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18/02/10
• Telebrás, Eletronet e PNBL (178) - A troca de correspondência entre CVM, Telebrás e Minicom + "Ressurreiçômetro"
de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br,
wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 18 de fevereiro de 2010 08:51
assunto Telebrás, Eletronet e PNBL (178) - A troca de correspondência entre CVM,
Telebrás e Minicom + "Ressurreiçômetro"
Olá, ComUnidade
WirelessBRASIL!
01.
Todo o esforço comunitário é no sentido de debater os aspectos técnicos,
administrativos, legais e de mercado do futuro PNBL.
Infelizmente não se conhecem detalhes do Plano gestado a portas fechadas e com
pouquíssimos interlocutores, ditos "representantes de segmentos da sociedade".
Consta que o PNBL será sacramentado por decreto presidencial, sem consulta
pública nem passagem pelo Congresso.
O que podemos fazer, enquanto isso, é manter a ComUnidade informada com matérias
e comentários de várias fontes, para estimular o debate.
Como participante individual, permito-me continuar lendo o noticiário, tentando
entender alguns "aspectos periféricos"... :-)
Em alguns casos, como desta mensagem, não se acrescenta nada mas o tema fica na
berlinda... :-)) :-))
02.
Tudo bem, é uma necessária burocracia para seguir o "protocolo" mas não deixa de
ser uma hipocrisia a troca de correspondência entre CVM, Telebrás e Minicom.
E já nos socorremos no Houaiss: :-)
Hipocrisia
substantivo feminino
1 característica do que é hipócrita; falsidade, dissimulação
2 ato ou efeito de fingir, de dissimular os verdadeiros sentimentos, intenções;
fingimento, falsidade
3 caráter daquilo que carece de sinceridade
Ex.: a h. das palavras
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mais
do que ninguém e antes de todos, sabe muito bem porque ocorrem oscilações nos
preços de determinadas ações.
No caso da Telebrás, empresa vinculada ao Ministério das Comunicações, a CVM
sabe muito bem que a forte especulação é devida às declarações presidenciais,
ministeriais e tais.
Como a "União" é o acionista majoritário, a CVM já poderia impor algum tipo de
punição por falta da necessária comunicação de "fato relevante" e pelas
declarações, no caso, irresponsáveis, das autoridades envolvidas.
Não punir de imediato, claro, estimula a impunidade e a continuação das
declarações, mesmo todos os envolvidos sabendo muito bem que as especulações são
alimentadas por elas.
Mas a CVM, confortavelmente, segue o "protocolo" e "pede explicações" à
Telebrás.
A Telebrás, como se fosse o "Convento das Carmelitas Descalças", diz que
"desconhece as razões dessa movimentação" e que "julga que, dentre os possíveis
fatos para a forte e clara especulação que vem ocorrendo, pode ser a repercussão
do vasto noticiário veiculado pelos órgãos de imprensa sobre assuntos de
políticas de telecomunicações e intenções governamentais de projetos, assuntos
estes recorrentes desde 2007."
Ou seja, a responsabilidade parece ser do "vasto noticiário"....
A Telebrás informa ainda que solicitou ao ministro das Comunicações os
“esclarecimentos necessários para responder à CVM no prazo designado (cinco
dias)".
O ministro das Comunicações, então, responde à
Telebrás (seguindo o "protocolo") num ofício que é uma pérola de desfaçatez
oficial.
Mas, o teor "em cima do muro" do documento poderia até ganhar alguma
autenticidade tendo em vista que o ministro - que já foi a favor - hoje é contra
a reativação da Telebrás.
Mas, como sabemos que a reativação da Telebrás é quase uma certeza absoluta
(ops!) e que a declaração ministerial é apenas para evitar punição pela CVM, o
documento então vale realmente como um fato relevante oficioso da
"ressurreição".
Urge uma punição aplicada pela CVM às autoridades envolvidas!
E haja especulação! Ontem as ações da Telebrás tiveram uma nova alta (Ler no
Teletime).
E a Folha de S. Paulo informa: Ações da Telebrás sobem 35.000% no governo
Lula
(Ler no
Blog do Noblat)
O competente e corajoso jornalista Bóris Casoy anda meio desacreditado
(acometido de um "microfone aberto") mas seu famoso bordão continua válido:
Isto é uma vergonha!
03.
A "quase certeza absoluta" citada acima é tão forte que o nosso Leonardo
Araujo colocou no
seu
Blog um "ressurreiçômetro": um reloginho com contagem regressiva para a
Fenixbrás renascer das cinzas. :-))
Da minha parte, ferrenhamente contra a reativação da estatal (mas a favor de um
PNBL sério e honesto), trata-se de uma bomba-relógio e estou querendo saber se
corto o fio branco, preto ou vermelho para desativá-la. Tic tac tic tac... Rezem
por mim! :-)) :-))
Já o
Silvio, do Blog do mesmo nome, me dá algum algum conforto: :-)
"Opinião: Telebrás hoje é um títere negociado, não acredito na reativação da
empresa."
04.
Brincadeiras à parte, abaixo, para inclusão nos implacáveis arquivos
comunitários, estão algumas matérias sobre a CVM x Telebrás (recentes
e do ano passado): :-)
Fonte: Convergência Digital
[29/01/10]
Telebrás repassa cobrança da CVM/Bovespa para o Minicom - por Ana Paula Lobo
Fonte: Tele.Síntese
[29/01/10]
CVM e Bovespa pedem explicações à Telebrás sobre aumento de ações
Fonte: Insight
[11/02/10]
Ofício do Minicom à Telebrás
Fonte: Convergência
Digital
[15/09/09]
Telebrás/Banda Larga: CVM adverte presidente da estatal - Da redação
Fonte: Estadão
]19/09/07]
CVM investiga giro atípico de ações da Telebrás - por Ana Paula Ragazzi e
Michelly Teixeira
Fonte: Monitor Mercantil
[17/09/09]
CVM não puniu executivo da Telebrás só porque é do governo?
Fonte: Valor Online
[05/10/09]
Diretor da Telebrás pede suspensão de ações após disparada
Contra, a favor, muito pelo contrário... Ao debate!!!
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio
Rosa
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Fonte: Convergência
Digital
[29/01/10]
Telebrás repassa cobrança da CVM/Bovespa para o Minicom - por Ana Paula Lobo
Ao ser questionada mais uma vez em função das variações em suas ações no
mercado, a diretoria da Telebrás enviou uma carta à Bovespa e à Comissão de
Valores Mobiliário informando que solicitou " esclarecimentos necessários sobre
os rumores em relação à empresa ao Ministério das Comunicações".
No documento, a diretoria da Telebrás enfatiza que "desconhece fatos que possam
justificar as oscilações nas ações", mas admite que elas possam estar ocorrendo
em função 'do vasto noticiário divulgado na imprensa sobre intenções
governamentais de projetos", sem citar diretamente, no entanto, o Plano Nacional
de Banda Larga.
Fato é que desde o início da especulação sobre o futuro da Telebrás, a diretoria
da estatal está às voltas com cobranças dos órgãos oficiais de mercado. Isso
porque as oscilações nas ações da empresa têm sido uma constante - para baixo e
para cima.
O presidente da estatal, Jorge da Motta Silva, inclusive, foi advertido pela CVM,
em setembro do ano passado, por essas variações nos preços da ação. A
movimentação financeira estaria ligada ao fato de a Telebrás vir a ser, de fato,
gestora do projeto nacional de Banda Larga do governo Lula, a ser ainda
anunciado formalmente.
Em outubro, com mais rumores, a Telebrás se eximiu de responsabilidade e
encaminhou comunicado à CVM reiterando que 'desconhece a existência de projetos,
até porque não é formulador de políticas públicas de telecomunicações, só
podendo atuar junto ao mercado com fatos concretos, o que não vem ocorrendo".
Agora, em janeiro, surge nova cobrança à diretoria da estatal.
Veja abaixo a carta encaminhada pelo presidente e diretor de Relações com
Investidores da Telebrás, Jorge da Motta e Silva, à Bovespa e à CVM, nesta
quinta-feira, 29 de janeiro.
À BOVESPA
NELSON BARROSO ORTEGA
Gerência de Acompanhamento de Empresas
Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA
São Paulo - SP
Prezado Gerente.
Em reposta aos Ofícios GAE 105 e 111 do mesmo teor, respectivamente dos dias 27
e 28 do corrente mês, temos a informar:
a) A diretoria da TELEBRÁS e este DRI desconhecem fatos que possam justificar as
oscilações referenciadas com as ações da Companhia. Não temos qualquer documento
oficial sobre a questão.
b)Já expedimos correspondência ao Excelentíssimo Senhor Ministro das
Comunicações, solicitando “esclarecimentos necessários para responder à CVM no
prazo designado (cinco dias), objetivando informar ao Mercado.
c) Entretanto, julgamos que, dentre os possíveis fatos para a forte e clara
especulação que vem ocorrendo, pode ser a repercussão do vasto noticiário
veiculado pelos órgãos de imprensa, sobre assuntos de políticas de
telecomunicações e intenções governamentais de projetos, assuntos estes
recorrentes desde 2007.
Atenciosamente,
Jorge da Motta e Silva
Presidente e Diretor de Relações com Investidores
------------------
Fonte: Tele.Síntese
[29/01/10]
CVM e Bovespa pedem explicações à Telebrás sobre aumento de ações
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Bolsa de Valores, Mercadorias e
Futuros (BM&FBovespa) pediram explicações à Telebrás sobre as oscilações
registradas com as ações ordinárias e preferenciais de emissão da companhia e
sobre o aumento no volume de negócios/quantidade de papéis negociados neste mês
na Bovespa. "Vimos solicitar que nos seja informado com a maior brevidade
possível, se há algum fato, do conhecimento de
V.S.as., que possa justificá-los",
diz o ofício encaminhado ao diretor de Relações com Investidores da Telebrás,
Jorge da Motta e Silva.
Com as notícias que têm sido veiculadas sobre a participação da Telebrás no
Plano Nacional de Banda Larga, os papéis da empresa registraram forte alta no
início deste ano na Bovespa. No período de 13 janeiro até o dia 27, as ações ON
da Telebrás oscilaram fortemente, com o pico de alta no dia 19 deste mês, quando
aumentaram 35,43% em relação ao dia anterior. O maior volume financeiro com as
ON ocorreu no dia 27, quando os papéis movimentaram R$ 11,87 milhões na bolsa.
Já as ações PN chegaram a subir 37,79% no dia 19, quando houve também o maior
volume financeiro negociado -- R$ 195 milhões.
O diretor de RI da Telebrás diz que desconhece as razões dessa movimentação, no
entanto, "julga que, dentre os possíveis fatos para a forte e clara especulação
que vem ocorrendo, pode ser a repercussão do vasto noticiário veiculado pelos
órgãos de imprensa sobre assuntos de políticas de telecomunicações e intenções
governamentais de projetos, assuntos estes recorrentes desde 2007." Ele informa
ainda que solicitou ao ministro das Comunicações os “esclarecimentos necessários
para responder à CVM no prazo designado (cinco dias)". (Da redação)
------------------------------
Ofício do Minicom à Telebrás
GABINETE DO MINISTRO
Ofício no 05 /2010-MC
Brasília, 11 de fevereiro de 2010.
Ao Senhor
JORGE DA MOTTA E SILVA
Presidente da Telecomunicações Brasileiras S.A. - Telebrás
SCN, Quadra 04, Bloco “B”, 9o andar – Sala 903
Centro Empresarial VARIG
70714-900 Brasília-DF
Assunto: matéria veiculada pelo jornal Folha de São Paulo
Senhor Presidente,
Comunico a Vossa Senhoria a minha preocupação diante da repercussão em potencial
causada no mercado de valores mobiliários pela matéria “Governo confirma
Telebrás na banda larga”, veiculada nesta data pela Folha de São Paulo, caderno
“Dinheiro”, página B8 (cópia anexa).
Ao contrário do que se possa inferir da leitura da matéria, não há ainda
qualquer decisão tomada pelo Governo acerca da inclusão da Telebrás no Plano
Nacional de Banda Larga - PNBL.
Informo, ainda, que participei de reunião sobre o tema em 10 de fevereiro
último, com a presença do Excelentíssimo Senhor Presidente da República e outros
Ministros de Estado e técnicos envolvidos com a idealização do programa,
entretanto, não conclusiva e que teve como encaminhamento a realização de nova
reunião para tratar do assunto, o que deverá ocorrer em março deste ano.
Nesta oportunidade, reitero os termos do Ofício no 03/2010-MC, de 29 de janeiro
de 2010, pelo qual comuniquei a Vossa Senhoria que a inclusão da referida
empresa no âmbito do PNBL continua sendo objeto de estudos, não se podendo
afirmar com segurança, neste momento, que, efetivamente, a companhia será parte
do programa. Também não é possível determinar, por ora, quais seriam as
atribuições da Telebrás e o escopo de sua atuação na hipótese de sua eventual
participação no PNBL.
Atenciosamente,
HÉLIO COSTA
Ministro de Estado das Comunicações
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Fonte: Convergência
Digital
[15/09/09]
Telebrás/Banda Larga: CVM adverte presidente da estatal - Da redação
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) julgou nesta terça-feira, 15/09, o
presidente e diretor de relações com investidores da Telebrás, Jorge da Motta e
Silva, no processo que apurava o movimento atípico das ações da estatal em 9 de
abril do ano passado, quando os papéis preferenciais da empresa caíram 66,9% -
os ordinários tiveram queda de 30,2%.
O executivo foi julgado de acordo com a regra do mercado de ações referente à
divulgação e uso de informações sobre ato ou fato relevante relativo às
companhias abertas. Mais especificamente pelo dispositivo previsto no parágrafo
único, do artigo 4, da Instrução 358/02, da CVM, que diz:
"Caso ocorra oscilação atípica na cotação, preço ou quantidade negociada dos
valores mobiliários de emissão da companhia aberta ou a eles referenciado, o
Diretor de Relações com Investidores deverá inquirir as pessoas com acesso a
atos ou fatos relevantes, com o objetivo de averiguar se estas têm conhecimento
de informações que devam ser divulgadas ao mercado."
O colegiado do órgão financeiro do país decidiu, por unanimidade, aplicar uma
advertência em Jorge Motta e Silva. A notícia que provocou a questão e citada
pela CVM foi divulgada pelo Convergência Digital. Nela, o ministro das
Comunicações, Hélio Costa, duvidava da possibilidade de a Telebrás ser a gestora
do projeto de banda larga nas escolas, oficialmente firmado naquele mesmo mês de
abril com as concessionárias de telefonia.
"Nós não conseguimos viabilizar ainda a Telebrás, como uma empresa viável para
poder fazer a gestão deste empreendimento", afirmou Costa ao Convergência
Digital. Na mesma entrevista, o ministro afirmou que essa grande rede de
inclusão digital seria gerida pelos ministérios da Educação e das Comunicações.
O presidente da Telebrás reagiu à decisão do Colegiado da CVM. Ele não gostou de
ter sido advertido e tentou argumentar com os conselheiros que não tinha porquê
da punição - que significa, na prática, que num possível novo julgamento - caso
ele venha a ocorrer no órgão regulador - ele seria punido de forma mais rigorosa
com multa financeira ou, até mesmo, a inexbilidade para atuar à frente da
empresa. Punição não é definitiva porque ainda cabe recurso.
Quando respondeu ao questionamento da CVM, o presidente da Telebrás sustentou
que "não teve qualquer participação na divulgação da possível declaração do
Senhor Ministro, até porque cabe exclusivamente ao Ministério das Comunicações a
formulação das políticas públicas de Comunicações do País".
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Fonte: CVM
[15/09/09]
EXTRATO DA SESSÃO DE JULGAMENTO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR CVM Nº
RJ2008/8843
Acusado: Jorge da Motta e Silva
Ementa: Descumprimento, por parte do Diretor de Relações com Investidores da
TELEBRAS, do dever de diligenciar previsto na Instrução CVM Nº 358/02.
Advertência.
Decisão: Vistos, relatados e discutidos os autos, o Colegiado da Comissão de
Valores Mobiliários, com base na prova dos autos e na legislação aplicável, por
unanimidade de votos, decidiu, preliminarmente, não acatar o argumento da defesa
de não atendimento do art. 11 da Deliberação CVM nº 538/2008 por julgá-lo
improcedente e, no mérito, aplicar ao acusado Jorge da Motta e Silva, DRI da
TELEBRAS, a penalidade de advertência, pelo descumprimento do disposto no
parágrafo único do art. 4º da Instrução CVM nº 358/02, ao não ter diligenciado
junto ao acionista controlador para obter informações a respeito da noticia
publicada em 09.04.08 acerca da exclusão da Telebrás no Projeto de Banda Larga.
O acusado punido terá um prazo de 30 dias, a contar do recebimento de
comunicação da CVM, para interpor recurso, com efeito suspensivo, ao Conselho de
Recursos do Sistema Financeiro Nacional, nos termos dos artigos 37 e 38 da
Deliberação CVM nº 538, de 05 de março de 2008.
Proferiu defesa oral o advogado Deolindo José de Freitas Júnior, representante
do acusado Jorge da Motta e Silva.
Presente a procuradora Milla de Aguiar Vasconcelos Ribeiro, representante da
Procuradoria Federal Especializada da CVM.
Participaram do julgamento os diretores Eliseu Martins, relator, Eli Loria,
Otavio Yazbek e Marcos Barbosa Pinto, que presidiu a sessão.
Ausente a presidente da CVM, Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana.
Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2009.
Eliseu Martins
Diretor-Relator
Marcos Barbosa Pinto
Presidente da Sessão de Julgamento
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Fonte: Estadão
]19/09/07]
CVM investiga giro atípico de ações da Telebrás - por Ana Paula Ragazzi e
Michelly Teixeira, da Agência Estado
Na sexta, papéis apresentaram oscilação e giro atípicos: as ONs subiram 200%, e
as PNs, 218%
SÃO PAULO - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai investigar se houve
algum movimento irregular com ações da Telebrás. Na sexta-feira, os papéis
apresentaram oscilação e giro atípicos: as ordinárias (ON, com direito a voto)
subiram 200%, com giro de R$ 1,96 milhão, e as preferenciais (PNs,sem direito a
voto), 218%, com R$ 12,973 milhões. A CVM esclarece que essa investigação é
normal quando alguma ação tem movimento atípico.
A própria Telebrás pediu, também nesta segunda, o bloqueio da negociação com as
ações, após ter sido consultada pela Bovespa a respeito da forte alta. Contudo,
a Bolsa optou por não suspender os negócios com as ações da empresa.
O comentário do mercado na sexta-feira era que os papéis reagiram à expectativa
de anúncio do governo de medidas com o objetivo de fornecer infra-estrutura para
internet banda larga em todos os municípios brasileiros nos próximos três anos.
Uma das hipóteses, levantada na quarta-feira pelo ministro das Comunicações,
Hélio Costa, era usar a Telebrás para administrar essa estrutura. Mas Costa
reconhece que é necessário resolver pendências da Telebrás na Justiça para que
ela possa cumprir esse papel.
Questionada pela Bovespa, a Telebrás informou que tomou conhecimento da notícia
via imprensa. "A Telebrás não teve qualquer participação na divulgação da
possível declaração do senhor ministro, até porque cabe exclusivamente ao
Ministério das Comunicações a formulação das políticas públicas de
Comunicações", disse o presidente da companhia, Jorge da Motta e Silva, em nota.
Esquecimento
As ações da Telebrás estavam praticamente esquecidas desde a privatização das
telecomunicações, em 1998. Até o ministro Hélio Costa dizer que estudava a
hipótese de aproveitar a estrutura da companhia para popularizar a internet
banda. Costa fixou até o prazo de 3 anos, com investimentos de cerca de R$ 3
bilhões. A partir desse dia, as ações da Telebrás dispararam. Mas nesta segunda
voltaram a cair: 22% a PN e 31,4% a ON.
No mercado é até difícil encontrar quem faça comentários sobre as ações da
Telebrás. Ninguém acompanha esses papéis. Para o gerente de Análise do Modal
Asset Management, Eduardo Roche, apostar nesses papéis é "comprar no escuro".
Segundo ele, nem a Telebrás e muito menos suas ações teriam razão de existir.
Holding do antigo monopólio estatal da telefonia, a Telebrás deveria ter sido
extinta dois anos depois da privatização. Contudo, existe até hoje como
fornecedora de mão-de-obra das ex-estatais para a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel).
Outros analistas, que preferiram manter o anonimato, observaram que a promessa
de Costa, "se for concretizada", depende da resolução de pendências da Telebrás
na Justiça. "Isso levaria uma eternidade", resumiu o analista de uma corretora.
A Telebrás é ré em 825 ações judiciais nas áreas cível, trabalhista e
tributária, conforme documentos no site da CVM. No segundo trimestre de 2007,
teve prejuízo líquido de R$ 3,993 milhões.
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Fonte: Monitor Mercantil
[17/09/09]
CVM não puniu executivo da Telebrás só porque é do governo?
No julgamento realizado no dia 15 de setembro, o colegiado da Comissão de
Valores Mobiliários resolveu apenas advertir Jorge da Motta e Silva, que, além
de ser o presidente, é também o diretor de Relações com Investidores da
Telecomunicações Brasileiras. Como o principal executivo da Telebrás não foi
absolvido, isso significa que a CVM o considerou em parte culpado pelo
descumprimento da obrigação de diligenciar perante o acionista controlador para
obter informações a respeito de notícias publicadas no dia 9 de abril do ano
passado sobre a exclusão da companhia do projeto de banda larga. Pelo visto, o
regulador do mercado de capitais brasileiro perdeu excelente oportunidade de
estabelecer uma norma para as estatais, cujas ações ficam ao sabor de
declarações de algumas autoridades e os prejudicados são os acionistas
minoritários.
Tudo indica que uma multa, nem que fosse de R$ 30 mil, não prejudicaria o
executivo, que ocupa e deve ganhar por duas diretorias. E muito menos o caixa da
Telebrás, que apesar dos prejuízos constantes, publicava as matérias legais em
cinco jornais e agora em apenas quatro, com o desaparecimento da Gazeta
Mercantil. O interessante é que existe a imposição da publicação no Diário
Oficial da União e num veículo de Brasília e outro de São Paulo, por causa da
Bovespa. E se a companhia publica no maior de Brasília e no mais caro jornal
econômico do Brasil, pode gastar. E pasmem, no Jornal da Comunidade, que circula
há apenas dois anos em Brasília. E para aumentar o gasto desnecessário, num
jornal do Rio de Janeiro. Enquanto isso, os 2,34 milhões de minoritários da
Telebrás receberam a última remuneração, sob a forma de juros sobre o capital,
em abril de 1998. Em compensação, foram obrigados a participar de subscrições em
2001 e em fevereiro deste ano.
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Fonte: Valor Online
[05/10/09]
Diretor da Telebrás pede suspensão de ações após disparada
SÃO PAULO - Uma disparada das ações da Telebrás durante o pregão de hoje levou o
diretor de Relações com Investidores da companhia, Jorge da Motta e Silva, a
pedir que a negociação dos papéis fosse suspensa pela BM & FBovespa hoje.
A bolsa, no entanto, não atendeu o pedido. Conforme a administradora do mercado,
não está prevista a suspensão de negociação de ações apenas por oscilação de
preço. A não ser que a companhia divulgue em seguida um Fato Relevante e peça
algum tempo para que a informação seja assimilada pelo mercado.
Em seu comunicado, o diretor de RI da Telebrás citava que às 15h20 desta tarde
as ações ON (TELB3) avançavam 10,44%, as ações PN (TELB4) saltavam 45%, e os
recibos de ações (TELB9) tinham alta de 15,51%.
"Considerando o aumento atípico na cotação das ações de emissão da Telebrás
(...), solicitamos a suspensão, ainda hoje, do pregão, tendo em vista a
caracterização de forte especulação, sem que a Telebrás, por intermédio de sua
Direção, tenha tomado conhecimento de qualquer Fato Relevante que justifique
tais oscilações", disse Jorge da Motta e Silva.
O executivo informou ainda que o mesmo comunicado seria enviado ao Ministro das
Comunicações, Helio Costa, "na qualidade de representante do acionista
majoritário (União)".
O lote de mil ações de TELB3 fechou com alta de 7,46%, a R$ 0,72, o papel TELB4
subiu 40, para R$ 0,56 o lote, e o recibo TELB9 ganhou 12,06%, a R$ 0,65 o lote.
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