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04/01/10
• Estadão: "Telecomunicações precárias" + "Campanha" na ComUnidade
de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 4 de janeiro de 2010 18:32
assunto Estadão: "Telecomunicações precárias" + "Campanha" na ComUnidade
01.
Recebemos do Virgílio Freire uma indicação de leitura, desta matéria
comentada em seu
blog:
Fonte: Estadão
[29/12/09] CVM
multa ex-presidente da Brasil Telecom
A transcrição está mais abaixo.
Obrigado, Virgílio!
02.
Permito-me uma observação como "moderador".
O tema "privatização x estatização" das telecomunicações foi debatido à exaustão
em nossos fóruns, culminando com a preciosa discussão entre Rogério Gonçalves e
Ethevaldo Siqueira.
Creio que cada participante está de posse de informações que permitem a formação
de opinião.
Na sequência creio que poderemos nos dedicar a comentar a atuação da
enfraquecida Anatel na fiscalização dos serviços prestados pela operadoras e
especular sobre aspectos técnicos e de mercado do PNBL - Plano Nacional de Banda
Larga (com ou sem Telebrás), que ainda não foi divulgado.
Conto com a colaboração de todos para evitarmos resvalar nossas discussões para
a política partidária e a campanha eleitoral, assuntos proibidos em nossos
fóruns.
Em frente, ComUnidade! :-)
Ótimo 2010!!!
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio
Rosa
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Fonte: Estadão
[02/01/10]
Telecomunicações precárias
Com grande regularidade, os moradores do Condomínio Los Alamos, em Vargem Grande
Paulista, a 39 km de São Paulo, constatam que seus telefones fixos não
funcionam, reclamam à Telefônica e à Anatel, as linhas voltam a funcionar e o
problema reaparece horas depois. É um exemplo de falta de manutenção e de
investimentos na conservação da rede, e não é um caso excepcional.
É crescente o número de reclamações dos usuários. Nos primeiros 11 meses de
2009, houve 1,38 milhão de queixas dos serviços de telecomunicações, 53% mais do
que as 900 mil do mesmo período de 2008.
Os serviços de telecomunicações, privatizados no governo Fernando Henrique,
expandiram-se como nunca na história do País ? em 1994, o número total de
telefones era de 13,1 milhões, e hoje há cerca de 210 milhões. Mas a qualidade
dos serviços de telefonia fixa, celular, banda larga e TV por assinatura deixa
muito a desejar, como se depreende do levantamento da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel), divulgado no dia 23.
A Anatel recebeu um total de 3,1 milhões de ligações de usuários que queriam
reclamar, sugerir ou pedir informações. Em novembro, metade das 106 mil
reclamações (55 mil) foi feita por assinantes da telefonia celular, que responde
por 80% do número total de telefones do País. As reclamações relativas aos
serviços de telefonia fixa foram proporcionalmente maiores (34 mil).
Esses números parecem indicar que as concessionárias não têm investido na
telefonia fixa, cujas tarifas são relativamente módicas, em especial, dentro das
áreas metropolitanas, recursos proporcionais aos destinados à telefonia celular,
que tem tarifas mais altas.
As principais queixas dos usuários referem-se a erros de cobrança (34,8% do
total), de serviços não contratados ou ligações não efetuadas. E 14,4%
referem-se a reparos não efetuados, em especial nos serviços de banda larga.
Recorde-se que, em junho, a Anatel proibiu a comercialização de novos acessos ao
plano Speedy, da Telefônica, até que a empresa executasse ações emergenciais
para restaurar a qualidade dos serviços, o que foi feito em agosto.
É também elevado o porcentual de reclamações por mau atendimento dos serviços de
call centers das concessionárias. Além do despreparo dos atendentes, é notória a
má vontade, a queda das ligações, o tempo de espera muitas vezes superior ao
previsto nas normas oficiais e as transferências sucessivas da ligação para
outros atendentes, com o propósito pouco disfarçado de desestimular os pedidos
de reparo ou de correção das contas, ou ainda o cancelamento do serviço.
Não apenas a Anatel, mas os serviços de proteção ao consumidor (Procons) de 20
Estados e do governo federal constataram a precariedade do sistema de
telecomunicações. Em 2009, de cada mil reclamações recebidas pelos Procons, 394
decorreram da insatisfação com as telecomunicações, segundo o Cadastro Nacional
de Informações Fundamentadas de 2009 da Secretaria de Direito Econômico (SDE),
divulgado no início de dezembro.
Entre os 10 fornecedores que lideraram as queixas, 4 são prestadores diretos de
serviços de telecomunicações ? Oi/Brasil Telecom, em primeiro lugar; Tim, em
quinto lugar; Claro, em sétimo lugar; e Vivo, no nono lugar. Outros 4 são
fornecedores de produtos para telecomunicações, como Sony Ericsson, Nokia, LG e
Samsung.
Mais do que atender às necessidades de entretenimento dos usuários, os serviços
de telecomunicações são instrumentos essenciais para o estudo ou a atividade
profissional, ou ainda o atendimento de situações de emergência em
prontos-socorros, hospitais, delegacias de polícia ou nos casos de interrupção
do fornecimento de energia elétrica e outros serviços essenciais.
Os usuários de telecomunicações contratam as concessionárias e estas estão
obrigadas a prestar-lhes serviços de qualidade ou oferecer resposta rápida às
queixas, sujeitando-se às penalizações da Anatel ou a processos judiciais.
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