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Dezembro 2010 Índice Geral do BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!
• "Apagões" e infraestrutura (1) - O incêndio na Oi da Bahia
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
O Leonardo Pedrini, "owner" do Celld-group, postou hoje pela manhã esta
notícia, que transcrevo novamente mais abaixo, para compor o "post"
correspondente no BLOCO, nosso "duto de compartilhamento" com o mundo exterior
aos fóruns: :-)
Fonte: G1
[22/12/10]
Incêndio atinge prédio da Oi na Bahia e afeta telefonia em 6 estados
02.
O participante José Roberto de Souza Pinto sugere uma releitura deste seu
artigo, com graus de aderência ao tema em discussão:
Fonte: e-Thesis
[30/03/10]
Visite o chão da sua fábrica - por José Roberto de Souza
Pinto (transcrição mais abaixo)
Trecho inicial:
(...) Existe relação entre a qualidade da rede física
e a qualidade do serviço prestado ao usuário final? (...)
03.
"Apagões" de toda ordem (telefônicos, "internéticos" e elétricos) são temas
recorrentes em nossas discussões, não só pela importância, complexidade e
implicações, mas porque acontecem e vão continuar ocorrendo.
O debate não deve ficar somente nas críticas (normalmente válidas e pertinentes)
às organizações e empresas envolvidas no último incidente.
O problema é maior, gigantesco, envolvendo a estrutura da internet e , concordem
ou não, a segurança nacional.
Mas, "pelamordedeus", a Telebrás não é a solução, OK? :-)) :-))
O incêndio na Oi na Bahia afetou a "telefonia móvel e fixa e também internet",
conforme a notícia.
Todos os "sistemas nervosos" das operadoras estão concentrados também em uma única
instalação, em cada localidade?
Este tipo de pergunta, e as causas dos incidentes, nunca têm respostas e
explicações satisfatórias.
Estou coletando algumas mensagens e ''posts" antigos, sempre muito atuais, para
ajudar na retomada e condução do debate.
Quem quiser se adiantar poderá pesquisar no
BLOCO, em anos
anteriores, por "Apagão" e "Como funciona a Internet".
Enquanto isso, que tal dar também uma conferida neste artigo, lá no final?
Fonte: Convergência Digital
[11/11/09]
Data Centers ativam contingências para enfrentar o apagão - por Ana Paula
Lobo
Comentários?
Boa leitura!------------------
Fonte: G1
[22/12/10]
Incêndio atinge prédio da Oi na Bahia e afeta telefonia em 6 estados
Incidente travou sistemas em bancos e shoppings.
Há panes em telefones fixos e móveis; até o 190 da PM ficou fora do ar.
Um incêndio atingiu na manhã desta terça-feira (21) o 2º andar do prédio central
da operadora telefônica Oi, localizado no Itaigara, em Salvador. O incidente
compromete o serviço de comunicação - telefonia móvel e fixa e também internet -
oferecido pela empresa em seis estados: Bahia, Alagoas, Sergipe, Pernambuco,
Piauí e Maranhão.
Cerca de dez carros do Corpo de Bombeiros ainda estão no local no combate às
chamas, que ameaçam a estrutura do prédio.
O incidente não deixou feridos, mas três bombeiros passaram mal por terem
inalado fumaça e foram levados a um hospital da região.
O fogo teria começado por volta de 10h30. Não há informações sobre as causas do
incêndo.
Serviços essenciais
O incêndio tirou do ar dois serviços essenciais, como o telefone 190 da Polícia
Militar (PM) - que forneceu como alternativas quatro linhas de celulares
(9996-1880, 9626-6896, 9626-8887 e 9629-4996) - e problema de conexão com a
central de atendimento da Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba).
Comércio afetado
Com a pane nas comunicações, boa parte das lojas e shopping centers da Bahia e
de Sergipe, lotados por conta das compras natalinas, perderam sistemas de
recebimento de cartões de débito e crédito. As vendas foram prejudicadas.
Ainda foram afetadas as operações na rede bancária e nos caixas eletrônicos
espalhados na capital baiana e região metropolitana de Salvador.
Incêndio no prédio da Oi em Salvador teve início na manhã desta terça-feira
(21). À noite, o Corpo de Bombeiros ainda não havia debelado as chamas. Incêndio
no prédio da Oi em Salvador teve início na manhã desta terça-feira (21). À
noite, o Corpo de Bombeiros ainda não havia debelado as chamas. (Foto: Edson
Ruiz / A Tarde / Ag. O Globo)
Em nota, a assessoria de imprensa da Oi confirmou a pane nos sistemas de
telefonia móvel, fixo e de transmissão de dados. Informou ainda que o incidente
gerou dificuldades nas chamadas para clientes de telefonia fixa em regiões de
Alagoas e Sergipe, e de telefonia móvel em regiões de Pernambuco, Alagoas, Piauí
e Maranhão.
Ainda segundo a empresa, todos os equipamentos foram desligados por medida de
segurança e os reparos serão efetuados depois que o prédio foi liberado pelos
bombeiros.
A nota:
A Oi informa que um incêndio ocorrido na manhã de hoje (21/12) numa central
telefônica localizada no bairro de Itaigara, em Salvador (BA), afetou os
serviços de telefonia fixa, móvel e transmissão de dados de clientes em parte do
estado. A central conecta ainda o serviço de telefonia móvel de Sergipe, que
também foi afetado.
O incidente gerou dificuldades no completamento de chamadas para clientes de
telefonia fixa em regiões de Alagoas e Sergipe, e de telefonia móvel em regiões
de Pernambuco, Alagoas, Piauí e Maranhão.
A empresa enviou prontamente suas equipes de atendimento emergencial ao local,
e, no momento, todos os equipamentos estão desligados por medida de segurança.
Os procedimentos de reparo e recuperação dos equipamentos serão iniciados tão
logo os bombeiros e a perícia técnica liberem a estação.
A companhia ainda avalia a extensão da base de clientes afetada pelo incêndio.
No momento, técnicos da empresa trabalham para encontrar alternativas que
minimizem o impacto dos danos à central da Oi. Assim que os técnicos da Oi
tiverem acesso à central será possível estipular uma previsão para o
restabelecimento dos serviços, que ocorrerá de forma gradual, com prioridade
para os serviços de emergência.
A empresa acrescenta que não houve vítimas no incêndio.
---------------------
[Consulte a fonte se houver distorção na tabela e nas figuras desta transcrição]
Fonte: e-Thesis
[30/03/10]
Visite o chão da sua fábrica - por José Roberto de Souza
Pinto
VISITE O CHÃO DA SUA
FÁBRICA
Existe relação entre a qualidade da rede física
e a qualidade do serviço prestado ao usuário final?
Este era um dos principais temas tratados pelas Empresas Prestadoras de Serviços
de Telecomunicações, digo era, pois o que veremos a seguir, me parece que este
tema ficou em segundo plano.
O quadro a seguir retirado de publicação do site TELECO mostra que o maior
número de reclamações se deve a solicitação de reparos, correspondendo a 47,3%
do total de reclamações ocorridas em fevereiro de 2010.
A seguir o ranking de reclamações por motivo ofensor na Central de atendimento
da ANATEL em 2010.
Motivos |
2009 |
Jan/10 |
Fev/10 |
Acumulado |
Reparo |
37,0% |
43,8% |
47,3% |
45,6% |
Instalação |
14,4% |
18,7% |
19,2% |
18,9% |
Cobrança |
29,7% |
17,1% |
16,5% |
16,8% |
Cancelamento |
8,5% |
7,5% |
6,2% |
6,8% |
Atendimento |
4,9% |
5,9% |
5,3% |
5,6% |
Mudança de Endereço |
2,9% |
1,9% |
1,9% |
1,9% |
Bloqueio |
1,0% |
1,6% |
1,1% |
1,4% |
Contrato de prestação de serviço |
0,4% |
1,2% |
0,7% |
1,0% |
Outros |
0,3% |
0,7% |
0,7% |
0,7% |
Desbloqueio |
0,5% |
0,4% |
0,5% |
0,4% |
Demais Motivos |
0,5% |
1,2% |
0,6% |
0,9% |
Provedor de Acesso |
0,03% |
N.D. |
N.D. |
N.D. |
Inclusão no SPC/Serasa |
0,02% |
N.D. |
N.D. |
N.D. |
Total |
200.218 |
14.451 |
14.606 |
29.057 |
N.D. Não Divulgado - Fonte: site TELECO / ANATEL
Outro dado interessante retirado desta mesma
fonte é sobre a quantidade acessos existente no primeiro trimestre de 2009. No
Brasil existiam 12,1 milhões de acessos de SCM, sendo 66,34% xDSL e 17,5% cable
modem.
Os serviços de Comunicação Multimídia – SCM são destinados basicamente à oferta
da solução em banda larga e estes 66,34% na tecnologia DSL (Digital Subscriber
Line) dependem fundamentalmente da mesma rede telefônica local que presta os
serviços de telefonia local (STFC – Local).
Portanto se esta rede de telefonia não apresenta padrões mínimos de qualidade
para o serviço de voz, o serviço de acesso em banda larga certamente apresentará
problemas de qualidade e interrupções. Afinal a qualidade requerida para
transmissão de dados em alta velocidade é superior a necessária para a
comunicação de voz.
No período do Sistema TELEBRÁS as Empresas estavam sujeitas a um conjunto de
padrões técnicos de instalação e reparos na rede telefônica local que tinham o
objetivo de garantir a qualidade do serviço prestado ao usuário pelo menor
número de interrupções, além de minimizar os custos de reparos.
Uma forma simples de avaliar este potencial de problemas que a rede telefônica
pode proporcionar aos serviços prestados, é através da simples visualização das
instalações aéreas das redes de cabos telefônicos instalados nos postes de
energia elétrica.
As fotos apresentadas a seguir foram tiradas em março de 2010, no bairro de
Piratininga, cidade de Niterói no Estado do Rio de Janeiro.
Como pode ser visto a rede de cabos está sem manutenção há algum tempo e
provavelmente ela é responsável pelo elevado índice de reclamações concentrado
no item reparos.
Digo provavelmente, porque não tenho uma associação direta das reclamações de
reparos com esta qualidade visual da rede de cabos, mas sem dúvida este pode
ser um indicativo da quantidade de falhas.
De qualquer forma, aqui fica um alerta para a Prestadora do Serviço, que no
mínimo é responsável por uma péssima qualidade visual, dado a aparência da sua
rede aérea de cabos. Certamente este não é um bom cartão de visitas para uma
Empresa que quer conquistar e manter seus clientes e pretende galgar novos e
importantes espaços no cenário das Telecomunicações.
A questão que se coloca é se a administração desta Empresa Prestadora de
Serviços de Telecomunicações tem conhecimento deste fato, na medida que este
serviço de instalação e recuperação da rede de cabos está totalmente
terceirizada. Certamente este contrato de manutenção terceirizada deve ter
algum padrão técnico de manutenção, o que permite que a gerência deste
contrato possa exigir desta firma contratada condições melhores de reparo e
instalação da rede de cabos telefônicos.
Finalmente acredito que a imagem de uma Empresa Prestadora de Serviços é
fundamental para qualquer atividade, pois na realidade o cliente consumidor
hoje, compra uma marca e não um produto ou serviço especifico, principalmente
nesta área que envolve tecnologias.
Esta imagem está ligada à qualidade do atendimento de serviços ao cliente
final, e este certamente deve ser o objetivo de qualquer prestador de serviço.
Desta forma me parece está faltando recuperar alguns valores técnicos /
culturais esquecidos e visitar o chão da fábrica é uma recomendação importante
para o executivos das Empresas.
José Roberto de Souza Pinto, Engenheiro, Mestre em Economia e Consultor.
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Fonte: Convergência
Digital
[11/11/09]
Data Centers ativam contingências para enfrentar o apagão - por Ana Paula
Lobo
Os data centers enfrentaram uma prova de fogo nesta terça-feira, 10, com o
apagão que atingiu 18 estados do país e durou cerca de cinco horas. TIVIT, Diveo,
Locaweb e DHC colocaram em prática seus esquemas de emergência e, asseguram,
funcionaram sem interrupções. Todos acionaram os geradores a diesel e teriam,
segundo informam, autonomia para suportar até 30 horas de falta de energia.
Todos os executivos entrevistados perceberam picos de uso em função do acesso a
dados via smartphones. Assumem que o fato de o apagão ter ocorrido após às 10 da
noite, reduziu o impacto comercial, apesar de garantirem que para as suas
estruturas, não haveria qualquer mudança em relação a ser ou não horário de
pico. O desconforto, alegam, seria do cliente. Eles acreditam ainda que as
empresas que ainda estavam reticentes ao modelo de terceirização, com o blecaute
de extensão tão significativa - 18 estados - devem rever suas estratégias,
gerando oportunidades de negócios para o final deste ano e para 2010.
Procurados pelo Convergência Digital, os executivos dos Data Centers assume que
o apagão surpreendeu, mas na prática, todos realizam testes periódicos para
simular situações semellhantes. "Os equipamentos são extremamente sensíveis e há
todo um modelo de plantão", observou Carlos Eduardo Mazon, vice-presidente de
infraestrutura de TI da Tivit. A empresa é responsável, por exemplo, pela gestão
e operação do DDA - Débito Direto Automático dos bancos nacionais. O executivo
garante que nenhum cliente da companhia foi prejudicado. "Contingência é parte
da nossa rotina".
A infraestrutura da TIVIT é composta por geradores de mais de 6 MW nos dois data
centers - São Paulo e Rio de Janeiro. A companhia mantém ainda uma capacidade de
armazenamento de 150 mil litros de diesel - o equivalente a um posto de
combustível de médio a grande porte - em cada um dos seus data centers, o que
garante a grande autonomia no funcionamento dos sistemas. como exemplo, os
geradores do Data Center seriam capazes de abastecer uma cidade de 5 mil
habitantes durante o mesmo período.
Também garantindo que todos os seus clientes não tiveram qualquer problema com o
apagão, o diretor da Diveo do Brasil, Marco Américo, é menos otimista com o
cenário da energia elétrica no país. "No nosso plano já contávamos com problemas
em função do aumento do consumo, mas é, claro, um apagão dessa proporção veio de
surpresa", observou. A Diveo também acionou o seu plano emergencial nos dois
data centers - Tamboré, com 17 mil metros quadrados e no Itaim, na zona sul
paulista, com 300 mestros. "O impacto foi zero", garante.
Américo acredita que a falta de energia acenda o sinal amarelo nas empresas que
não estão em data centers, inclusive, àquelas que apostaram em planos de
contingência próprios. "A expansão do apagão mostrou que redundância apenas não
sustenta as operações. É preciso um sistema apropriado e preparado para
enfrentar problemas", destacou.
Sem luz, os data centers são dependentes de diesel para os geradores. A Diveo,
exatamente por isso, afirma o executivo, possui um acordo com a Ipiranga
Petróleo para o abastecimento. "Isso nos tranquiliza porque temos capacidade
para suportar situações ainda mais extremas do que essa falta de luz por cinco
horas", conta.
O diretor de Engenharia e Produtos da DHC, Alexandre Cadaval, diz que a empresa
também acionou o plano de emergência. Entre os clientes do data center estão
portais como o Magazine Luiza e o Ponto Frio, além de sites de notícias. "O
esquema é acionado automaticamente por sensores e temos funcionários preparados
para lidar com situações de emergência. Os sites ficaram ativos, mas os
consumidores só conseguiam entrar através dos dispositivos móveis porque não
tinham luz nas suas residências", conta o executivo.
Cadaval diz que o efeito do apagão será sentido. "O tempo de duração não foi tão
longo, mas a sua extensão sim, e haverá empresas sendo questionadas se houve
falhas nos seus sistemas", observa. Vitor Sebastian, gerente de marketing da
Locaweb, também informa aque a empresa não parou durante o apagão. Segundo ele,
a arquitetura dos data centers foi desenhada para enfrentar situações de
emergência.
"Temos equipamentos que detectam quando as falhas começam, antes mesmo de a luz
apagar para que os sistemas redundantes possam ser acionados", conta. O
executivo compartilha da tese de que as empresas prejudicadas pelo apagão desta
terça-feira, 11, devem repensar seus projetos. "Manter suas operações seguras é
atividade crucial. Emergências acontecem e devem ser prevenidas para minimizar
as perdas", completou.
Uma certeza há entre todos os executivos: A energia elétrica é a alma do
negócio, mas na emergência - além das baterias, cada vez mais resistentes com
autonomias maiores, o bom e velho diesel também se torna crucial para a
manutenção dos sistemas.
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