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Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário
da
ComUnidade
WirelessBrasil
Dezembro 2010
Índice Geral do
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O conteúdo do BLOCO tem
forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão
Celld-group
e
WirelessBR.
Participe!
09/12/10
• "Dezembro com 4G" (5) - e-Thesis:
"Brasil precisa harmonizar espectro" +
"Espectro no Brasil: como atender os novos
serviços? – Parte I e II"
Olá, WirelessBR e
Celld-group!
01.
Hoje transcrevo esta matéria do
e-Thesis:
Fonte: e-Thesis
[12/05/10]
Brasil precisa harmonizar espectro - por e-Thesis
02.
Aqui estão as matérias transcritas nos "posts" anteriores do "Dezembro
com 4G":
Fonte: e-Thesis
[03/12/10]
França libera uso temporário dos 800MHz e 2,8GHz para redes 4G - por
e-Thesis
Fonte: Teletime - "Revista
Teletime - edição Fev 2009"
[Fev 2009]
Ouro eletromagnético
por Mariana Mazza e Samuel Possebon
Fonte: e-Thesis
[06/05/10]
Comissão Européia harmoniza 800 MHz para a 4G - por e-Thesis
Fonte: e-Thesis
[25/11/10]
Na 4G, operadoras devem abandonar debate tecnológico - por e-Thesis
Fonte: e-Thesis
[11/11/10]
Afinal, o que é 4G? - por ABI Research
Fonte: Estadão
[24/10/10]
Operadoras móveis se preparam para o 4G - por Renato Cruz
03.
Continuando a recordação/ambientação sobre "espectro" , transcrevo estas duas
matérias já veiculadas em março:
Fonte: Telebrasil
[16/12/08]
O futuro do espectro no Brasil: como atender às necessidades do espectro
para novos serviços? –Parte I
Recorte:
(...)
O professor Carlos Ari
Sundfeld lembrou que a LGT (Lei Geral de Telecomunicações) eliminou a
discricionariedade (o arbítrio) sobre as freqüências.
As outorgas são transferíveis e as transferências de controle acionário são
fatos normais.
A LGT garantiu que reorganização do uso do espectro é viável e legalmente
consistente.
A lei prevê o uso oneroso do espectro e pode haver uma nova regulamentação
das outorgas a vencer, que não deve ser gratuita. "São direitos consistentes
que geram investimentos consistentes", afirmou Carlos Ari Sundfeld (...)
Fonte: Telebrasil
(...)
Saiba com Newton Scartezini
por que a pressão para mais espectro para a 3G é inevitável.
O consultor e professor Newton
Scartezini (ex-Nortel), engenheiro eletrônico (1970) e mestre em sistemas
(1974), com longa e profícua carreira no setor de telecomunicações (Tess,
Monytel, Matec-Ericson, Abinee), abordou o "Planejamento do Espectro para
Banda Larga", mostrando quê: 1) vai ser necessário mais espectro para
expandir o 3G; e 2) quais as perspectivas para obter esse espectro,
deslocando outros serviços. (...)
Boa leitura!
Boas Festas e um ótimo 2011!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
BLOCOs
Tecnologia e
Cidadania
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Fonte: e-Thesis
[12/05/10]
Brasil precisa harmonizar espectro - por e-Thesis
O Brasil, mesmo lançando mão de tecnologias capazes de incrementar a capacidade
da rede - como é o caso da LTE -, ainda precisa atender de maneira integral as
recomendações da União Internacional de Telecomunicações (UIT) em relação à
harmonização do espectro, fator essencial para sua integração à comunidade
global, informa Edvaldo Santos, gerente de Assuntos Corporativos da Ericsson,
durante o 10º Rio Wireless. "Por enquanto, o Brasil tomou a decisão correta ao
escolher a faixa de 2,5 GHz, que será a de maior escala mundial, e deverá seguir
a Opção 1 da União Internacional de Telecomunicações (UIT), adotando 70+70 MHz
para sistemas FDD.e 50 MHz para sistemas TDD.
Vale lembrar que parte da faixa de frequência de 2.500 MHz é atualmente ocupada
pelas TVs por assinatura que transmitem sua programação via tecnologia MMDS (Multipoint
Multichannel Distribution Service), a partir da distribuição de sinais
analógicos para um grupo de apenas 400 mil usuários. As operadoras de celulares,
por sua vez, reivindicam essa faixa para fazer frente a sua crescente demanda e
as TVs por assinatura resistem porque vislumbram poder no futuro usar a faixa
para transmissão de serviços digitais.
Apesar desse cenário, "qualquer decisão diferente da recomendada pela UIT será
catastrófica para o país", afirma Edvaldo, apontando questões, como o prejuízo
em relação ao desempenho da rede com interferências mútuas entre aparelhos e
dispositivos FDD e TDD e a necessidade de hardware específico para realização de
roaming internacional.
A harmonização do espectro também insere uma questão econômica. "Qualquer
caminho diferente do defendido pela UTI também prejudica a escala de fabricação
de equipamentos, o que tornaria inviável, em função do alto custo de produção, a
importação brasileira", diz. Além disso, há o perigo de se criar uma reserva de
mercado, uma vez que não se poderia importar sem adaptação prévia do filtro.
Para Edvaldo Santos, a Anatel até o momento tem tratado o tema harmonização de
maneira adequada, com visão técnica. "O Brasil tem dado mostras inequívocas de
alinhamento internacional com os órgãos reguladores globais, tanto no setor de
Telecom quanto nas áreas ambientais, sociais, saúde pública, educação e
macroeconômicas", conclui.
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Espectro é, para o mundo celular, o que a
rodovia representa para o transporte automotivo. O XXII Seminário da
Associação Brasileira de Direito de Informática e Telecomunicações – ABDI –,
realizado pela Netwok Eventos, discutiu em uma de suas sessões, em 2 de
dezembro, no Hotel Gran Mercure, em São Paulo (SP), "O espectro de
freqüência para os serviços de banda larga". Aqui, os depoimentos de Ari
Sunfeld (Sunfeld advogados), Tula Peters (Claro) e Maximiliano
Martinhão (Anatel). A Claro é uma associada TELEBRASIL.
A sessão "O futuro do espectro no Brasil: como atender às necessidades do
espectro para novos serviços?" foi moderada por Ana Paula Bialer Ingham,
da Pinheiro Neto Advogados. O professor Carlos Ari Sundfeld, da
Sundfeld Advogados; a Tula Ricardo Peters, diretora jurídica da
Claro; o Newton Scartezini, consultor (leia na segunda desta
matéria); e o engenheiro Maximiliano Salvatori Martinhão, gerente
geral de certificação de espectro da Anatel, proferiram palestras.
O professor Carlos Ari Sundfeld lembrou que a
LGT (Lei Geral de Telecomunicações) eliminou a discricionariedade (o
arbítrio) sobre as freqüências.
As outorgas são transferíveis e as transferências de controle acionário são
fatos normais.
A LGT garantiu que reorganização do uso do espectro é viável e legalmente
consistente.
A lei prevê o uso oneroso do espectro e pode haver uma nova regulamentação
das outorgas a vencer, que não deve ser gratuita. "São direitos consistentes
que geram investimentos consistentes", afirmou Carlos Ari Sundfeld
Tula Peters (Claro): novas faixas e flexibilizar as existentes
Tula Ricardo Peters fez um minucioso retrospecto sobre tecnologias e
faixas de freqüências e licitações (veja links ao pé desta matéria). Mostrou
que a chegada da banda larga, com novas tecnologias e com demanda por dados
(120 milhões de acessos em 10 anos) faz crescer exponencialmente a
necessidade para se ter mais espectro alocado à 3G. A demanda para dados na
América Latina, de 2006 a 2013, na tecnologia 3G mostra um crescimento do "cagr"
(compound annual growth rate) de 136%.
O mundo da mobilidade, iniciado com o serviço de voz, acrescentou com
sucesso o SMS (short messaging), as fotos, a música e o correio eletrônico.
Tula Ricardo Peters aproveitou para alertar que sem mais espectro adicional
o atendimento da demanda das novas oportunidades que estão por vir com a
banda larga móvel – como TV, teleducação e comércio eletrônico – não
acontecerá.
O órgão regulador está atento. A Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações) previu no item VI.A de seu PGR (Plano Geral de Atualização
da Regulamentação) "estudos voltados a identificação de novas faixas,
considerando novas demandas de mobilidade plena".
– Para o futuro, serão necessárias novas
faixas de freqüências e será preciso "flexibilizar" o uso das que existem –
resumiu a diretora jurídica da Claro.
No tocante a novas faixas, ela sugeriu:
1) incluir a mobilidade às subfaixas de 3.5 GHz (hoje destinadas a serviços
sem fio fixos). A Consulta Pública 54/08 da Anatel propõe que tais subfaixas
sejam atribuídas ao SMP (Serviço Móvel Pessoal); e
2) redistribuir as faixas da TV aberta analógica que até 2016 precisam ser
devolvidas pelas empresas de radiodifusão. Tudo de acordo com o item VII.5
do PGR.
Quanto a flexibilizar as regras para uso do
espectro, a Consulta Pública 07/08 da Anatel trata do uso eficiente do
espectro. Surge aí a questão do critério de Spectrum Cap versus o uso
eficiente do espectro.
O Spectrum Cap é um limite regulatório imposto na concentração de espectro
(para determinado tipo de serviços em determinada área) para limitar
práticas anticompetitivas, principalmente ao se dar a partida em novos
mercados incipientes.
– O uso eficiente do espectro (vale dizer, da
grandeza de escala e do uso da tecnologia adequada) se contrapõe às
limitações impostas por um Spectrum Cap. Questões tais como a da migração
tecnológico – da segunda (2G) para a terceira geração celular (3G) – que
requer novos investimentos, bem como da universalização da banda larga (a
universalização inclui situações menos rentáveis) devem ser levadas em conta
nessa discussão – lembrou a palestrante.
Tula Ricardo Peters ainda levantou outras
questões, como a exploração industrial, incluindo
- o compartilhamento entre empresas do espectro;
- a licitação do bloco H (na faixa 1.900 e 2.100 MHz) para 3G;
- a nova licitação para as "sobras" do SMP; e
- a avaliação da faixa de 450 MHz para uso rural.
Maximiliano Salvador Martinhão (Anatel):
Brasil vai precisar de 1.080 MHz
O gerente-geral para certificação e engenharia
do espectro da Anatel, Maximiliano Salvador Martinhão, focou sua palestra
nas novas regras para a faixa de 3.5 GHz. Para 2020, o País vai precisar de
1.080 MHz – fruto de estudo feito com metodologia da UIT – e hoje só tem 400
MHz.
O espectro de freqüência útil para o
radiocelular vai de 400 MHz a 5.6 GHz. Acima desse valor a célula fica
pequena demais e abaixo a antena cresce demais. A dimensão sendo
proporcional ao comprimento de onda e ao inverso da freqüência, como sabem
os estudantes de Física.
Nos EUA, a faixa de 3.5 GHz foi atribuída pela
FCC (Federal Communications Commision) para WLAN (wireless local area
network), em detrimento do Wimax (que utiliza 3.650 MHz como freqüência
básica no mundo). Foram arrecadados US$ 20 milhões pelo licenciamento pelo
FCC de 700 MHz de espectro nas faixas de 2.5 e 3.5 GHz.
– No Brasil, a faixa de 3.5 GHz é importante
para a TV Digital de Alta Definição – afirmou Maximiliano Salvador Martinhão.
O espectro de freqüência precisa ser
organizado internacional (atribuição de faixas em regiões) e nacionalmente
(destinação das faixas, condições de uso, distribuição e controle), com base
em fundamentação legal para evitar o caos e as interferências
radioeletrônicas indesejáveis (como as causadas por dispositivos eletrônicos
não-autorizados no interior de aeronaves).
O Brasil mantém acordos internacionais com a
ITU-R (UIT-radio), Mercosul e Citel (órgão da Organização dos Estados
Americanos) e deve levar em conta a importante Resolução 951 (fortalecer o
quadro regulatório internacional) da WRC-07. Em 2011, vai ocorrer a World
Radio Conference (WRC-11), cuja Agenda 1.2 está a cargo da Citel (Comissão
Interamericana de Telecomunicações), levando em conta a Resolução 951,
destinada a reformular o quadro regulatório internacional de freqüências.
Os aspectos legais do espectro de
radiofreqüência no Brasil encontram amparo no Livro III (Organização dos
Serviços de Telecomunicações) da Lei Geral de Telecomunicações (Lei
9.472/97) que no Título V (do Espectro e da Órbita) trata no Capítulo I (do
Espectro de Radiofreqüência), em seus artigos de 157 a 162; e no Capítulo II
(da autorização de uso de Radiofreqüência) em seus artigos de 163 a 169 do
assunto do espectro.
Explicou Maximiliano Martinhão que cabe à
Anatel administrar um recurso limitado que é o espectro rádio, evitando
interferências prejudiciais e atendendo a tratados e acordos internacionais.
Além disso, deve a Agência estabelecer um plano de freqüências e
disponibilizar recursos para aplicações e serviços. Cabe à Anatel promover o
uso eficiente do espectro e zelar para que equipamentos sejam certificados e
licenciados.
MMMS, TCU, PGR
De acordo com um acórdão, o Tribunal de Contas
da União (TCU) vai acompanhar o processo que trata da exploração do MMDS (multimode,
multifrequency, distribution system) na importante faixa de 2.5 GHz, cuja
autorização dada pelo Ministério das Comunicações, em 1994, vence em
fevereiro de 2009. A tecnologia MMDS é um dos meios utilizados – os outros
são cabo e satélite – para a distribuição dos sinais do serviço de tevê por
assinatura utilizando rádio de microondas.
Referindo-se ao item V.8 do PGR (Plano Geral de Atualização da
Regulamentação das Telecomunicações no Brasil) da Anatel, aprovado em
12/11/2008, mostrou Maximiliano Martinhão que para ação de curto prazo está:
disponibilizar acesso rádio para a massificação da banda larga. O item V.8
inclui equipamentos de radiação restrita (telefone sem fio, Wi Fi, redes em
57 GHz e 64 GHz) que independam de outorga de radiofreqüência e contempla
oferta nas faixas 450 MHz, 2.5 GHz e 3.5 GHz e sobras do SMP para
multiacesso fixo e móvel.
Também para ação de curto prazo, o PGR (item V.12) prevê, tanto para
serviços de interesse coletivo quanto restrito, o compartilhamento entre
serviços e entre operadoras – em cidades de até 30 mil habitantes – a
utilização em caráter secundário, em pequenas e médias localidades, de
radiofreqüências utilizadas em outros serviços. A mobilidade restrita e o
uso nômade dos dispositivos serão objeto de estudo, bem como a definição de
processos de arbitragem para o caso de interferências.
O PGR ainda prevê, a médio prazo, a regulação do uso da radiofreqüência e o
uso de novas faixas para a mobilidade plena e, a "longo prazo", estudos
sobre o "reaproveitamento do espectro atualmente utilizado pela tevê
analógica quando do desligamento dessas transmissões".
A governança do espectro rádio pode ser objeto de inovações. A ação
regulatória passará a se interessar pelo uso eficiente do espectro. Este
conceito poderoso envolve a modernização tecnológica e a eficiência
operacional das prestadoras. O mesmo espectro poderá ser compartilhado por
arranjo entre operadoras para cortar custos em localidades médias e
pequenas. A exploração industrial de radiofreqüências leva ao conceito de
licença única para os serviços.
No mundo ocorre a discussão do uso comercial não-licenciado do espectro com
equipamentos de radiação restrita, dispensados de licença de funcionamento e
que utilizam radiofreqüências que não exigem outorga para seu uso,
contrapondo-se à situação da licença onerosa e da outorga por serviço. Ainda
no reino da inovação, qual seria o impacto se o espectro, que é um bem, for
comercializado (spectrum trading) ou terceirizado? Nos EUA, mais de mil
arranjos de licenças leiloadas ocorrem anualmente.
Outro tema é o do aproveitamento de espectro já outorgado, quando ele não
estiver sendo utilizado. A tecnologia – sensor de espectro e seleção
dinâmica de freqüência – já foi aprovada pelo Departamento de Defesa dos EUA
para que dispositivos não-licenciados compartilhem o espectro de radar nas
faixas superiores de 5 GHz.
Concluindo sua palestra, Maximiliano Martinhão disse que comercialização e
liberalização do espectro devem se estudadas caso a caso. Previu que, em um
futuro próximo, a comercialização conviverá com outras abordagens de
governança do espectro. A flexibilização pode beneficiar operadores
estabelecidos, novos entrantes (sempre um desafio) e os fornecedores de
equipamentos. Usos específicos podem solicitar ferramentas de governança
distintas com sua monitoração efetuada pelo órgão regulador. (JCF)
Para ler "Convergência tecnológica leva à licença única – Anatel palestra em
01/06/2004", clique aqui
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Fonte: Telebrasil
Conceitos iniciais
Do ponto de vista teórico, na governança
do espectro de freqüência - este é o campo eletromagnético em que
estamos mergulhados e de que não nos damos conta - nada impede licenciar
uma parte do espectro para qualquer tipo de serviço.
Na prática, a implementação de serviços rentáveis utilizando o espectro,
valorizou sua utilização.
O licenciamento de faixas de freqüências em leilões passou a atingir
valores elevados.
A governança do espectro de freqüências,
um bem escasso, sempre foi um exemplo de cooperação geopolítica.
A primeira conferência internacional sobre o compartilhamento do
espectro radioelétrico é de 1903.
Em 2000, ocorreu a Conferência Mundial de Rádio (WRC-2000) da UIT (União
Internacional de Telecomunicações), que recomendou faixas de freqüências
para o IMT-2000 (International Mobile Telecommunications).
Sete anos mais tarde, uma nova Conferência Mundial Rádio (WRC-2007),
também em Genebra (Suíça), fez recomendações adicionais.
O que é o IMT-2000?
É um modelo que tem tudo a ver com a comunicação móvel celular.
Historicamente, o FPLMS (Future Public Land Mobile Telecommunication
Systems) antecedeu o IMT-2000. Ambos modelos se destinaram a "prover
comunicações móveis de terceira geração em qualquer lugar e momento, por
volta do ano 2000".
Foi um esforço ciclópico da UIT para unificar e padronizar mundialmente
uns poucos padrões tecnológicos compatíveis que dessem conta das
telecomunicações móveis digitais de terceira geração em todo o planeta.
Um pouco de siglas: candidataram-se ao IMT-2000
os sistemas europeu
- UMTS (Universal Mobile Telecommunications System) ou WCDMA (wideband
CDMA) e herdeiro do GSM/GPRS;
- o norte-americano CDMA 1x EVDO (code division multiple access,
evolution data only) herdeiro do CDMA (interface IS-95); e
- o nipônico Arib (Association of Radio Industries and Business).
A título de lembrete,
- a primeira geração celular (1G) foi analógica (com diversas
tecnologias),
- a segunda geração (2G) foi digital narrow band (com o domínio do GSM
europeu) e
- a terceira geração (3G), também digital, é para faixa larga (sinônimo
de mais espectro).
Já se fala na quarta geração (4G) IMT-Advanced (com a LTE - long term
evolution).
As faixas do IMT-2000 (banda larga)
As faixas de freqüências recomendadas para
o IMT-2000 - abrange os sistemas de terceira geração (3G) para banda
larga - e o advanced pela Conferência WRC-2000 da UIT foram as
seguintes:
806 - 960 MHz
1.710 - 2.015 MHz
2.100 - 2.200 MHz
2.500 - 2.690 MHz (TV por assinatura MMDS)
As faixas de freqüências recomendadas, em
subseqüente conferência da UIT, pela WRC-2007 foram as seguintes:
450 - 470 MHz
698 - 806 MHz (para tevê analógica que no Brasil vai até 2016)
2.300 - 2.400 MHz (Brasil não a utiliza para o celular)
3.400 - 3.690 MHz (Serviço Comunicação Multimídia, dados fixos)
Para satélites:
1.518 - 1.525 MHz/1.668 - 1.675 MHz
- Se o espectro não é a informação em si
por que a UIT reservaria para as telecomunicações celulares tanta banda
de freqüência"? - indagou Newton Scartezini.
O fenômeno reflete o grande sucesso mundial da comunicação celular no
mundo, cujos números surpreendem.
De acordo com dados de 2008, são 3,6 bilhões de celulares no mundo (o
Brasil tem 144 milhões ou 4%) e já existem 203 redes de terceira de
geração (3G) em banda larga disseminadas por 31 países.
Os serviços móveis de banda larga, com
cerca de 7,2 Mbit/s por terminal, vão precisar de muita banda.
A universalização da banda larga - o sonho de todo o mundo ter acesso a
produtos multimídia de voz, dados e imagem - vai ocorrer pelo
barateamento do acesso e dos dispositivos terminais, cujos custos
unitários vão cair devido ao alto volume.
Um "déficit" da 450 MHz até 2005
A Anatel estimou em pouco mais de 800 MHz
a necessidade total de espectro para o SMP (Serviço Móvel Pessoal) até
2015.
Como hoje o serviço móvel (3G) só possui 380 MHz alocados, um total de
450 MHz adicionais terão que ser encontrados e leiloados.
A UIT, em seu planejamento para 2015, previu 1.25 GHz de espectro para
abrigar o serviço móvel de terceira geração.
Faixa de 2.500 - 2.690 MHz: atribuí-la ao
SMP
Newton Scartezini analisou com cuidado a
faixa de 2.5 GHz a 2.69 GHz utilizada para as telecomunicações móveis e
que goza de neutralidade tecnológica.
A alocação dessa faixa no Brasil pela Anatel e na UIT/Citel (Comissão
Interamericana de Telecomunicações) diferem.
Alocação da faixa 2.500 - 2.690 MHz no
Brasil:
2.500 - 2.530 MHz (MMDS e SCM - Serviço de
Comunicação Multimídia)
2.530 - 2.570 MHz (MMDS - Multimode Multifrequency Distribution System)
2.570 - 2.620 MHz (MMDS e SCM)
2.620 - 2.650 MHz (MMDS)
2.650 - 2.690 MHz (MMDS)
Segundo comentou Newton Scartezini, é
altamente recomendável que a faixa de 2.500 - 2.690 MHz seja toda ela
alocada ao Serviço Móvel Pessoal (SMP), acompanhando o alinhamento
global da UIT.
A faixa teve um uso pouco eficiente do SCM e do MMDS.
O serviço MMDS - distribuição de sinais de televisão por assinatura por
microondas -, presente em 206 municípios e representando 6,2% dos
usuários de televisão por assinatura, pouco evoluiu (382 mil acessos) em
10 anos.
Alocação da faixa 2.500 - 2.690 MHz pela
UIT/Citel:
2.500 - 2.570 MHz (IMT FDD)
2.570 - 2.620 MHz (IMT TDD)
2.620 - 2.690 MHz (IMT FDD)
A faixa é atribuída ao IMT (International
Mobile Telecommunication) nas suas modalidades FDD (frequency division
duplex uplink e downlink) e TDD (time division duplex).
Faixa de 3.400 - 3.600 MHz: atribuí-la ao
SMP
A faixa de 3.400 - 3.600 MHz está
atualmente alocada em caráter primário para
- o SCM (Serviço de Comunicação Multimídia) e para
- o STFC (Serviço de Telefonia Fixa Comutada).
A faixa foi leiloada em fevereiro de 2003,
com licenciamentos atribuídos apenas ao bloco A (a faixa foi dividida em
56 pares de blocos de 1.75 MHz cada).
Cinco empresas (Embratel, Brasil Telecom, Sinos, DirectNet, WKVE)
adquiriram freqüências para uso em tecnologia Wi-Max.
Em novembro de 2008, a Anatel abriu a
Consulta Pública nº 54 com a proposta de atribuição integral da faixa de
3.400 - 3.600 MHz para o Serviço Móvel Pessoal (SMP).
Newton Scartezini comentou que se deveria reservar nessa faixa blocos
para o STFC de uso nômade (o dispositivo não pratica handover de uma
célula rádio para outra).
Faixa de 2.300 - 2.400 MHz: estudar
alocação futura para o SMP
A faixa de 2.300 - 2.400 MHz tem sua
utilização primária (tem prioridade) alocada para a retransmissão de
televisão e como uso secundário, o radioamador.
Segundo Newton Scartezini, o uso dessa faixa deve ser estudada como uma
reserva futura para o SMP.
Acresce que a UIT incluiu o Wi-Max
(padronizado pelo IEEE 802.16 group) como sexta opção do modelo
IMT-2000, as demais sendo as tradicionais DS, MC, TD, SC e FT
(direct-sequence, multi-carrier, time division, single carrier e
frequency time).
Para os que se impressionam com siglas, na linguagem UIT, a nova opção
Wi-Max para o IMT-2000 é IP (internet protocol) OFDMA (orthogonal
frequency division multiple access), TDD (time division duplex mode),
WMAN (wireless metropolitan area network).
Faixa de 450 - 470 MHz: para uso rural
A atual faixa de 450 - 470 MHz é
atualmente ocupada pelos serviços de retransmissão e circuito fechado de
televisão; serviços móveis especializados; serviço limitado móvel
privativo; e radiotáxi, com previsão para uso futuro como o SMP (serviço
móvel pessoal), mostrou Newton Cartezini.
Freqüências relativamente baixas como 450
MHz conduzem a comprimentos de ondas mais elevados (f=1/λ), vale dizer
células-rádio de maior raio de cobertura, ideais para regiões com
populações esparsas como para uso rural.
O espectro disponível de 20 MHz é relativamente diminuto para aplicações
móveis em banda larga.
Faixa de 648 - 806 MHz: devolução pela
televisão analógica em 2.016MHz
A utilização atual da faixa de 648 - 806
MHz é para a televisão aberta analógica.
O período de transição do sistema de transmissão analógica para o SBTVD-T
(Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre) se encerra em junho
de 2016 (Decreto 5.820/06, artigo 10), quando os canais utilizados para
transmissão analógica serão devolvidos à União.
Segundo Newton Scartezini, em 2016 e até
antes estarão disponíveis 158 MHz na da faixa de 648 - 806 MHz que
poderão ser utilizados para o SMP.
As operadoras deverão se movimentar com antecedência junto à Anatel para
que isto aconteça.
Opinião sobre a neutralidade da tecnologia
A tecnologia em si é neutra, mas sua
aplicação e dominação no mercado pode nem sempre ser.
Newton Scartezini citou as duas grandes tecnologias em disputa no caso
da segunda geração do celular (2G), a CDMA (code division multiple
access) e o GSM (Global System Mobile).
Ambas tecnologias eram boas (o CDMA com leve vantagem no uso do
espectro), mas o GSM, de cunho europeu, venceu em volume de acessos o
CDMA norte-americano e se instalou mundialmente como tecnologia
dominante 2G.
Perguntado se o Wi-Max seria uma
tecnologia de nicho ou dominante para um mercado de universalização de
massa, Scartezini invocou a disputa entre os padrões GSM e CDMA e o caso
clássico do gravador de vídeo VHS (video home system) que venceu o
concorrente Betamax, da Sony.
De um sistema sem fio, seja celular (3G)
ou Wi-Max - faz parte do IMT-2000 da UIT - se espera que possa
transmitir voz e dados 24 horas por dia e sete dias na semana, proveja a
mobilidade plena e dê suporte a IP (internet protocol).
O diferencial competitivo entre tecnologias pode surgir no download
pesado de grandes arquivos com elevado nível de segurança e fiabilidade.
[Procure
"posts" antigos e novos sobre este tema no
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