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28/05/09
• Msg de Flávia Lefèvre: Ecos do Workshop
(1) sobre Telefonia e Banda Larga promovido pelo INDECs e Pro-Teste, em São
Paulo.
----- Original Message -----
From: Flávia Lefèvre Guimarães
Sent: Thursday, May 28, 2009 10:34 AM
Subject: MPF DA PARAÍBA - RELEASE WORKSHOP
Prezados
Seguem abaixo o release publicado no site do MPF da Paraíba sobre o
workshop e seu repique na mídia especializada.
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Foram abordadas a reforma regulatória dos serviços telefônicos, revisão dos
contratos de concessão e a situação da banda larga nas telecomunicações
O procurador da República na Paraíba e coordenador do Grupo de Trabalho sobre
Telefonia do Ministério Público Federal, Duciran Farena, participou ontem, 25,
do Workshop sobre Telefonia e Banda Larga promovido pelo INDEC – Instituto
Nacional de Defesa do Consumidor em Telecomunicações e Pro-Teste, em São
Paulo.
O Workshop, realizado na Faculdade Impacta de Tecnologia, abordou aspectos da
reforma regulatória (mudanças no Plano Geral de Metas de Universalização –
PGMU e Plano Geral de Metas de Qualidade – PGMQ) dos serviços telefônicos,
pretendida pela Anatel, bem como a revisão dos contratos de concessão da
telefonia (prevista para 2010) e a situação da banda larga no âmbito das
telecomunicações.
Em sua apresentação, o procurador Duciran Farena expôs as atividades do Grupo
de Trabalho em Telefonia do Ministério Público Federal, e criticou a
administração da Anatel, afirmando que a agência “retrocedeu cerca de dez anos
em termos de acessibilidade e transparência, na presidência do embaixador
Sardenberg”.
Segundo o procurador, a elaboração do informe nº 149/2008-PNCPA/PBCP, “o
informe da vergonha”, no qual a agência comprometeu todo o seu processo de
aplicação e cobrança de penalidades, afirmando, com base em dados imaginários,
que suas próprias multas não são razoáveis, demonstra que a agência está fora
do controle, “imperando a regra do cada um por si e o mercado (isto, é, os
futuros empregos nas empresas reguladas) por todos”. Para o procurador, os
autores do informe podem ser processados por improbidade administrativa.
Duciran Farena afirmou ainda que a agência distorce o conceito de
universalização da telefonia, quando o reduz à expansão da infraestrutura.
“Universalização não é levar a estrutura a quem não pode pagar a conta. É
assegurar acesso a preços módicos, o que a Anatel ainda não conseguiu até
hoje, haja vista os custos absurdos da assinatura básica, serviço essencial
para a população”.
O procurador defendeu ainda que a agência não deveria usar conceitos abstratos
ou imprecisos em sua regulamentação, como “bloqueio”, “backhaul” ou “ponto
adicional”. Segundo ele, a imprecisão dos conceitos desorienta o consumidor e
a ação fiscalizatória estimula disputas e propicia abusos. “A Anatel não tem
competência para mudar conceitos e institutos da lei civil, e no entanto, o
faz com frequência, quando, por exemplo, conceitua cooperativa em desacordo
com o conceito previsto no Direito Civil”.
Segundo Duciran Farena, a convergência de serviços de telecomunicações exige
um estatuto de proteção administrativa do consumidor unificado, e não
disposições esparsas e distintas para cada serviço (TV a cabo, telefonia fixa,
celular, internet). “Quem acabou incorporando a convergência foi o
Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, órgão do executivo, que
regulamentou os serviços de atendimento telefônico (call centers) de vários
serviços com uma única norma, o Decreto n. 6.523, de 31 de julho de 2008”,
citou.
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Fonte: Teletime
[27/05/09]
Procurador faz críticas ao comando da Anatel por Mariana Mazza
Autor da representação que provocou o Tribunal de Contas da União (TCU) a
investigar o contexto em que foi produzido os informes sobre multas altas
aplicadas nas concessionárias, o procurador do Ministério Público Federal na
Paraíba, Duciran Farena, voltou à carga contra a Anatel esta semana. Farena
atacou o comando da agência reguladora e disse que a produção dos informes
demonstra que a autarquia está "fora de controle". Em suas palavras, impera
hoje na Anatel "a regra do cada um por si e o mercado (isto é, os futuros
empregos nas empresas reguladas) por todos". Duciran, que é coordenador do
Grupo de Trabalho sobre Telefonia do Ministério Público Federal (MPF), contou
com o apoio de outros três procuradores na contestação dos informes
encaminhada ao TCU.
Retrocesso
As declarações foram feitas durante workshop organizado pelos órgãos de defesa
do consumidor Indec e Proteste, nessa segunda-feira, 25, em São Paulo. Segundo
Farena, a Anatel "retrocedeu cerca de dez anos em termos de acessibilidade e
transparência, na presidência do embaixador Sardenberg" e reforçou que os
funcionários responsáveis pela produção dos informes que sugerem a falta de
razoabilidade das multas aplicadas pela própria agência podem ser processados
por improbidade administrativa. Este noticiário solicitou à assessoria da
Anatel o contraponto da agência às críticas, mas não teve resposta até o
fechamento da edição.
O procurador chama o documento de "informe da vergonha", e afirma que a
iniciativa comprometeu a legitimidade de todo o processo de aplicação das
multas pelo órgão regulador.
A introdução de novos conceitos na regulamentação, como o de "backhaul",
"bloqueio" e "ponto extra" também foi criticada pelo procurador por conta da
imprecisão das definições dadas pela agência. "A Anatel não tem competência
para mudar conceitos e institutos da lei civil e, no entanto, o faz com
frequência quando, por exemplo, conceitua cooperativa em desacordo com o
conceito previsto no Direito Civil".
Choque de gestão
Em entrevista a este noticiário, Farena reforçou as críticas à falta de
transparência da agência citando como exemplo a dificuldade da autarquia em
esclarecer os componentes do backhaul. "No caso do backhaul, acho que eles
também não querem que ninguém saiba direito o que ele é. Porque pegam uma
palavra em inglês e não esclarecem. Porque não dizer logo que o backhaul é
tronco ou outra coisa? Isso resolveria inclusive a discussão sobre
reversibilidade", analisou.
As críticas voltadas à gestão do atual presidente, embaixador Ronaldo
Sardenberg, se explicam em parte pela dificuldade de diálogo que o MPF tem
tido com o comandante da Anatel. "A regressão da Anatel é nítida. Antes, o
Ministério Público tinha um diálogo com os presidentes da agência. Hoje, o
presidente não nos atende; é tido como inacessível. Ele não aparenta ter
disposição para dialogar", afirmou o procurador, lembrando que as reuniões que
teve até agora na agência contaram apenas com a presença de técnicos.
Uma das preocupações mais fortes de Farena é a sensação de que há um
"descontrole" na agência e que as áreas técnicas estão agindo por conta
própria em vários momentos, sem um comando atuante. Para ele, uma saída para
melhorar a atuação da autarquia seria a contratação de uma consultoria
especializada para auditar o trabalho feito. "Eles gostam tanto de 'planos',
não é? Fizeram até um plano de atualização da regulamentação recentemente.
Acho que eles podiam aproveitar para fazer um plano de avaliação da eficácia
da regulamentação atual. Isso seria muito bom para a agência." Este noticiário
ainda aguarda uma manifestação da agência sobre as críticas do procurador.
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Fonte: Convergência Digital
[27/05/09]
MPF: Anatel está fora do controle
O procurador da República na Paraíba e coordenador do Grupo de Trabalho sobre
Telefonia do Ministério Público Federal, Duciran Farena, abriu o verbo durante
a sua participação no Workshop sobre Telefonia e Banda Larga, promovido pelo
Instituto Nacional de Defesa do Consumidor em Telecomunicações (Indec) e
Pro-Teste, em São Paulo, no último dia 25 de maio.
Na sua apresentação, Farena criticou duramente a administração da Anatel,
afirmando que a agência "retrocedeu cerca de dez anos em termos de
acessibilidade e transparência, na presidência do embaixador Sardenberg".
Para o procurador, a elaboração do Informe nº 149/2008-PNCPA/PBCP - no qual a
agência comprometeu todo o seu processo de aplicação e cobrança de
penalidades, afirmando, com base em dados imaginários, que suas próprias
multas não são razoáveis - demonstra que a agência está fora do controle.
"Na Anatel impera a regra do cada um por si e o mercado (isto, é, os futuros
empregos nas empresas reguladas) por todos", declarou. Para o procurador, os
autores do informe podem ser processados por improbidade administrativa.
Duciran Farena afirmou ainda que a Anatel distorce o conceito de
universalização da telefonia, quando o reduz à expansão da
infraestrutura."Universalização não é levar a estrutura a quem não pode pagar
a conta. É assegurar acesso a preços módicos, o que a Anatel ainda não
conseguiu até hoje, haja vista os custos absurdos da assinatura básica,
serviço essencial para a população".
O procurador defendeu ainda que a agência não deveria usar conceitos abstratos
ou imprecisos em sua regulamentação, como “bloqueio”, “backhaul” ou “ponto
adicional”.
Segundo ele, a imprecisão dos conceitos desorienta o consumidor e a ação
fiscalizatória estimula disputas e propicia abusos. “A Anatel não tem
competência para mudar conceitos e institutos da lei civil e, no entanto, o
faz com frequência, quando, por exemplo, conceitua cooperativa em desacordo
com o conceito previsto no Direito Civil”.
Para Duciran Farena, a convergência de serviços de telecomunicações exige um
estatuto de proteção administrativa do consumidor unificado, e não disposições
esparsas e distintas para cada serviço (TV a cabo, telefonia fixa, celular,
internet).
“Quem acabou incorporando a convergência foi o Departamento de Proteção e
Defesa do Consumidor, órgão do executivo, que regulamentou os serviços de
atendimento telefônico (call centers) de vários serviços com uma única norma,
o Decreto nº 6.523, de 31 de julho de 2008”, citou.
O workshop, realizado na Faculdade Impacta de Tecnologia, abordou aspectos da
reforma regulatória (mudanças no Plano Geral de Metas de Universalização e
Plano Geral de Metas de Qualidade) dos serviços telefônicos, pretendida pela
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), bem como a revisão dos
contratos de concessão da telefonia (prevista para 2010) e a situação da banda
larga no âmbito das telecomunicações
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"Repilo as afirmações. Estou inconformado", reagiu o presidente da Anatel,
Ronaldo Sardenberg, às manifestações do procurador da República na Paraíba,
Duciran Farena, feitas durante o fórum da Pro Teste, e divulgadas pelo MP, que
acusou o embaixador de ter feito a Anatel "retroceder 10 anos em termos de
acessibilidade e transparência". Sardenberg ainda estuda quais medidas irá
tomar para que o procurador se retrate, e disse que não descarta recorrer à
justiça.
Farena atacou duramente a agência, por causa do informe nº 149/2008-PNCPA/PBCP
(o qual o superintendente de serviços públicos anexa nos processos de
cobranças de multas das concessionárias relatório questionando os valores
estabelecidos), taxando o documento como "informe da vergonha". "A agência
está fora de controle, imperando a regra do cada um por si e o mercado (isto
é, os futuros empregos nas empresas reguladas) por todos". Sardenberg afirmou
que entregou esse processo à Corregedoria da Anatel, a quem cabe apurar as
responsabilidades.
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Ainda que com raiva contida, talvez pela experiência diplomática, o embaixador
e presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg, nesta quinta-feira, 28/05, reagiu
irritado às críticas do procurador da República na Paraíba e coordenador do
Grupo de Trabalho sobre Telefonia do Ministério Público Federal, Duciran
Farena, para quem "a Anatel retrocedeu 10 anos" na atual gestão.
"Eu repilo as observações dele. Estou inconformado com as afirmações", disse
Sardenberg, após participar de um debate na Câmara dos Deputados sobre o uso
das freqüências de 2,5 e 3,5 GHz. "Cabe a mim, de foro íntimo, decidir o que
fazer. Neste momento, não estou preparado, mas pelas minhas primeiras
respostas, vocês podem inferir qual será minha reação", completou.
O procurador Duciran Farena atacou duramente a administração da Anatel durante
a sua participação no Workshop sobre Telefonia e Banda Larga, promovido pelo
Instituto Nacional de Defesa do Consumidor em Telecomunicações (Indec) e
Pro-Teste, em São Paulo, na última segunda-feira, 25 de maio. Farena também
fez considerações específicas sobre o documento em que a agência critica a
definição das multas que ela mesma aplica contra as operadoras de telefonia.
Sardenberg sustenta, porém, que no caso específico do informe das multas, fez
o que lhe cabia. "O informe das multas está nas mãos do corregedor e não posso
interferir. Não sei se o caso se refere a 1, 5 ou 10 servidores. Fiz o que me
cabia, que é encaminhar o caso à corregedoria", disse o presidente da Anatel.
O documento sobre as multas provocou um pedido do Ministério Público Federal
para que o Tribunal de Contas da União (TCU) investigue a Anatel. O GT em
Telefonia do MPF questiona as conclusões do informe 149/2008, que afirma
existirem "fortes indícios da falta de razoabilidade dos montantes de multas
impostos às prestadoras de serviços de telecomunicações".
Além de questionar a conclusão - que desacredita os valores calculados pela
própria Anatel, o Ministério Público quer entender porque o documento foi
reproduzido em diversos Procedimentos Administrativos de Descumprimento de
Obrigação (PADOs). Para Farena, a Anatel comprometeu todo o processo de
aplicação e cobrança de penalidades e está "fora de controle".
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