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Maio 2009               Índice Geral do BLOCO

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24/05/09

• Rádio Digital (45) - "Consulta para inglês ver" + Ethevaldo sobre Hélio Costa: "Não lhe cabe defender um segmento, mas toda a sociedade brasileira."

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To:
Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, May 24, 2009 8:55 PM
Subject: Rádio Digital (45) - "Consulta para inglês ver" + Ethevaldo sobre Hélio Costa: "Não lhe cabe defender um segmento, mas toda a sociedade brasileira."
 
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
01.
Conforme anunciado no Congresso da ABERT, "o Ministério das Comunicações publicou um “Aviso de Chamamento Público” aos interessados em Rádio Digital para que encaminhem em 180 dias manifestações sobre testes e avaliações nos sistemas atualmente existentes no mundo. O ato consta do Diário Oficial desta sexta-feira, 22 de maio".
 
Desde 2005 o ministro Helio Costa e a ABERT defendem agressiva e descaradamente o padrão IBOC e, para bom entendedor e acompanhador deste imbróglio, a atual "Consulta" enquadra-se na categoria "para inglês ver".
Trata-se de uma "aula" de generalidades!
O relatório final, se houver, desde já está prejudicado pelo seu "objetivo": confiram a seguir.

Este trecho de uma matéria do Valor Econômico é estarrecedor:

(...) Além de confrontar os sistemas Ibiquity (americano) e DRM (europeu), um dos principais objetivos será verificar se as emissoras nacionais estão dispostas a tolerar uma "falha" da nova tecnologia para entrar na era digital: tido como favorito e mais moderno que o europeu, o padrão americano ainda tem "áreas de sombra" em concentrações urbanas, devido ao elevado número de edifícios e construções, o que simplesmente impede que o sinal AM seja detectado. (...)
(...)  Após a realização de reuniões com os detentores dos sistemas e de testes por institutos especializados, dizer se vale a pena ou não tolerar as falhas detectadas para adotar logo a rádio digital depende de questões como isenção de royalties em toda a cadeia e, sobretudo, da demonstração de como serão feitas as inovações necessárias para corrigir os problemas atuais. (...) [Governo abrirá consulta sobre padrão de rádio digital]
 
O objetivo é verificar se as emissoras nacionais estão dispostas a tolerar uma "falha" da nova tecnologia?
E os usuários? 
Isto é uma total inversão do papel do ministro!
Pelo visto, Helio Costa comunga no altar da Zélia Cardoso de Melo: "O povo é apenas um detalhes".
O ministro, por suas palavras e ações, parece que também é usuário da lixa.

 
02.
Em seu blog, no "post" citado na mensagem anterior, Ethevaldo Siqueira resume o que está entalado em nossa garganta:

(...) Hélio Costa precisa convencer-se de que é ministro não da Radiodifusão, mas das Comunicações. Mais do que isso, que não lhe cabe defender um segmento, mas toda a sociedade brasileira. Não lhe cabe exercer nenhum papel de lobista ou de representante de um grupo de emissoras, contra o interesse de outras. Ou o interesse de uma associação contra o de outras. Cabe-lhe exercer seu mandato com o máximo de isenção, equilíbrio e independência. E, se possível, com o máximo de competência. (...)
 
Mas a falação feita pelo Helio Costa não é unamidade no governo e pode ser considerada uma desesperada "demarcação de território".

Apesar de ter falhado em não citar a já citada "desistência do ministro", uma das boas matérias nos "ecos" do Congresso da ABERT foi escrita pela jornalista Cristina de Luca:
Fonte: Coluna Circuito - Convergência Digital
 
[21/05/09]
TV Digital: Brasil pode ter o quarto padrão mundial reconhecido pela UIT por Cristina De Luca

Eis um trecho:
(...)  Há pelo menos dois anos, André Barbosa, assessor especial da Casa Civil da Presidência da República, bate na mesma tecla: usar o mesmo processo de escolha da TV Digital para o rádio digital, envolvendo universidades e indústrias nos testes, além dos radiodifusores, para análise abrangente e proposição e incorporação de possíveis melhorias técnicas adequadas ás necessidades brasileiras. E isso, agora, tem uma chance real de acontecer, com as decisões do Minicom de ampliar por seis meses os testes tanto com o sistema americano, quanto com o sistema europeu, para tirar a melhor proposta em conformidade com a realidade brasileira, e de lançar a consulta pública de 90 dias para ouvir a população. 
 "Nenhum dos padrões de rádio digital existentes hoje no mundo teve sucesso comercial. Todos têm algum problema sério de cobertura, interferências, excessivo consumo de baterias dos receptores, e por aí vai... "Isso abre para nós uma oportunidade, como tivemos com a TV Digital. A academia precisa participar mais ativamente desse processo", explica Barbosa, que por muitas vezes já revelou sua preocupação com as possíveis conseqüências da adoção de um padrão de rádio digital ainda sujeito a essas intempéries, capazes de trazer muito mais conseqüências negativas do que benefícios às emissoras e aos ouvintes. 
 Com chapéu da Casa Civil, Barbosa continua defendendo a criação de um grupo incumbido de testar e comparar os resultados das tecnologias DAB (Inglaterra), HD Radio e IBOC (americanas), ISBD-T (Japão) e DRM (européia), com participação majoritária de cientistas e acadêmicos da Universidade brasileira e do CPqD. (...)

 
Abaixo, então, está o texto do  "Aviso de Chamamento Público" e, logo após, a matéria da Cristina.

Na próxima mensagem vamos conferir a coleção de "ecos pautados" do Congresso da ABERT.

A mídia especializada em TI e Telecom sai arranhada desta cobertura: está nos devendo um aprofundamento do tema Rádio Digital.
Claro que vale "encostar o ministro na parede" para falar da "desistência" e já podemos imaginar as manobras evasivas.
É preciso ir à campo e conferir as emissoras que já compraram equipamentos IBOC!
É preciso entrevistar uma multidão de técnicos que são citados pela própria mídia desde 2005!
E, principalmente, conferir na Anatel todos os testes já realizados e a opinião da Agência sobre este tema polêmico.
 
Ao debate!
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
 
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Fonte: Minicom
Minicom publica chamada pública para rádio digital
 
Os interessados têm prazo de 180 dias para se manifestarem sobre os testes e as avaliações sobre rádio digital
Comunicações publica chamada pública para rádio digital
 
Esse é um dos modelos de aparelho de rádio digital. Foto: Fabrício Fernandes/Ministério das Comunicações
 
Brasília – O Ministério das Comunicações publicou “Aviso de Chamamento Público” aos interessados em rádio digital para que encaminhem em 180 dias manifestações sobre testes e avaliações nos sistemas atualmente existentes no mundo. O ato consta do Diário Oficial desta sexta-feira, 22 de maio.
 
O ministério alerta que os experimentos com os sistemas de rádio digital deverão ocorrer nas várias faixas de frequência: Ondas Médias, Ondas Tropicais, Ondas Curtas e Frequência Modulada.
 
A metodologia dos testes de campo deverá obedecer a Guia para Avaliação dos Sistemas de Rádio Digital, que consta no sítio da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), no endereço eletrônico www.anatel.gov.br .
 
Ao final dos testes, os relatórios devem ser encaminhados ao Ministério das Comunicações para a devida avaliação. O prazo de 180 dias começa a contar a partir da publicação no Diário Oficial.
 
As manifestações sobre o “Aviso de Chamamento Público” devem ser dirigidas ao Ministério das Comunicações no seguinte endereço:
 
 Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica
 Esplanada dos Ministérios, Bloco "R", Anexo, 3° andar, Ala Oeste
 CEP: 70044-900 Brasília-DF
 
Leia o “Aviso de Chamamento Público” e anexo que foram publicados no Diário Oficial desta sexta-feira, 22 de maio: Clique aqui
 
Eider Moraes/ASCOM/Ministério das Comunicações
 
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AVISO DE CHAMAMENTO PÚBLICO n.º 1/2009
(Publicado no Diário Oficial na sexta-feira, 22 de maio de 2009)
 
O MINISTRO DE ESTADO DAS COMUNICAÇÕES torna público o presente Chamamento Público com o objetivo de efetuar testes e avaliações com sistemas de radiodifusão sonora digital, conforme o Anexo.
 
A metodologia a ser utilizada nos testes de campo deverá obedecer o Guia para Avaliação dos Sistemas de Rádio Digital, constante do sítio da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL, no endereço eletrônico www.anatel.gov.br .
 
Os interessados na execução do objeto do presente Chamamento Público deverão encaminhar manifestações, devidamente fundamentadas, dirigidas ao Ministério das Comunicações, ao Protocolo Geral, no endereço a seguir indicado:
 
Ministério das Comunicações
Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica
Esplanada dos Ministérios, Bloco "R", Anexo, 3° andar, Ala Oeste
CEP: 70044-900 Brasília-DF
 
Os experimentos com sistemas de rádio digital nas diversas faixas de frequência das respectivas modalidades (OM, OT, OC e FM) do Serviço de Radiodifusão Sonora deverão ocorrer no período de até 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data de publicação deste Chamamento Público, e, ao final dos testes, deverão ser encaminhados ao Ministério das Comunicações, para a devida avaliação, os relatórios circunstanciados, nos termos do Anexo.
 
Em razão de conveniência e oportunidade, o Ministério das Comunicações poderá ampliar o prazo de realização dos testes.
 
Brasília, 20 de maio de 2009.
HÉLIO COSTA
 
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ANEXO
AVALIAÇÃO DE SISTEMAS DE RÁDIO DIGITAL
 
O processo de adoção de qualquer sistema de radiodifusão deve considerar, entre outros aspectos, seu desempenho em testes realizados em campo, segundo objetivos e procedimentos pré-estabelecidos. Alguns aspectos básicos são idealizados para um sistema se tornar atraente à realidade brasileira:
 
I.   Permitir o simulcasting, com boa qualidade de áudio e com mínimas interferências em outras estações;
II.  Operar de maneira satisfatória nos serviços de ondas médias (OM), ondas curtas (OC), ondas tropicais (OT) e frequência modulada (FM);
III. Possibilitar a transmissão noturna também em modo digital;
IV. Área de cobertura do sinal digital igual da atual (analógico), com menor potência de transmissão;
V.  Transmissão de dados auxiliares, relacionados ou não à programação corrente;
VI. Nos sistemas operando em frequência inferior a 30 MHz, a qualidade de áudio deve ser superior ao atual, em modo estéreo, comparável ao de transmissões em FM hoje em dia.
 
Além destes pontos listados acima, outros deverão ser analisados na avaliação dos Sistemas de Rádio Digital, uma vez que fazem parte da motivação para a digitalização das emissoras de rádio, tais como:
 
I.     Análise objetiva e subjetiva do áudio;
II.    Análise de interferências co-canais e em canais adjacentes;
III.   Análise de recepção do sinal em ambientes outdoor e indoor;
IV.   Análise do Efeito Doppler;
V.    Análise e medidas de ruídos na faixa OM, OC, OT e FM ;
VI.   Indicação do delay existente nos sistemas;
VII.  Soluções para emissoras de baixa potência, com custo reduzido;
VIII. Possibilidade da criação de novos modelos de negócios, como a interatividade e a multiprogramação;
IX.   Transferência de tecnologia para a indústria brasileira de transmissores e receptores;
X.    Possibilidade da participação de Instituições de Ensino e Pesquisa brasileiras no ajuste e/ou melhoria dos sistemas de acordo com a necessidade brasileira;
XI.   Análise de custo para implantação de uma emissora digital ou adequação da emissora para transmissão do sinal digital utilizando cada sistema.
 
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 Fonte: Coluna Circuito - Convergência Digital
 
[21/05/09]
TV Digital: Brasil pode ter o quarto padrão mundial reconhecido pela UIT por Cristina De Luca
 
 Há pelo menos dois anos, André Barbosa, assessor especial da Casa Civil da Presidência da República, bate na mesma tecla: usar o mesmo processo de escolha da TV Digital para o rádio digital, envolvendo universidades e indústrias nos testes, além dos radiodifusores, para análise abrangente e proposição e incorporação de possíveis melhorias técnicas adequadas ás necessidades brasileiras. E isso, agora, tem uma chance real de acontecer, com as decisões do Minicom de ampliar por seis meses os testes tanto com o sistema americano, quanto com o sistema europeu, para tirar a melhor proposta em conformidade com a realidade brasileira, e de lançar a consulta pública de 90 dias para ouvir a população.
 
 "Nenhum dos padrões de rádio digital existentes hoje no mundo teve sucesso comercial. Todos têm algum problema sério de cobertura, interferências, excessivo consumo de baterias dos receptores, e por aí vai... "Isso abre para nós uma oportunidade, como tivemos com a TV Digital. A academia precisa participar mais ativamente desse processo", explica Barbosa, que por muitas vezes já revelou sua preocupação com as possíveis conseqüências da adoção de um padrão de rádio digital ainda sujeito a essas intempéries, capazes de trazer muito mais conseqüências negativas do que benefícios às emissoras e aos ouvintes.
 
 Com chapéu da Casa Civil, Barbosa continua defendendo a criação de um grupo incumbido de testar e comparar os resultados das tecnologias DAB (Inglaterra), HD Radio e IBOC (americanas), ISBD-T (Japão) e DRM (européia), com participação majoritária de cientistas e acadêmicos da Universidade brasileira e do CPqD.
 
 "Os testes que serão feitos agora, em São Paulo, já são um grande avanço", diz Barbosa. "Agora precisamos envolver a indústria. Você acredita que há 11 anos não fabricamos rádio no Brasil, com exceção dos rádios para automóveis? Não podemos deixar de escolher o melhor padrão e empregar todos os esforços para reduzir custos na sua implantação". Além disso, o padrão IBOC não é totalmente aberto. Já o europeu, diz ser. essa é uma outra questão que, a exemplo do que aconteceu com a TV Digital, deve pesar na balança.
 
 Embora os radiodifusores tenham pressa na definição do padrão de transmissão digital de rádio e defendam o americano IBOC (In-band on Channel), da empresa iBiquity, a verdade é que ainda não há elementos técnicos suficientes postos na mesa que permitam uma a melhor escolha para o país, considerando todos os segmentos envolvidos.
 
 O principal argumento dos radiodifusores a favor do IBOC é que ele permite o simulcast – a transmissão analógica e digital na mesma banda de freqüência, sem necessidade de um novo canal. Mas, em ondas médias, apresenta sérios problemas de propagação, com áreas de sombra maiores do que as que são observadas hoje no sistema analógico, segundo testes realizados no ano passado pelo Universidade Mackenzie. "Eles farão testes agora com o padrão europeu, DRM, que, no mundo, é o que tem apresentado melhores resultados", afirma Barbosa.
 
 Nos corredores do congresso da Abert, em Brasília, é possível esbarrar com um dos membros da delegação europeia especializada no padrão, que veio ao país especialmente para acompanhar os testes.
 

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