BLOCO
Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário
da
ComUnidade WirelessBrasil

Agosto 2010               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!


15/08/10

• Telebrás, Eletronet e PNBL (283) - Matérias do portal Teletime no período de 03 a 12 de Agosto de 2010

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

Aqui estão as manchetes e mais abaixo as transcrições das matérias do portal Teletime sobre o PNBL no período de 03 a 12 de Agosto de 2010:

Fonte: Teletime
[12/08/10]   Governo e indústria devem se unir para massificar banda larga, diz especialista Carlos Kirjner - por Daniel Machado
Fonte: Teletime
[12/08/10]   Para Rogério Santanna, PNBL independe do próximo presidente - por Helton Posseti
Fonte: Teletime
[12/08/10]    "O imposto é um tapete onde a sujeira é varrida para baixo", ataca Santanna - por Daniel Machado
Fonte: Teletime
[06/08/10]   Santanna critica teles e recebe apoio de pequenos provedores - por Fernando Paiva
Fonte: Teletime
[03/08/10]    Oi não será parceira exclusiva do PNBL, diz governo - por Mariana Mazza
Fonte: Teletime
[03/08/10]   Telebrás quer ir para "Novo Mercado" - - por Mariana Mazza
Fonte: Teletime
[03/08/10]   Telebrás deve iniciar processo de licitação em agosto  - por Mariana Mazza
Fonte: Teletime
[03/08/10]  Telebrás aprova novo estatuto em assembleia - por Mariana Mazza
Fonte: Teletime
[03/08/10]   Fórum Brasil Digital promoverá mega debate sobre PNBL em agosto - por Mariana Mazza
Fonte: Teletime
[03/08/10]   Governo divulga composição do comitê responsável pelas metas do PNBL - por Mariana Mazza

Ao debate!

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa


--------------------------------------------------------

Fonte: Teletime
[12/08/10]  Governo e indústria devem se unir para massificar banda larga, diz especialista Carlos Kirjner - por Daniel Machado

O consultor brasileiro Carlos Kirjner, que teve papel central na formulação do Plano Nacional de Banda Larga dos EUA, esteve presente no painel de abertura do último dia da ABTA 2010, realizada esta semana em São Paulo, para compartilhar sua experiência como "senior advisor" da FCC (Federal Communications Commision) no maior mercado do mundo.

Ao resumir em alguns minutos as 400 páginas, 17 capítulos e 200 recomendações do projeto, anunciado em março passado, ele preferiu destacar alguns pontos do plano que julga importantes e até "inspiradores" ao Plano Nacional de Banda Larga brasileiro.

Adoção

Segundo Kirjner, se a inclusão digital é um objetivo nacional, é fundamental que a indústria e o governo trabalhem de forma conjunta para levar a banda larga às camadas mais pobres. E o consultor acredita que a inclusão não é apenas uma prioridade de política pública porque também interessa à iniciativa privada. "Se a penetração da banda larga nas camadas mais ricas já é alta, a única forma de se manter um crescimento sustentado é levando o serviço para os mais pobres também, com renda inferior a um ou dois salários mínimos", explica. De acordo com ele, um contingente considerável, 20% da população brasileira, vive com menos de meio salário mínimo por mês. "Nos EUA, 30% do povo não está conectado. Estamos falando de 100 milhões de pessoas, que não estão na Internet, em sua maioria, por razões financeiras", acrescenta. O problema, diz, não é de cobertura necessariamente, pois há serviço disponível para 95% dos domicílios.

Isso ocorreu porque, diz Kirjner, antes de pensar em massificar a banda larga, foi preciso universalizar a telefonia fixa. Foi destinado US$ 1,2 bilhão por ano para subsidiar a telefonia para as pessoas que se encontram abaixo da linha da pobreza. O plano de massificação funcionou é 98% da população possui telefone em casa. "A banda larga entra aí como a 'sobremesa', pois 95% dessas residências podem agora ter acesso à Internet via xDSL", acrescenta.

Banda larga aberta

O outro ponto fundamental do plano norte-americano de banda larga citado por Kirjner é o que ele chama de "banda larga aberta". Trata-se de um link mínimo oferecido de forma gratuita pela operadora. "A tele, neste caso, financia o serviço por meio de publicidade. Parece inviável, mas determinados setores acreditam muito neste plano", diz.

Disponibilidade

O terceiro e último ponto destacado é a disponibilidade ou alcance da rede. "Convém perguntar como os EUA chegaram a 95% da população com pelo menos um provedor de banda larga no qual pode se conectar? Como 285 milhões de habitantes podem se conectar a serviços de 4 Mbps ou mais?", indaga o especialista, que em seguida responde a questão. "Os números são grandes pois o programa de universalização da telefonia funcionou", diz.

Segundo Kirjner, foi instituído nos EUA um fundo como o FUST brasileiro, de US$ 23 bilhões, subsídio integral para o serviço de banda larga, uma vez que as operadoras gastam US$ 32 bilhões entre custo inicial (US$ 15 bilhões) e operacional (US$ 17 bilhões), porém obtém receitas estimadas de US$ 8,9 bilhões. Kirjner aproveitou para comentar o PNBL brasileiro, cujo foco está bastante voltado ao backbone. "Nos EUA, apenas 5% dos custos são no backbone. A maioria dos custos é na rede de acesso e operação. Mesmo que no Brasil o backbone seja cinco vezes mais caro ainda representaria somente 25% do total do investimento", diz.

Não menos importantes

Kirjner também considera outros pontos importantes no plano americano, tais como ações que estimulem a competição entre as teles; a revisão e mudança dos direitos de passagem de cabos e de estações radiobase; transparência e ações de longo prazo; reforma de regras de atacado (backhaul) e de uso de microondas; competição entre fabricantes de set-top boxes; e desenvolvimento de aplicações para os usuários finais. "Não adianta ter fibra se não há um sistema de saúde pública ou de educação para as escolas", finalizou.

-----------------

Fonte: Teletime
[12/08/10]   Para Rogério Santanna, PNBL independe do próximo presidente - por Helton Posseti

Uma das preocupações do governo norte-americano na elaboração do seu plano nacional de banda larga foi que ele não pudesse sofrer alterações ao longo das sucessões presidenciais, de acordo com o brasileiro Carlos Kirjner, que participou da equipe que elaborou o plano dos EUA pela FCC. "É importante que as medidas que estão sendo tomadas hoje levem em conta que o poder vai mudar", argumenta ele, lembrando que na Austrália a oposição ameaça alterar o plano caso seus representantes sejam eleitos.

Esse é um assunto que não preocupa o presidente da Telebrás e idealizador do PNBL brasileiro, Rogério Santanna. Segundo ele, até agora, na disputa eleitoral, nenhum candidato chegou a se manifestar sobre o PNBL. Para Santanna questões importantes de outros governos foram mantidas em sucessões presidenciais anteriores, como é o caso do Plano Real. "A sociedade brasileira já aprendeu que é preciso preservar as boas ações dos governos anteriores", afirma.

Em relação à ação do DEM que alega inconstitucionalidade do PNBL, Santanna acredita que ela não será vitoriosa. "Em se tratando do DEM acho que isso não é um risco porque o partido está se desintegrando".

Telebrás

Mas não é apenas essa a diferença que existe entre o plano brasileiro e o norte-americano. Talvez a diferença mais relevante no caminho tomado pelo Brasil seja o uso de uma empresa pública para oferecer redes de transporte nas cidades carentes de infraestrutura. Segundo Kirjner, nos EUA o custo da infraestrutura é em torno de 5% do custo total para levar a banda larga à população sem acesso.

Santanna estima que no Brasil o custo com redes de transporte (backbone e backhaul) seja em torno de 40%. Ou seja, o Brasil tem uma realidade diferente da americana, o que, segundo Santanna, justifica a criação de uma rede pública. "O negócio de banda larga é controlado por quem detém a rede de transporte. O papel da Telebrás é introduzir um backbone neutro que possa ser usado por quem que seja", afirma.

Pequenos provedores

Outra diferença entre os planos brasileiro e norte-americano é o papel do pequeno provedor. Nos EUA não há nenhum tipo de incentivo previsto para eles. "A estratégia nos EUA não depende dos pequenos provedores, porque a gente acha que o mercado será concentrado nos players que tem escala e escopo", justifica Carlos Kirjner.

Já no Brasil, os pequenos provedores tem papel importante no plano. A idéia do governo é que a disponibilização de infraestrutura de baixo custo em cidades onde só existe a rede da incumbent vai viabilizar o negócio para as pequenas empresas.

Tamanho

O plano dos EUA tem 400 páginas distribuídas em 17 capítulos que tratam de temas mais diversos como privacidade, neutralidade de rede, direito de passagem entre outros. Além disso, cinco meses após seu anúncio, a FCC segue detalhando a parte técnica do projeto. No Brasil, o PNBL se materializou através de um decreto do presidente Lula que reativou a Telebrás. Carlos Kirjner, entretanto, foi cuidadoso ao deixar claro que os mercados são bastante diferentes e por isso não é possível transpor a solução de um mercado para outro. "Mas a experiência internacional tem valor", ressaltou.

Santanna explicou que o decreto que ressuscitou a Telebrás cria as condições gerais do plano e que todos os detalhes serão discutidos no Fórum Brasil. "Estamos falando de mercados diferentes e maturidades diferentes. Aqui o mercado é concentrado em menos de 200 cidades. Os países que tiveram sucesso em tecnologia criaram as suas próprias soluções", afirma.

----------------------------

Fonte: Teletime
[12/08/10]    "O imposto é um tapete onde a sujeira é varrida para baixo", ataca Santanna - por Daniel Machado

O diretor-executivo de clientes residenciais da Telefônica, Fabio Bruggioni, e o diretor de produtos e serviços da Net, Márcio Carvalho, aproveitaram a presença do presidente da Telebrás, Rogério Santanna, no debate de encerramento da ABTA 2010, para externar uma reivindicação recorrente no setor: a necessidade de redução da carga tributária para a massificação dos serviços. "Um dos principais entraves para o crescimento dos serviços são os impostos, responsáveis por 40% do valor da tarifa dos clientes", reclamou Carvalho. "Bastou o governo paulista adotar uma redução de impostos que conseguimos oferecer banda larga popular por R$ 29", acrescentou. Bruggioni concordou com o colega, apesar de acreditar que a redução de impostos não é a solução para todos os problemas. "Fizemos recentemente um estudo que mostrou que 35% das pessoas sem banda larga não contratariam o serviço mesmo que ele fosse oferecido por R$ 10", disse.

Até aí, nenhuma novidade. O que ninguém esperava era a resposta irônica do presidente da Telebrás. "O imposto é um tapete onde a sujeira é varrida para baixo", atacou. "O serviço popular no Brasil custa, em média, R$ 28. Sem os impostos seria R$ 16, ainda o dobro do praticado na Europa, que é equivalente a R$ 7", comparou.

Santanna acredita que essa é uma questão complexa, que merece uma discussão mais ampla e uma reforma política. "Não houve presidente até hoje que conseguisse emplacar a reforma tributária", disse. "Temos de trabalhar juntos para viabilizar isso", acrescentou.

-----------------------

Fonte: Teletime
[06/08/10]   Santanna critica teles e recebe apoio de pequenos provedores - por Fernando Paiva

O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, criticou duramente o modelo de negócios das operadoras de telecomunicações brasileiras e a atuação delas no segmento de banda larga durante palestra realizada nesta sexta-feira, 6, no Rio de Janeiro. "A banda larga no Brasil é cara, concentrada e lenta", afirmou o executivo, diante de uma plateia formada majoritariamente por pequenos provedores de internet em um evento organizado pela Unotel. Ele apresentou números comparando os preços praticados no Brasil e em outros países no mundo, destacando que mesmo se descontados os impostos os valores cobrados pelas teles brasileiras estão altos. Sobre concentração, disse que apenas 21% dos domicílios do País têm banda larga, a maioria no Sudeste, Sul e Centro Oeste, "enquanto o Nordeste cresce a taxas chinesas nos últimos 10 anos". Quanto à velocidade, 33% das conexões no Brasil são de até 256 kbps e apenas 1% estão acima de 8 Mbps.

Santanna argumentou que não é do interesse das teles promover a expansão da banda larga porque a margem de rentabilidade do negócio de voz é muito maior. Ele estima que 90% da receita das teles brasileiras ainda provém de serviços de voz, enquanto no Japão essa participação é de apenas 30%. "Convergência digital é como reforma agrária: todo mundo é a favor desde que seja no terreno dos outros", comparou, arrancando risos do público. Santanna lembrou que a demanda por banda larga cresce a passos largos, especialmente em razão do número de famílias que ascendeu socialmente para a classe C.

Entusiasmo

Os representantes de pequenos provedores na platéia demonstraram interesse em contribuir para o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). A maioria das perguntas ao fim da palestra era sobre como e quando poderiam começar a comprar capacidade da Telebrás. Houve também quem questionasse que o preço de R$ 230 por link de 1 Mbps fosse mais caro do que o praticado por algumas operadoras em certas regiões. A resposta de Santanna foi rápida: nessas localidades, onde pelo visto há competição, a Telebrás não irá operar.

Outro provedor perguntou se a Telebrás poderia vender apenas o transporte de dados, sem a inclusão de saída para a internet. Santanna respondeu que sim e que, nesse caso, o preço seria mais baixo que R$ 230 por 1 Mbps. Mas o valor seria negociado caso a caso.

--------------------------------

Fonte: Teletime
[03/08/10]    Oi não será parceira exclusiva do PNBL, diz governo - por Mariana Mazza

A divulgação do acordo firmado entre Oi e Portugal Telecom, que assegurou aos portugueses uma fatia da concessionária brasileira, reacendeu as especulações de que a companhia pudesse estar sendo "turbinada" para asssumir o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Segundo a cúpula do governo responsável pelo projeto, nada mudou com o negócio e a Oi continua sendo uma potencial parceira, mas não a única. "Não existirá jamais 'a empresa do PNBL'. Seria inclusive um desperdício enorme não ter a participação das outras por ter escolhido uma empresa apenas como parceira", declarou Cezar Alvarez, assessor especial da Presidência da República, nesta terça-feira, 3.

Alvarez fez questão de negar as informações que circularam na imprensa de que a Oi seria parceira exclusiva do governo na empreitada, reafirmando que todas as empresas do setor são bem vindas e que o assunto não se resume a operadora que tem a maior rede física (no caso, a Oi). "O plano de banda larga não é apenas a posse de backhaul e backbone pelas concessionárias", afirmou. "Por definição, todas as empresas terão que contribuir (com o plano). Da Algar à Oi", complementou depois.

O assessor ponderou, no entanto, que a capitalização da Oi com a entrada de um novo sócio evidentemente é favorável aos projetos de massificação da banda larga, na medida em que permite que a companhia expanda suas operações. "Toda empresa capitalizada e forte pode ser uma parceira. Mas há uma parceira única no projeto", frisou mais uma vez.

O presidente da Telebrás, estatal repaginada para controlar a rede pública que servirá como base para a implantação do PNBL, também achou positiva a potencial capitalização da Oi com a entrada dos portugueses. "Eu suponho que a Oi capitalizada possa fazer mais investimentos em banda larga", afirmou Rogério Santanna. Para ele, o acordo anunciado não interfere nos planos da Telebrás neste momento.
Mariana Mazza

----------------------------

Fonte: Teletime
[03/08/10]   Telebrás quer ir para "Novo Mercado" - - por Mariana Mazza

As críticas à Telebrás e ao governo sobre riscos de gestão na estatal fizeram com que a empresa traçasse um plano ambicioso: levá-la ao Novo Mercado de ações da Bovespa. A relação entre as críticas e a proposta, divulgada nesta terça-feira, 3, pelo presidente da estatal, Rogério Santanna, está no fato de a empresa precisar ter as melhores práticas de governança corporativa para sonhar em um posto no Novo Mercado.

"A perspectiva que o governo trabalha é a de dar muita transparência a essa gestão, caminhando para o Novo Mercado", anunciou Santanna. O projeto é de longo prazo e segundo estimativas de fontes não levará menos de dois anos para dar resultados. Mas as primeiras ações devem ser iniciadas desde já, aproveitando a reestruturação da companhia para criar departamentos e processos de trabalho mirando nas boas práticas de governança.

Trilhão de ações

Um ponto ainda obscuro na trajetória para o Novo Mercado é como a Telebrás lidará com o seu montante de ações no mercado, um dos maiores em circulação por conta do Plano de Expansão, onde clientes da estatal viraram acionistas. Atualmente, a companhia possui nada menos do que 1,097 trilhão de papéis em circulação na Bovespa.

No Novo Mercado há uma regra de que os privilégios das ações ordinárias devem ser extendidos às ações preferenciais (direito à voto, por exemplo) e novas ações preferenciais não podem ser emitidas. Assim, a tendência das companhias que aderem a esse modo de operação na bolsa é extinguir as ações preferenciais, mantendo apenas as ordinárias. No caso da Telebrás, significaria transformar 210 bilhões de papéis preferenciais em ordinários ao longo dos próximos anos.

Como isso será feito - e mesmo se será feito - é um tema ainda em aberto na empresa. O primeiro desafio nessa área é baixar o volume de ações em circulação, provavelmente aglutinando-as em blocos maiores como forma de assegurar que os papéis terão o mesmo valor.

O assunto chegou a ser levantado nesta terça-feira, 3, durante a Assembléia Geral Extraordinária (AGE) realizada pela estatal. O tema foi levado à tona pelos representantes dos acionistas minoritários e deve ser tratado mais profundamente em uma próxima assembléia, ainda sem data marcada.

Por enquanto, apenas uma coisa é certa: a Telebrás não fechará seu capital. Santanna descartou completamente esta hipótese, que voltou a circular no mercado na semana passada.
Mariana Mazza

--------------------------

Fonte: Teletime
[03/08/10]   Telebrás deve iniciar processo de licitação em agosto  - por Mariana Mazza

O primeiro passo concreto da Telebrás em sua nova função de gestora de uma rede pública de massificação da banda larga deve ser dado já na primeira quinzena de agosto. Este é o calendário em que a empresa estima divulgar os primeiros termos de referência para a futura contratação de serviços e equipamentos para estruturar a rede de banda larga que será controlada pelo governo. "A perspectiva é que até o fim da primeira semana de agosto tenhamos os termos de referência, que ficarão em consulta por 15 dias", afirmou o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, nesta terça-feira, 3, após a Assembléia Geral Extraordinária (AGE) da empresa.

A declaração de Santanna sugere que a agenda original definida pelo governo está sendo seguida: com os termos sendo divulgados e debatidos em agosto, as primeiras compras poderão ser iniciadas em setembro, como previsto. A tomada de preços deve atingir grupos de equipamentos necessários para que a infraestrutura sob controle público possa ser ligada para oferecer banda larga no país.

O primeiro lote deve ser focado na compra de equipamentos de rede DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing), tecnologia óptica que permite taxas de transmissão maiores do que as das redes atuais. Outra lista de compras engloba os hubs, roteadores e demais equipamentos de conexão IP. Também haverá uma tomada de preços voltada a aquisição dos enlaces de rádio necessários para conectar o backhaul público. E, por fim, uma concorrência voltada para a compra de torres, antenas e demais estruturas físicas para sustentar o backhaul.

Santanna fez mistério quanto ao preço a ser gasto nessas compras, mas assegurou que a ideia é contratar apenas o que couber dentro do orçamento da empresa, sem necessidade de aporte suplementar do Tesouro Nacional neste momento. Por ora, a empresa possui uma autorização para gastos de apenas R$ 400 mil, mas este valor deve ser elevado ainda neste ano, segundo declarou Santanna. A baixa autorização de empenho não reflete o orçamento real da companhia, de R$ 284 milhões no momento.

Outro ponto favorável às contas da estatal é que, neste momento, a companhia utilizará a modalidade de licitação "tomada de preços". Essa modalidade permite que se coloque o edital na praça mesmo sem ter o total do dinheiro a ser empenhado na compra. A logica é que o resultado da licitação gerará uma espécie de interesse de compra, que será realizada ao longo do tempo, quando a empresa tiver fôlego financeiro para tal.

O objetivo final das compras neste ano é assegurar o cumprimento da primeira meta do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) de atender 100 localidades com banda larga pública. Santanna acredita que a meta será atingida, embora pondere que as conexões dependem também de variáveis que fogem ao controle da Telebrás, como uma eventual contestação judicial dos editais de compra, o que ocorre com certa frequência nas licitações feitas por estatais.
Mariana Mazza

------------------------------

Fonte: Teletime
[03/08/10]  Telebrás aprova novo estatuto em assembleia - por Mariana Mazza

A Telebrás realizou nesta terça-feira, 3, sua primeira Assembleia Geral Extraordinária (AGE) após a empresa ter sido revitalizada pelo governo federal. A reunião serviu, basicamente, para validar duas importantes ações associadas com o ressuscitamento da estatal. A primeira foi a confirmação de Rogério Santanna como presidente da empresa. Nomeado há alguns meses em uma reunião extraordinária, Santanna ainda precisava ter seu nome aprovado em assembleia para, formalmente, ser considerado presidente da estatal.

Também foi aprovado na AGE o novo estatuto da companhia. Assim como a nomeação de Santanna para presidente, o documento já era público há alguns meses, mas também precisava de aprovação formal em assembleia para ser utilizado efetivamente. A principal mudança prática é a ampliação de seis para oito o número de assentos no Conselho de Administração da estatal.

A mudança assegurará a indicação de mais dois novos conselheiros que devem vir de segmentos da sociedade e não como indicação de órgãos do Executivo, como ocorre tradicionalmente. Os nomes dos futuros conselheiros não foi divulgado pelo comando da Telebrás. Essas duas vagas devem ser preenchidas em uma assembleia futura, sem data para ser realizada.

Além disso, o novo estatuto abre caminho para a renovação da estatal, dentro do espírito das novas atribuições dadas à empresa pelo decreto presidencial que a estabeleceu como gestora do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). No encontro desta tarde, a assembleia também validou quatro novos conselheiros de administração e a nova presidência do grupo.

Cezar Alvarez, assessor especial da Presidência da República, foi estabelecido como presidente do Conselho de Administração da estatal. Santanna também foi empossado como membro do conselho em nome do Ministério das Comunicações, assim como o secretário de Telecomunicações do Minicom, Roberto Pinto Martins. Os acioniostas minoritários preferenciais elegeram um novo representante no conselho: Antônio Flávio Salgado. E os minoritários detentores de ações ordinárias da empresa mantiveram Rafael Rodrigues Alves da Rocha como seu representante. Uma vaga de indicação do Ministério do Planejamento continua aberta, sem previsão de indicação no momento.

Funcionários

O próximo passo da estatal com novo estatuto será reestruturar os cargos da companhia e trazer parte dos funcionários cedidos a outros órgãos da administração pública (principalmente a Anatel) de volta à empresa. "Com esse novo estatuto, nós podemos nomear os diretores, gerentes e trazer os funcionários cedidos à Anatel", frisou Santanna.

A retomada do corpo técnico cedido ainda depende de uma ação logística da empresa, que não possui espaço físico para acomodar os 60 servidores que devem retornar à Telebrás. Assim, a retomada dos funcionários só deve ocorrer efetivamente quando a Telebrás assumir sua nova sede, o que deve ocorrer em agosto deste ano. "Até lá podemos trazer uns quatro ou cinco, não mais que isso, porque não temos mesa, computador para receber todos nesse momento", explicou o presidente da estatal.
Mariana Mazza

------------------------------

Fonte: Teletime
[03/08/10]   Fórum Brasil Digital promoverá mega debate sobre PNBL em agosto - por Mariana Mazza

O segundo encontro do Fórum Brasil Digital não será nada tímido. O grupo criado para que a sociedade tenha interlocução com o governo na construção dos objetivos finais do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) terá três dias de debates com a meta de traçar um panorama das medidas estratégicas que precisam ser tomadas para o projeto seguir adiante. O mega debate será realizado nos dias 24, 25 e 26 de agosto.

O primeiro encontro do fórum ocorreu no fim de junho e funcionou como uma espécie de ambientação para as 54 entidades convidadas a compor o grupo. Agora os objetivos das discussões estão mais claros, segundo o coordenador do fórum e assessor especial da Presidência da República, Cezar Alvarez. "Na semana passada, mandamos a cada entidade um roteiro com a síntese dos temas que serão debatidos. Para cada tema colocamos também a posição do governo e pedimos para as entidades anteciparem suas opiniões", explicou Alvarez, nesta terça-feira, 3, após participar da assembléia da Telebrás.

Esse roteiro contém 11 temas de debate que resumem os objetivos mais preementes do PNBL - chamados também de metas de "nível II" ou metas de "hoje". As primeiras ações do plano, ou metas de nível I, já foram tomadas pelo governo, sendo o maior exemplo a revitalização da Telebrás. Um terceiro conjunto de objetivos tem como foco as ações de longo prazo e não serão debatidas no próximo encontro.

Para organizar um debate com tantos representantes de entidades civis e governo, o fórum deverá fazer uma reunião para cada um dos temas fixados. Não haverá limitação de participação nos debates: desde que a pessoa esteja cadastrada por uma entidade pertencente ao fórum, ela poderá assistir todas as discussões. Será dada prioridade, no entanto, aos representantes que encaminharem antecipadamente suas posições nessa rodada preparatória pois isso indicaria maior interesse no tema.

A coordenação do fórum ainda não decidiu se alguma parte do encontro será aberta ao público. Além dos debates setoriais, será promovida uma grande plenária para alinhamento das discussões. O encontro acontecerá em Brasília.
Mariana Mazza

-----------------------------------

Fonte: Teletime
[03/08/10]   Governo divulga composição do comitê responsável pelas metas do PNBL - por Mariana Mazza

Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 3, portaria da Casa Civil definindo os componentes do Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital (CGPID), responsável por comandar o principal programa de governo para as telecomunicações, o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Entre titulares e suplentes, o grupo contará com 24 membros, representando as diversas pastas do Poder Executivo envolvidas na implementação do projeto.

O grupo terá entre suas tarefas estabelecer os critérios de qualificação da oferta de serviços de banda larga feita atualmente pelas empresas privadas. Este é o aspecto que mais causa temor às empresas: a definição do que, afinal, é uma "oferta adequada" para este serviço. Essa definição é crucial para o papel que a Telebrás pode vir a exercer no futuro. Isso porque o decreto que revitalizou a estatal estabelece que ela só poderá "competir" no mercado privado caso fique caracterizado que não há uma "oferta adequada" do serviço.

Confira abaixo as autoridades que terão assento no CGPID:

* Casa Civil da Presidência da República - Carlos Eduardo Esteves Lima (titular e presidente do CGPID) - Gabriel Boavista Laender (suplente)

* Gabinete Pessoal do Presidente da República - Cesar Santos Alvarez (titular) - Elisa Vieira Leonel Peixoto (suplente)

* Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República - Ottoni Guimarães Fernandes Júnior (titular) - Nelson Breve Dias (suplente)

* Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República - Luiz Alfredo Salomão (titular) - Telmo Cardoso Lustosa (suplente)

* Ministério das Comunicações - Roberto Pinto Martins (titular) - Átila Augusto Souto (suplente)

* Ministério da Ciência e Tecnologia - Augusto César Gadelha Vieira (titular) - Roosevelt Tomé Silva Filho (suplente)

* Ministério da Educação - Carlos Eduardo Bielschowsky (titular) - José Guilherme Moreira Ribeiro (suplente)

* Ministério da Cultura - José Murilo Costa Carvalho Júnior (titular) - Márcia de Noronha Santos Ferran (suplente)

* Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - Loreni Fracasso Foresti (titular) - Cristina Kiomi Mori (suplente)

* Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Rafael Henrique Rodrigues Moreira (titular) - José Ricardo Ramos Sales (suplente)

* Ministério da Saúde - Márcia Bassit Lameiro da Costa Mazzoli (titular) - Luis Gustavo Loyola dos Santos (suplente)

* Ministério da Fazenda - Odilon Neves Júnior (titular) - Josenilson Torres Veras (suplente)


 [Procure "posts" antigos e novos sobre este tema no Índice Geral do BLOCO]            ComUnidade WirelessBrasil