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Dezembro 2010 Índice Geral do BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!
• Telebrás, Eletronet e PNBL (309) - Ethevaldo x Telebrás (4) - "Telebrás, para comparsas" e "Telebrás e PNBL viraram projeto eleitoral"
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
Nesta nova série de mensagens/posts estou resgatando, lendo e relendo alguns
artigos do jornalista Ethevaldo Siqueira.
No final desta página está a relação das suas colunas no Estadão em 2010 sobre a "Ressurreição
da Telebrás".
Estou transcrevendo um texto recente (do início da fila) e outro mais antigo (do
final da relação), com o objetivo de compartilhar e também de manter o assunto na berlinda, pois a
mídia dita especializada, lamentavelmente, só faz reproduzir pautas e ajudar na
badalação, sem senso crítico ou investigativo que o polêmico tema exige.
Continuarei este procedimento nos próximos "posts".
02.
Transcrições de hoje:
Fonte: Website de Ethevaldo Siqueira
[31/10/10]
Telebrás, para
comparsas - por Ethevaldo Siqueira
Fonte: Website de Ethevaldo Siqueira
[14/03/10]
Telebrás e PNBL
viraram projeto eleitoral - por Ethevaldo Siqueira
03.
Antes dos artigos do Ethevaldo, reproduzo o segundo item desta mensagem/post
de novembro:
10/11/10
•
Telebrás, Eletronet e PNBL (298) - Telebrás: uma gestão temerária
(...)
02.
Reativação ilegal
Recorto de matérias já divulgadas, dois trechos que explicitam os
questionamentos de ilegalidade na reativação da Telebrás.
(...) Antes do processo de privatização do setor de
telecomunicações no Brasil, a Telebrás atuava como holding, conforme a lei de
criação da estatal, a Lei 5.792, de 1972. De acordo com essa lei, a Telebrás
estava autorizada a prestar serviços de telecomunicações, desde que por empresas
subsidiárias, e para tanto a companhia tinha autorização para a criação de tais
companhias.
A LGT, explica o professor da GV, "mudou essa história, porque determinou a
reestruturação e privatização da Telebrás". Naquela época, aponta Sundfeld, já
existia a preocupação de deixar, nessa mudança de modelo, uma empresa que
pudesse renascer e destruir toda a proposta de privatização do setor.
Por isso, a Lei Geral das Telecomunicações determinou as medidas que seriam
adotas na reestruturação da Telebrás, que visavam, posteriormente, sua extinção.
Assim, foi revogada, por contradição com a lei anterior, a autorização que a
companhia tinha de criar subsidiárias e de ser sócia minoritária de companhias
privadas. A lei também previa apenas redução, e não aumento, de capital.
"A Telebrás só tem autorização para fazer as medidas de reestruturação previstas
na LGT, e todas apontam para a privatização e extinção da companhia", resume o
professor da FGV. Sundfeld lembra que esses dispositivos podem ser alterados,
mas apenas com apresentação de um projeto de lei no Congresso. (...) [Fonte]
(...) A reativação da Telebrás e a mudança de suas finalidades, para
transformar-se em empresa pública responsável pela massificação da banda larga
no Brasil e em operadora de telecomunicações exclusiva do governo federal e de
suas repartições, só poderiam ser efetivadas legalmente por meio de lei federal
aprovada pelo Congresso Nacional. Nunca por decreto presidencial.
Por outras palavras: uma empresa estatal criada por lei não pode ter sua
finalidade, objeto ou atividade-fim modificados por simples decreto, mas apenas
por nova lei, debatida e aprovada pelo Congresso Nacional. E mais: a Telebrás
nunca foi operadora de telecomunicações, mas, sim, uma empresa holding que
controlava as 27 subsidiárias estaduais (teles).
Mesmo contra todas essas evidências, o presidente da estatal, Rogério Santanna,
insiste em afirmar que o decreto presidencial nº 7.175, de 12 de maio de 2010,
não mudou as finalidades ou atividades da Telebrás previstas na lei que criou a
empresa.
Não se discute mais o mérito ou a conveniência da decisão governamental de
ressuscitar uma estatal privatizada há quase 12 anos. Ainda que o projeto possa
contrariar o interesse nacional ou ser considerado um erro político de grandes
proporções, a decisão de implementá-lo precisa, no mínimo, seguir os caminhos
legais. Não se nega ao governo, portanto, o direito de reativar a estatal, desde
que o faça dentro da legalidade. Ninguém está acima da lei neste País.
Esse é o ponto fundamental que deverá ser examinado pelo Supremo Tribunal
Federal (STF), ao julgar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)
proposta pelo DEM àquela corte na quarta-feira (14/07/2010). (...) [Fonte]
Nesta ação, a liminar
solicitada para paralisar os procedimentos para reativação da Telebrás foi
indeferida pelo STF, mas o mérito ainda não foi julgado.
No meu entender, a reativação está sub judice e, desde que existe a
possibilidade do julgamento ser contrário à ressurreição da Telebrás, considero
temerária a gestão realizada pelo Sr. Rogério Santanna, inclusive iniciando
processos licitatórios também polêmicos.
(...)
Acrescento hoje: A saída honrosa para o imbróglio criado com a atabalhoada e
precipitada "ressurreição" da Telebrás será o STF decidir-se pela ilegalidade da
reativação.
Repito:
Telebrás, uma excrescência vampiresca, que
precisa ser desativada, com uma bela estaca de madeira no coração, para não mais
ressuscitar.
PNBL, uma necessidade premente para o desenvolvimento do país, que precisa ser
repensado e replanejado, com seriedade, responsabilidade e competência.
Boa leitura!
Boas Festas e um ótimo 2011!
Um abraço cordial
Helio Rosa
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Tecnologia e
Cidadania
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Fonte: Website de
Ethevaldo Siqueira
[31/10/10]
Telebrás, para
comparsas - por Ethevaldo Siqueira
“A Telebrás não está sendo recriada para servir à sociedade brasileira. Sua
reativação tem o claro objetivo de atender a comparsas políticos. Exatamente
como tem ocorrido na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Isso nos
conduzirá, inevitavelmente, à degradação dos serviços, como, aliás, já ocorre no
setor postal.”
Essas palavras são do comandante Euclides Quandt de Oliveira, ex-ministro das
Comunicações, de 1974 a 1979, ao avaliar a recriação da Telebrás. Quandt foi o
primeiro presidente daquela estatal que retirou o País da situação de profundo
atraso em suas telecomunicações em que vivia até o começo dos anos 1970.
Lúcido e franco aos 91 anos de idade, Quandt preocupa-se com o futuro do País e
relembra que cabe ao Estado fixar políticas públicas e mesmo prestar serviços,
diretamente ou por intermédio de concessionárias. “A prestação de serviços
públicos é uma responsabilidade do Estado. Cabe-lhe, no entanto, fiscalizar a
prestação de serviços com o máximo rigor.”
Defensor histórico e convicto do modelo estatal, Quandt mudou de opinião no
começo dos anos 1990. Ele explica: “Depois de passar pela Telebrás e pelo
Ministério das Comunicações, continuei a defender o modelo estatal, pois
acreditava que ele seria capaz de cumprir sua missão de atender aos brasileiros
em qualquer ponto do País. Fui, porém, forçado a reconhecer que, a partir de
1985, a escolha de dirigentes no Sistema Telebrás passou a ser feita com o claro
propósito de atender a amigos e comparsas políticos, gente que, em sua maioria,
não tem a qualificação profissional para o exercício do cargo. A partir daí,
passei a ser defensor da privatização”.
Loteamento
Por volta de 1990, Quandt já havia perdido sua esperança na possibilidade de a
Telebrás atender a todos os brasileiros. Hoje, o modelo estatal volta a ser
desfigurado em vários setores governamentais pelo loteamento político, inclusive
com a reativação da Telebrás, como acaba de ser feita.
Conheço Quandt há mais de 30 anos e fui testemunha de seu trabalho excepcional
em favor das comunicações brasileiras, ao lado do segundo presidente da
Telebrás, o general José Antônio de Alencastro e Silva. Aquela Telebrás, nascida
em 1972, funcionou de forma exemplar até 1985 e nada tinha de parecido com a
“nova Telebrás”, ressuscitada por Dilma Rousseff e Erenice Guerra e entregue,
como um feudo, ao petista gaúcho Rogério Santanna.
Heterodoxia petista
A volta da Telebrás tem sido justificada como estratégia para levar a banda
larga a todo o povo brasileiro, “com a melhor qualidade e o menor preço”. Algo
comovente, não? Os caminhos para alcançar esse nobre propósito, entretanto, não
são nada republicanos. Confira, leitor:
* Holding das antigas teles, a Telebrás foi privatizada em 1998, mas não foi
extinta, por diversos problemas legais. Por ter sido criada por lei, não poderia
ter sido reativada por decreto, com a mudança de suas finalidades. No entanto,
esse decreto mudou sua condição de empresa holding transformando-a em operadora
de serviços. Só uma lei específica, debatida e votada pelo Congresso, poderia
mudar sua atividade-fim.
* Nenhuma concessionária ou outra parte legítima teve coragem de contestar essa
inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Por isso, o País
teve de engolir tudo em seco. Será que o Ministério Público não seria essa parte
legítima para provocar o STF a pronunciar-se sobre a constitucionalidade ou não
desse decreto?
* Além de recriar a Telebrás, o governo Lula aprovou, num só decreto, o Plano
Nacional de Banda Larga (PNBL), que, “a rigor, como plano, não existe”, segundo
Otávio Marques de Azevedo, diretor da Andrade Gutierrez, acionista da Oi.
* O PNBL divulgado com o decreto não passa de uma breve carta de intenções,
acompanhado agora por uma lista das primeiras 100 cidades a serem atendidas, 50%
delas com população superior a 350 mil habitantes, nas quais já atuam pelo menos
três operadoras com oferta de banda larga.
* Um plano de banda larga de verdade deveria incluir metas específicas, fontes
de financiamento, orçamento confiável, cronograma de investimentos, áreas
prioritárias, população a ser atendida, evolução dos serviços e suas
características técnicas.
* Por sua importância, a questão da banda larga deveria ter sido debatida pelo
Congresso Nacional há mais de cinco anos e com a participação de toda a
sociedade. Só foi anunciada, entretanto, por um grupo palaciano ávido de poder,
no sétimo ano do governo Lula, como um filão eleitoral.
* O pior da heterodoxia e da ousadia petista na recriação da Telebrás foi alijar
e marginalizar as duas áreas mais qualificadas e legalmente capacitadas a
estudar e a propor modificações setoriais: o Ministério das Comunicações, ao
qual a Telebrás sempre esteve legalmente vinculada, e a Anatel, que detém o
maior número de especialistas em telecomunicações do governo.
* Depois de tantas manobras, tudo acabou sendo decidido por Dilma Rousseff e sua
sucessora, Erenice Guerra, sem o apoio do Ministério das Comunicações, que
elaborou estudo de mais de 200 páginas sobre as linhas do PNBL, totalmente
ignorado pela ministra Dilma.
Eis aí um pequeno retrato das comunicações brasileiras na era Lula.
Copyright 2010 – O Estado de S. Paulo – Todos os direitos reservados
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Fonte: Website de Ethevaldo Siqueira
[14/03/10]
Telebrás e PNBL
viraram projeto eleitoral - por Ethevaldo Siqueira
Como estão sendo conduzidos, sem um debate nacional muito mais amplo e sem a
participação do Congresso e de todos os setores da opinião pública, o Plano
Nacional de Banda Larga (PNBL) e a reativação da Telebrás não passam hoje de
bandeiras eleitorais da campanha presidencial da ministra Dilma Rousseff, da
Casa Civil.
E, como o assunto é complexo e de difícil implementação, o governo Lula começa a
dar sinais de desorientação e nervosismo na condução do tema. É o que demonstram
as declarações desencontradas do segundo escalão, de que o governo só deverá
anunciar este ano as linhas gerais do PNBL e que a Telebrás só deverá ser
reativada no próximo governo. Em plena campanha, o presidente Lula promete
coisas impossíveis, como a oferta de acesso de alta velocidade por R$ 10
mensais.
Os sinais de desespero do segundo escalão resultam do temor de que não haja
tempo hábil para recriar a Telebrás, aprovar o PNBL e iniciar a oferta de
serviços de banda larga, por preços populares, pelo menos a meia dúzia de
cidades.
Na cúpula do governo, entretanto, ninguém quer discutir a face escandalosa do
projeto, com a manipulação indecorosa das cotações das ações da velha estatal e
a interferência do “consultor” José Dirceu no processo. Esse é o quadro de um
governo que nada fez na área de telecomunicações ao longo dos últimos sete anos
e que, de repente, descobre um filão tão apetitoso para a campanha eleitoral
quanto a banda larga e a inclusão digital.
Franklin Martins, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da
República, disse em audiência no Senado, na semana passada, que o modelo atual
de telecomunicações não deu certo no caso da banda larga. A prova disso é a
brutal demanda não atendida. E anuncia: “Os estudos mostram que a reativação da
Telebrás é o caminho melhor e mais fácil para atender à demanda”.
O ministro tem razão num ponto: há uma demanda brutal a ser atendida. Dizemos
mais: a banda larga no Brasil é escassa, cara e lenta. É preciso, no entanto,
dizer com toda honestidade que tudo isso acontece por três razões: 1) porque o
Brasil não tem políticas públicas que estimulem os investimentos de
telecomunicações nas áreas mais pobres; 2) porque não há suficiente competição
no setor; e 3) porque são cobrados tributos escorchantes, em média de 43,9%
sobre o valor dos serviços.
E a lentidão? A banda larga brasileira torna-se cada dia mais lenta porque as
operadoras não têm feito os investimentos suficientes para atender à demanda
crescente de dados baixados pelos usuários, com conteúdos de áudio e vídeo –
fenômeno que ocorre, aliás, em todo o mundo.
POR QUE TELEBRÁS?
A verdadeira solução desses problemas, no entanto, não passa pela recriação da
Telebrás. De que Telebrás o governo está falando? A última delas, ao ser
privatizada em 1998, legou-nos a miséria de 14 telefones por 100 habitantes,
enquanto o modelo privatizado, com o aporte de R$ 180 bilhões de investimentos,
elevou aquela média de 14 para os atuais 110 telefones por 100 habitantes de que
dispõe hoje o Brasil.
Sem receita, cheia de dívidas e sob o fogo de centenas de ações judiciais, a
Telebrás não passa de um espectro de empresa. Além disso, não conta com um
quadro mínimo de especialistas de alto nível, nem dispõe de capital necessário
para investir em banda larga. E mesmo que o governo dispusesse de capitais
abundantes, é bom lembrar que existem outras áreas muito mais prioritárias, como
saúde, educação, previdência e segurança.
Os defensores da nova Telebrás não têm a menor idéia do volume de investimentos
exigidos para levar a banda larga às regiões mais remotas do País. Como falta
capilaridade à rede brasileira de fibras ópticas, se o governo quisesse levar a
fibra óptica a apenas 10% dos domicílios e escolas do País teria de investir
algo superior a R$ 100 bilhões nos próximos quatro anos.
Outro aspecto relevante é a desproporção entre a infraestrutura de fibras
ópticas do governo e a da iniciativa privada. Enquanto a rede estatal tem apenas
23 mil quilômetros de cabos ópticos, a iniciativa privada conta com mais de 200
mil.
Por que não pensar numa solução revolucionária que seria a integração de tudo
isso numa única rede, do tipo unbundling, em que todas as operadoras pudessem
competir pelos menores custos? Esse é o modelo vencedor do Reino Unido e da
Coreia do Sul, por exemplo, em que a redução de custos beneficia todos os
usuários, com preços e tarifas muito menores. Sem nenhuma estatização.
O que ocorrerá à Telebrás se ela for reativada para competir no mercado nas
mesmas condições das operadoras privadas, e com a obrigação de recolher 43,9% de
impostos sobre o valor dos serviços? Alguém acredita que ela poderá prestar
serviços de boa qualidade, administrar a rede de banda larga com competência e
profissionalismo, sem recorrer a subsídios, sem burocracia, sem empreguismo, sem
déficits monumentais e sem corrupção?
Fiquemos atentos, porque o que está em jogo é o meu, o seu, o nosso dinheiro.
OMISSÃO
Diante do modelo privatizado, o governo tem sido incompetente até para exigir
bons serviços das áreas privatizadas, pois enfraquece e tenta esvaziar as
agências reguladoras, a começar da Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel). Não fiscaliza adequadamente e com rigor as operadoras. Omite-se diante
dos grandes problemas setoriais. Não elabora políticas públicas sérias. Regula
mal e ainda confisca os recursos que deveriam ser utilizados para supervisionar
o dia-a-dia das concessionárias e prestadoras de serviços.
Franklin Martins revela seu grau de desinformação diante de tudo isso. E ainda
menciona estudos que, em sua opinião, recomendam a reativação da Telebrás. Não
existe, porém, nenhum trabalho sério nessa linha. Esses “estudos” são opiniões
de assessores de segundo escalão do próprio governo, interessados em cargos e em
agradar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
CONFISCO
Na realidade, o governo federal só sabe sugar recursos das telecomunicações,
confiscando bilhões, como faz com o Fundo de Universalização das
Telecomunicações (Fust), do qual já enxugou mais de R$ 9 bilhões, desde o ano
2000. Ou como tem feito com o Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (Fistel),
que carreou R$ 5 bilhões para o Tesouro só no ano passado, ou seja, 10 vezes
mais do que o orçamento da Anatel.
Pode parecer brincadeira, mas a realidade é que, quanto aos seus resultados
financeiros, as telecomunicações estão hoje muito mais estatizadas do que no
tempo da Telebrás. O setor parece existir para carrear anualmente mais de R$ 40
bilhões de tributos aos Estados e municípios, e mais de R$ 5 bilhões ao governo
federal.
ESTATAL DE SUCESSO?
Qual será a chance de sucesso dessa empresa estatal nas condições atuais em que
se encontram as telecomunicações brasileiras – e partindo do pressuposto de boa
vontade de que a velha estatal não está sendo ressuscitada apenas para
consolidar o projeto de poder do PT e para abrir no mínimo 500 vagas para
nomeação de afilhados políticos?
Suponhamos que o governo tenha propósitos sérios – e queira oferecer banda larga
a preços muito menores do que os atuais (que são caríssimos, sim). É claro que
será impossível, sem subsídios, oferecer serviços a R$ 10 por mês, como disse o
presidente Lula, com a costumeira tranquilidade com que faz suas declarações
sobre problemas que desconhece.
Copyright 2010 – O Estado de S. Paulo – Todos os direitos reservados
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Colunas do Estadão 2010
12/12/10
Política e Regulação
A Telebrás, acima da
lei (transcrito em "post" anterior)
O Brasil não precisa de uma estatal de telecomunicações. O que falta ao País é
tudo aquilo que o governo Lula deixou de fazer desde 2003. Foram oito anos
perdidos nas comunicações.
05/12/10
Política & Regulação
Conselhos ao novo
ministro (transcrito em "post" anterior)
Dirijo-me aqui ao futuro ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Não sei se
ele está interessado em minhas sugestões e opiniões. Mesmo assim vou dá-las.
14/11/10
Política & Regulação
Bagunça
institucional (transcrito em "post" anterior)
Assessores petistas do grupo palaciano, como macacos em loja de cristais,
instauram a mais completa desordem institucional das comunicações no País.
31/10/10
Política & Regulação
Telebrás, para
comparsas (transcrito hoje)
A reativação da Telebrás tem o claro objetivo de atender a comparsas políticos.
Uso essa expressão do comandante Quandt de Oliveira para resumir o que são as
telecomunicações no governo Lula.
17/10/10
Política & Regulação
As privatizações
petistas
Privatizar é uma estratégia de administração pública e, como tal, pode ser bem
feita ou mal feita. Uma boa solução ou um desastre. A das telecomunicações
inclui-se no primeiro caso.
29/08/10
Política & Regulação
A fábrica de
salsichas
Em nome da governabilidade, ministérios e empresas públicas são distribuídos
entre partidos da base de apoio, sem nenhuma preocupação com a competência e a
probidade dos dirigentes nomeados.
22/08/10
Política & Regulação
PT descobre um filão
Mais do que preocupação real com as comunicações, que não demonstrou durante
sete anos, o governo federal trata de ocupar politicamente todos os espaços do
setor.
08/08/10
Política & Regulação
Um confisco de R$
362 bilhões
É claro que, com menos impostos, o preço dos serviços poderia ser bem menor e as
tarifas telefônicas brasileiras não seriam consideradas as mais altas do mundo.
25/07/10
Privatização
Bresser,
irreconhecível
Os comentários do professor Luiz Carlos Bresser Pereira a respeito da
privatização das telecomunicações são movidos pela desinformação ou pela paixão
ideológica.
18/07/10
Política & Regulação
Um festival de
ilegalidades
Agora já não se trata apenas da opinião de juristas: o governo federal terá de
responder no STF às arguições de ilegalidade da recriação e da mudança de
objetivos da Telebrás.
06/06/10
Política & Regulação
Esvaziando a Anatel
Desprestigiada durante todo o governo Lula, a Anatel corre agora o risco de
esvaziamento total com o retorno de seus funcionários mais experientes para a
Telebrás.
30/05/10
Política & Regulação
Hélio Costa vs.
Santanna
O novo presidente da Telebrás, Rogério Santanna, faz pose de ministro e
promessas de candidato. Difícil vai ser cumprir o que está prometendo, como
banda larga a 10 reais.
23/05/10
Política & Regulação
Retrato da Nova
Telebrás
Antes de cumprir as promessas do Plano Nacional de Banda Larga, a Telebrás tem
pela frente problemas legais causados pela mudança de atividade-fim e por
suspeitas de corrupção.
16/05/10
Política & Regulação
As razões dos
cínicos
Diante das razões do governo para ressuscitar a Telebrás, só nos resta concluir,
com o mesmo cinismo, que a privatização das telecomunicações foi um fracasso
total.
02/05/10
Política & Regulação
Lula precisa ler o
documento do Ipea
Embora a leitura não faça parte dos seus hábitos, o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva deveria ler as análises e recomendações do Ipea, um órgão ligado à
própria Presidência da República.
04/04/10
Política & Regulação
As duas faces do
Estado
O Brasil deve boa parcela de seu desenvolvimento nas últimas décadas a empresas
estatais. Nem por isso se deve idolatrar o Estado ou atribuir-lhe virtudes que
não tem.
21/03/10
Política & Regulação
Um plano de banda
larga histórico e antológico
As nações que lideram as revoluções tecnológicas obtêm enormes recompensas. Os
Estados Unidos parecem ter redescoberto isso, e tentam agir rapidamente.
14/03/10
Política
Telebrás e PNBL
viraram projeto eleitoral
(transcrito hoje)
É verdade que estamos diante de uma banda larga escassa, cara e lenta. Mas a
solução desses problemas, no entanto, não passa pela recriação da Telebrás.
28/02/10
Política
As duras lições da
recriação da Telebrás (transcrito em "post"
anterior)
O melhor caminho para debater e esclarecer a questão da banda larga passa pelo
Congresso Nacional. Que deveria, também, investigar manipulação de informações e
associações duvidosas.
21/02/10
Política & Regulação
Coreia tem a melhor
banda larga do mundo (transcrito em "post"
anterior)
Acessos a 50 Mbps são comuns e baratos, e dentro de dois anos a velocidade
chegará a 1 Gbps, 16 vezes maior que a dos Estados Unidos.
07/02/10
Política & Regulação
Por que Lula apoia
recriação da Telebrás? (transcrito em "post"
anterior)
Para massificar a banda larga bastariam algumas políticas públicas e uma boa
parceria público-privada. Mas isso não abriria 500 vagas para nomeação de amigos
e correligionários.
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