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Dezembro 2010               Índice Geral do BLOCO

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23/12/10

• "Apagões" e infraestrutura (2) - O incêndio na Oi da Bahia - Comentário de Rubens Kuhl + Duas notícias + "Terrorismo"

Olá, WirelessBR e Celld-group!

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01.
O participante Rubens Kuhl comenta, no item abaixo, esta noticia e o "post" anterior:
Fonte: G1
[22/12/10]   Incêndio atinge prédio da Oi na Bahia e afeta telefonia em 6 estados

02.
Mensagem do Rubens:

de Rubens Kuhl <rubensk@gmail.com>
para wirelessbr@yahoogrupos.com.br, Celld-group@yahoogrupos.com.br
data 23 de dezembro de 2010 00:26
assunto Re: [wireless.br] "Apagões" e infraestrutura - O incêndio na Oi da Bahia

> O incêndio na Oi na Bahia afetou a "telefonia móvel e fixa e também internet", conforme a notícia.
> Todos os "sistemas nervosos" das operadoras estão concentrados também em uma única instalação, em cada localidade?
> Este tipo de pergunta, e as causas dos incidentes, nunca têm respostas e explicações satisfatórias.

Nenhuma frase de executivo de Telecom hoje em dia deixa de incluir a buzz-word "Convergência" (pode ser como adjetivo claro, "convergente"), e é muito esperável que todos os serviços de telecom dependentes de uma estação sejam afetados. A convergência também é tema recorrente nestas listas quando se diz o "tal do backhaul", pois é por causa da convergência que há serviços concedidos e autorizados apoiados na mesma estrutura causando bastante discussão sobre qual deles deve pagar a conta, ou qual parte da conta.

O que impressiona neste caso é a quantidade de usuários/circuitos afetados, típica de um design hierárquico comum aos sistemas de telefonia fixa comutada, mas não de um design convergente. Isso mostra uma tendência dessa operadora a assumir "o bônus mas não o ônus" da convergência que inclui não apenas transportar diversos serviços sobre
uma mesma estrutura mas também reduzir o "fate sharing" ao ter menores dependências de pontos únicos de falha.

A sorte dos projetistas neste caso é que eles muito provavelmente recomendaram que isso tivesse sido feito diferente, e algum corte de CAPEX motivou a que não... quem recomendou vai por a culpa em quem cortou, quem cortou vai alegar que era necessário para atingir a meta de earnings/share, e todos ficarão felizes.

Exceto os clientes, claro.
Rubens Kühl

Valeu, Rubens!!!

03.
Anoto mais duas notícias sobre o tema:

Fonte: Salvador com H - Origem: A Tarde On Line
[22/12/10]  Incêndio no Itaigara: Procon aperta Oi

Fonte: INFO
[22/12/10]  Após incêndio, Oi dará 3G a clientes na Bahia

04.
Ontem opinei que a infraestrutura da internet é problema de segurança nacional. Volto ao tema em outra mensagem.

Vejam esta matéria do ano passado, extremamente atual, já em clima das próximas "Copa" e "Olimpíada":
Fonte: Convergência Digital
[29/10/09]   Guerra Digital: Datacenters pecam em planos de recuperação de desastre
Recortes:
(...) O ciberterrorismo cresce rapidamente no mundo, mas apenas 1/3 das empresas estão implantando projetos de recuperação de desastres, revela estudo divulgado pela associação norte-americana de Data Center, AFCOM, de acordo com reportagem do portal Cnet.News.(...)

(...) O estudo da AFCOM apura ainda que nos últimos cinco anos, 63% dos datacenters tiveram um crescimento expressivo de dados considerados estratégicos para a sobrevivência de governos e grandes empresas, mas poucos, conclui a entidade, adotaram medidas efetivas contra o ciberterrrorismo. A AFCOM verificou 436 datacenters em 27 países, sendo que 83% deles estavam localizados nos Estados Unidos. (...)

Boa leitura!
Boas Festas e um ótimo 2011!
Um abraço cordial
Helio Rosa

Portal WirelessBRASIL
BLOCOs Tecnologia e Cidadania

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Fonte: Salvador com H - Origem: A Tarde On Line
[22/12/10]  Incêndio no Itaigara: Procon aperta Oi

Procon-Ba solicita que OI preste esclarecimentos a consumidor

Salvador - A operadora de telefonia Oi deverá prestar esclarecimentos aos consumidores lesados com a interrupção dos serviços de telecomunicações, nesta terça-feira, 21, quando o prédio da operadora no bairro do Itaigara foi consumido por um incêndio. A determinação foi feita pelo Procon-Ba, através de contato estabelecido com a operadora, e prevê informações sobre prazos para restabelecimento dos serviços e posicionamento adotado em relação ao pagamento das faturas do mês de dezembro.

De acordo a superintendente do Procon-BA, Cristiana Santos, a informação é um direito garantido pelo Código de Defesa do Consumidor, razão pela qual a empresa tem o dever de ir à público, por todos os meios de comunicação disponíveis, para prestar esclarecimentos à população. A superintendente destacou ainda que a empresa não poderá cobrar pelos serviços não prestados durante o período de indisponibilidade, o que poderia ser caracterizado como enriquecimento sem causa.

O incêndio, que teve início por volta das 9h30 desta terça-feira, na central da operadora, localizada no Itaigara, afetou também o comércio e operações bancárias. Em muitos casos, como a telefonia móvel, os serviços ainda não foram totalmente restabelecidos. Uma nota técnica com orientações aos clientes da OI será disponibilizada pelo Procon no site da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia (SJCDH).

Serviços
Além do serviço de atendimento ao cliente da Coelba, através do telefone 0800 071 0800, que ficou comprometido por conta do incêndio, outros serviços à população de Salvador também foram comprometidos.

É o caso do Serviço Estadual de Intermediação para o Trabalho (SineBahia) que, por conta da pane dos sistemas, opera manualmente e oferece, por enquanto, apenas a habilitação ao Seguro-Desemprego. A intermediação de vagas de emprego está suspensa temporariamente, mas todos os funcionários estão nos postos, aguardando a regularização do serviço.

A resposta da OI
Em comunicado oficial enviado à imprensa, a OI informou que os técnicos da companhia tiveram acesso ao local do incêndio na manhã desta quarta-feira, 22, e deram início à avaliação da extensão dos danos causados, o que deverá permitir que a operadora informe quais os prognósticos para restabelecimentos de cada um dos serviços afetados. De acordo com a assessoria da operadora, os principais indícios apontam que a causa do incêndio foi um curto-circuito.

A OI informou, através da nota, que parte dos serviços de telefonia fixa e banda larga em Salvador já foram normalizados e, “com o redirecionamento do tráfego de voz, a rede de telefonia móvel da companhia voltou a operar”.

Diante dos transtornos causados pelo incidente, a operadora informa ainda que “adotará medidas emergenciais visando a minimizar os efeitos do incêndio para seus clientes que porventura ainda não tiveram seus serviços normalizados”.

De acordo com a nota da operadora, “os clientes do serviço de telefonia fixa afetados poderão retirar aparelho para acesso emergencial provisório, que garantirá a comunicação de voz pelo período que o serviço permanecer interrompido. Já os clientes do Oi Velox que tiveram seu serviço de banda larga paralisado em decorrência do incêndio receberão mini-modem 3G para conexão sem fio à Internet”.

Os acessos emergenciais provisórios poderão ser retirados no Fiesta Bahia Hotel, na Avenida Antônio Carlos Magalhães, nº 771, no Itaigara (ao lado do prédio onde houve o incêndio). Para tanto, é necessário que o cliente compareça ao local munido de documento de identidade e da última conta vinculada ao serviço afetado. O atendimento terá início a partir do meio-dia desta quinta-feira, 23.

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Fonte: INFO
[22/12/10]   Após incêndio, Oi dará 3G a clientes na Bahia

SÃO PAULO – Passado quase um dia do incêndio em Salvador, a Oi ainda não consegue estipular um prazo para a normalização dos serviços de telefonia e dados. A empresa tomou medidas para amenizar a situação e o acesso de alguns usuários.

A Oi informou, por sua assessoria de imprensa, que todos os serviços prestados aos Bombeiros e à PM de Salvador já foram reestabelecidos. Quanto aos usuários de telefonia fixa sem acesso, a empresa se comprometeu a oferecer modems 3G e aparelhos de celular com um sistema de franquia, válido até o serviço ser refeito.

“Tanto os aparelhos como os mini-modems poderão ser retirados a partir de amanhã, ao meio-dia (horário local), no centro de convenções do Fiesta Bahia Hotel, localizado na Avenida Antonio Carlos Magalhães 711, na Pituba”, informa a assessoria.

Para quem tiver dúvidas, a Oi disponibilizou o número 0800 031 64 64 para atender a população, além do canal 103 31 para clientes da operadora.

O incêndio num prédio de três andares ocupado pela Oi na cidade começou na manhã de ontem (21/12) e se estendeu até a madrugada de hoje. Foram afetados serviços públicos de Salvador, como polícia e bombeiros, além de serviços de telefonia fixa, móvel e dados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Piauí e Maranhão.

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Fonte: G1
[22/12/10]   Incêndio atinge prédio da Oi na Bahia e afeta telefonia em 6 estados

Incidente travou sistemas em bancos e shoppings.
Há panes em telefones fixos e móveis; até o 190 da PM ficou fora do ar.

Um incêndio atingiu na manhã desta terça-feira (21) o 2º andar do prédio central da operadora telefônica Oi, localizado no Itaigara, em Salvador. O incidente compromete o serviço de comunicação - telefonia móvel e fixa e também internet - oferecido pela empresa em seis estados: Bahia, Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Piauí e Maranhão.

Cerca de dez carros do Corpo de Bombeiros ainda estão no local no combate às chamas, que ameaçam a estrutura do prédio.

O incidente não deixou feridos, mas três bombeiros passaram mal por terem inalado fumaça e foram levados a um hospital da região.

O fogo teria começado por volta de 10h30. Não há informações sobre as causas do incêndo.

Serviços essenciais
O incêndio tirou do ar dois serviços essenciais, como o telefone 190 da Polícia Militar (PM) - que forneceu como alternativas quatro linhas de celulares (9996-1880, 9626-6896, 9626-8887 e 9629-4996) - e problema de conexão com a central de atendimento da Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba).

Comércio afetado
Com a pane nas comunicações, boa parte das lojas e shopping centers da Bahia e de Sergipe, lotados por conta das compras natalinas, perderam sistemas de recebimento de cartões de débito e crédito. As vendas foram prejudicadas.

Ainda foram afetadas as operações na rede bancária e nos caixas eletrônicos espalhados na capital baiana e região metropolitana de Salvador.
Incêndio no prédio da Oi em Salvador teve início na manhã desta terça-feira (21). À noite, o Corpo de Bombeiros ainda não havia debelado as chamas. Incêndio no prédio da Oi em Salvador teve início na manhã desta terça-feira (21). À noite, o Corpo de Bombeiros ainda não havia debelado as chamas. (Foto: Edson Ruiz / A Tarde / Ag. O Globo)

Em nota, a assessoria de imprensa da Oi confirmou a pane nos sistemas de telefonia móvel, fixo e de transmissão de dados. Informou ainda que o incidente gerou dificuldades nas chamadas para clientes de telefonia fixa em regiões de Alagoas e Sergipe, e de telefonia móvel em regiões de Pernambuco, Alagoas, Piauí e Maranhão.

Ainda segundo a empresa, todos os equipamentos foram desligados por medida de segurança e os reparos serão efetuados depois que o prédio foi liberado pelos bombeiros.

A nota:
A Oi informa que um incêndio ocorrido na manhã de hoje (21/12) numa central telefônica localizada no bairro de Itaigara, em Salvador (BA), afetou os serviços de telefonia fixa, móvel e transmissão de dados de clientes em parte do estado. A central conecta ainda o serviço de telefonia móvel de Sergipe, que também foi afetado.

O incidente gerou dificuldades no completamento de chamadas para clientes de telefonia fixa em regiões de Alagoas e Sergipe, e de telefonia móvel em regiões de Pernambuco, Alagoas, Piauí e Maranhão.

A empresa enviou prontamente suas equipes de atendimento emergencial ao local, e, no momento, todos os equipamentos estão desligados por medida de segurança. Os procedimentos de reparo e recuperação dos equipamentos serão iniciados tão logo os bombeiros e a perícia técnica liberem a estação.

A companhia ainda avalia a extensão da base de clientes afetada pelo incêndio.

No momento, técnicos da empresa trabalham para encontrar alternativas que minimizem o impacto dos danos à central da Oi. Assim que os técnicos da Oi tiverem acesso à central será possível estipular uma previsão para o restabelecimento dos serviços, que ocorrerá de forma gradual, com prioridade para os serviços de emergência.

A empresa acrescenta que não houve vítimas no incêndio.

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Fonte: Convergência Digital
[29/10/09]   Guerra Digital: Datacenters pecam em planos de recuperação de desastre

O ciberterrorismo cresce rapidamente no mundo, mas apenas 1/3 das empresas estão implantando projetos de recuperação de desastres, revela estudo divulgado pela associação norte-americana de Data Center, AFCOM, de acordo com reportagem do portal Cnet.News.

O levantamento constata que a maioria dos entrevistados - 60,9% - admite preocupação com ações cibercriminosas, mas apenas 19,7% adotam, efetivamente, políticas de treinamento em seus empregados para evitar danos nos negócios em função de uma guerra digital. Já 24,8% admitiram que incluiram práticas de segurança em seus manuais, mas que isso não significa uma adoção específica na rotina diária de trabalho.

De acordo ainda com o relatório, mais de 20% dos datacenters no mundo não estão preparados para enfrentar uma guerra virtual - o que significa risco iminente de perda de dados e informações confidenciais. Além disso, a maior parte deles falha num ponto estratégico: Eles não checam informações sobre seus funcionários, responsáveis diretos pela manutenção dos ambientes, considerados de alta segurança.

Os ciberataques são uma realidade. A Georgia, por exemplo, sofreu uma série de ataques e diversos sites estratégicos ficaram fora do 'ar' por ação de cibercriminosos, supostamente ligados à União soviética - os países vivem um enfrentamento político, econômico e social. Em julho, os Estados Unidos e a Coréia do Norte também teriam sofrido ataques criminosos em sites estratégicos e teriam, preventivamente, reforçado suas políticas de segurança.

O estudo da AFCOM apura ainda que nos últimos cinco anos, 63% dos datacenters tiveram um crescimento expressivo de dados considerados estratégicos para a sobrevivência de governos e grandes empresas, mas poucos, conclui a entidade, adotaram medidas efetivas contra o ciberterrrorismo. A AFCOM verificou 436 datacenters em 27 países, sendo que 83% deles estavam localizados nos Estados Unidos.


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