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Novembro 2009 Índice Geral do BLOCO
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12/11/09
• PLC (15) - Banda larga pela rede elétrica: Página comunitária + Matérias recentes
de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br,
wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 12 de novembro de 2009 22:01
assunto PLC (15) - Banda larga pela rede elétrica: Página comunitária + Matérias
recentes
Fonte: Convergência
Digital
[12/11/09]
Aneel já trabalha no regulamento para Smart Grid - por Luís Osvaldo
Grossmann
Fonte: Teletime
[11/11/09]
Distribuidoras de energia continuam indecisas sobre licitação
Fonte: Teletime
[11/11/09]
Falta de padronização internacional é obstáculo
Fonte: Convergência
Digital - Cobertura Futurecom
[13/10/09]
Será a hora e a vez da banda larga via rede elétrica? - por Luis Oswaldo
Grossman
Fonte: Convergência Digital
[01/09/09]
Banda Larga via rede elétrica: Para ter competição, área técnica da Aneel
admite rever regra - por Luís Osvaldo Grossmann
Fonte: Convergência Digital
[31/08/09]
Banda Larga via rede elétrica: Copel diz que regulamento enterra oferta do
serviço
Fonte: Convergência
Digital
[18/08/09]
Banda Larga via rede elétrica: Dúvida sobre receita adia decisão da Aneel
- por Luís Osvaldo Grossmann
Estes artigos destacam-se pelo
conteúdo informativo e valem como "resumos" informais da
tecnologia:
Fonte: e-Thesis
[16/09/08]
Banda larga na rede elétrica:
mitos e verdades por
Jana de Paula (transcrição nesta página)
Fonte: Telebrasil
[12/08/03]
PLC de nova geração para a última
milha
(transcrição
nesta página)
Trabalhos
Acadêmicos
[Nov 2008]
Power Line Communicantions (PLC)
por Túlio Ligneul Santos, Engenharia de Computação e
Informação, 6º período - UFRJ
Resumo: Power Line Communicantions (PLC) é um sistema que
permite a transmissão de sinais de telecomunicações através dos
mesmos condutores usados na rede elétrica. Apesar de esta
tecnologia ser, de certo modo, antiga, atualmente ela vem
ganhando grande destaque em virtude da possibilidade de resolver
o problema da chamada ‘última milha’ da internet, ou seja,
conseguindo levar o acesso à internet a todas as pessoas. Além
dessa forma de utilização as PLC’s também mostram aplicabilidade
nas áreas de vídeo sob demanda, telefonia IP, serviços de
monitoração e vigilância, monitoramento de transito, automação
residencial, etc.
Neste trabalho, propõe-se definir os conceitos básicos e o
funcionamento desta tecnologia, ao mesmo tempo em que se faz uma
análise sobre os benefícios e desafios de sua efetiva
implementação.
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Fonte: Convergência Digital
[12/11/09]
Aneel já trabalha no regulamento para Smart Grid - por Luís Osvaldo
Grossmann
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), já tem um cronograma para
implementar mudanças na rede de energia para transformá-la no que se
convencionou chamar de smart grid (rede inteligente, em inglês). O primeiro
passo foi a aprovação, em agosto, das regras do PLC (comunicação pela rede
de energia). O próximo, já em análise pelo Conselho Diretor da agência, é a
adoção da medição eletrônica.
Com a adoção do PLC, existe condições das empresas utilizarem a rede de
energia para comunicações, especialmente porque boa parte das linhas de
transmissão já traz fibras óticas embutidas – o que ajuda muito o
monitoramento à distância de toda a rede.
Os passos seguintes vão ampliar as informações que podem ser capturadas por
essa rede de comunicação. No caso da medição eletrônica, trata-se
essencialmente de uma mudança de equipamentos que permitam identificar essas
informações extras.
Na prática, as regras para a medição eletrônica tratam da substituição de 63
milhões de relógios instalados por toda a rede de baixa tensão – ou seja,
nas residências brasileiras. Significa sair da leitura atual dos relógios,
que medem o consumo de eletricidade em kilowatts/hora, e poder ler mais
informações. A expectativa da Aneel é que a substituição de todos os
medidores aconteça em 10 anos – ou cerca de 10% por ano.
Assim, além do consumo em KW/h, será possível saber o horário desse consumo
– o que leva ao terceiro passo das mudanças em direção ao smart grid, que é
a modificação na forma como a energia é cobrada atualmente. Há interesses
das distribuidoras de energia, porém, que esse equipamento permita também a
detecção de fraudes, comunicação bidirecional e que permita cortar o
fornecimento à distância.
O passo seguinte, portanto, é mudar as regras de tarifação. Isso porque hoje
em dia não faz nenhuma diferença na conta se os consumidores tomaram banho
no horário de pico (em geral considerado das 18h às 21h,) ou às 3h da manhã.
Como o consumo é medido em KW/h, essa informação de horário não existe.
Mas pode fazer muita diferença no bolso. O horário de pico tem esse nome
justamente porque é o período de utilização mais intensa da carga de energia
elétrica. Por isso mesmo, é o período em que os custos são maiores – afinal,
as redes precisam estar preparadas para quando todos a utilizarem ao mesmo
tempo.
Com a mudança na tarifação, será possível cobrar menos daqueles consumidores
que utilizam eletricidade nos horários de menor demanda. Mas a expectativa é
de que a Aneel transforme isso em regra somente no segundo semestre do
próximo ano.
Com esse conjunto de medidas regulatórias, além da infraestrutura que existe
e permite dar esse salto, o grau de confiabilidade nas informações da rede
elétrica será maior. Consequentemente, o sistema como um todo se torna mais
seguro. Como sustentou o presidente da Associação de Empresas Proprietárias
de Infraestrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações (APTEL), Pedro
Jatobá, “smart grid não impediria falhas no sistema, mas minimizaria os
efeitos”.
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Fonte: Teletime
[11/11/09]
Distribuidoras de energia continuam indecisas sobre licitação
As distribuidoras de energia brasileiras ainda não estão decididas se
realizarão licitações para abrir suas redes para a oferta comercial de PLC
por terceiros. "Isso está em discussão na Copel", disse o coordenador de PLC
da Copel Telecom, Orlando Cesar. Representantes da Celg informaram o mesmo a
este noticiário. Vale destacar que Copel e Celg estão entre as
distribuidoras que mais testes realizaram com PLC até o momento.
Pela regulamentação brasileira, a exploração de redes elétricas para oferta
comercial de banda larga via PLC deve ser feita por terceiros, e não pelas
distribuidoras de energia diretamente. Para tanto, é necessário realizar
licitações. A abertura da rede a terceiros pode ser negada, desde que
acompanhada de uma justificativa. O sonho de muitas distribuidoras era
explorar banda larga via PLC através de suas subsidiárias de
telecomunicações. Isso ainda pode acontecer, desde que elas sejam as
vencedoras das licitações.
Cesar, da Copel, criticou a exigência da exploração da rede por terceiros.
Ele entende que isso irá encarecer o serviço, pois a distribuidora precisará
ser remunerada pela rede. O executivo reclama que no caso das redes de
telefonia e de cabo as próprias concessionárias exploram diretamente o
serviço. Na sua opinião, a exploração por terceiros tira competitividade do
PLC. "Em nenhuma parte do mundo é assim", reclamou.
O assunto foi debatido durante a décima edição do seminário Powerline
Communications, realizado nesta quarta-feira, 11, no Rio de Janeiro.
Fernando Paiva
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Fonte: Teletime
[11/11/09]
Falta de padronização internacional é obstáculo
Uma das maiores barreiras enfrentadas pela tecnologia de Powerline
Communications (PLC) é a sua falta de padronização internacional. Hoje, os
fabricantes trabalham com padrões proprietários que não se comunicam entre
si. Há, porém, duas iniciativas internacionais que buscam resolver o
problema: uma liderada pelo IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas e
Eletrônicos) e outra pela UIT (União Internacional de Telecomunicações). As
duas, contudo, têm características distintas e disputam a preferência
mundial dos fabricantes e das distribuidoras de energia. O projeto do IEEE,
chamado P1901, engloba três padrões diferentes de PLC e alcança velocidades
de até 200 Mbps usando 30 MHz. Por sua vez, a iniciativa da UIT, chamada
G.9960, procura integrar o PLC a outras redes de telecomunicações, como as
de telefonia fixa e de cabo, e atinge velocidades de até 500 Mbps em 50 MHz.
"Preferimos o padrão da UIT porque é totalmente interoperável", disse o
vice-presidente de vendas e desenvolvimento de negócios da DS2, Víctor
Richards, em palestra nesta quarta-feira, 11, durante a décima edição do
seminário Powerline Communications, no Rio de Janeiro.
Smart grid
No que tange o desenvolvimento das chamadas redes elétricas inteligentes
(smart grids) também falta um consenso mundial. "Há iniciativas nos EUA, na
Europa, na China e na Coréia para padronizar as smart grids, mas não há
diálogo entre elas", disse Richards. Ele próprio participa do projeto
europeu de padronização de smart grids.
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Fonte: Convergência
Digital - Cobertura Futurecom
[13/10/09]
Será a hora e a vez da banda larga via rede elétrica? - por Luis Oswaldo
Grossman
A banda larga virou prioridade nacional e não faltam candidatos a levar o
acesso à internet de alta velocidade – pelo menos para os padrões
brasileiros – a todo o país.Como a discussão de um plano nacional de banda
larga foi aberta pouco depois da regulamentação do uso das redes elétricas
para transmissão de dados, não é de surpreender que a própria Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) esteja participando do esforço do
governo.
Nas contas de distribuidoras de energia interessadas em prover acesso, o PLC
(Power Line Communications) tem qualidades naturais no trabalho de levar a
internet para o interior do país. Para aquelas que espalharam fibras óticas
por sua rede – o meio mais comum é levá-la no interior do cabo pára-raio –
além do acesso virtualmente já existir, o custo será, prometem, mais baixo
que o DSL.
As distribuidoras de energia interessadas em utilizar a rede de eletricidade
para transmitir dados – e, portanto, oferecer acesso à internet em banda
larga – já podem fazê-lo, ainda que não diretamente. A Aneel aprovou, no fim
de agosto, o regulamento do PLC, a sigla em inglês para comunicações pela
rede de energia.
Na prática, porém, a regra acabou desagradando o setor elétrico – ou, pelo
menos, a parte do setor que já pensava em vender acesso à rede. Isso porque
as regras definidas pela Aneel obrigam as distribuidoras a oferecerem o
compartilhamento da rede a terceiros – elas têm fazer ofertas públicas da
rede e aceitar a melhor proposta.
A Copel, por exemplo, era a distribuidora mais preparada para lançar o
serviço de acesso à internet – via uma subsidiária – mas suspendeu os
planos. Teme que as operadoras de telefonia façam propostas vitoriosas
nessas ofertas públicas, ainda que mais tarde não utilizem plenamente a
infraestrutura.
Mas para a Eletropaulo Telecom, por exemplo, a regulamentação atendeu os
objetivos, já que a empresa tinha como principal objetivo 'vender'
infraestrutura para as teles. A questão é: O custo valerá a pena? Há
interesse, de fato, de investir nessa tecnologia no Brasil? A realidade
mostra que ainda há muitas dúvidas com relação ao futuro do PLC.
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Fonte: Convergência Digital
[01/09/09]
Banda Larga via rede elétrica: Para ter competição, área técnica da Aneel
admite rever regra - por Luís Osvaldo Grossmann
Apesar do interesse de parte das
distribuidoras de energia no uso da tecnologia PLC - que permite
comunicações pela rede elétrica - a prestação do serviço, especialmente o de
Internet, não foi o foco da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Na perspectiva da agência, o fundamental no regulamento aprovado há uma
semana é a modicidade tarifária, ou seja, de que maneira a atividade extra
será revertida no preço cobrado pela energia aos consumidores.
Daí a determinação para que as distribuidoras dêem publicidade ao interesse
do uso da rede para o PLC e, com isso, façam uma espécie de oferta pública
para o compartilhamento da rede. Como as regras também determinam que 90% da
receita com o serviço via PLC seja revertida como ganhos de produtividade –
e, assim, colaborando para reduzir a tarifa de energia – o objetivo da Aneel
é que o compartilhamento da rede se dê mesmo pelo maior preço possível.
Essa obrigação, porém, esfriou os planos de distribuidoras como a Copel, do
Paraná, que está pronta para ampliar a prestação, hoje em caráter
experimental, de acesso banda larga à internet. “A regra permite que uma
grande empresa de telecom, que tem muito mais recursos e é mais ágil,
apresente um lance vencedor, mesmo que depois utilize apenas 1% da rede e
engavete o resto”, reclama o coordenador de PLC da Copel, Orlando Cesar
Oliveira.
Ou seja, o temor aí é que o poder financeiro das teles seja utilizado para
impedir a entrada de novos competidores no mercado de banda larga, já que as
concessionárias fixas são praticamente monopolistas na prestação do serviço
por ADSL. Nesse caso, a oferta pública exigida pela Aneel afeta os planos
daquelas distribuidoras que gostariam de prestar o serviço de banda larga
através de uma subsidiária, como é o caso da Copel. Já as que preferem
“alugar” a rede às próprias teles – caso da Eletropaulo Telecom – não vêem
problemas.
Ainda assim, a área técnica da Aneel admite rever parte da resolução 357 da
Aneel, aquela com as regras para uso do PLC. Segundo a equipe que subsidiou
os termos da resolução, a possibilidade da oferta pública se transformar num
instrumento de barreira a novos competidores não chegou a ser analisada, nem
houve qualquer contribuição sobre esse ponto na consulta pública aberta pela
Aneel durante a elaboração das regras.
Nesse sentido, a Aneel vai estudar uma forma de impedir esse problema. Isso
pode ser evitado, de acordo com a área técnica da agência, com a inclusão de
regras sobre os contratos a serem assinados entre as distribuidoras –
“donas” das redes de energia – e o prestador de serviço de comunicação, que
utilizarão essa rede. Bastaria, por exemplo, determinar que esses contratos
prevejam a obrigação de implantação do serviço pela empresa que vencer a
oferta pública para o compartilhamento da rede.
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Fonte: Convergência Digital
[31/08/09]
Banda Larga via rede elétrica: Copel diz que regulamento enterra oferta do
serviço
Pioneira no uso do PLC (Power Line Communications) no Brasil e a mais
adiantada no uso da tecnologia para levar o serviço de acesso à Internet aos
consumidores de energia elétrica, a Copel (Companhia Paranaense de Energia)
freou o projeto de fornecer internet banda larga aos clientes. O motivo: as
regras definidas pela Aneel que obrigam as distribuidoras a oferecer o
compartilhamento da rede a terceiros.
O regulamento, aprovado na semana passada pela Agência Nacional de Energia
Elétrica, atingiu em cheio os planos da distribuidora de prover acesso à web
através de uma subsidiária, a Copel Telecomunicações. É que, pela resolução
da Aneel, as distribuidoras precisam oferecer publicamente o “aluguel” da
rede e devem aceitar a melhor proposta.
“No mundo inteiro, quem usa PLC é uma empresa ligada à distribuidora de
energia. Todo o planejamento, a engenharia, a operação e manutenção da rede
tem que ser integrados, algo impossível com uma empresa não associada",
reclama o coordenador de PLC da Copel, Orlando Cesar Oliveira.
"Além disso, a regra permite que uma grande empresa de telecom, que tem
muito mais recursos e é mais ágil, apresente um lance vencedor, mesmo que
depois utilize apenas 1% da rede e engavete o resto”, complementa.
As regras parecem mais adequadas ao modelo de negócios da Eletropaulo
Telecom, que não tem interesse em oferecer acesso à internet aos
consumidores. A empresa testa o sistema desde 2007 em três bairros
paulistanos – Cerqueira César, Moema e Pinheiros – e já investiu R$ 20
milhões, mas o foco é no compartilhamento da rede.
“Vamos oferecer as soluções para os nossos clientes, as operadoras e
prestadoras de serviços de telecomunicações, para que elas sim cheguem até o
usuário final”, diz a gerente geral, Teresa Vernaglia.
Já a Copel começou a testar o sistema ainda em 2001, em 50 domicílios de
Curitiba. Mais recentemente, iniciou um projeto-piloto em Santo Antônio da
Platina, com 300 casas conectadas gratuitamente – com acessos de até 20
Mbps.
A empresa esperava a regulamentação do PLC para começar uma exploração
comercial em até 10 mil lares e, com essa experiência – inclusive para
modelar custos e preços – partiria para um plano de negócios de US$ 400
milhões, necessários para conectar um terço do estado.
“O regulamento afasta o uso do PLC como negócio. A Aneel foi influenciada
pela Anatel e piorou a regulação depois da consulta pública, de forma a não
perturbar as teles", lamenta Oliveira, da Copel.
" Conseguiram enterrar uma oportunidade para o país, o centésimo no mundo em
acesso à internet. Dependemos, agora, de uma decisão da distribuição. Mas
você acha que a Copel vai se meter num investimento de US$ 400 milhões para
entregar para quem já é monopolista?”, conclui o coordenador do projeto na
distribuidora de energia do Paraná.
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Fonte: Convergência
Digital
[18/08/09]
Banda Larga via rede elétrica: Dúvida sobre receita adia decisão da Aneel
- por Luís Osvaldo Grossmann
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) adiou, mais uma vez, agora,
para a próxima semana a votação do regulamento para a utilização da
infraestrutura das distribuidoras de energia para transmissão de sinais de
telecomunicações, sistema mais conhecido pela sigla PLC, do inglês Power
Line Communications (ou, comunicações pela rede de energia). Na hora da
votação, os diretores tiveram dúvidas sobre a periodicidade da apropriação
dos ganhos com o novo serviço no cálculo das correções de tarifa de
eletricidade.
A proposta da relatora, Joísa Campanher, foi no sentido dos ganhos serem
incorporados anualmente, a cada reajuste. Mas uma ponderação levada à
reunião de diretoria da Aneel pela Eletropaulo acabou encaminhando o caso
para uma reavaliação da área jurídica.
A distribuidora lembrou que em muitos contratos de concessão de
distribuidoras de energia, a incorporação de recursos extras à atividade
principal - venda de energia - à modicidade tarifária só é prevista nos
períodos de revisão – que variam de caso a caso, mas em geral acontecem a
cada quatro anos.
"Nossa ideia é que a cada reajuste fosse calculado o valor do
compartilhamento (da infraestrutura)", defendeu a diretora Joísa Campanher.
No mérito, teve apoio dos colegas, mas a dúvida jurídica permaneceu. Por
isso, a relatora tirou o processo de votação – pelo regimento, deve
reapresentá-lo na próxima reunião.
Desde a última apresentação do relatório, a diretora fez pequenas
modificações no texto. No artigo 15, explicitou que 90% das receitas
resultantes do compartilhamento da infraestrutura – ou seja, o “aluguel” da
rede – será revertido para a modicidade tarifária.
O mesmo artigo, porém, trouxe para os reajustes anuais a verificação desse
percentual. A versão anterior da proposta remetia cada caso a seu contrato.
Assim, o valor referente à modicidade seria verificado a cada ano, nos casos
onde fosse possível, e a cada período de revisão, nos demais.
No mais, foi mantida a proibição da distribuidora de energia atuar
diretamente no novo serviço – basicamente, a oferta de banda larga pela rede
elétrica – mas existe a possibilidade de fazê-lo através de uma subsidiária.
Ou “alugar” a rede a uma outra empresa interessada.
Abradee
Outra ponderação levada à reunião da Aneel foi da Abradee, que representa as
distribuidoras de energia. A entidade queria que o tema fosse discutido
durante mais tempo – ficou até de apresentar uma proposta das empresas à
Aneel – pois teme que haja colisão com outro tema em discussão na agência
reguladora: a medição eletrônica da rede.
Para o representante da entidade, as duas regras – PLC e monitoramento da
rede – deveriam caminhar juntas. Do contrário, as empresas podem ficar na
dúvida e preferir não compartilhar a infraestrutura. “A distribuidora vai
preferir não abrir mão [da rede] para usar quando quiser”, argumentou o
diretor da Abradee, José Gabino Matias.
A área técnica da Aneel, no entanto, não acredita que isso seja um problema.
Primeiro porque as distribuidoras não são obrigadas a compartilhar a rede –
as regras valem para quem se interessar pelo novo negócio. Além disso, nada
impede que as empresas reservem parte do espaço da rede para o monitoramento
remoto, enquanto o excedente pode ser oferecido para a transmissão de sinais
de telecomunicações.
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