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Abril 2010               Índice Geral do BLOCO

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04/04/10

• Telebrás, Eletronet e PNBL (242) e Rádio Digital (66) - A "solução" do Helio Costa para o Rádio Digital poderia ser usada para o PNBL.

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

01.
Conforme o noticiário, Helio Costa, ao deixar o Minicom, como último ato na sua gestão à frente do Minicom, criou o
Sistema Brasileiro de Rádio Digital.

Nós sabemos (pelo menos aqui na ComUnidade) que o ex-ministro fez um esforço gigantesco para "emplacar" o sistema americano IBOC e depois, num processo de motivações ainda não devidamente esclarecidas, passou a defender o padrão europeu DRM.

Mas, se esquecermos (como a mídia costuma fazer) estes antecedentes, poderemos montar um quadro favorável ao Helio Costa.
Vejamos esta pequena obra de ficção:

O então ministro, eivado de boas intenções, dotado de grande espírito de brasilidade e num esforço de isenção dada sua condição de "radiodifusor", fez um enorme esforço para testar o sistema americano IBOC, por anos a fio, pois acreditava piamente que este era o ideal para o Brasil.
Incentivou, por sua conta e risco, a importação de transmissores IBOC apelando para o patriotismo de radiodifusores que, abnegados e desprendidos, decidiram testar o sistema, com recursos próprios.
No final de 2008, tendo em vista os problemas identificados pelo Instituto Mackenzie, o então ministro desistiu do Rádio Digital e do sistema americano.
Mas, seu espírito de justiça falou mais alto e resolveu então testar "a fundo" o sistema DRM em 2009, avançando por 2010, pois, segundo informações recentes, este passou a ser o melhor "padrão". Verificou-se, novamente, que não era bem assim.

A criação de SBRD -
Sistema Brasileiro de Rádio Digital, demonstrou todo o espírito público do Sr. Costa pois, na realidade, reconheceu humildemente, com anos de atraso, o que poderia ter feito há muito tempo, explicitado na portaria de criação do Sistema: "possibilitar a participação de instituições brasileiras de ensino e pesquisa no ajuste e melhoria do sistema de acordo com a necessidade do País". Ou seja, está convocando a Academia para estudar o assunto!

Volto a este tema numa próxima mensagem, pois em política tudo muda para ficar com está.
O sucessor de Helio Costa no ministério,
José Artur Filardi Leite, também é radiodifusor e a secretária de Serviços de Comunicação Eletrônica, Zilda Beatriz Abreu, prima de Helio Costa, já declarou que "os testes com o padrão americano (Iboc) e europeu (DRM) prosseguem por um prazo de aproximadamente dois meses", (...) "em seguida é feito um relatório técnico, que será analisado por um grupo de trabalho do MC" (...) e "depois da aprovação do ministro das Comunicações, o Presidente da República tomará a decisão final". Ou seja, a se acreditar na fala da prima, a "portaria do primo" foi apenas para inglês ver. Que vergonha!

02.
Na realidade, o que parece ter acontecido, é que os estrategistas da campanha de Helio Costa ao governo de Minas concluíram que a decisão por um padrão de Rádio Digital neste momento seria muito polêmica e portanto, contraproducente para constar do currículo do ex-ministro.

A "saída honrosa" foi a criação do Sistema Brasileiro de Rádio Digital, sem decidir pelo padrão.

"De repente", esta bela "jogada" do Sr. Costa serviria como "solução" para o imbróglio do PNBL:

Cria-se, por portaria, um SBBL - Sistema Brasileiro de Banda Larga, com uma série de diretrizes, e nomeia-se um Fórum para estudar o problema,  a tal "Mesa Digital", já cogitada e citada pelo noticiário.
Quanto à Telebrás, um bom estrategista de campanha trataria de convocar a super-equipe ministerial que estuda o PNBL para encontrar um modo rápido e efetivo de encerrar de vez as atividades da estatal, antes das eleições. A "campanha" da Sra. Roussef e o Brasil ficariam muitos gratos com esta atitude. :-)

Fica a sugestão, simples, simplista e simplória, mas que serviu ao "sábio" Helio Costa...
Claro, sem "previsões" e expectativas sombrias de primas e demais parentes e aderentes...  :-))

03.
Mais sobre Rádio Digital na mídia(transcrições mais abaixo):

Fonte: Veja
[05/08/09]   As retransmissoras de Hélio Costa - por Com reportagem de Leonardo Coutinho e Raquel Salgado

Fonte: Estadão
[02/04/10]   Rádio digital fica para o próximo governo - por Gerusa Marques e Renato Cruz

Fonte: Minicom
[31/03/10]   Ministério das Comunicações institui o Sistema Brasileiro de Rádio Digital - da Redação

Fonte: Jornalistas AM
[02/04/10]  Dono de rádio, novo ministro das Comunicações tem conflito de interesse

Fonte: Linear Clipping - Origem: Estadão
[02/04/10]  Problemas técnicos tornam tecnologia inviável - por Renato Cruz - O Estado de S.Paulo

Fonte: Teletime
[31/03/10]  Para Abra portaria do rádio digital não traz decisão - por Fernando Lauterjung

Fonte: Portal Imprensa
[31/03/10]  Ministério das Comunicações define diretrizes para adoção de rádio digital

Fonte: Rádio Zumbi
[01/04/10]   Professor baiano explica portaria de Hélio Costa sobre rádio digital - por Jonicael Cedraz


Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa

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Fonte: Veja
[05/08/09]   As retransmissoras de Hélio Costa - por Com reportagem de Leonardo Coutinho e Raquel Salgado

Desde 2005, quando o ministro Hélio Costa assumiu a pasta das Comunicações, o governo emitiu 2 500 outorgas a emissoras de rádio e TV, uma média de duas por dia. A responsável pelo prodígio é a secretária de Serviços de Comunicação Eletrônica, Zilda Beatriz Abreu, prima do ministro. Ambos têm uma predileção por Minas Gerais quando distribuem concessões de rádios comunitárias. O estado foi agraciado com 605 das 3 754 autorizações para essas emissoras – uma centena a mais que São Paulo, o segundo colocado no ranking. Em 2010, Hélio Costa concorrerá ao governo mineiro pelo PMDB.

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Fonte: Estadão
[02/04/10]   Rádio digital fica para o próximo governo - por Gerusa Marques e Renato Cruz

Hélio Costa publicou portaria com diretrizes antes de deixar Comunicações, mas decisão ainda está longe

A definição da tecnologia de rádio digital a ser adotada pelo Brasil ficou para o governo que vem. Na quarta-feira, o Diário Oficial da União trouxe uma portaria que cria o Sistema Brasileiro de Rádio Digital (SBRD), e define diretrizes para a escolha de um padrão a ser adotado no País. Foi a última medida assinada por Hélio Costa antes de deixar o Ministério das Comunicações para concorrer ao governo de Minas Gerais.

O processo de escolha se arrasta desde 2005, quando as emissoras começaram a testar a tecnologia HD Radio, da americana Ibiquity. Naquele momento, havia um consenso dos radiodifusores em torno do sistema, que acabou sendo enfraquecido pelos maus resultados dos testes. Atualmente, as emissoras testam o sistema europeu Digital Radio Mondiale (DRM), que tem apresentado problemas semelhantes aos do americano.

André Barbosa Filho, assessor especial da Casa Civil, propõe a organização de um seminário em São Paulo, reunindo governo, radiodifusores e os detentores das tecnologias internacionais, para discutir o que pode ser feito para resolver os problemas técnicos encontrados.

"Existe até a possibilidade de fundir os dois sistemas, para criar uma tecnologia adequada às necessidades brasileiras", disse Barbosa, que, antes de ingressar no governo, foi professor de rádio por muitos anos.

Ele também afirmou que trabalha para conseguir recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia, e do Fundo de Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), para serem criados grupos de pesquisa em rádio digital, a exemplo do que foi feito na época da TV digital. "Vale a pena esperar um ano para se ter isso", explicou Barbosa.

Na cerimônia de despedida preparada por funcionários do Ministério das Comunicações, na terça-feira, Costa disse que a principal exigência é para que seja adotado o mesmo sistema para as rádios AM e FM. "Não faz sentido (serem sistemas diferentes), porque se não for o mesmo sistema, vai precisar de dois rádios diferentes".

Outra determinação é para que a transmissão dos sistemas analógico e digital seja feita no mesmo canal já utilizado pelas emissoras. "Nós estamos dando o caminho para que as empresas, com seus técnicos e com o apoio valiosíssimo da Anatel e do ministério, possam concluir por um sistema que vai poder atender à realidade brasileira", afirmou.

A conclusão do governo, até agora, é de que nenhuma das tecnologias internacionais está pronta para ser usada. "O rádio digital se tornou um desafio mais difícil porque, infelizmente, ainda apresentava algumas deficiências técnicas que não conseguimos superar", afirmou. Segundo Costa, a solução desses problemas depende dos proprietários do sistema.

As emissoras já tinham optado pelo sistema dos Estados Unidos, pela qualidade na rádio FM. O sistema europeu chegou a ser cogitado para atender às rádios que operam em ondas curtas, principalmente na região Amazônica.

A decisão foi adiada porque os dois sistemas apresentam problemas no atendimento das rádios AM. "Dependemos dos proprietários dos sistemas para desenvolver instrumentos capazes de superar as dificuldades técnicas", disse.

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Fonte: Minicom
[31/03/10]   Ministério das Comunicações institui o Sistema Brasileiro de Rádio Digital - da Redação

Governo anuncia criação do sistema de rádio digital brasileiro

No prazo de aproximadamente dois meses, o presidente Lula deverá decidir qual sistema será implantado no país

Brasília – O Ministério das Comunicações publicou portaria em que cria o Sistema Brasileiro de Rádio Digital e decidiu que o padrão tecnológico a ser adotado no país terá que contemplar com eficiência as transmissões em ondas médias e frequência modulada. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 31 de março.

Segundo a secretária de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Beatriz Abreu, o governo não definiu o padrão de rádio digital porque os testes com a tecnologia americana Iboc (In-Band-On-Chanel) e européia (Digital Radio Mondiale) não foram concluídos. “A expectativa é que os pesquisadores das universidades brasileiras venham a interferir favoravelmente em uma das tecnologias e criar um sistema brasileiro, que pode ter como base o americano (Iboc) ou o europeu (DRM)”, frisou.

De acordo com a secretária Beatriz Abreu, o sistema que o país está à busca é para melhor atender o radiodifusor e a população brasileira. “O que for adotado no Brasil poderá vir a ser adotado na América do Sul como já está acontecendo com a TV Digital”, observou.

Dessa forma, os testes com o padrão americano (Iboc) e europeu (DRM) prosseguem por um prazo de aproximadamente dois meses. Em seguida é feito um relatório técnico, que será analisado por um grupo de trabalho do MC, que envolve também universidades como a UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a UnB (Universidade de Brasília), o Cetuc (Centro de Estudos em Telecomunicações da Pontifícia Unversidade Católica do Rio de Janeiro), a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a Abert (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) e o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial). Depois da aprovação do ministro das Comunicações, o Presidente da República tomará a decisão final.

Na portaria que cria o Sistema Brasileiro de Rádio Digital há orientações técnicas que traçam objetivos como a promoção da inclusão social, a diversidade cultural, a transferência de tecnologia e o acesso à democratização da informação. Mas a secretária Beatriz Abreu sublinha a questão de cada região brasileira e suas particularidades quanto à penetração do sinal de rádio digital. “Temos cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, com seus edifícios, temos a região amazônica, com rios e florestas, ou seja, cada região tem suas particularidades”, frisou.

Beatriz Abreu também observou que o rádio digital, que além de recepção de som sem ruído e com qualidade, é uma tecnologia que agregará outros serviços como transmissão de fotos, de dados, fax, que poderá inclusive incluir até mesmo a internet. O acesso, porém, dependerá do aparelho que a pessoa possa adquirir. “Estamos trabalhando para que o rádio digital tenha um canal de retorno, que permitirá a interatividade, mas para que isso ocorra vai precisar de aparelhos que tenha controle remoto”, disse a secretária.

Ao comentar sobre a importância da implantação da rádio digital no país, Beatriz Abreu afirmou que “o rádio, que é o grande companheiro dos solitários, chegará aos seus ouvidos com som de qualidade, que é a tecnologia digital”, concluiu.

Veja na íntegra a Portaria que cria o Sistema Brasileiro de Rádio Digital:

PORTARIA No- 290, DE 30 DE MARÇO DE 2010
Institui o Sistema Brasileiro de Rádio Digital - SBRD e dá outras providências.
O MINISTRO DE ESTADO DAS COMUNICAÇÕES, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso IV, da Constituição, e considerando o disposto no art. 27, inciso IV, alínea "b", da Lei no 10.683, de 27 de maio de 2003, resolve:
Art. 1o Fica instituído, por esta Portaria, o Sistema Brasileiro de Rádio Digital - SBRD.
Art. 2o Para o serviço de radiodifusão sonora em Onda Média (OM) e em Frequência Modulada (FM) deve ser adotado padrão que, além de contemplar os objetivos de que trata o art. 3o, possibilite a operação eficiente em ambas as modalidades do serviço.
Art. 3o O SBRD tem por finalidade alcançar, entre outros, alcançar os seguintes objetivos:
I - promover a inclusão social, a diversidade cultural do País e a língua pátria por meio do acesso à tecnologia digital, visando à democratização da informação;
II - propiciar a expansão do setor, possibilitando o desenvolvimento de serviços decorrentes da tecnologia digital como forma de estimular a evolução das atuais exploradoras do serviço;
III - possibilitar o desenvolvimento de novos modelos de negócio adequados à realidade do País;
IV - propiciar a transferência de tecnologia para a indústria brasileira de transmissores e receptores, garantida, onde couber, a isenção de royalties;
V - possibilitar a participação de instituições brasileiras de ensino e pesquisa no ajuste e melhoria do sistema de acordo com a necessidade do País;
VI - incentivar a indústria regional e local na produção de instrumentos e serviços digitais;
VII - propiciar a criação de rede de educação à distância;
VIII - proporcionar a utilização eficiente do espectro de radiofreqüências;
IX - possibilitar a emissão de simulcasting, com boa qualidade de áudio e com mínimas interferências em outras estações;
X - possibilitar a cobertura do sinal digital em áreas igual ou maior do que as atuais, com menor potência de transmissão;
XI - propiciar vários modos de configuração considerando as particularidades de propagação do sinal em cada região brasileira;
XII - permitir a transmissão de dados auxiliares;
XIII - viabilizar soluções para transmissões em baixa potência, com custos reduzidos; e
XIV - propiciar a arquitetura de sistema de forma a possibilitar, ao mercado brasileiro, as evoluções necessárias.
Art. 4o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
HÉLIO COSTA

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Fonte: Jornalistas AM
[02/04/10]  Dono de rádio, novo ministro das Comunicações tem conflito de interesse

Por ser casado em comunhão parcial de bens ele, também, é dono da rádio Sucesso FM 101,7 de Barbacena (MG).

O novo ministro das Comunicações, José Artur Filardi Leite, que assumiu a pasta nesta quarta-feira (31/03), tem conflito de interesse para exercer o cargo, segundo entendimento de membros da Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Sua esposa, Patrícia Moreira Leite, é proprietária da rádio Sucesso FM, de Barbacena (MG).

Por ser casado em comunhão parcial de bens, o ministro também é dono da emissora.

A rádio Sucesso FM pertenceu ao ex-ministro Hélio Costa até março de 2006, mas ele teve que vender sua participação, por orientação da comissão, para assumir o cargo. A compra foi efetuada por Patrícia, que adquiriu 72% do capital da emissora por R$ 75 mil.

De acordo com a Folha de S. Paulo, Filardi terá que agir da mesma maneira e tirar a esposa do quadro societário da rádio.

O novo ministro conversou com o chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvlho, sobre o assunto. “Ele me perguntou se não tinha problema. Eu disse: ‘Problema legal não, agora se entender que há conflito ético eu vou estudar’. Espero que não tenha que vender. É muito pouco tempo para mudar uma vida toda”, contou Filardi.

Ontem, após a cerimônia de sucessão ministerial, Costa foi questionado sobre a emissora. Ele tratou a Sucesso FM como uma “porcaria de rádio” que só lhe deu dor de cabeça e prejuízo financeiro. Sobre a venda, afirmou que se desfez da sua participação “em benefício da clareza e da transparência”, mas não existia impedimento legal para que continuasse com as cotas.

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Fonte: Linear Clipping - Origem: Estadão
[02/04/10]  Problemas técnicos tornam tecnologia inviável - por Renato Cruz - O Estado de S.Paulo

Os testes do rádio digital mostraram problemas que tornam inviável a sua adoção hoje. O professor Gunnar Bedicks Jr., da Universidade Presbiteriana Mackenzie, conduziu testes com o sistema americano HD Radio. Ela é uma tecnologia chamada de In Band On Channel (Iboc), em que os sinais analógico e digital podem ser transmitidos simultaneamente no mesmo canal. "O atraso do sinal digital em relação ao analógico chegou a quase 14 segundos", disse Bedicks.

Quatorze segundos podem parecer pouco, mas, no rádio, são uma eternidade. Esse atraso traz uma série de problemas. Quando alguém escuta o rádio digital no carro, e transita por um local onde o sinal está fraco, o aparelho fica alternando entre os sinais digitais e analógico. Por causa do atraso, a impressão é de que o rádio está "pulando" (como um CD defeituoso) ou gaguejando.

O atraso tira do rádio a característica da prontidão, que o torna uma ferramenta de utilidade pública. O ouvinte do rádio digital receberia um aviso de congestionamento, ou até mesmo de catástrofe, 14 segundos depois, o que pode fazer uma grande diferença.

Quem gosta de levar o rádio ao estádio de futebol ficaria muito decepcionado com a tecnologia digital. O torcedor ouviria a narração do gol 14 segundos depois de ele acontecer, o que não faz sentido. "A qualidade do digital no FM é somente um pouco melhor que a do analógico, e o atraso representa um retrocesso", disse Bedicks. "As informações que temos sobre o DRM Plus (padrão europeu) é de que a performance é muito parecida." Na opinião do professor, um processo de definição parecido com o da TV digital levaria pelo menos dois anos.

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Fonte: Teletime
[31/03/10]  Para Abra portaria do rádio digital não traz decisão - por Fernando Lauterjung

A Abra, associação de radiodifusores encabeçada pelo Grupo Bandeirantes e pela RedeTV!, não ficou satisfeita com a publicação nesta quarta, 31, da portaria do Ministério das Comunicações que dá diretrizes para o sistema brasileiro de rádio digital. Na última quinta-feira, 25, a associação encaminhou carta ao então ministro das Comunicações, Hélio Costa, solicitando que, antes de deixar o ministério, o executivo desse uma solução definitiva para o rádio digital. A sugestão da associação foi implementar uma migração paulatina dos sinais de radiodifusão em AM para as bandas de FM que serão liberadas, de acordo com o cronograma de transição da TV digital.

A portaria, no entanto, (Portaria 290 de 30 de março de 2010) institui o Sistema Brasileiro de Rádio Digital sem definir a tecnologia que será utilizada ou o futuro das AM.

Para Frederico Nogueira, vice-presidente da associação, o decreto mostra apenas que não houve uma decisão. "O que está escrito ali (na portaria) serve para A, B ou C, mas não deixa nada resolvido. Os fabricantes não poderão começar a produzir rádio digitais amanhã", disse. "Hoje temos outro ministro, e vamos voltar à estaca zero", diz, lembrando que se trata de um mandato curto no Ministério das Comunicações. "Provavelmente, em oito meses voltaremos ao início das discussões", finaliza.

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Fonte: Portal Imprensa
[31/03/10]  Ministério das Comunicações define diretrizes para adoção de rádio digital

Foi publicada, nesta quarta-feira (31), no Diário Oficial da União, portaria assinada pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, que define as diretrizes para a adoção do padrão digital de rádio no Brasil.

No seu segundo artigo, o texto prevê que seja utilizado o mesmo padrão para ondas médias (AM) e frequência modulada (FM). O terceiro artigo estabelece os objetivos que devem ser alcançados com a digitalização do rádio.

Entre os objetivos elencados pela portaria, estão permitir a implantação da tecnologia digital de forma simultânea; possibilitar o desenvolvimento de novos modelos de negócios; proporcionar transferência de tecnologia e participação de universidades e centros de pesquisa brasileiros no processo de melhoria do sistema; e incentivar a indústria; e incentivar a indústria regional e local na produção de equipamentos e serviços digitais.

No entendimento de Daniel Slaviero, presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), "a decisão significa mais um passo dado no processo de transição tecnológica, o que permitirá às emissoras de rádio ingressar na era digital".

Para fortalecer o mercado, Slaviero destaca a importância da definição do novo padrão. "O setor envolve 4,5 mil emissoras comerciais de rádio, mais de 200 milhões de receptores, presentes em 50 milhões de domicílios", afirma.

"A digitalização do rádio é uma necessidade tecnológica, que permitirá a evolução do setor e a convergência com novos meios e plataformas", observou Slaviero.

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Fonte: Rádio Zumbi
[01/04/10]   Professor baiano explica portaria de Hélio Costa sobre rádio digital - por Jonicael Cedraz

O texto da portaria do Helio Costa é uma carta de intenção a respeito do sistema brasileiro de rádio digital, tecendo diretrizes para tal sistema e valores diferenciados para as rádios tomando como referência a potência das emissoras. Para que ele se torne um dispositivo legal será necessário que o Presidente da República envie um projeto de iniciativa do Executivo ou o ex-ministro na condição de senador em exercicio do mandato ou outro parlamentar da Câmara ou do Senado apresente um projeto desta natureza, ao qual deve incluir questões pertinentes à implantação do radio digital no país- seus aspectos técnicos, sociais, econômicos, culturais e políticos e administrativos - bem como referir-se às possibilidades de amplos setores da sociedade brasileira vir a discutir o projeto e as propostas de alteração durante sua tramitação do Congresso Nacional. A portaria vale como pauta para o debate que dele suscita entre os atores diretamente envolvidos e os amplos setores da sociedade brasileira.

A respeito da possível e necessária inclusão do rádio comunitário no sistema de rádio digital, matéria já constante das resoluções da conferencia de comunicação, podemos observar que a portaria de Helio Costa não assinala explicitamente o rádio comunitário. Num dos ítens da portaria aparece a figura das emissoras de potências menores e a indicação de que elas devem arcar com custos baixos para sua inserção no rádio digital. Logicamente os custos serão proporcionais às potências das emissoras AM ou FM.

Sabemos que as rádios de menores potência não são necessariamente as comunitárias reguladas pela lei 9612 que, por sua vez, em sua grande maioria, estão autorizadas - na burla da lei - como rádio comunitária, mas são na verdade emissoras consideradas picaretárias, de propriedade de políticos, de grupos religiosos e de empresários de algum modo vinculados a este ou aquele político regional. Existem, portanto, também as rádios privadas, de potência igual ou superior a 300 watts já autorizadas no país - fora da categoria de comunitária - referenciadas na iniciativa do Ministério das Comunicações durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. São poucas as autorizadas nesta categoria de rádios privadas de menores potências, com alcance num raio de sete quilômetros, as quais estão ampliando para potencias também menores, isto é, 1 ou 3 quilowatts, passando de sete a doze, ou mais que doze, quilômetros. São rádios locais que vão pouco além do território do município onde estão outorgadas.


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