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Abril 2010 Índice Geral do BLOCO
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01/04/10
• Telebrás, Eletronet e PNBL (240) - Msg de Rogério Gonçalves sobre vantagens decorrentes da criação de uma eventual subsidiária da Telebrás + "Justiça determina perícia no backhaul das concessionárias"
de Rogerio <tele171@yahoo.com.br>
para wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 1 de abril de 2010 15:47
assunto [wireless.br] Re: [Celld-group] Telebrás, Eletronet e PNBL (231) -
Estadão: "Um novo Correio?" + Teletime: "PMDB aposta nos Correios como gestor do
PNBL"
Oi Hélio, Povo e Pova do WirelessBR
O anúncio do PAC-2, sem PNBL, demonstrou que as declarações do Clovis expressam
apenas opiniões pessoais dele.
Já que estamos falando de previsões, vai aqui mais uma:
Caso a perícia (ver notícia mais abaixo) que vai rolar na ação do "backhaul"
confirme o fato óbvio de que as redes IP, bancadas por tarifas públicas do STFC,
não são essenciais para a prestação do serviço de telefonia fixa, isso vai
implicar na obrigação do poder concedente promover, na marra, uma separação
funcional das redes, haja vista que vai ficar provada a existência de uma imensa
rede IP, PÚBLICA, que está sendo utilizada pelas meninas da Abrafix para
explorar serviços de telecom que não têm nada a ver com o STFC, objeto das
concessões delas.
Daí, a União ainda será obrigada a promover a reversão imediata ao patrimônio
público dessa imensa rede IP PÚBLICA que está flanando no ar. Como as redes IP
destinam-se à exploração de serviços de comunicação de dados (intercomunicação
entre computadores) e esta modalidade de serviço de telecom jamais foi
regulamentada pelo Poder Executivo após a publicação da LGT, resulta que, nos
termos da lei 5.792/72 e do decreto 74.379/74, a exploração desses serviços, em
regime público, com metas de universalização e continuidade, deverá ser entregue
a uma subsidiária Telebrás, criada especificamente para essa finalidade, algo
que deveria ter sido feito em 1997, por ocasião do processo de esquartejamento
da estatal.
Agora é minha vez de fazer uma apostinha. Quem quer apostar um saco de balas
Juquinha que, se a Pro Teste ganhar a ação do "backhaul" e a União der uma de "João-sem-braço"
para perpetuar a farra das meninas da Abrafix nas redes IP, alguém vai vai
entrar com uma nova ação, com obrigação de fazer, pra cima da União. De quebra,
cobrando também que ela exija que a Embratel finalmente celebre o contrato de
concessão da rede de troncos.
Algumas vantagens decorrentes da criação de uma subsidiária Telebrás específica
para a exploração dos serviços públicos de comunicação de dados:
1) Poderão ser imputadas à ela metas de universalização e continuidade (conforme
já foi dito).
2) As tarefas de universalização de serviços de comunicação de dados, previstas
nos incisos V a VIII do art. 5º da lei 9.998/00, poderão ser realizadas pela
subsidiária Telebrás e financiadas com recursos do FUST, sem a necessidade de se
alterar a lei.
3) Vai ser muito mais vantajoso para os usuários e para o país que as redes IP
PÚBLICAS sejam utilizadas, rigorosamente dentro da legalidade, por uma empresa
estatal na exploração de serviços públicos de comunicação de dados, com tarifas
fixadas pelo poder concedente e não de forma clandestina, para exploração de
serviços privados, com preços estabelecidos de acordo com a cara do freguês,
como é feito hoje pelas meninas da Abrafix
4) A União vai encher a burra de dinheiro, após vender 39% do capital da
empresa em ações ordinárias que foram compradas a menos de 39 centavos e serão
vendidas sabe-se lá por quantos montões de reais.
5) As redes IP PÚBLICAS, permanecerão para sempre como patrimônio público, de
forma a garantir a continuidade do serviço, ao invés de ficarem sob o risco
constante de serem incorporadas a qualquer momento ao patrimônio particular dos
controladores das meninas da Abrafix, em decorrência de um dos inúmeros
trambiques nesse sentido que, há anos, o Minicom e a Anatel vêm tentando
emplacar.
6) A tarifa de assinatura do STFC deverá ter uma brutal redução de valor, com o
fim do desvio ilegal de 80% do valor da tarifa para implementação de redes IP
que jamais poderiam ser operadas por concessionárias do STFC.
7) Vai acabar, como por milagre, as vendas casadas de provedor + conexão em
redes IP, que rolam nos serviços clandestinos de comunicação de dados, com
tecnologia aDSL, operados pelas meninas da Abrafix.
Valeu?
Um abraço
Rogério Gonçalves
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Fonte: Teletime
[25/03/10]
Justiça determina perícia no backhaul das concessionárias - por Mariana
Mazza
A juíza substituta da 6ª Vara de Justiça do Distrito Federal, Maria Cecília de
Marco Rocha, atendeu ao pedido da Pro Teste e determinou que se faça uma perícia
técnica na rede das concessionárias para definir, de uma vez por todas, o que é
o backhaul. A decisão foi emitida no dia 10 de março e três universidades foram
escolhidas para sugerir nomes para a equipe de peritos que investigará a rede.
São elas a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade de São Paulo (USP) e a
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Essas três instituições terão 30
dias para fazer suas indicações à Justiça.
O posicionamento da juíza favorável à realização da perícia é mais uma vitória
da Pro Teste na disputa sobre a troca das metas de implantação dos Postos de
Serviço de Telecomunicações (PSTs) pela expansão da rede de banda larga chamada
de backhaul. Em sua decisão, a juíza Maria Cecília citou as notícias que têm
sido veiculadas na imprensa sobre a existência de um "backhaul público" e outro
"privado" com base em declarações de autoridades da Anatel. Para a juíza, apenas
uma perícia técnica é capaz de definir "o quê exatamente foi objeto da troca de
metas" uma vez que o setor tem considerado essa dubialidade na natureza do
backhaul.
A ação movida pela Pro Teste em 2008 pede a anulação da troca das metas de
universalização. Com o avanço das discussões sobre a implantação do backhaul, a
disputa que se tornou mais evidente na ação é a da reversibilidade da rede
chamada de backhaul ao fim da concessão. A entidade de defesa dos consumidores
teme que, apesar de ser uma infraestrutura implantada via metas de
universalização - e, consequentemente, paga por meio das tarifas da telefonia
fixa - a rede seja considerada privada pela Anatel ao término dos contratos em
2025. Essa preocupação aumentou desde que a Anatel passou a admitir que parte do
backhaul teria natureza privada, por não ter sido implantado por meio de metas,
e estaria fora do estatuto da reversibilidade.
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