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24/11/09
• Crimes Digitais (90) - Marco Regulatório da Internet (7) - Influência do "PL Azeredo"...
de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 24 de novembro de 2009 13:43
assunto Crimes Digitais (90) - Marco Regulatório da Internet (7) - Influência do
"PL Azeredo"...
01.
O Ministério da Justiça lançou em 29 de outubro, uma consulta pública - o
"Marco Regulatório Civil da Internet" - em formato de blog que vai "definir
os direitos e responsabilidades básicas no uso da rede mundial. O programa
vai criar regras para orientar as ações de indivíduos e organizações que
utilizam a web".
02.
Repito: estou fazendo um esforço pessoal para divulgação da Consulta pois
acredito que é uma oportunidade para o debate de temas importantes mas isto
não me impede de considerá-la "sob suspeição" pelos motivos já indicados ("Prazo
exíguo, época de férias, festas, Confecom, pré-engajamento geral na
"campanha" e "zero" divulgação após o lançamento").
03,
Na matéria transcrita mais abaixo, Guilherme Almeida, coordenador do
"projeto de construção colaborativa do marco civil da internet", opina que
"a discussão está sendo pautada pelo projeto de lei do senador Eduardo
Azeredo (PSDB – MG) que endurece as penas para crimes cometidos na
internet."
Guilherme Almeida é o mesmo que, há alguns dias, somou errado o número de
participantes e divulgou o total com sendo de "cerca de 500" quando contamos
apenas 64.
Guilherme Almeida, no entanto, está certo sobre a influência do "PL de Crimes Digitais", mas não é bem assim...
No início da divulgação deste
acompanhamento, decidi inserir o tema "marco regulatório da internet" na
nossa
imensa série de mensagens/posts sobre "Crimes Digitais" que esmiuçou não
somente o "PL Azeredo" mas também outros Projetos, inclusive uma famigerada
suposta minuta com origem no Ministério da Justiça que, esta sim, endurecia
ainda mais o PL Azeredo.
Já mostramos, reproduzindo matérias veiculadas na mídia, que a atual
Consulta patrocinada pelo MJ aparentemente nada mais é do que a continuação
turbinada da suposta minuta que apelidamos na época de "PL
Tarso Genro".
O "PL Azeredo" está na reta final de tramitação no Congresso mas continua "empacado", nas comissões internas que avaliam as modificações - consideradas boas - introduzidas na passagem pelo Senado. Especula-se que o mesmo poderá ser adiado por tempo indeterminado ou mesmo "retirado" pelo senador Azeredo.
A atual Consulta sobre o marco civil da internet incluiu os temas polêmicos do "PL Azeredo" e do suposto "PL Tarso Genro" e portanto é natural que estes sejam os item mais comentados pelos "contribuintes" que fazem debate no Blog da Consulta.
04.
É lícito especular que o MJ e os demais patrocinadores já possuem um texto
básico do PL a ser apresentado e sobre o qual foi montada a Consulta.
E é lícito criticar também que este suposto texto básico não tenha sido
divulgado para conduzir os debates.
Critica-se o formato de blog da Consulta.
Há necessidade de preencher um cadastro com dados obrigatórios como nome,
e-mail, sexo, cidade e estado. Isto restringe o universo dos participantes
aos que possuem acesso à web e estão dispostos a divulgar seus dados.
Outra crítica é que não há endereço para contribuição por correspondência
comum ("Correios").
Quando algum órgão governamental deseja divulgar algo do seu interesse faz um "auê" daqueles, reúne a imprensa ou expede as famosas "pautas".
Após a divulgação inicial da Consulta não houve mais divulgação "oficial" a não ser uma discreta entrevista coletiva durante o Seminário Internacional do Fórum da Cultura Digital Brasileira, quando ocorreu o citado "erro nas contas".
05.
Sem um incentivo especial para uma grande participação, a Consulta não
representará a opinião da sociedade.
Lembro meu comentário anterior:
É possível manipular uma consulta como esta?
Sim, através de participantes contratados para postar textos com orientação
dos organizadores.
Se houver omissão da sociedade, serão estas contribuições que formarão o
futuro PL.
Somente a participação intensiva e o debate crítico e sério poderá
contrabalançar uma eventual manipulação das contribuições.
Debater e Fiscalizar é preciso!!!
06.
Abaixo está a transcrição de uma matéria de ontem do portal Teletime:
Fonte: Teletime
[23/11/09]
Privacidade e liberdade são foco de contribuições sobre o marco da internet
07.
Mais abaixo está o "Sumário" da Consulta com links para acesso aos
textos e aos registros da "contribuições.
Anotei também a quantidade das contribuições em cada item, conferidas em 10,
18 e 24 de novembro.
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
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Fonte: Teletime
[23/11/09]
Privacidade e liberdade são foco de contribuições sobre o marco da internet
As questões relativas à privacidade e liberdade de expressão estão entre os
temas mais debatidos pelos internautas que fizeram contribuições à consulta
pública sobre o marco regulatório da internet. O texto-base, disponibilizado
em um blog pelo Ministério da Justiça, foi acessado 120 mil vezes e recebeu
433 comentários.
Para o coordenador do projeto de construção colaborativa do marco civil da
internet, Guilherme Almeida, a discussão está sendo pautada pelo projeto de
lei do senador Eduardo Azeredo (PSDB – MG) que endurece as penas para crimes
cometidos na internet.
O texto prevê que, quem obtiver ou transferir dado ou informação disponível
em rede de computadores, dispositivo de comunicação ou sistema informatizado
sem autorização do legítimo titular, poderá ser preso.
"O Azeredo conseguiu polarizar negativamente as pessoas", disse Almeida.
Segundo ele, a proposta do senador mobilizou os internautas no sentido
contrário a sua posição. Ele avaliou que, por esse motivo, as discussões dos
internautas sobre o marco regulatório tenham sido pautadas pelos assuntos
abordados no projeto.
Para Almeida, questões "não tão óbvias" presentes no eixo temático que trata
do papel do governo em relação à rede mundial de computadores receberam
muito menos contribuições.
Ele apontou que dentro dessa temática serão discutidas questões de grande
importância, como a uniformização da atuação governamental em relação à
rede, a disponibilização eletrônica de dados e a adoção de políticas
públicas. "O governo edita decretos, portarias, normas internas nos seus
mais diferentes ministérios. Muitas vezes, acontece que essas diretrizes não
são convergentes, elas apontam para caminhos diferentes."
O marco regulatório estará disponível para contribuições até o dia 17 de
dezembro. Após essa data será elaborado o anteprojeto de lei que ficará sob
consulta pública, pela mesma metodologia, por 45 dias. O coordenador do
projeto espera que o texto final possa ser enviado para apreciação pelo
Congresso em março do próximo ano. As informações são da Agência Brasil.
Da Redação
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ROTEIRO DA CONSULTA
Acompanhamento das "contribuições"
As quantidades registradas em cada item indicam as
verificações realizadas em 10, 18 e 24 de novembro
1. Direitos individuais e coletivos (Eixo 1)
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