que o problema foi causado pelo rompimento de uma de
suas fibras óticas, que ligam backbones centrais ao largo da cidade. Isso soa
estranho aos ouvidos dos técnicos, uma vez que a Telefônica, assim como as
demais operadoras, afirmam trabalhar com sistemas de redundância de
infraestrutura, com nova rota de tráfego. Enquanto a operadora não dá parecer
oficial sobre o ocorrido, esta redação levantou as prováveis causas de
acidentes com fibra ótica.
A má intervenção humana é a principal causa
desse tipo de acontecimento, segundo Alessandro Mazzafiori, especialista em
redes da Redex Telecomunicações. Ele levanta acidentes com escavação manual ou
com equipamentos de grande porte, como escavadeiras e retro-escavadeiras na
abertura de valas nos perímetros urbanos, durante as quais pode acontecer o
rompimento do cabo.
“Mas há formas de proteger essa infraestrutura,
começando pela sinalização da rede. Elas podem também fazer a marcação
eletrônica da rede, utilizando marcos eletrônicos que são enterrados junto aos
cabos, o que facilitará a localização física do ponto danificado”, diz. Vale
ressaltar que no Brasil não se tem um mapa confiável de redes subterrâneas,
sejam elas de qualquer serviço, o que dificulta a identificação dos cabos ou
tubos em solo no momento da escavação.
Segundo ele, as operadoras também devem possuir
um sistema de supervisão de rede ótica, que identifica rapidamente qualquer
anomalia na infraestrutura. “O rompimento de cabos óticos, por exemplo, pode
ser alarmado com o uso de um sistema desse tipo”, complementa.
Questionado sobre o problema enfrentado pela
Telefônica ontem, o especialista deixa claro que não pode falar em nome das
operadoras, mas que elas costumam ter arquitetura que permitem o roteamento do
trafego em casos como o de ontem. “Agora, a rapidez desse roteamento depende
de quão sofisticado seja o sistema de detecção de falhas e da própria
infraestrutura redundante da operadora. É preciso lembrar que elas têm acordos
de níveis de serviço (SLA) com seus clientes, principalmente os corporativos,
e isso exige tempos mínimos de interrupção de tráfego, sob pena de severas
multas”.
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Principal hipótese levantada pela Telefônica em
nota oficial soltada na noite de ontem é falha humana; empresa especializada
em redes diz que o problema pode ter sido causado pelo rompimento de uma fibra
óptica, o que colocaria os sistemas de redundância da operadora em xeque; e
Idec explica como o consumidor deve proceder para ser ressarcido do serviço
não prestado.
Desde às 9h00 de ontem a Anatel registra as
primeiras reclamações com o serviço de telefonia fixa da Telefônica, local e
de longa distancia nacional e internacional, em São Paulo. O sistema esteve
instável por horas e impedia o complemento dessas chamadas. A Anatel diz ter
sido informada do problema pelo presidente da operadora, Antônio Carlos
Valente da Silva, e que seus agentes trabalham em regime de urgência na
verificação das causas e das consequências da paralisação.
Em nota divulgada na noite de ontem, depois de
avaliar que 97% dos problemas estavam resolvidos (dados de estranhesa para os
leitores do IP NEWS que questionaram o restabelecimento do serviço no final da
tarde), a empresa admitiu a hipótese de falha humna ter causado a pane.
Uma nota enviada pela L5 Networks, empresa
especializada em serviços de redes para operadoras, diz que a pane foi causada
pelo rompimento de uma das fibras óticas da Telefônica, o que ocasiona a
parada de alguns sistemas, como, links de Internet, Troncos E1 (DDR), linhas
telefônicas e afeta, inclusive, o serviço de outras operadoras. Essa
afirmativa coloca em xeque os sistemas de redundância na rede da operadora,
principalmente dado que os problemas foram concentrados em área altamente
urbanizada.
Como proceder
Para o Idec, a operadora tem o dever de indenizar os consumidores por danos
sofridos em decorrência da paralisação do serviço. Nesse caso, para o
consumidor pessoa física, em caso de discussão judicial, não é o consumidor
que terá de provar que sofreu um dano e sim a Telefônica que terá de provar
que o dano não foi causado.
O consumidor tem o direito de receber em sua
fatura mensal o abatimento do valor proporcional ao tempo em que ficou sem
telefone, em razão de um serviço que não foi prestado.
O Idec recomenda também que os clientes
protocolem suas reclamações na Anatel, que deverá apurar o ocorrido e decidir
se pune a concessionária pelo ocorrido. O telefone de contato é 133 e o site
www.anatel.gov.br.
As reclamações deverão ser encaminhadas por
escrito, com cópias simples de todos os documentos que comprovem os prejuízos.
Se enviadas pelo correio, o consumidor deverá
pedir o aviso de recebimento. Caso entregue pessoalmente, deverá pedir para
que uma cópia da carta seja assinada, o que servirá como comprovante de
entrega. O número de atendimento da Telefônica para orientação é o 10315.
Aqueles que solicitarem a reparação dos danos
também devem ficar atentos ao prazo de resposta. Se a empresa não responder ou
negar o pedido de indenização, ainda é possível recorrer ao Procon e,
posteriormente, à Justiça.
Caso o valor do prejuízo não ultrapasse 20
salários mínimos a ação judicial poderá ser proposta no Juizado Especial Cível
(no fórum mais próximo de sua residência), sem a necessidade de contratar
advogado.
Procon
O Procon diz já ter notificado a Telefônica por escrito e deu o prazo de
resposta de até a próxima segunda-feira, dia 15 de junho.
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