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Outubro 2009 Índice Geral do BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!
04/10/09
• 1ª Confecom (38): Msg de Márcio Patusco - Etapas regionais em andamento
de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br,
data 4 de outubro de 2009 17:45
assunto 1ª Confecom (38): Msg de Márcio Patusco - Etapas regionais em andamento
Olá, ComUnidade
WirelessBRASIL!
Encaminho mais uma mensagem recebida
de nosso Márcio Patusco.
Obs: As mensagens do Márcio e dos demais participantes sobre este tema seguem
numerações diferentes.
Esta "intermediação" destina-se à um pequeno esforço de formatação para
publicação de um "post" no website comunitário 1ª
Confecom, coordenado pelo Márcio.
Não estamos competindo com outros órgãos de divulgação e/ou entidades ligadas ao
evento mas nessa página está reunido um precioso material, de fácil acesso, para
consulta e ambientação.
Recomendo fazer, pelo menos, um visita e um voo panorâmico pelos títulos das
mensagens, matérias e "posts". :-)
O "efeito colateral" desejado é o debate proativo em nossos fóruns dos
temas "oficiais" e de outros, do interesse da Comunidade e da sociedade.
Nesta semana atingimos 4700 participantes (soma simples dos dois Grupos, sem
considerar os membros comuns).
É uma marca marcante (Ops!)! :-)
Com um pequeno esforço adicional creio que poderemos dar uma enorme
contribuição, se não à Confecom diretamente, mas à compreensão dos temas em
discussão.
Fica o convite, principalmente aos órgão da "mídia especializada", para
intensificar o acompanhamento, a divulgação e os debates, incluindo seus
leitores. Nada contra "hot sites" sobre o evento... :-)
Vamos lá? :-)
Obrigado, Márcio!
As comissões
estaduais recebem cópias desta mensagem:
claudiacardoso@gmail.com; cnc@
carneiro.fred@gmail.com; arlen
sheila@sindjusdf.org.br; pedro
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio
Rosa
1ª Confecom (26) - Etapas regionais em andamento
de Marcio Patusco <marciopatusco@oi.com.br>
para Helio Rosa e Grupos
data 4 de outubro de 2009 14:31
assunto 1ª Confecom (26) : Etapas regionais em andamento
Olá ComUnidade!
De todos os Estados da federação apenas seis não convocaram suas conferências
estaduais pelo executivo ou pelo legislativo local. Neste caso, a Comissão
Organizadora Nacional (CON) irá nomear entidades que possam se responsabilizar
pela sua realização e gerir os recursos a serem repassados. Estão nessa
situação: Amapá, Amazonas, Rondônia, Tocantins, Maranhão e Santa Catarina.
Muito embora todas as promessas de pronta recomposição do orçamento para a
Confecom, que havia sido cortado no meio do processo das convocações municipais
e estaduais, somente na próxima semana é que efetivamente o valor voltará ao seu
patamar original de 8,2 milhões de reais previstos desde o início.
Em cada estado se ultimam os preparativos para a realização das etapas regionais
da conferência. Eleição de delegados, escolha do local para realização dos
eventos, forma de submissão e análise das propostas a serem apresentadas, são
alguns dos itens discutidos nas reuniões das comissões organizadoras regionais.
Finalmente começa a se delinear em forma e conteúdo como a Confecom irá se
desenvolver regionalmente.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a conferência municipal (Comucom RJ) se
realizará nos dias 16 e 17 de outubro, e a conferência estadual (Conecom RJ) se
dará entre 30 de outubro e 1º de novembro nas dependências da UERJ (Universidade
Estadual do Rio de Janeiro).
Abaixo referências e transcrições de artigos relacionados.
Marcio Patusco
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Resumo das transcrições:
Fonte: Observatório do Direito à Comunicação
[25/09/09] Comissão
Organizadora Nacional vai auxiliar estados que não convocaram suas etapas -
por Jacson Segundo
Fonte: Teletime
[02/10/09] Recomposição
dos recursos da Confecom será resolvida na próxima semana - por Redação
Fonte: Observatório do
Direito à Comunicação
[29/09/09] Conferência
Livre aponta sintonia entre demandas da cultura e da comunicação - por
Mariana Martins
Fonte: Observatório do
Direito à Comunicação
[30/09/09] Conheça
as propostas da Conferência Livre a serem enviadas à 1ª Confecom - por
Assessoria - Ministério da Cultura
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Transcrições:
Fonte: Observatório do Direito à Comunicação
[25/09/09] Comissão
Organizadora Nacional vai auxiliar estados que não convocaram suas etapas -
por Jacson Segundo
A Comissão Organizadora da 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom)
definiu nesta quarta (23) que criará condições para que o processo se estenda
aos sete estados que ainda não convocaram as etapas locais. A comissão indicará
as entidades empresarias e sociais que farão parte das comissões que devem
dirigir os trabalhos nos estados.
A região Norte é a que possui mais estados desmobilizados para a Confecom. Acre,
Amapá, Amazonas, Rondônia e Tocantins ainda não convocaram suas etapas do
processo. Na mesma situação que eles estão Maranhão e Santa Catarina. O Governo
Federal deverá repassar às comissões a verba para a realização dessas
conferências e também preparar uma minuta de convocação para cada uma delas. Já
os estados que convocaram suas etapas pelo Executivo ou Legislativo não
receberão repasses de recursos.
A Comissão Organizadora Nacional (CON) também discutiu a reivindicação dos
empresários para que se aumentasse a quantidade de delegados natos desse setor.
Todos os titulares e suplentes da CON vão poder votar na etapa nacional sem
passar por processo de eleição nos estados. As sete organizações não
empresariais somam 21 natos (cada titular tem dois suplentes). As duas
associações dos empresários que ainda estão no processo (Telebrasil e Abra)
argumentam que essa definição também deveria respeitar a divisão feita para a
eleição dos delegados no país, que é de 40% para representantes empresariais,
40% para segmentos não empresariais e 20% para o Poder Público.
Os representantes dos movimentos sociais foram contra a proposta, justificando
que a divisão não vale para as decisões tomadas dentro da CON. O impasse não foi
resolvido e a decisão final caberá ao representantes do Executivo Federal. Os
empresários ganharão mais 15 delegados natos se levarem vantagem nessa pequena
batalha.
Outra decisão importante tomada nesta quarta foi em relação ao prazo de
realização das etapas preparatórias. No regimento aprovado, consta que elas
deverão acontecer até 20 dias antes das etapas estaduais eletivas. A CON
flexibilizou essa resolução, deixando para as comissões estaduais resolverem a
questão.
A Comissão Nacional também fará uma recomendação aos estados para que as
comissões locais tenham representantes dos três setores de forma equilibrada.
Além disso, foi eleito um grupo dentro da CON para construir uma proposta de um
documento de referência. A idéia é que ele contribua com orientações gerais
sobre o processo para a realização correta das etapas pelo país.
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Fonte: Teletime
[02/10/09] Recomposição
dos recursos da Confecom será resolvida na próxima semana - por Redação
Os problemas de verba para a realização da 1ª Conferência Nacional de
Comunicação (Confecom) devem ser definitivamente solucionados na próxima semana.
O Ministério das Comunicações informou nesta sexta-feira, 2, que o presidente
Lula pretende sancionar já na próxima semana o projeto de lei 27/2009, que
recompõe R$ 6,5 milhões anteriormente contingenciados pelo governo na
programação original do evento.
Com a liberação dos recursos, a Confecom passará a contar com R$ 8,2 milhões,
conforme previsto no início do projeto. Segundo informações divulgadas pelo
Minicom, o ministro Hélio Costa deverá se encontrar com o presidente Lula na
próxima quarta-feira, 7, para tratar da realização da Confecom, agendada para os
dias 1,2 e 3 de dezembro. A comissão organizadora já tem um lugar em mente para
a realização da grande plenária nacional: o Centro de Eventos e Convenções
Brasil 21.
Ainda de acordo com o Minicom, o Ministério do Planejamento iniciou nesta sexta
o processo de licitação para a escolha da empresa que irá cuidar da emissão de
bilhetes aéreos e terrestres para o translado dos delegados para o evento. O
aviso de licitação foi publicado nesta sexta no Diário Oficial da União e as
propostas devem ser abertas no dia 15 de outubro.
O Minicom confirmou também a convocação da conferência estadual no Acre,
reduzindo para seis o número de estados com dificuldades para organizar os
eventos preparatórios. Continuam sem previsão de realização da etapa estadual os
estados de Santa Catarina, Amazonas, Rondônia, Amapá, Tocantins e Maranhão.
Alguns estados tem tido problemas políticos locais, como Tocantins, que teve seu
governador cassado em junho deste ano e ainda não solucionou completamente seu
quadro político.
Para garantir a representatividade desses estados, a comissão organizadora
poderá tomar a frente na coordenação de uma etapa preliminar mínima, fazendo um
chamamento público da sociedade e representações empresariais nesses locais.
Outra opção é a escolha de delegados indicados diretamente pelo governo para
representar os estados que não fizeram pré-conferência para a plenária
nacional.
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados também
pretende colaborar com os debates da Confecom, realizando a 1ª Conferência Livre
de Comunicação como etapa preparatória para o grande evento de dezembro. A
iniciativa, apresentada pelo deputado Luiz Couto (PT/PB), ainda não foi
agendada.
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Fonte: Observatório do Direito à Comunicação
[29/09/09] Conferência
Livre aponta sintonia entre demandas da cultura e da comunicação - por
Mariana Martins
Durante quatro dias, representantes de Pontos e Pontões de Cultura e também das
iniciativas contempladas pelo Prêmio de Mídia Livre do Ministério da Cultura
reuniram-se na 1ª Conferência Livre de Comunicação e Cultura, no município de
Chã Grande, em Pernambuco, distante 84 km do Recife. A conferência, organizada
MinC em parceria com Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), contou com a
participação de aproximadamente 100 “midialivristas” de todo o país.
O encontro de projetos que interligam cultura e comunicação visou elaborar
propostas para a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), e para a 2ª
Conferência Nacional de Cultura (CNC), que acontecem em dezembro de 2009 e em
março de 2010, respectivamente. As discussões foram direcionadas pela
perspectiva da comunicação como direito. A proposta de temário e metodologia dos
organizadores do evento partiu ainda do entendimento de que os direitos
culturais e comunicacionais do povo brasileiro podem e devem ser ampliados a
partir da reflexão e ação conjuntas entre sociedade e governo.
“Do ponto de vista do governo, o evento foi extremamente importante justamente
por ter conseguido cumprir com seus objetivos iniciais, principalmente a
produção de documentos para as duas conferências, a de cultura e a de
comunicação”, avaliou Tarciana Portella, chefe da Representação Nordeste do
Ministério da Cultura. A representante do MinC avalia ainda que as propostas que
foram aprovadas no encontro representam pontos chaves e grandes desafios para as
conferências nacionais.
Foram abordadas questões como soberania, liberdade de expressão, inclusão
cultural e digital, diversidade e identidades culturais, sustentabilidade das
cadeias produtivas e economia criativa, convergência tecnológica e legislação,
regionalização da produção, dentre outros tópicos relevantes. Os resultados das
discussões foram sistematizados em dois documentos, com propostas específicas
para cada uma das conferências nacionais.
Para Oona Castro, coordenadora executiva do Instituto Overmundo, projeto
contemplado pelo Prêmio de Mídia Livre, a I Conferência Livre de Comunicação
para a Cultura serviu como um impulso para compartilhar, dentre outras coisas, a
pauta da Confecom e reunir as contribuições de um público bastante heterogêneo,
que compõem os Pontos e Pontões de Cultura e os Pontos de Mídia Livre. A
realização do evento também abriu um espaço necessário, segundo Oona, para se
ouvir a demanda de outros grupos que não necessariamente estão engajados nos
processos pró Conferência Nacional de Comunicação nos seus estados.
Avaliação positiva também foi feita pelo midialivrista Renato Rovai, editor da
Revista Fórum e integrante do grupo de trabalho executivo do Fórum de Mídia
Livre. Na opinião de Rovai, o encontro foi muito positivo por ser a 1ª
Conferência Livre presencial que conseguiu formular propostas para a Confecom em
nível nacional. “Algumas outras conferências virtuais de caráter nacional já
aconteceram, mas com as comissões pró-conferência dos estados e não por
fazedores de mídia como aconteceu agora”
Rovai lembra ainda que, por conta do curto tempo para a articulação das etapas
estaduais da Confecom, ainda não se sabe se o movimento de comunicação terá
fôlego para a realização de outros encontros presenciais como estes, o que faz
com que o evento em Pernambuco possa vir a ser a única conferência livre
nacional a ter uma série de propostas que sinalizam para os desafios que estão
postos para dezembro. “Essa conferência foi, sem dúvida, um importante salto
para elaborações de propostas para a Confecom”, acredita Rovai.
Propostas para as conferências
A necessidade de apropriação livre e colaborativa, financiada pelo poder
público, das tecnologias da informação e da comunicação para garantia do direito
à comunicação e à cultura esteve presente em todos os debates que permearam a
conferência e isso se refletiu também nas propostas.
A defesa de uma banda larga pública e gratuita como condição para a
democratização do acesso e da produção de cultura e comunicação foi um dos
grandes consensos do encontro, junto com a defesa de garantias para o
funcionamento adequado da radiodifusão comunitária.
O financiamento público da produção da comunicação e da cultura, as licenças
flexíveis para todos os conteúdos produzidos com financiamento do Estado, bem
como a regionalização da produção e o incentivo às produções colaborativas, a
partir de plataformas de software livre, foram propostas que, por exemplo, serão
encaminhadas às duas conferências.
A sintonia destes dois setores durante o encontro mostra que as políticas
públicas de comunicação e cultura, principalmente com o aporte das novas
tecnologias, precisam ser pensadas cada vez mais de forma articuladas.
Ao todo, sete propostas foram encaminhadas para os sete eixos da Conferência
Nacional e Cultura que são: banda larga, plataforma, distribuição, formação,
direito autoral, conteúdo regional independente e fomento. Outras 43 propostas
foram encaminhadas para os três eixos da Conferência Nacional de Comunicação,
que são: produção de conteúdo, meios de distribuição e cidadania: direitos e
deveres.
Vitórias da Cultura
O encontro também acabou servindo para comemorar a aprovação do Projeto de
Emenda Constitucional 150 (PEC 150), que destina recursos dos orçamentos da
União, dos Estados e municípios à área da cultura. A PEC foi apreciada pela
Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Também foi comemorada como vitória a
aprovação do Plano Nacional de Cultura, que aconteceu no último dia 24.
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Fonte: Observatório do Direito à Comunicação
[30/09/09] Conheça
as propostas da Conferência Livre a serem enviadas à 1ª Confecom - por
Assessoria - Ministério da Cultura
Veja na íntegra as propostas aprovadas pelos participantes da 1ª Conferência
Livre de Comunicação e Cultura, realizada em Chã Grande (PE) pelo Ministério da
Cultura, e que serão encaminhadas para a Conferência Nacional e Comunicação:
Eixo 1 – Produção de Conteúdo
1. Fomento à criação e disponibilização de redes e bases de dados geridas
colaborativamente para as redes de comunicação e cultura;
2. Criação de espaços públicos de comunicação em comunidades e povos
tradicionais com rádios, TVs, telecentros e gráficas livres, que possibilitem e
reforcem o registro e divulgação da cultura local e bens culturais materiais e
imateriais produzidos nesses espaços. Estes espaços devem ainda atuar como
pontos de difusão de conectividade utilizando redes sem fio, provendo também
serviços de TV, rádio e telefonia além do conteúdo cultural produzido
localmente;
3. Criação de marco regulatório para legalização e estímulo das redes de troca e
compartilhamento de conteúdo livre, cultural, educacional, comunicacional e
informacional;
4. Criar um sistema público de distribuição física de conteúdos produzidos pelas
redes de comunicação e cultura. e garantir que a produção cultural financiada
com dinheiro público seja exibida e distribuída de forma livre, licenciada
através de licenças flexíveis e disponibilizada em acervos livres.
5. Criar um repositório comum de metodologias que partem do reconhecimento das
identidades culturais regionais, que contemplem soluções tecnológicas flexíveis
de letramento digital, produção e divulgação de conteúdo, reforçando a
importância da autonomia e liberdade nos processos de aprendizagem;
6. Incentivar a produção colaborativa de conteúdos em plataformas como internet,
televisão, mídias móveis etc. entre Pontos de Cultura, Pontos de Mídias Livres e
produtoras culturais;
Votar junto:
1. Alocação de recursos de publicidade institucional do Governo Federal, Estados
e Municípios em mídias vinculadas aos Pontos de Cultura, comunitários, livres,
independentes, educativos, universitários, valorizando produtos e serviços
populares;
2. Manutenção e ampliação do financiamento público para a comunicação livre
objetivando a estruturação sustentável dos coletivos beneficiados;
3. Projeto de Lei determinando que recursos públicos na área federal, na
estadual e na municipal, previstos para publicidade nos Planos Plurianuais (PPAs),
sejam destinados para aplicação nas TVs Públicas, Comunitárias e Universitárias;
4. Projeto de Lei para garantir no sistema digital a criação de emissoras de
Rádios e TVs Comunitárias em sinal aberto, criando fundos específicos para estes
meios e permitindo que captem recursos com publicidade para garantir sua
auto-sustentabilidade;
5. Criação e manutenção de equipamentos públicos para produção, armazenamento,
documentação e distribuição de conteúdos audiovisuais, sonoros e impressos, que
atendam prioritariamente povos tradicionais e comunidades com dificuldade de
acesso a estes recursos, geridos por meio de conselhos paritários que envolvam
Poder Público e sociedade civil;
6. Garantir que todo conteúdo oferecido por serviço de radiodifusão digital de
som e de som e imagem seja livre de qualquer dispositivo técnico, sinal
codificado ou outra medida de proteção tecnológica que possa impedir ou
restringir o seu acesso e uso legítimo.
Eixo 2 – Meios de Distribuição
1. Franquear os pontos de presença da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa)
para o uso das redes de comunicação e cultura;
2. Utilizar recursos do FUST para investir na soberania da rede, ampliando o
alcance da RNP e de outras redes alternativas de acesso a Internet via energia
elétrica e rede de satélites, envolvendo em uma ação transversal o MinC, o
MiniCom, o MEC e as universidades para capacitar o substrato social na
manutenção e administração desta infraestrutura, incluindo organizações sociais
como reais beneficiárias de conexão pública de banda larga na ponta,
transformando essas instituições em provedores de acesso que administram seus
próprios servidores e provêm conteúdo licenciado livremente.
3. Utilização das redes de internet públicas federais, municipais e estaduais
como base de infra-estrutura para disponibilização de servidores de internet
públicos, com conselhos de gestão paritários entre Poder Público e sociedade
civil, de modo que tal infra-estrutura seja gerida colaborativamente visando a
construção de redes de comunicação e cultura;
4. A fim de garantir a universalização do acesso dos cidadãos à banda larga,
criação e manutenção de uma rede de infra-estrutura pública de internet em banda
larga, mediante construção de uma rede estatal composta por tecnologia satelital,
fibra ótica e microondas garantindo os benefícios da confluência tecnológica aos
cidadãos por meio do fortalecimento da Telebrás e utilização de recursos do
Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), com a
alteração da lei.
5. Construção de plataformas públicas que possibilitem a difusão e maior
visibilidade de conteúdo para as mídias livres;
6. Proposta de projeto de lei para garantia de direitos civis na internet, para
a criação de marco regulatório civil para a internet, com base na Carta de
Princípios para a Internet formulada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil
(CGI.br).
7. Atualizar e consolidar o marco regulatório da área das comunicações dando
condições de exercício a uma regulação democrática e equânime da atividade dos
diversos serviços existentes e dos que possam existir.
8. Controle social na renovação e liberação das concessões de radiodifusão, a
fim de definir critérios que contemplem os diversos segmentos socioeconômicos e
culturais;
9. Criar mecanismos de apoio à implementação dos Canais criados pelo Decreto
5.820/2006 (TV Digital), inclusive com aporte de recursos financeiros,
garantindo a participação da sociedade civil na programação e na gestão dos
canais, mediante a ocupação dos canais da Cidadania, Educativo, Cultural e
Universitário.
10. Facilitar o acesso aos canais públicos pelo Ministério da Cultura e demais
órgãos Públicos de Cultura, TVs Comunitárias e TVs Universitárias, TVs
Legislativas e TVs Educativas Culturais, tendo em vista a constituição de acervo
e a difusão da produção de conteúdos audiovisuais em todos os canais do campo
público de televisão, que contam com apoio ou fomento do Ministério da Cultura,
bem como a produção audiovisual oriunda de iniciativas populares;
11. Garantir, no mínimo, três canais e/ou bandas e/ou frequências diferentes
para as Rádios Comunitárias, inclusive no processo de digitalização do sistema
de radiodifusão;
12. Garantir, nas três esferas de governo, a aquisição de produtos impressos e
digitais de mídia livre para equipamentos de educação e cultura, que sejam
produção de conhecimento livre.
13. Recomendar que o operador de rede a ser contratado pela União carregue as
transmissões de todas as rádios e TVs do campo público, oferecendo ao povo
brasileiro toda a diversidade cultural em produção no País por meio de centros
de comunicação comunitária de acesso público;
14. Criar no sistema público de comunicação uma central de reprodução e
distribuição da produção dos pontos de cultura, comunitários, livres,
independentes, educativos e universitários;
15. Criação de uma plataforma virtual de cadastro de mídias alternativas do país
vinculada ao site do Ministério das Comunicações, legitimando estes meios de
comunicação;
16. Implementação de política de cotas que garanta a distribuição de conteúdo
nacional independente e regional na televisão, com o estabelecimento de
instância de regulação e de fiscalização para o setor de audiovisual;
Eixo 3 Cidadania: Direitos e Deveres
1. Criar a comissão que gere o FUST (Fundo de Universalização dos Serviços em
Telecomunicações), com participação de membros da sociedade civil e do poder
público;
2. Garantir a participação da sociedade civil, através de seus fóruns, na
discussão da lei de comunicação, assegurando a descentralização, a
universalização, a democratização dos meios de comunicação;
3. Desenvolver um padrão na metodologia do registro, divulgação e arquivamento
dos projetos e leis que assegurem o acesso à produção e difusão de trabalhos
artísticos e culturais, levando em conta a possibilidade do ambiente virtual com
compartilhamento dos conteúdos;
4. Popularizar o conhecimento do decreto 5.820, que destina no modelo digital os
canais de educação, cultura e cidadania para uso da União; da Lei 8.977, mais
conhecida como Lei do Cabo (1995), que garante 220 canais universitários e 220
comunitários; respeitar o artigo 221 da Constituição Federal, que estabelece a
regionalização da produção jornalística, artística, cultural e educativa;
5. Assegurar a exibição de, no mínimo, 50% de produção independente regional
pelas concessionárias de canais de TVs, abertas e por assinatura;
6. Fomentar a produção de jogos educativos e que contemplem a diversidade
sociocultural;
7. Estabelecimento de formas de controle público-social para o sistema de
concessões de rádio e TV, por meio da instituição efetiva do Conselho de
Comunicação Social, sendo alterado seu caráter consultivo para deliberativo, com
participação do Poder Público e a sociedade civil organizada.
8. Alteração dos procedimentos da escolha dos membros do Conselho Curador da TV
Brasil, garantindo ampla e diversa representação da Sociedade Civil, através dos
seus legítimos Fóruns;
9. O estado brasileiro deve implementar uma política de reparação para as
pessoas e entidades que foram criminalizadas por atuar em rádios comunitárias e
abolir a criminalização de mídias comunitárias sem outorga.
10. Reconhecer e apoiar experiências de educação não formal no campo da cultura
e da comunicação;
11. Implementar Educação Audiovisual e Mídias Digitais, inclusão de Lógica de
Programação e Desenvolvimento de Software na educação básica.
12. Promover práticas educativas, nos âmbitos da educação formal e não formal, a
fim de popularizar o direito à comunicação e garantir o aprendizado de uso das
novas tecnologias da comunicação e informação, visando o desenvolvimento de
competências, habilidades e à reflexão político-transformadora, na perspectiva
da mediação tecnológica na educação, da educação para a comunicação e da gestão
educomunicativa;
13. Políticas de formação para o midialivrismo e do midialivrista em espaços
formais e informais de educação;
14. Criação e manutenção de escolas livres de formação multimidiática com
núcleos regionais e/ou estaduais, reunindo as experiências metodológicas
jádesenvolvidas por instituições de reconhecimento público, com ênfase na
formação continuada para o desenvolvimento de novas práticas nas relações de
mercado na área do audiovisual, da Economia Solidária e do Comércio Justo.
15. Democratizar o acesso aos Editais Públicos na área do audiovisual,
garantindo consultoria técnica para o seu preenchimento e simplificando os
processos de inscrição e conveniamentos.
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