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Fevereiro 2010               Índice Geral do BLOCO

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18/02/10

• Telebrás, Eletronet e PNBL (179) - Blog do Reinaldo Azevedo (Veja): "Está pintando um escândalo gigantesco na Telebrás" + Blog de Leonardo Araujo: "Telebrás - o contra-ataque das oposições"

de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 18 de fevereiro de 2010 18:14
assunto Telebrás, Eletronet e PNBL (179) - Blog do Reinaldo Azevedo (Veja): "Está pintando um escândalo gigantesco na Telebrás" + Blog de Leonardo Araujo: "Telebrás - o contra-ataque das oposições"

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

01.
Estou reproduzindo mais abaixo esta matéria:
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo (Veja)
[18/02/10]   Está pintando um escândalo gigantesco na Telebrás! Ou: A Telefonia à moda petista.

Antes da leitura, gostaria de chamar a atenção par este trecho de uma Análise feita pelo Leonardo Araujo sobre a projeção dos preços das ações da Telebrás:
(...)
Sem que se tenha detalhes de como será organizada, operacionalizada e capitalizada, é impossível prever um target price para qualquer tempo. No entanto, considerando um cenário positivo, é razoável supor que as atuais movimentações de preço sejam apenas iniciais, em direção ao estabelecimento de um piso que venha a se constituir na base sobre a qual se definirão os próximos movimentos. Quanto mais alto for esse piso, mais expressivos tenderão a ser os movimentos futuros, quase que como em um verdadeiro IPO (o que, de fato, não deixará de ser).
Nessa linha de raciocínio, falar-se em 5, 10 ou 15 reais para este piso inicial de preços não é irreal, especialmente em um mercado (nacional e estrangeiro) ávido por empresas novas e promissoras. Independente de qual seja, é licito supor que será sobre esse valor que poderá acontecer a verdadeira explosão – o big bang – nas cotações, levando-as, com o decorrer do tempo, a patamares que só o mercado poderá determinar.
(...)


Ou seja, se reativada a estatal, as ações da Telebrás, que valiam centavos de reais há pouco tempo, passarão a valer "5, 10 ou 15 reais"!!! Façam as contas!

02.
Volto a repetir: a tema "reativação da Telebrás" está na mídia há muito tempo, e nosso primeiro registro data de 2003:
Fonte: Meira.com

[26/05/03]   A volta... da Telebrás? por Silvio Meira
E nosso primeiro "post" está aqui, em 2007:
13/09/07
Telebrás e Eletronet (01) - Ethevaldo: "Esqueletos e sacos sem fundo": Telebrás, Eletronet, Fust e Fistel

O atual governo teve dois mandatos para equacionar este problema mas não havia "vontade política" de estender a "inclusão digital" à toda população.
Esta "vontade" aparentemente ainda não existe, mas houve decisão de fazer um PNBL centrado na Telebrás/Eletronet para ser utilizado como tema  de campanha, pois não há a menor possibilidade de que seja executado em pleno ano eleitoral.

O "PNBL com Telebrás"  é assunto do IV Congresso Nacional do PT. Amanhã poderá ser votada uma proposta sobre a Telebrás.

O PNBL que deveria ser um tema técnico e de mercado, "vira" assunto exclusivamente político-eleitoral. É uma pena.
Como o Plano (pelo menos as partes "vazadas") não se sustenta, a "oposição" vai deitar e rolar. "Meno male": já passou da hora. A conferir.

Volto a repetir:
A saída honrosa para este imbróglio é entregar o tema para debate no Congresso e deixar qualquer decisão para o próximo governo, seja ele qual for.

04.
Lá no final, transcrevo mais uma Análise do nosso participante Leonardo Araujo:

Fonte: Insight - Laboratório de Idéias: Reativação da Telebrás e PNBL
Telebrás - o contra-ataque das oposições - por Leonardo Araujo

Ao debate!

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa

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Fonte; Blog do Reinaldo Azevedo (Veja)
[18/02/10]   Está pintando um escândalo gigantesco na Telebrás! Ou: A Telefonia à moda petista.

A manchete da Folha de hoje é esta: “Boatos valorizam ações da Telebrás em 35.000%”. Isto mesmo: 35 mil por cento!!! Reproduzo trechos da reportagem de Marcio Aith e Julio Wiziack. Comento em seguida:
*
Declarações sem confirmação oficial e rumores sobre a criação de uma estatal para vender serviços de acesso à banda larga inflaram em 35.000% as ações da Telebrás desde 2003, sem que, no período, nada tenha acontecido. A valorização se baseou na suposição, até hoje não transformada em realidade, de que a Telebrás será reativada na implantação do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) - um projeto do governo para levar o acesso à internet a 68% dos domicílios brasileiros até 2014.

A Folha apurou que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) faz, desde 2008, uma ampla investigação sobre o assunto, por meio de uma equipe que inclui não só fiscais do órgão como procuradores. Em dezembro de 2002, o lote de mil ações ordinárias da Telebrás valia R$ 0,01. No dia 8 de fevereiro passado, ela foi negociada a R$ 2,95 (variação nominal de 29.000% ou de 35.000% -considerando dividendos e juros sobre o capital próprio, segundo a Economática).

O investidor que colocasse R$ 10 mil na empresa no dia 31 de dezembro de 2002 teria R$ 3,5 milhões no dia 8 de fevereiro. Já com um investimento de R$ 100 mil o dono do dinheiro tiraria R$ 35 milhões. No clima de euforia em torno das ações da Telebrás, o valor de mercado das ações ordinárias da companhia saltou de R$ 3,4 milhões (custo do camarote expresso 2222, no Carnaval de Salvador) para R$ 2,6 bilhões (valor equivalente ao empréstimo do BNDES para a formação da BrT-Oi, maior companhia privada brasileira).

Twitter
Dois episódios retratam a forma como os papéis da empresa se valorizaram. No último dia 2, o representante da Associação Software Livre, Marcelo Branco, usou o Twitter para divulgar, em tempo real, um encontro fechado entre o presidente Lula e entidades da sociedade civil interessadas no assunto. Dizendo-se autorizado pelo Planalto a usar um telefone no encontro, Branco relatou, citando palavras do próprio presidente Lula, nunca desmentidas pelo palácio, que a Telebrás seria, sim, reativada, na esteira do PNBL. Credita-se às “tuitadas” de Branco uma valorização de 33% em apenas dois dias.

Após o episódio, o ministro Hélio Costa (Comunicações) negou que já houvesse decisão sobre a reativação da Telebrás, apesar de o Planalto não ter desmentido Branco. Costa, aliás, protagonizou o maior impulso das ações da Telebrás, em novembro de 2007. Ao participar de evento, ele disse que o governo criaria uma estatal para atender locais onde não há a prestação de serviços tradicionais de telefonia. Simultaneamente, o presidente da Telebrás, Jorge da Motta e Silva, disse que essa seria uma reparação “tardia” para a empresa. Resultado: as ações subiram 572% em dois dias.
Leiam mais aqui e aqui

Comento
Está na hora de Elio Gaspari rever os seus conceitos, não? Aquilo que ele chama “privataria” tucana produziu alguns efeitos no setor de telefonia/comunicações: 1) as ações foram vendidas por um ágio cujo valor em Bolsa (bem menor), um ano depois, provou ser espetacular — portanto, à diferença do que diziam os petistas e certo jornalismo, elas foram vendidas a peso de ouro, não de banana; isso é fato, não achismo; 2) assistimos à universalização do telefone e à impressionante expansão de outros serviços. Alguns são ainda muito ruins, e é para zelar pela sua qualidade que existe a Anatel. Se, sob o governo Lula, passou a ser um cabide político, bem, isso nada tem a ver com a privatização em si. Adiante.

Já a telefonia no modelo petista é diferente: como a gente vê, ela pode PRODUZIR MILIONÁRIOS sem fornecer, no entanto, um miserável telefone aos brasileiros, nada! É uma “riqueza” feita de papelório, nada mais. Nestes sete anos de governo Lula, de boato em boato, o valor de mercado da Telebras saltou de R$ 3,4 milhões para R$ 2,6 bilhões.

A história cheira muito mal. Márcio Aith e Julio Wiziack começaram a mexer num grande escândalo. NÃO SEI NADA A MAIS DO QUE A MATÉRIA REVELA; SEI, COMO SEMPRE, O QUE INDICA A LÓGICA DO PROCESSO. E a lógica do processo me diz que não se fabrica uma valorização de ações dessa dimensão sem que homens muito, vamos dizer assim, “influentes” atuem nos bastidores e nas franjas do poder.

E o que não falta no petismo hoje em dia é essa qualidade de “homens influentes”, não é mesmo? Acusar a “privataria” com argumentos puramente ideológicos é bico. Corajoso mesmo é apontar a ação dos piratas do estatismo.

Na página 68 de Máximas de Um País Mínimo, lê-se:
“SÃO AS EMPRESAS PRIVADAS QUE ATENDEM AOS INTERESSES PÚBLICOS; AS EMPRESAS PÚBLICAS EXISTEM PARA ATENDER AOS INTERESSES PRIVADOS”.

Sinto que ainda faltam personagens de peso nessa história. O tal Marcelo Branco é só um peixe pequeno. Podem apostar que há tubarão na área. E aposto dez contra um que ele tem uma estrela no peito.

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Fonte: Insight - Laboratório de Idéias: Reativação da Telebrás e PNBL
Telebrás - o contra-ataque das oposições - por Leonardo Araujo

Leonardo Araujo é analista de TI

Após constatarem que o governo pretende mesmo adotar o desenho do Plano Nacional de Banda Larga formatado por Rogério Santanna, César Alvarez, Erenice Guerra e outros colaboradores, com a aprovação de Lula e de Dilma Rousseff, os setores que pregam um PNBL conduzido unicamente pelas grandes operadoras privadas de telefonia mudaram radicalmente sua estratégia. Afinal, são cerca de 20 bilhões de reais e a próxima presidência do Pais que estão em jogo...

Serrvindo-se de poderosas ligações com órgãos de imprensa e com políticos de oposição ao atual governo (inclusive de dentro do PMDB - aliado teórico de Lula nas próximas eleições), contando com uma generosa e "isenta" verba de patrocínio privado e sob orientação de alguns experientes "marketeiros", decidiram focar a nova estratégia em uma "demonstração pública" de que o governo Lula estaria agindo para beneficiar os acionistas da Telebrás, em aparente contraposição aos princípios ideológicos que prega.

Em linha com o ataque contra a Telebrás, a nova estratégia procurá evidenciar que a candidata do PT - uma ex-guerrilheira de esquerda - não abandonou seus antigos princípios marxistas, possuindo um "preocupante cunho estatizante que poderá ser estendido a outros setores da iniciativa privada".

Com isso, a nova idéia é colocar o governo em cheque e tentar constrangê-lo, fazendo-o passar à defensiva e forçando-o a dar explicações públicas à sociedade.

"Casualmente", as reportagens de hoje sobre a "absurda valorização das ações da Telebrás no governo Lula", publicadas na Folha de São Paulo e já repercutidas no blog do Noblat (Globo) e em diversos outros órgãos, chegam no mesmo dia em que o PT inicia o seu IV Congresso Nacional e às vésperas de anunciar Dilma Rousseff como pré-candidata à presidência do País.

Assim, é de se esperar, para os próximos dias, uma intensificação dessa nova campanha, onde grandes órgãos de imprensa, que até ontem pouco ou nada haviam comentado sobre o PNBL, passem a exibir manchetes explorando o novo foco.


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