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Junho 2009               Índice Geral do BLOCO

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15/06/09

• Telebrás e Eletronet: de novo... (36) - Informações sobre a "Petronet" e a "Furnasnet"? + Ethevaldo: "Uma estatal inteirinha para ser aparelhada" + Mais sugestões de convites para a audiência

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, June 15, 2009 9:34 AM
Subject: Telebrás e Eletronet: de novo... (36) - Informações sobre a "Petronet" e a "Furnasnet"? + Ethevaldo: "Uma estatal inteirinha para ser aparelhada" + Mais sugestões de convites para a audiência
 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
01.
Na página inicial da Seção Telebrás e Eletronet do site WirelessBR há um mapa da rede de fibra ótica da Eletronet, o mesmo que constou de um "post" recente.

A Eletronet está "sub judice" e em situação falimentar. 
Apesar da falência, no entanto, a joint venture ainda continua a prestar serviços pontuais para alguns órgãos e empresas.
Recorto da mídia:
(...) A juíza Ellen Garcia Mesquita Lobato da 5ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro declarou, às 14 horas da sexta, dia 16 (maio 2003), a falência da Eletronet S/A. A juíza, contudo, permitiu liminarmente a manutenção das atividades da empresa, considerando que "a Eletronet presta serviços essenciais ao país de transporte de informações para o setor de telecomunicações e para a operação do sistema elétrico brasileiro", diz a sentença.
Foi nomeado também como síndico da massa falida o especialista em falências Isaac Motel Zveiter. (...)
[Teletime]

 
Por este motivo o noticiário recente informa que o governo cogita de um "Plano B" na reativação da Telebrás: utilizar as redes da Petrobrás, Furnas e, eventualmente, "outras".

(...) “Já as redes de fibra óptica de Furnas e da Petrobras, que passam também por quase todos os estados brasileiros, poderiam ser usadas pela estatal sem nenhum problema” (...)
 
Aparentemente é uma novidade mas, ao ler o Estudo do consultor Vilson Vedana divulgado no "post" anterior vemos que já se pensava nisso em 2007:

(...) A Telebrás irá usar os cabos de fibras óticas das empresas de transmissão de energia elétrica, da Petrobrás e outros. Como os cabos de fibras óticas transmitem informação por pulsos de luz e não por ondas eletromagnéticas, as comunicações não são afetadas por interferências causadas por condutores de alta tensão. Isto fez com que se desenvolvessem cabos para a transmissão de energia elétrica em alta tensão cujo centro é um cabo de feixes de fibras óticas. O custo final da rede elétrica é pouco afetado, pois toda a infra-estrutura teria que ser construída da mesma forma. Isto foi feito no Brasil, nos últimos anos, e há uma grande rede de cabos de fibras óticas cobrindo o País, bastando apenas instalar os equipamentos iluminadores das fibras nas pontas para se ter uma rede de alta capacidade de telecomunicações. No Paraná, por exemplo, a rede de fibras óticas da Companhia Paranaense de Eletricidade só não chega à sede de 7 municípios. Os cabos de fibras óticas da Petrobrás foram instalados nos oleodutos, quando da sua construção e têm, também, grande extensão. (...)
 
02.
Tenho sérias dúvidas se o grupo de pessoas capitaneado pelo Sr. Rogério Santanna que trabalha para reativar a Telebrás tem realmente equacinados todos os detalhes técnicos de utilização dessas redes. Afinal, planejamento e execução não tem sido um ponto forte deste governo.
No entanto, tudo é possível: se o projeto está pronto,  então deve se divulgado para conhecimento da sociedade e o mais amplo debate!!!

Assim, pergunto:
Alguém tem mais detalhes sobre a redes da Petrobrás e de Furnas (que, mesmo sem conhecer, apelidei de  "Petronet" e a "Furnasnet")?  :-)
Quais são as topologias ou "mapas" das redes?
Quando se fala na Eletronet vem logo a informação: "A rede atravessa 18 estados, mas só chega até a periferia das grandes cidades."
E estas redes da Petrobrás e de Furnas, chegam lá ?
 
03.
Mais sugestões de convites para a audiência pública do dia 23.
Em 29/08 agosto de 2007 a Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara
aprovou requerimento para debater em audiência pública a situação operacional, econômica e financeira da Eletronet. Num primeiro momento, não encontrei os "ecos" desta audiência.
Mas estamos interessados nas entidades e órgãos convidados na ocasião.
Pelo requerimento, foram convidados, entre outros:
- Ministério de Minas e Energia;
- Associação das Empresas Proprietárias de Infra-Estrutura e Sistemas Privados (Aptel);
- Lightpar;
- Serpro;
- Correios; 
- Petrobrás;
- AES;
- Bandeirantes Empreendimento Ltda
- Alcatel Brasil;
- da Furukawa
- Telebrasil;
- Aneel, e o
- síndico da massa falida, Isaac Motel Zveiter.

Fica a sugestão para o deputado Paulo Bornhausen.
 
04.
O jornalista Ethevaldo Siqueira tinha adiantado no seu website e o Estadão de ontem (14 junho) publica este artigo:
Fonte: Ethevaldo Siqueira
[14/06/09]  
Uma estatal inteirinha para ser aparelhada
 
Transcevemos também esta notícia recente:
Fonte: Tele.Síntese
[08/06/09]  
Revitalização da Telebrás divide opiniões na Câmara por Lúcia Berbert 

05.
Novamente, solicito informações sobre as redes de fibra óptica da Petrobrás e de Furnas!
Obrigado!
 
Ao debate!
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
PS: Mensagem com cópia para dep.paulobornhausen@camara.gov.br , rogerio.santanna@planejamento.gov.br e vilson.vedana@camara.gov.br

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Fonte: Ethevaldo Siqueira
[14/06/09]   Uma estatal inteirinha para ser aparelhada
 
Depois de vários anúncios e balões de ensaio lançados pelo segundo escalão, o governo federal emudeceu nas últimas semanas e recusa-se a debater sua decisão de reativar a Telebrás. De repente, o projeto virou assunto proibido, embora seja importante demais para ser encaminhado como vem sendo, sem debate, sem qualquer participação do Congresso ou da opinião pública. Nos bastidores, entretanto, o governo acelera o passo. Prova disso é o pedido que o Executivo acaba de fazer à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para que devolva 50 funcionários da Telebrás cedidos ao órgão regulador.
 
Mesmo com uma máquina estatal inchada, ineficiente e cara, o governo federal prefere gastar milhões inutilmente ao reativar uma velha estatal, que deverá ter no mínimo 500 empregados, entre engenheiros, técnicos e administradores. Os primeiros recrutados são antigos funcionários da Telebrás, que retornarão da Anatel, à qual foram cedidos em 1998. Poucos, entretanto, estarão preparados para conduzir uma empresa prestadora de serviços de telecomunicações – até porque a Telebrás nunca foi operadora, e, sim, uma holding que controlava 27 subsidiárias.
 
PASSADO vs. PRESENTE
Não há como estabelecer qualquer paralelo entre o desempenho histórico da Telebrás e o das empresas privadas que a sucederam. Examinemos apenas dois indicadores. Tudo que o Sistema Telebrás realizou ao longo de 26 anos (1972-1998) se resumiu numa oferta de 24,5 milhões de telefones (entre fixos e celulares) ou a média nacional quase franciscana de 14 telefones por 100 habitantes.
 
Com a privatização, em apenas uma década o Brasil passou a contar com 196,7 milhões de acessos, alcançando a densidade nacional de 104 telefones por 100 habitantes. Por outras palavras, o Brasil tem hoje mais telefones do que gente.
A capacidade de investimento do governo brasileiro em infraestrutura continua sendo muito baixa e, portanto, está muito aquém das necessidades de um setor como o de telecomunicações.
 
RAZÕES INCONSISTENTES
Diante da imensa oferta de serviços, de tecnologia moderna e de infraestrutura, é fácil concluir, portanto, que o País não precisa de nenhuma estatal de telecomunicações, pois, contrariamente a todos os argumentos do governo, a reativação da Telebrás não irá “proporcionar maior economia ao setor público” nem “conferir maior segurança aos serviços de telecomunicações governamentais”.
 
E não há também nenhum sentido prático em atribuir à Telebrás a missão de liderar o projeto de inclusão digital, pois existem soluções muito mais econômicas e eficazes do que transformar essa estatal em “gestora de uma rede nacional de banda larga, com o objetivo de levar o acesso à internet rápida a todo o País”.
 
Outro objetivo alegado para a recriação da Telebrás seria operar um satélite geoestacionário estatal brasileiro e com ele atender às necessidades de telecomunicações governamentais e aeronáuticas. Equívoco total, pois, nessa área, o País dispõe de 42 satélites de telecomunicações autorizados a operar no território nacional, sendo 4 da Embratel, preparados inclusive para comunicações militares com a Banda-X.
 
Nesta altura, o governo federal parece ter desistido do último objetivo, que era o de operar a rede de 16 mil quilômetros de cabos de fibra óptica da falida Eletronet, estatal formada pela Eletrobrás e pela americana AES, cujo passivo já supera os R$ 600 milhões.
 
Como se vê, não há nenhuma necessidade estratégica ou econômica que justifique a recriação da estatal, a não ser o apetite de velhas raposas partidárias de ampliar o aparelhamento do Estado e reforçar sua campanha eleitoral de 2010. Com todo o risco de corrupção.
 
SÓCIO QUE NÃO INVESTE
Mesmo sem nada investir no setor de telecomunicações nos últimos 11 anos, o governo tornou-se o maior sócio do setor. Basta lembrar que, depois de privatizadas, as telecomunicações transformaram-se em verdadeira mina de ouro para a União e os Estados, ao recolherem anualmente mais de R$ 40 bilhões de impostos, com alíquotas que chegam a quase 50% sobre o valor das tarifas. Nenhum país do mundo cobra tanto imposto sobre telecomunicações. Um verdadeiro escândalo.
 
A voracidade estatal parece não ter limites. Além dos R$ 40 bilhões de tributos pagos pelos usuários, a União arrecada mais três fundos no setor: o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), o Fundo de Fiscalização sobre Serviços de Telecomunicações (Fistel) e o Fundo de Tecnologia de Telecomunicações (Funttel).
 
Tomemos o exemplo do Fust. A arrecadação acumulada e não utilizada desse fundo deverá alcançar dentro de alguns meses a impressionante soma de R$ 10 bilhões. Em lugar de investir esses recursos para levar serviços de telecomunicações às áreas mais pobres, como determina a lei, o governo simplesmente os confisca, exatamente como faz com 75% dos R$ 2 bilhões do Fistel arrecadados a cada ano.
 
Essa é a ética do Estado brasileiro, não apenas em telecomunicações, mas como tem sido há décadas em tantas outras áreas. Remember precatórios.
 
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Fonte: Tele.Síntese
[08/06/09]  
Revitalização da Telebrás divide opiniões na Câmara por Lúcia Berbert  
 
A perspectiva de revitalização da Telebrás já no segundo semestre deste ano para desenvolver projetos estratégicos do governo, nas áreas de segurança nacional e de inclusão digital, assusta o deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC). Para ele, tudo o que não se precisa no momento em um setor que está dando certo é ressuscitar um player estatal que vá alterar o equilíbrio do mercado. “O governo federal pode resolver tirar suas contas de telecom das empresas que hoje tem os contratos e criar uma assimetria de mercado”, criticou.
 
Bornhausen já solicitou uma audiência pública para debater o assunto na Comissão de Ciência e Tecnologia, que acontecerá no dia 23. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) pensa diferente. Para ele, é natural que o governo tenha um serviço de transmissão de dados próprio destinado para projetos especiais. “A Telebrás não irá disputar mercado”, disse.
 
Os dois deputados, porém, admitiram que não têm informações oficiais sobre o tema. “Há mais de um ano que acompanho sinais do governo sobre a reativação de Telebrás, uma notícia aqui, outra ali”, disse Bornhausen. Por esta razão quer debater o assunto, até para analisar que providências poderão ser tomadas para evitar prejuízos ao mercado e à população em geral.
 
O assunto é evitado em todas as esferas de governo. A preocupação é com possíveis especulações com ações da estatal na Bolsa de Valores. Mas ninguém nega que a empresa está se movimentando para realizar um trabalho mais robusto. Com este argumento, por exemplo, que a estatal solicitou o retorno de 50 dos 187 funcionários que estão cedidos à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Outra desculpa usada para a revitalização da empresa é de que todos os grandes países têm um serviço de comunicação público, não privatizado, para fins de segurança nacional. “O país não pode abrir mão de uma visão estratégica”, diz uma fonte do governo.
 
Também ainda há duvidas se a rede da Eletronet de cerca de 20 mil km de fibras ópticas, presente em 18 Estados brasileiros, será utilizada pela Telebrás. O destino dessa rede depende da Justiça, alegam fontes da companhia. “Já as redes de fibra óptica de Furnas e da Petrobras, que passam também por quase todos os estados brasileiros, poderiam ser usadas pela estatal sem nenhum problema”, confirmam.
 
Bornhausen considera que, caso seja reativada, a Telebrás não ficará restrita em prover serviços de segurança nacional. “Onde passa o boi, passa a boiada”. E para a inclusão digital, defende, basta usar o Fust (Fundo de Universalização de Serviços de Telecomunicações), que tem R$ 6 bilhões e têm quem faça. “Tudo o que está nas mãos do governo, não anda. Haja vista as obras do PAC”, completa.

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