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Junho 2009               Índice Geral do BLOCO

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19/06/09

• Telebrás e Eletronet: de novo... (41) - Abramulti apoia recriação da Telebrás mas quer conhecer os reais objetivos do governo

de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 19 de junho de 2009 19:06
assunto Telebrás e Eletronet: de novo... (41) - Abramulti apoia recriação da Telebrás mas quer conhecer os reais objetivos do governo

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

01.
Recebi de "FonteMidia Américas" uma "pauta" (leia-se: sugestão de veiculação de notícia) e transcrevo na íntegra.

Abramulti  é a sigla para Associação Brasileira dos Provedores de Internet e Operadores de Cominicação de Dados Multimídia.

Recorto dois trechos para dar uma ideia do texto:

(...) A Abramulti afirma que a recriação da Telebrás poderá ser benéfica porque poderá representar um reequilíbrio das forças na competição no mercado de telecomunicações. “A Telebrás poderá ser a única opção para que as empresas independentes de Telecom consigam comprar transporte de dados sem depender das grandes concessionárias nacionais, fora dos grandes centros”, afirma Santana Sobrinho. “Em contrapartida, estas mais de 1200 empresas independentes poderão ser a melhor opção para, em parceria com a Telebrás, garantirem a última milha nas cidades e atender aos órgãos de governo em condições mais satisfatórias, ou, em última análise, serem mais uma opção ao governo, pois estão presentes em mais de 4600 municípios”, destaca. (...)

(...) “O projeto de recriação da Telebrás deve ser debatido pela sociedade civil para se possa conhecer quais os reais objetivos da proposta defendida pelo Governo Federal. Esta audiência pública é um bom caminho para isso”. (...)

02.
Num bom exemplo de aproveitamento da "pauta" o "Convergência" publicou hoje esta matéria, transcrita mais abaixo:
Fonte: Convergência Digital
[19/06/09]   Reativação da Telebrás promete debate 'caloroso' na Câmara por Luís Osvaldo Grossmann

03.
A Abramulti não constou da relação inicial de convidados para a audiência pública do dia 23.
Fica mais esta sugestão de "convite oficial" a ser enviado pelo deputado Paulo Bornhausen.
Mas o diretor de Assuntos Regulatórios da Abramulti, Manoel Santana Sobrinho, já confirmou presença.

04.
Se o governo tivesse boas e democráticas intenções sobre a reativação da Telebrás estaria, há muito tempo, debatendo intensivamente o tema com a sociedade. Não está. E até acaba de decretar "silêncio" e a mídia, obsequiosa, entendeu e atendeu.

O "baloneiro de ensaio" tem sido o Sr. Rogério Santanna que, sabe-se pela imprensa, tem pretensões de dirigir a ressuscitada estatal.
Anestesiados, numa leitura "en passant", podemos até achar normal e louvável mas não deixa de ser um escândalo.

Independente se a reativação da Telebrás será ou não benéfica, no atual quadro de recessão e de campanha eleitoral antecipada, ético e moral será deixar estas ações para o próximo governo, seja qual for.

05.
Na sua página de "Opinião", o Estadão publica hoje um artigo em que cita o loteamento do governo. Não há como deixar de linkar com a preocupação da Abramuti e com a coluna do Ethevaldo Siqueira sobre a estatal "inteirinha para ser aparelhada".
A matéria é "off topic" em relação ao tema Telebrás mas trás subsídios para entendermos o cenário geral...  :-)

O artigo está transcrito parcialmente mais abaixo:
Fonte: O Estado de S. Paulo
[19/06/09] Os modernos revolucionários por João Mellão Neto

Boa leitura da posição da Abramulti!
Um abraço cordial
Helio Rosa

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Sugestão de pauta

de FonteMidia Americas <fontemidia@fontemidia.com.br>
responder a fontemidia@fontemidia.com.br
para rosahelio@gmail.com
data 19 de junho de 2009 14:20
assunto Pauta Audiência Publica - Reativação da Telebrás pode alterar o equilíbrio de forças no mercado de telefonia, diz Abramulti

Reativação da Telebrás pode alterar o equilíbrio de forças no mercado de telefonia, diz Abramulti

Entidade também ressalta que projeto a necessita ser debatido pela sociedade civil, para se possa conhecer os reais objetivos da proposta defendida pelo Governo Federal

Na próxima terça-feira, 23 de Junho, na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, acontece audiência publica que irá debater a proposta do governo de recriação da Telebrás. A atividade foi requerida pelo deputado Paulo Bornhausen (DEM/SC) e deverá contar com a participação na mesa de debates os representantes da Telebrás, Anatel, Ministério das Comunicações, Ministério do Planejamento, operadoras de telefonia. Não está confirmada a participação na mesa dos representantes dos provedores de acesso à Internet e de mais de 1200 autorizadas SCM independentes, mas a Abramulti confirmou que estará presente na atividade e que será representada pelo seu Diretor de Assuntos Regulatórios, Manoel Santana Sobrinho.

A Abramulti afirma que a recriação da Telebrás poderá ser benéfica porque poderá representar um reequilíbrio das forças na competição no mercado de telecomunicações. “A Telebrás poderá ser a única opção para que as empresas independentes de Telecom consigam comprar transporte de dados sem depender das grandes concessionárias nacionais, fora dos grandes centros”, afirma Santana Sobrinho. “Em contrapartida, estas mais de 1200 empresas independentes poderão ser a melhor opção para, em parceria com a Telebrás, garantirem a última milha nas cidades e atender aos órgãos de governo em condições mais satisfatórias, ou, em última análise, serem mais uma opção ao governo, pois estão presentes em mais de 4600 municípios”, destaca.

Para o dirigente da Abramulti, esta audiência não estaria em pauta “se legislação de telecomunicações atual tivesse sido cumprida pela Anatel e que o compartilhamento de infra-estrutura e a desagregação de redes, e a EILD (exploração industrial de linha dedicada) já tivessem sido implantados. Isto porque já teríamos garantida a competição no mercado e com uma evidente e elevada melhoria dos serviços, além da queda substancial dos preços”, afirma. “O projeto de recriação da Telebrás deve ser debatido pela sociedade civil para se possa conhecer quais os reais objetivos da proposta defendida pelo Governo Federal. Esta audiência pública é um bom caminho para isso”.

O diretor da entidade ressalta também que esta reestruturação do setor a partir da Telebrás deverá passar pelas outorgas e licenças a serem concedidas tanto as empresas de STFC quanto aos outros serviços de telecomunicações. “Hoje a Anatel tem muito poder concentrado. É preciso reestruturar sim, mas não sabemos ainda se ao sair do espeto vamos cair na brasa. É necessário conhecer, primeiramente, as intenções do governo e qual o fundo desta reestruturação das agências proposta pelo governo, e não apenas para a ANATEL, como para todas as demais agências”, afirma Santana Sobrinho.

A proposta de reativação da Telebrás é antiga dentro do governo e ficou fortalecida a partir de uma disputa judicial a partir de 2008 envolvendo a rede da Eletronet, defendida pelo governo como alternativa para que o poder público possa ter uma rede própria de telecomunicações, garantindo a segurança do sistema.

Mais informações: http://www.abramulti.com.br

Informações à Imprensa
Wilians Geminiano
+55 11 2743-6722 – 9869-3943
FonteMidia Américas
fontemidia@fontemidia.com.br
e-mail pessoal wgeminiano@fontemidia.com.br
skype wgeminiano
http://www.fontemidia.com.br

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Fonte: Convergência Digital
[19/06/09]   Reativação da Telebrás promete debate 'caloroso' na Câmara por Luís Osvaldo Grossmann

A recriação da Telebrás terá seu primeiro debate público na próxima terça-feira, 23/06, em audiência da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados. Representantes das empresas fixas e móveis, dos ministérios das Comunicações e Planejamento, e os presidentes da Telebrás e da Anatel foram convidados, além dos advogados Carlos Ari Sundfeld e Floriano de Azevedo Marques Neto, que participaram da elaboração da Lei Geral de Telecomunicações.

A premissa da audiência, pedida pelo deputado Paulo Bornhausen (DEM/SC), é negativa. Para o parlamentar, "à vista dos casos Eletronet e, principalmente, Telebrás, persiste, no atual Governo Federal, uma manifestada intenção de senão reestatizar o setor, interferir no equilíbrio da competitividade naturalmente desenvolvida na iniciativa privada".

Certamente esta será a argumentação defendida pelos representantes das operadoras fixas e móveis. O receio é de que com uma rede na mão, o governo passe para a estatal, os contratos de serviços atualmente prestados pelas empresas privatizadas, uma vez que a discussão inclui o aproveitamento da rede de fibra ótica da Eletronet.

Mas há defensores da ideia, como a Abramulti, que representa provedores de acesso à Internet. A entidade nem foi convidada para a mesa, mas garante que vai à Câmara apresentar seu ponto de vista.

"A Telebrás poderá ser a única opção para que as empresas independentes de Telecom consigam comprar transporte de dados sem depender das grandes concessionárias nacionais, fora dos grandes centros", afirma o diretor de Assuntos Regulatórios da Abramulti, Manoel Santana Sobrinho.

Para ele, não haveria necessidade desse debate, "se a legislação de telecomunicações atual tivesse sido cumprida pela Anatel e que o compartilhamento de infraestrutura e a desagregação de redes, e a exploração industrial de linha dedicada já tivessem sido implantados".

Outro aliado pode estar num grande cliente do setor, o Banco do Brasil, que vem negociando com o governo o uso compartilhado da infraestrutura de telecomunicações para levar os serviços da instituição financeira para as localidades mais distantes e onde há uma carência de serviços e, como consequência, um preço elevado por parte dos provedores privados.

Segundo o diretor de Tecnologia do BB, José Francisco Alvarez Raya, a ideia é aproveitar os sistemas utilizados pelo governo em áreas como a Previdência Social, a Receita Federal e até o Exército para incorporar a oferta de serviços bancários. Ele admite que a discussão passa, inclusive, pelo uso da Eletronet.

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Fonte: O Estado de S. Paulo
[19/06/09] Os modernos revolucionários por João Mellão Neto

Em 1945, quando Getúlio Vargas foi derrubado do poder, não havia vice-presidente nem sequer o Congresso estava funcionando. Para governar até a eleição e a posse de Eurico Gaspar Dutra, assumiu, durante três meses e cinco dias, o presidente do Supremo Tribunal Federal, José Linhares.

Segundo os seus desafetos, ele tratou logo de nomear a família inteira. "Não eram Linhares, mas milhares", diziam então. Fenômeno análogo é o que vem ocorrendo com os partidos que apoiam o governo federal, no Brasil, desde a posse de Lula, em 2003.

Existem cerca de 40 mil cargos de confiança na administração pública federal direta e indireta. Calcula-se que a maior parte deles esteja nas mãos de apadrinhados políticos sem nenhuma qualificação para exercê-los.

São os cargos DAS - Direção e Assessoramento Superior -, cuja função é garantir aos sucessivos governos o controle da máquina administrativa. Esses cargos, em geral, são de livre provimento, ou seja, não se requer de seus ocupantes nenhuma pré-qualificação acadêmica ou profissional. Os governos, em geral, costumam preenchê-los parte com militantes políticos, parte com técnicos da área em que serão exercidos.

Não existe, é claro, um critério predeterminado sobre qual deveria ser a cota técnica e qual deveria ser a cota política. Entende-se apenas que, quando a primeira predomina, cria-se uma equipe administrativa desapegada, sem grandes compromissos com o governo de que é parte integrante. Quando são os critérios políticos que prevalecem, o resultado é a falta de eficiência e eficácia administrativa. O que ocorre atualmente é o segundo caso. E, ao que parece, em níveis nunca antes conhecidos.

São os "milhares de Linhares" de Lula e dos diversos partidos que o apoiam.

Trata-se de uma obra de engenharia política admirável. Está ocorrendo um "excesso de unanimidade" no apoio ao atual governo. E, como se diz no sertão, sempre que tal fenômeno acontece, o palanque, com o peso, desaba.

O preço que a administração pública paga por isso é claro: nada, absolutamente nada, funciona. O Programa de Aceleração do Crescimento, mais conhecido como PAC, está bastante comprometido, porque nem um quinto da verba destinada a ele, a cada ano, chega a ser despendida. E bota incompetência nisso.

Mas o problema maior não é esse. Há muita gente empregada no governo cuja única habilitação é a de organizar passeatas e manifestações diversas. Esse pessoal não arranja facilmente emprego na iniciativa privada. Ou seja, fora da área pública ficarão todos desempregados. O que fazer, então?

Esse é o grande problema... Leia mais


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