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28/05/09
• O que é "efeito long tail" - Corbera, Smolka e Toledo continuam o debate
----- Original Message -----
From: Rodrigo Garcia Corbera
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, May 27, 2009 5:32 PM
Subject: RE: [wireless.br] O que é "efeito long tail" + O que é SEO (Search
Engine Optimization)
Olá Smolka e demais,
Contribuindo na linha de seus comentários, gostaria de dizer o que acho que virá
mais adiante no mundo das comunicações de dados no setor móvel.
Vamos voltar a 1995 quando a Internet começou n o Brasil. Havia provedores de
Internet para modem discado a preços cobrados por minuto de conexão. Os serviços
eram rudimentares se comparados com os atuais.
Posteriormente houve uma consolidação de mercado e os provedores passaram a
cobrar tarifas fixas mensais por acesso discado sem limite de tempo, baseado na
lógica que ninguém ficaria mais que 30 horas por mês pendurado na linha
telefônica navegando pela Internet.
Em 2000 o ADSL se popularizou, o Cable Modem começa a surigir no Brasil e alguns
provedores ofereciam links de rádio 2.4GHz para ligar condomínios residências à
Internet. O usuário passou a contar com a Banda Larga, algo em torno de 128 a
256 Kbps. Sem custos de conexão telefônica e contando com serviços mais
interessantes, os usuários passaram a ficar mais tempo na Internet.
Nesse tempo surgem os modelos de negócios baseados em serviços oferecidos
gratuitamente aos usuários. E-Mail, Blogs, Discos Virtuais, Listas de Discussão
etc. Todos querem agora se tornar mídias digitais em um mundo futuro onde a
audiência está dispersa, onde o conceito de segmentação publicitária abre espaço
para novas mídias. Muito dinheiro é colocado em StartUps.
Vem o estouro da bolha e apenas alguns serviços se mostram interessantes para os
usuários comuns.
Hoje com a WEB 2.0 surgem os serviços Orkut, Youtube, FaceBook etc. Novas mídias
digitais em um mundo de banda larga com velocidades acima de 1 Mbps para o
usuário residencial. Mais audiência em um mundo menos enlatado, mais
particularizado etc.
No mundo Móvel, ainda estamos na fase da cobrança por Kbyte transmitido migrando
para o 3G a tarifas fixas sem limite de volume de dados. Com isso novas mídias
digitais vão aparecer no mundo móvel, porém tudo isso deve seguir a tendência de
oferecimento de serviços grátis aos usuários.
Portanto, ao meu ver, esse é o caminho para o pré-pago, assinaturas de dados
mensais sem limite de transmissão de volume de dados.
Skype nos aparelhos alta gama (e smartphones) vão concorrer com os serviços de
voz das operadoras. O mundo digitalizando-se no fim-a-fim...
Modelos de venda de conteúdos, em especial aplicações móveis, migram para a
Internet de forma gratuita... Muito capital é necessário para bancar serviço
grátis em busca de audiência e volume de usuários únicos....
Abaixo segue um link do que será o futuro na minha opinião... Tudo grátis no
mundo móvel... Assim os usuários de pré-pagos poderão ter email na Internet
usando seus celulares com WAP e tela colorida. As mídias tradicionais de TV e
Rádio que se cuidem J
Claro faz acordo para oferta de acesso gratuito aos portais da Microsoft
http://www.tiinside.com.br/News.aspx?ID=128517&C=265
Abs,
Rodrigo Garcia Corbera.
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----- Original Message -----
From: J. R. Smolka
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, May 27, 2009 10:32 AM
Subject: RE: [wireless.br] O que é "efeito long tail" + O que é SEO (Search
Engine Optimization)
Oi Rodrigo,
Pessoalmente não sou muito fã do modelo "e-mail tripão", onde, depois da minha
mensagem, segue todo a (geralmente muito longa, e frequentemente desnecessária)
história passada desde a mensagem inicial até aqui. Mas este meu estilo de
quoting seletivo pode ser fonte de confusão (como parece ser o caso), então vou
ser mais convencional nesta mensagem.
Realmente eu não citei o link que está no início da sua mensagem. Estou sem
acesso agora ao texto dela, mas lembro-me que vc mencionou que o Hélio havia
pegado uma boa definição para o efeito long tail, e colocou um link. Eu segui
este link, e juro a vc que a página que aparecu não era do artigo da Teletime,
mas de um artigo (em português) explicando o efeito long tail e citando (sem
links) o artigo original do Chris Anderson na Wired.
Foi por causa disto que comentei daquela forma a sua mensagem. Posso não ter
percebido a referência ao artigo da Teletime (que, creio, é este aqui), portanto
desculpe-me.
Concordo com vc que, em um mercado onde a pirataria é dominante, falar em
rentabilização das aplicações fica complicado. Mas fico pensando... Até porque
este é um dos pontos que anda por trás das argumentações sobre a universalização
do STFC...
Porque o usuário prefere a cópia pirata da aplicação? Um argumento óbvio e
batido é dizer que ele não tem condição econômica. Mas será mesmo verdade?
Considerada a disponibilidade da infra-estrutura, o STFC já está universalizado,
porém (como já foi observado) o verdadeiro serviço de trelecomunicações
universal no Brasil de hoje é o celular pré-pago. Porquê é assim, se (mesmo
considerando a assinatura básica) o preço do minuto falado no STFC é menor que
no celular pré-pago?
Minha avaliação é que quase ninguém está considerando a percepção de valor do
ponto de vista do assinante das classes C, D e E. Para a maioria deles o
aparelho celular em si é percebido como mais valioso que o serviço (aplicações
ou chamadas de voz) que pode ser usufruido através dele.
Tenho visto pessoalmente diversos casos de pessoas que moram em condições,
digamos, sub-ótimas. Mas tem TV de 29", DVD player, forno de microondas... E
estas mesmas pessoas ficam procupadíssimas em não gastar um tostão além do
estritamente necessário com serviços de telecom. Eles "dão toque", chamam a
cobrar, etc. etc.
O mistério para rentabilizar este mercado passa, me parece, por novas formas de
capturar a percepção de valor destes assinantes.
[ ]'s
J. R. Smolka
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----- Original Message -----
From: Rodrigo Garcia Corbera
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, May 26, 2009 9:50 PM
Subject: RE: [wireless.br] O que é "efeito long tail" + O que é SEO (Search
Engine Optimization)
Olá Smolka,
Creio que falamos de coisas diferentes. Vc faz referência ao artigo do Chris
Andersen ao apontar a vantagem do long tail para o digital retailer.
Eu me referi ao artigo da TeleTime assinado pela Letícia Cordeiro sobre o
assunto comentado na entrevista dada pelo Carlos Camolesi da Pinuts Studius,
conforme escrito na primeira linha do meu e-mail (que por sinal não aparece
abaixo em sua mensagem...).
O Carlos fala sobre o mercado brasileiro, em especial aos desenvolvedores de
aplicações e às empresas que as encomendam, e esse é o foco de meus comentários.
Talvez essa seja a confusão/discordância a que você se refere abaixo.
O custo de desenvolvimento de aplicativos é alto, principalmente no que diz
respeito ao porting para diversos modelos de aparelhos e tecnologias. Por sinal,
esse é o negócio da Pinuts: fazer porting e desenvolvimento de aplicações.
O resultado do retorno financeiro para os desenvolvedores, no Brasil, para uma
estratégia long-tail é baixo, principalmente para aplicações sem apelo
Hollywoodiano, ou mesmo, sub-expostas em decks e app stores. Isso ocorre
principalmente pela falta de meios não tradicionais de venda dos mesmos (99,9%
dos aplicativos VENDIDOS o são feito por intermédio das operadoras). Portanto a
realidade tupiniquim é muito distante da de outros mercados (EUA/Europa/Ásia).
Além de que 70% dos aplicativos instalados em aparelhos celulares no Brasil são
de origem pirata, logo isso indica que a vasta maioria não quer pagar se quer um
centavo por um jogo, vídeo, imagem ou ringtone. Quem se arriscaria a,
literalmente, tentar a sorte ao custear desenvolvimento de uma vasta variedade
de aplicativos numa estratégia de long-tail em um mercado tão dilacerado?
Como o Carlos resalta o longtail no Brasil pode ser interessante para aplicações
fornecidas gratuitamente pois gozam do marketing boca-a-boca, porém como
indicado, o modelo de rentabilização é muito restrito.
Abraços,
Rodrigo Garcia Corbera.
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----- Original Message -----
From: Toledo, Luis Carlos
To: wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, May 27, 2009 5:55 PM
Subject: RES: [wireless.br] O que é "efeito long tail" + O que é SEO (Search
Engine Optimization)
Senhores embora o assunto seja amplo, muitíssimo controverso e interessante vou
me ater somente a parte do assunto, ou seja, porque o usuário não quer pagar.
Não quer pagar porque as coisas mudaram, hoje muito softwares são gratuitos sua
versão básica ou até mesmo total, alem disso pode-se "crackear" qualquer coisa
hoje em dia. Destaco alguns players como VMWare, Citrix, Vyatta, etc.
A idéia de levar o conceito de plataforma fechada de dentro das operadoras para
dentro dos celulares criou um exército, cujos soldados lutam, muitas vezes pelo
simples prestígio, ao título de grande cracker.
Por um usuário paga para alguém crackear seu celular e não paga por um software?
Mas afinal onde se ganha dinheiro? Resp.: Serviço agregado.
A lojinha ou site que oferece serviço de cracker, por inclivel que pareça,
agrega valor ao celular, permitindo que o usuário utilize com qq operadora ou
algum software da moda.
(O IPhone é um exemplo entre muitos)
O software em si não tem valor, afinal pode ser baixado, crakeado, etc.. O
usuário quer ser bem atendido, ter suporte, recursos adicionais, e por isso está
disposto a pagar.
(...) Porque o usuário prefere a cópia pirata da aplicação? Um argumento
óbvio e batido é dizer que ele não tem condição econômica. Mas será mesmo
verdade? Considerada a disponibilidade da infra-estrutura, o STFC já está
universalizado, porém (como já foi observado) o verdadeiro serviço de
telecomunicações universal no Brasil de hoje é o celular pré-pago. Porquê é
assim, se (mesmo considerando a assinatura básica) o preço do minuto falado no
STFC é menor que no celular pré-pago?
(...)
Luis Carlos
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