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Junho 2009               Índice Geral do BLOCO

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18/06/09

• Crimes Digitais (76) - Uma boa "notícia democrática": "Chat" como deputado Julio Semeghini, relator do "PL Azeredo" no próximo dia 25 + Azeredo no YouTube

de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 18 de junho de 2009
assunto Crimes Digitais (76) - Uma boa "notícia democrática": "Chat" como deputado Julio Semeghini, relator do "PL Azeredo" no próximo dia 25 + Azeredo no YouTube

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
01.
O relator do projeto PL 89/03 ("PL Azeredo") na CCTCI da Câmara, deputado Julio Semeghini (PSDB-SP) "adiou a entrega do parecer para o final do mês.
Enquanto isso tentará obter um acordo com as diversas entidades que tem interesse na matéria com o objetivo de que seja votada antes do recesso parlamentar, previsto para iniciar em 15 de julho."

O deputado Semeghini tomou uma iniciativa louvável, creio que inédita, nesta fase de elaboração de uma proposta por uma relatoria do Congresso: vai participar de um bate-papo ("chat")  promovido pela Agência Câmara na próxima quinta-feira (25), às 10 horas.
Para participar do bate-papo, o interessado deverá acessar o site www.agencia.camara.gov.br e clicar no ícone do chat, que estará disponível no menu ao lado direito.
Parabéns, deputado Julio Semeghini!

Independente do resultado, creio que, na ComUnidade, podemos comemorar esta iniciativa democrática que vem coroar nosso profundo envolvimento com o tema, sempre visando a formação da opinião do participante e o estímulo à interação com as autoridades envolvidas.
 

Na oportunidade agradeço ao polêmico blogueiro e advogado Fernando Gouveia ("Gravataí Merengue" - ver perfil) a referência feita ao meu nome e à ComUnidade.
Obrigado, "Gravata", mas o mérito é de todos os participantes que têm debatido o tema:

(...) 
Por isso, sou grato a Hélio Rosa, que como sempre divulgou na primeira hora, tão-logo obteve o material. Seu trabalho de divulgação e debate na comunidade WirelessBrasil merece aplauso. É uma mediação sensata das mais diversas opiniões, com respeito a todos os lados. (...)
 
02.
Já acompanhei alguns bate-papos (ou entrevista via chat) na web.
A melhor maneira de participar é preparar com antecedência as dúvidas e questionamentos, assim como críticas e elogios.

Mas as regras básicas são a cordialidade, as boas maneiras, a corteria e o cavalheirismo, sempre lembrando que - pelo menos neste caso - não estamos debatendo as pessoas envolvidas mas sim as ideias e conceitos pertinentes ao tema.

03.
Os opositores do "PL Azeredo" estão em grande atividade fazendo suas críticas e, pela mídia, as conhecemos muito bem.
Os autores e defensores, na óbvia regra do jogo, também fazem sua defesa.

O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), autor do substitutivo aprovado no Senado, fez um pronunciamento defendendo a aprovação da matéria. Segundo ele, o projeto "não é uma lei para a internet, muito menos de downloads", mas trata sim do "Direito Penal aplicado às novas tecnologias". O parlamentar repudiou a acusação de que a proposta é para "proteger banqueiro" ou é semelhante a um novo ato institucional, instrumento de repressão editado na ditadura.

Nós, que queremos formar opinião ouvindo as partes envolvidas, temos a oportunidade de ver o ouvir o senador Azeredo neste vídeo do YouTube.
O senador faz sua defesa com vigor, conteúdo e coerência. Vale conferir.

04.
Permito-me repetir esta informação sobre o "pecado básico" da famosa "petição dos 140 mil signatários": ela foi redigida antes da aprovação no Senado e, assim, critica um texto então inexistente!

O "chat" com o deputado Semeghini corre o risco de ser focado no texto do "PL Azeredo" que foi aprovado no Senado.
No entanto, pela imprensa, sabemos que o relator já deve possuir uma minuta com as alterações que pretende constar de suas propostas, fruto do consenso já atingido. Consta também que alguns pontos ainda não estão resolvidos.

Para que o chat traga realmente resultados práticos em termos de sugestões, o deputado Semeghini deveria divulgar, com antecedência, esta minuta e as suas dúvidas.
Esta "transparência total", longe de ser um demérito, poderia entrar para o currículo do deputado como um ato de grande coragem democrática!

Outro ponto que pode prejudicar o resultado do bate-papo é a omissão, por parte da mídia e críticos, dos ritos regimentais que limitam muito as alterações que podem ser introduzidas nesta fase da tramitação.
Citei "omissão" pois a mídia especializada não pode alegar ignorância: os jornalistas dos portais de notícias têm recebido cópia de nossas mensagens.
Urge um esforço para que todos entendam estas restrições.
 
05.
Abaixo estão transcritas duas matérias sobre o que foi comentado nesta mensagem:

Fonte: Tele.Síntese
[10/06/09]  
Sem consenso, substitutivo ao projeto sobre cibercrimes é adiado por Lúcia Berbert
 
Fonte: Câmara dos Deputados
[16/06/09] Agência Câmara promove chat com relator de crimes pela internet
 
06.
NO final desta mensagem está uma relação dos últimos "posts" no BLOCO.
A relação completa está na Seção Crimes Digitais
 
07.
Permito-me uma opinião pessoal, "panorâmica", sobre este tema, como participante e cidadão:

O atual projeto em final de tramitação está em debate há mais de 10 anos e somente há poucos anos ficou conhecido por "PL Azeredo" devido à autoria do substitutivo.

Acompanho o assunto na ComUnidade desde novembro de 2006 e atesto que o PL foi debatido em muitas oportunidades, fora dos nossos Grupos.
Apesar da longa tramitação e das diversas audiências públicas, a sociedade interessada não tomou a iniciativa e não teve capacidade de apresentar um texto alternativo e isto deve ser tema de profunda meditação!

Estudamos aqui nos fóruns cada artigo e parágrafo do projeto aprovado no Senado com os acréscimos feitos pelo senador Mercadante e lamentamos que os críticos nunca tenham feito algo parecido, pois isto seria fundamental para o debate e aprimoramento do texto; as críticas sempre foram genéricas e, portanto, inócuas pois existe um projeto concreto em tramitação que precisa ser esmiuçado item por item!!!

Este "projeto concreto" tem partes preciosas na tipificação e punição de alguns crimes digitais e isto não se consegue de uma hora pra outra.

Lutar pela rejeição pura e simples do PL como um todo é um desserviço à sociedade, é defender a inexistência de leis por mais um imenso período de tempo e a sociedade não pode mais esperar.

E insistir em desconhecer que os ritos regimentais impõe sérias limitações ao que pode ser modificado nesta fase de tramitação e continuar persistindo nas críticas genéricas ainda com base na famosa petição, é um ato de enganação e desinformação de inocentes e desavisados, com motivos obscuros.

Se alguém deseja realmente influir neste processo, o bate-papo/ "chat" como o deputado Semeghini é o momento.

Temos a oportunidade, individualmente, de poder colaborar efetivamente para o aperfeiçoamento da nossa legislação.
Mas para isso é preciso ler, estudar o texto e conhecer o procedimento regimental.

A mídia tem um papel fundamental neste processo e espero que atue proativamente trazendo o tema de volta à berlinda e proporcionado um debate sério, equilibrado e competente nesta fase final de tramitação.
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
Foram enviadas cópias desta mensagem para dep.juliosemeghini@camara.gov.br mercadante@senador.gov.breduardo.azeredo@senador.gov.br, PorTUGAL@senado.gov.br  e jornalistas dos portais de notícias de TI e Telecom.

 
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Fonte: Tele.Síntese
[10/06/09]  
Sem consenso, substitutivo ao projeto sobre cibercrimes é adiado por Lúcia Berbert  
 
O relator do PL 89/03, que criminaliza os delitos praticados por meio da internet, deputado Julio Semeghini (PSDB-SP), adiou a entrega do parecer para o final do mês. Enquanto isso tentará obter um acordo com as diversas entidades que tem interesse na matéria com o objetivo de que seja votada antes do recesso parlamentar, previsto para iniciar em 15 de julho. “Como é um assunto polêmico, o texto precisa ser construído com muita calma para ver se atende as reivindicações dos diversos órgãos para viabilizar a votação”, disse.
 
Na última reunião sobre o projeto, realizada nesta terça-feira, a Polícia Federal pediu a inclusão de novos itens para facilitar as investigações, mas não teve apoio nem dos deputados nem do próprio governo. “A Casa Civil e o Ministério da Justiça defendem o abrandamento da matéria”, contou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que também trabalha na elaboração de um substitutivo mais ameno. “O projeto não pode comprometer a liberdade na internet porque este é o principal valor da rede”,disse.
 
Segundo Teixeira, a polêmica sobre o projeto aumentou depois que a consultoria legislativa da Câmara divulgou estudo sobre a regulamentação da internet, recomendando cautela na edição de leis sobre o tema. “O texto representa a opinião de consultores e não do Parlamento”, disse. Ele ainda tem duvidas sobre a possibilidade de acordo para votação antes do recesso.
 
Alterações
 
Na terça-feira, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), autor do substitutivo aprovado no Senado, fez um pronunciamento defendendo a aprovação da matéria. Segundo ele, o projeto "não é uma lei para a internet, muito menos de downloads", mas trata sim do "Direito Penal aplicado às novas tecnologias". O parlamentar repudiou a acusação de que a proposta é para "proteger banqueiro" ou é semelhante a um novo ato institucional, instrumento de repressão editado na ditadura.
 
O relator da proposição na Câmara, deputado Júlio Semeghini, também defende sua aprovação, mas com alterações para evitar prejuízos ao desenvolvimento da rede. “O projeto de lei trata da tipificação dos crimes realizados pela internet, coisa que não existe até hoje, dificultando a punição”, argumenta.
 
Semeghini quer, por exemplo, limitar a abrangência de alguns pontos do projeto, como o que diz respeito ao crime de acesso não autorizado. “Da forma como está colocado, despertou dúvidas na sociedade de informação sobre a abrangência dessa proibição. Então vamos deixar claro que só é crime quando você entra num domínio no qual está expresso que o acesso é proibido”, disse.
 
Outra mudança que pretende fazer é eliminar o crime de transmissão de acesso não autorizado, outro ponto controverso do projeto, e a definição mais objetiva de código malicioso. E ainda quer limitar a responsabilidade do provedor. O texto atual determina que o provedor informe as autoridades competentes sempre que houver indício de que está sendo ou pode ser cometido um crime. “Ele teria uma obrigação de vigilância, que não pode ser exigida”, disse.
 
Acadêmicos e representantes da sociedade de informações consideram que o projeto, caso seja aprovado, irá bloquear as práticas criativas e atacar a internet, enrijecendo todas as convenções do direito autoral. “O Substitutivo do Senador Eduardo Azeredo bloqueia o uso de redes P2P, quer liquidar com o avanço das redes de conexão abertas (Wi-Fi) e quer exigir que todos os provedores de acesso à internet se tornem delatores de seus usuários, colocando cada um como provável criminoso. É o reino da suspeita, do medo e da quebra da neutralidade da rede”, diz o texto de uma petição pública online, que já obteve milhares de assinaturas.
 
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Fonte: Câmara dos Deputados
[16/06/09] Agência Câmara promove chat com relator de crimes pela internet

O deputado Julio Semeghini quer alterar pontos polêmicos do substitutivo aprovado no Senado.
A Agência Câmara promove na quinta-feira que vem (25), às 10 horas, bate-papo pela internet com o deputado Julio Semeghini (PSDB-SP). Ele é relator da proposta que criminaliza os delitos praticados por meio da internet. Para participar do bate-papo, o interessado deverá acessar o site www.agencia.camara.gov.br e clicar no ícone do chat, que estará disponível no menu ao lado direito.
 
A proposta - PL 84/99, do ex-deputado Luiz Piauhylino, que já havia sido aprovada na Câmara - ganhou um substitutivo no Senado, do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), e voltou para ser novamente analisada pelos deputados. Como tem regime de urgência, o texto está sob análise de três comissões simultaneamente. Semeghini relata o substitutivo na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.
 
Pontos polêmicos
Em entrevista à Agência Câmara, na semana passada, Semeghini adiantou que pretende modificar alguns dos pontos polêmicos da texto aprovado pelos senadores. Entre esses pontos, o parlamentar destaca a privacidade das comunicações e da guarda das informações.
 
Ele observa que, quando alguém acessa um endereço na internet ou troca mensagens com outras pessoas, é consenso que essas informações são privadas e "é importante que sejam protegidas, que outras pessoas não tenham acesso a elas".
 
Segundo o deputado, a proposta exige que as empresas provedoras de acesso guardem "de forma protegida" essas informações e só as disponibilizem com ordem judicial dentro de algum processo por crime.
 
No entanto, ressalta, "as pessoas têm de perceber que não se pode cometer crimes pela internet e pensar que vai permanecer impune. É preciso que se possa rastrear a comunicação e perceber quem foi que cometeu o crime".
 
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13/06/09
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