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Dezembro 2010 Índice Geral do BLOCO
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13/12/10
• Telebrás, Eletronet e PNBL (305) - Msg de José Roberto S. Pinto: "Uma dose de seriedade nas Telecomunicações"
Olá, WirelessBR e Celld-group!
Recebo de José Roberto S.Pinto a
mensagem abaixo, que consta deste "post" em seu website:
13/12/10
•
Uma dose de seriedade nas Telecomunicações
Ao conferir as datas na minha
imensa caixa postal cheia de teias de aranha, descubro que José Roberto
provavelmente "pioneirou" em nossos Grupos na crítica à criação de uma nova
estatal de telecomunicações.
Seu comentário de maio de 2007 referia-se à esta matéria:
Portal Exame
[17/05/07]
Quem precisa de uma nova estatal? -
por Malu Gaspar e Samantha Lima
Este texto também é "histórico"
pois cita Dilma Roussef e um projeto "Infovias Brasil:
(...) Uma nova estatal
de telecomunicações está em gestação no governo federal. A iniciativa é
capitaneada pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que batizou o projeto
de Infovias do Brasil. O plano vem sendo discutido desde o primeiro mandato do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas foi nos últimos oito meses que as
reuniões a respeito se intensificaram. No dia 23 de março, o próprio Lula e
cinco ministros assistiram a uma apresentação do plano de criação da empresa. A
idéia gerou vários relatórios internos, discordâncias entre ministérios e forte
reação das empresas de telecomunicações, que se movimentam nos bastidores para
tentar impedir sua concretização. EXAME teve acesso a dois dos relatórios
internos. Um foi feito em fevereiro pelo Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE)
da Presidência da República. Outro, intitulado Plano Nacional de Difusão de
Banda Larga, é de dezembro de 2006. Os dois prevêem que o governo federal assuma
a tarefa de levar internet em banda larga às escolas públicas, cumprindo metas
de inclusão digital, e passe a transmitir dados para estatais que hoje contratam
esses serviços na iniciativa privada, como Serpro, Correios, Dataprev e Banco do
Brasil. (...)
Hoje Dilma está com uma batata quentíssima nas mãos.
O "Infovias Brasil" deu origem ao PNBL com seu incentivo mas ela precipitou-se e
apoiou, como chefe da Casa Civil, um "PNBL com Telebrás", influenciada por
Rogério Santanna.
Agora, com a responsabilidade de presidente eleita, dentro da realidade premente
de cortar gastos, vai ter que decidir se o PNBL continua ou não com a Telebrás.
A conferir.
Mas voltemos aos comentários do José Roberto:
Uma dose de seriedade nas Telecomunicações
Obrigado, José Roberto, por mais esta participação!
Boa leitura!
Boas Festas e um ótimo 2011!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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13/12/10
•
Uma dose de seriedade nas Telecomunicações
de josersp@terra.com.br
para Grupos
data 13 de dezembro de 2010 15:40
assunto UMA DOSE DE SERIEDADE NAS TELECOMUNICAÇÕES
Hélio
Muito interessante esta recuperação de informação onde você cita meu post
(transcrição abaixo).
Em maio de 2007 eu pensava desta forma e em dezembro de 2010 continuo pensando
da mesma forma, mesmo com a nova TELEBRÁS criada. Digo nova TELEBRÁS, porque
esta, não tem nada a ver com aquela que participou do desenvolvimento das
Telecomunicações no país.
Apesar de considerar que a estratégia das Empresas Dominantes no Mercado, as
"TELES", estar equivocada, dando preferência ao lucro, do que o atendimento à
sociedade e não valorizando a competição como fator de desenvolvimento do
mercado, não vejo solução neste retorno da TELEBRÁS.
O embate jurídico entre as partes não vai levar a nada, mesmo que seja para se
buscar uma posição negociada.
Esta possível posição negociação, tem que ser muito cuidadosa, pois ela pode
criar distorções nos conceitos regulatórios que são a base do desenvolvimento
sustentado deste setor.
Só para lembrar esta negociação de metas de Universalização da Telefonia por
backhaul de acesso à Internet (não acredito que alguém diga que este backhaul
era para telefonia), culminando com a questão dos bens reversíveis do STFC,
aparentemente muito boa na época para as partes, mas criou este estado de
controvérsias existente.
Quando se pensa em repetir esta prática em outras doses do mesmo remédio, se uma
das partes não concorda, voltamos a estaca zero. O doente, neste caso a
sociedade brasileira continua sofrendo enquanto se discute o remédio ou a dose
que será aplicada.
sds
Jose Roberto de Souza Pinto
Engenheiro, Mestre em Economia e Consultor.
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Nota de Helio Rosa:
Em 2007, na mensagem citada, José Roberto comentava esta matéria,
transcrita mais abaixo:
Portal Exame
[17/05/07]
Quem precisa de uma nova estatal? -
por Malu Gaspar e Samantha Lima
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18 de maio de 2007
Mensagem de Jose Roberto de Souza Pinto, Engenheiro e consultor em
telecomunicações
de josersp <josersp@terra.com.br>
para Celld-group <Celld-group@yahoogrupos.com.br> , wirelessbr <wirelessbr@yahoogrupos.com.br>,
data 18 de maio de 2007
Estatal no setor de Telecomunicações
No mínimo um contra-senso, ou vai precisar de uma boa justificativa.
O país precisa de novos investimentos em vários setores da economia e o governo
federal é responsável pela infra-estrutura em diversos setores.
Numa crise de estradas e portos fora de condições para escoar a produção, crise
na infra-estrutura da aviação e uma potencial falta de energia para suportar o
Plano de Crescimento Acelerado - PAC do Governo, o país vive um céu de
brigadeiro nas Telecomunicações.
O custo elevado do governo no uso de serviços telecomunicações e a falta de uma
estratégia de desenvolvimento de serviços de banda larga no país não pode ser
justificativa para se criar uma Estatal no Setor de Telecomunicações. Certamente
também a falência da ELETRONET, não pode ser o argumento de aproveitar uma
oportunidade de negócio para o governo criar a sua Empresa.
Os governos de países desenvolvidos têm naturalmente um custo elevado de TI e de
Comunicações, até porque a gestão pública cada vez mais complexa requer
modernização nos seus processos para um melhor atendimento ao cidadão. A melhor
solução é ter uma equipe preparada para desenvolver um projeto considerando
todas as necessidades do governo e compartilhar recursos de modo a se obter uma
otimização dos serviços e buscar uma negociação bastante rígida com os
fornecedores. Recentemente os Estados Unidos da América realizaram uma das
maiores licitações junto aos fornecedores de serviços de Telecomunicações, o que
pode ser uma boa prática a ser seguida.
Mas dois argumentos são centrais em relação a se ter rede própria ou contratar
de terceiros os serviços.
O primeiro é que neste setor a tecnologia evolui muito rapidamente e em pouco
tempo as soluções ficam desatualizadas e menos competitivas, e se a rede é sua
você terá que estar fazendo permanentemente novos investimentos o que me parece
difícil para o governo devido as suas outras inúmeras prioridades.
A segunda é que uma Empresa de Telecomunicações tem que ser viável
economicamente, auto-sustentada, pois não se admite que uma Empresa neste setor
tenha que ser subsidiada, ou depender do orçamento do governo federal. Sobre
esta questão estudos de viabilidade econômica da Empresa Estatal, como um plano
de negócios devem ser publicamente apresentados.
Sobre a grave situação da deficiente oferta de serviços de banda larga
necessários para o desenvolvimento do país, o governo em tendo um Plano de Metas
para este setor pode negociar com a iniciativa privada o cumprimento destas
metas, que sem dúvida serão de interesse comercial destas Empresas privadas.
Jose Roberto de Souza Pinto
Engenheiro e consultor em telecomunicações
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