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04/01/10

• Rádio Digital (55) - Testes, testes e mais testes...para nada! + Atuação da mídia

de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 4 de janeiro de 2010 22:11
assunto Rádio Digital (55) - Testes, testes e mais testes...para nada! + Atuação da mídia

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

01.
Estamos no início de 2010. Desde 2005 o Brasil realiza testes com o sistema de Rádio Digital IBOC (americano) e desde 2006 com o sistema DRM (europeu).

O último período de testes encerra-se no próximo dia 17 de janeiro.

Fiz um dever de casa consultando nossos "arquivos implacáveis" e selecionei títulos e trechos de matérias que citam os "testes" desde 2005 até hoje. A coleção está mais abaixo.

02.
Verifica-se, pela simples leitura, que nunca houve realmente seriedade e intenção de chegar à resultados isentos e definitivos, por parte das autoridades e entidades que determinaram a execução dos tais testes.
Certamente o pessoal técnico escalado para o serviço fez um bom trabalho mas, sem uma coordenação superior, o resultado... ninguém sabe, ninguém viu.
Quando foi divulgado, no caso do relatório sobre o IBOC contratado pela ABERT junto ao Instituto Mackenzie, o resultado ficou sob forte suspeição.

03.
Em resumo, verificamos que a Anatel "foi autorizando" algumas emissoras a realizar os testes com o IBOC, com transmissoras adquiridos pelas mesmas.
Como a "promessa" do Minicom e da ABERT era o IBOC, as emissoras comerciais mais afoitas aproveitaram para garantir alguma vantagem.
O DRM, nitidamente, era só "pra constar" e foi atribuído à Radiobrás e à UnB, entidades não comerciais.
Como não podia deixar de ser, os resultados não serviram para nada, pois não houve padronização dos testes.
Num segundo momento, a Anatel padronizou os testes mas também não se sabe o resultado.
Encerrados os períodos de testes, emissoras foram autorizadas a continuar operando, a pedido da ABERT, como que para "marcar território", mesmo na ausência de receptores e ouvintes.

Em 2008, praticamente descartado o sistema DRM, o Minicom, via ABERT, contratou o Mackenzie para avaliar o IBOC e deu no que deu.
De qualquer modo, em 2009, o resultado do teste mackenziano serviu para o ministro "repensar", condenar o IBOC e voltar a considerar o DRM.
Agora, na correria, o ministro-candidato em vias de deixar o governo para dedicar-se à campanha, pretende decidir por um padrão (não se sabe bem qual) nos próximos dias.
Helio Calixto da Costa, do Minicom e Daniel Pimentel Slaviero, da ABERT fazem um nítido jogo de disfarce e não há como prever o resultado.
O fato é que interesses empresariais se sobrepõem aos da sociedade num processo escandaloso de decisão capitaneado por um ministro de estado.

De 2005 até hoje, se o o estudo dos sistemas de Rádio Digital tivesse sido entregue à nossa "Academia", é provável que tivéssemos resultados concretos e até sugestões de inovações nos padrões existentes.

Testes, testes e mais testes... Para nada, pois as decisões passam ao largo das considerações técnicas.

04.
Espero sinceramente que a mídia possa mudar sua atitude sobre este e outros temas de TI e Telecom.
Um leitor desavisado, fazendo um voo panorâmico sobre nossa coleção de matérias sobre Rádio Digital, pode imaginar que a mídia tem feito um acompanhamento cerrado sobre o assunto. Não tem.

As notícias são esparsas, repetitivas e sempre à reboque de pautas e entrevistas.
A mídia tem a responsabilidade não só de noticiar mas também de informar.
Informar, no caso, é também reavivar a memória dos leitores por meio de resumos periódicos que recuperem os antecedentes dos temas em pauta.
São estes antecedentes que vão permitir ao leitor avaliar a notícia atual, formar sua opinião e, eventualmente se posicionar e interagir com as autoridades.
Os necessários "resumos" não precisam ser tão críticos e contundentes como os que fazemos em grupos de debates, em ambientes restritos e informais: podem ser mais ponderados e isentos e, mesmo assim, conter muita informação!
Se não fazem isso, os órgãos da mídia podem passam uma imagem de conivência, alheamento ou até mesmo de incompetência, e nós, leitores assíduos, sabemos que não é este o caso.
É preciso um ajuste nos procedimentos das Redações!
Fica a sugestão!

05.
Abaixo, então, está a coleção de referências sobre os testes.

Ao debate!

Boa leitura!
Ótimo 2010!!!
Um abraço cordial
Helio Rosa

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Coleção de referências sobre "testes" de sistemas de Rádio Digital

2005

Fonte: IDG Now!
[13/09/05]   Anatel autoriza primeiros testes de rádio digital
 
Rádio Excelsior de São Paulo e a Rádio Tiradentes de Minas Gerais receberam autorização da Anatel para fazerem os primeiros testes de rádio digital no Brasil. (...)
(...)  A Anatel deverá conceder nesta semana autorizações para outras emissoras. O objetivo do teste é avaliar qual sistema é mais adequado às características de cada localidade, como edificações e topografia.
(...) As rádios deverão apresentar no prazo de 30 dias resultados da transmissão digital. No final dos experimentos, entregarão outro relatório acompanhado de laudo conclusivo e considerações finais abrangendo todas as atividades desenvolvidas. (...)

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Fonte: IDG Now!
[27/09/05]   Doze emissoras de rádio testam sinal digital

Em caráter experimental, 12 emissoras de rádio de seis capitais começaram a transmitir sua programação em sinal digital nesta segunda-feira (26/09). A autorização para testes foi concedida pelo Ministério das Comunicações por um período de seis meses, que poderá ser prorrogado. (...)

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2006

Fonte: Anatel
[17/02/06]   Anatel autoriza primeiros testes de rádio digital em Onda Curta

Brasília, 17 de fevereiro de 2006 – A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) concedeu hoje mais uma autorização para execução de Serviço Especial para Fins Científicos ou Experimentais visando a realização de testes do Sistema de Radiodifusão Sonora Digital. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União e concedida à Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília (FT/UnB). Essa é a décima segunda autorização para testes do Sistema de Radiodifusão Sonora Digital.
Ao contrário das autorizações anteriores, a Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília será a primeira a realizar testes do Sistema de Radiodifusão Sonora Digital DRM – Digital Radio Mondiale, um dos dois sistemas aprovados pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), operando na faixa de 26 MHz, com o objetivo de avaliar a qualidade do áudio, área de cobertura e robustez do sinal digital em Onda Curta (OC) em relação a ruídos, interferências e efeitos dos múltiplos percursos.(...)
(...) A Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília deverá apresentar no prazo de 60 dias o relatório inicial constando, no mínimo, as características que serão utilizadas na transmissão digital e a descrição dos testes. No final dos experimentos, a emissora apresentará outro relatório acompanhado de laudo conclusivo e considerações finais abrangendo todas as atividades desenvolvidas.(...)

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Fonte: adNEWS
[08/03/06]   Anatel apresenta projeto do rádio digital no Senado.

O conselheiro substituto da Anatel, Ara Apkar Minassian, apresentou ao Conselho de Comunicação Social (CCS) do Senado Federal um panorama da digitalização da radiodifusão sonora no Brasil. A sessão foi presidida pelo conselheiro do CCS, Arnaldo Niskier.
Durante a sessão de apresentação, Minassian afirmou que a digitalização será um salto para a revitalização da radiodifusão sonora, devido à qualidade de áudio próxima à de um CD para as emissoras de ondas médias e curtas, as quais se tornarão tão atrativas para o ouvinte e o anunciante como hoje são as emissoras FM.
O conselheiro relacionou as seis emissoras que obtiveram autorização para realizar testes com o sistema de rádio digital na faixa de freqüência modulada (FM) e outras cinco que preferiram fazer experimentos na faixa de ondas médias (OM). Todas elas optaram pelo sistema norte-americano IBOC, por ser hoje o mais desenvolvido para fazer a transmissão digital no mesmo canal da estação analógica e ter custo de implementação baixo.
Já a Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília (UnB) realizou testes em ondas curtas (OC) com o sistema DRM, desenvolvido por um consórcio internacional.
Minassian adiantou que a Anatel está prestes a autorizar mais uma instituição a realizar testes com sistema DRM: a emissora estatal Radiobrás (em Brasília e no Rio de Janeiro), em ondas médias (OM).
O sistema DRM acaba de desenvolver a possibilidade de utilização do mesmo canal da estação em OM, tanto para o sinal analógico como para o digital, o que representa menores custos para sua implementação. (...)
(...) O conselheiro esclareceu que a Anatel se limitará a analisar o processo de digitalização pelo ponto de vista técnico. Eventuais desdobramentos de caráter político, como fixação de políticas públicas, política industrial e outros, estão fora do âmbito dos experimentos atuais. O objetivo da agência é colocar à disposição da sociedade e das autoridades envolvidas o resultado dos testes alcançados após avaliação procedida por 13 instituições privadas e públicas, radiodifusores e universidade.(...)

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Fonte: adNEWS
[17/03/06]   Rádio Digital: Anatel autoriza teste da Record.

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) concedeu ontem autorização para a Rádio Record (AM 1000 kHz - São Paulo/SP) realizar testes do Rádio Digital no sistema IBOC (In-Band On Channel).
Em um prazo de 60 dias, a Record deverá apresentar relatório inicial fornecendo detalhes sobre as transmissões e os testes.

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Tele.Síntese
[13/11/06]  Rádio digital: emissoras têm dificuldades com padrão americano.

Embora os radiodifusores tenham pressa na definição do padrão de transmissão digital de rádio e defendam o americano IBOC (In-band on Channel), da empresa iBiquity, alguns setores do governo avaliam que ainda não há elementos técnicos suficientes postos na mesa que permitam uma escolha responsável para o país.

Primeiro, é preciso conhecer o resultado dos testes feitos com o IBOC pelas 15 emissoras AM e FM que pediram à Anatel, a partir do final de 2005, autorização para transmissões-piloto, durante um ano, em sinal digital testando o padrão IBOC. Das 15 emissoras, apenas sete entregaram o relatório inicial pedido pela agência. As outras oito ou não entregaram ou enviaram informações incompletas.

E das oito que deveriam entregar o relatório final até este mês, apenas duas apresentaram. Outras sete emissoras têm que apresentar os resultados apenas em 2007. A agência ainda aguarda os documentos e as que atrasarem a entrega das informações poderão ter as autorizações canceladas, embora não seja essa a intenção da Anatel que também quer conhecer os resultados dos testes.

Problemas
Mas a agência já sabe que as emissoras têm enfrentado dificuldades com as transmissões no IBOC. Segundo técnico do órgão regulador, há problemas, por exemplo, na ligação transmissor estúdio e interferências nas bandas laterais de freqüência. No caso das transmissões em ondas médias (AM), as emissoras tiveram que estreitar a faixa do áudio e degradar a qualidade do som para melhorar a qualidade do sinal de transmissão. (...)

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2007

Fonte: Observatório do Direito à Comunicação
[12/03/07]   Rádio digital avança sem debate público - por Ana Rita Marini e Laura Schenkel - Redação FNDC 

(...) Testes não empolgam
Apesar da escolha dada, há informações de que os radiodifusores não estão muito animados com os primeiros testes com o Iboc, por conta do delay. Segundo Nélia, o digital apresenta um atraso (chamado delay) de oito segundos em relação ao analógico, que, na fase de transição, quando os dois sistemas conviverão por algum tempo, o ouvinte perceberá. “Você começa a ouvir uma notícia, aí sai do digital, passa para o analógico e o analógico já está lá na frente, pulando uma parte da notícia. A sensação é de que há um avanço no tempo. Mas quando se dá o contrário, com a queda do sinal digital e o retorno para o analógico, o ouvinte é obrigado a escutar a repetição da fala do locutor pelos mesmos oito segundos”, explica.
 
O Iboc é uma tecnologia cara e que ocupa uma faixa larga do espectro. Tanto que a empresa Ibiquity, proprietária do padrão Iboc, pediu à Comissão Federal de Comunicações, agência reguladora dos setores de radiodifusão e telecomunicações nos EUA, a ampliação do uso de espectro de 200 kHz para 250kHz. (leia matéria - transcrição mais abaixo). Se a ampliação da banda digital é requisito técnico para que o sistema funcione sem interferência, o aumento da faixa concedido a uma emissora significará que outras terão que sair para dar espaço a ela. Considerando ainda o alto custo de implantação dessa tecnologia, pode-se deduzir que cairão fora do espectro as pequenas rádios comerciais, as comunitárias e as educativas.
 
A pesquisadora da UnB esclarece que, para ser disseminada, uma nova tecnologia passa por aceleradores e freios de acordo com a indústria, o poder econômico, pressões competitivas e políticas em confronto naquele momento. “Atualmente, as rádios estão tentando entender como funciona essa tecnologia. Falta capacitação técnica e em muitas rádios será necessário trocar os transmissores. A rádio Globo em SP ainda funciona com transmissores analógicos”, lembra. Nélia pondera, entretanto, que por mais que a tendência seja a indicação do Iboc, é provável que se abra espaço para o padrão aberto europeu DRM (Digital Radio Mondiale), por exemplo, para atender às emissoras públicas. Quanto às comunitárias, diz, “pouco se fala e não parece ser uma preocupação no momento”.  

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Fonte: Anatel
[05/03/07]  Anatel: Consulta Pública nº 771 - Proposta de Critérios e Procedimentos para Avaliação do Sistema de Rádio Digital AM IBOC.

CONSULTA PÚBLICA Nº 771
AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES
CONSULTA PÚBLICA N.º 771, DE 5 DE MARÇO DE 2007
Proposta de Critérios e Procedimentos para Avaliação do Sistema de Rádio Digital AM IBOC.
O CONSELHO DIRETOR DA AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES – ANATEL, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pelos artigos 22 e 211 da Lei n.º 9.472, de 16 de julho de 1997, e art. 35 do Regulamento da Agência Nacional de Telecomunicações, aprovado pelo Decreto n.º 2338, de 7 de outubro de 1997, deliberou em sua Reunião n.º 424, realizada em 1º de março de 2007, submeter à Consulta Pública, para comentários e contribuições do público em geral, nos termos do art. 42 da Lei n.º 9.472, de 1997, e do art. 67 do Regulamento da Agência Nacional de Telecomunicações, Proposta de Critérios e Procedimentos para Avaliação do Sistema de Rádio Digital AM IBOC, nos termos do Anexo à presente Consulta Pública. (...)

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Fonte: TelecomOnline
[16/05/07]   Entidades manifestam preocupação quanto à adoção do padrão americano de rádio digital - Da redação

(...) 
Além de tecer considerações técnicas sobre a metodologia sugerida pela Universidade de Brasília, o Intervozes critica a “adoção açodada de um padrão ou sistema, sem que existam testes exaustivos que demonstrem claramente os seus benefícios e as suas limitações”. A entidade reclama do grande número de autorizações expedidas pela Anatel para que as rádios testem o sistema americano. “Se mantidos os testes em escala do IBOC, a tendência é que as grandes emissoras consolidem a aquisição precoce dos equipamentos pertencentes ao sistema da iBiquity. Num futuro próximo, esse parque de transmissores "já instalados" pode se tornar um argumento para inviabilizar a definição por qualquer outro padrão”, diz a manifestação.

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Fonte: Observatório do Direito à Comunicação
[15/05/07]   Padrão norte-americano não serve para o Brasil, diz Frente 

(...)
Outra questão apontada pelas entidades se refere à metodologia de avaliação, que “indica a realização de testes pulverizados, em lugar de um teste mais amplo realizado por um consórcio de entidades”, citando como exemplo a ser seguido o método realizado com a TV Digital em São Paulo. Ainda no âmbito da metodologia, o documento critica a falta de clareza em relação à amostragem nas diversas etapas dos testes. “Na falta deste plano, qualquer resultado ‘quantitativo’ terá um aspecto tecnicamente frágil, pois um resultado num caso específico não será indicador seguro de que aquele comportamento se dará em todas ou pelo menos na maioria das situações”.(...) 

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Fonte: Abert 
[30/05/07]   Helio Costa defende produção nacional na ampliação da Rádio e TV Digitais
 
(...) Em relação a rádio digital, em fase de testes há dois anos, Hélio Costa afirmou que o governo deverá adotar o sistema norte-americano IBOC. “A intenção do governo é optar o IBOC, mas sem os radiodifusores brasileiros tenham que pagar royalties”. (...)

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Fonte: Clica Brasília
[26/06/07]   Sistema regional de rádio digital começa a ser testado em julho pela UnB

Teste para mudança da freqüência de rádio de analógico para digital deve ser feito com exclusividade na Universidade de Brasília (UnB) no mês de julho. Hoje professores da UnB, técnicos da empresa de comunicação da Radiobrás e do Ministério das Comunicações reuniram-se para debater sobre o teste de transmissão da freqüência AM no rádio. O sistema escolhido para a realização dos testes na Radiobrás foi o DRM - Digital Radio Mondiale - que possui transmissão para radiofusão em ondas médias e curtas. Ou seja, freqüências abaixo de 30 mega hertz (MHz). (...)

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Fonte: Info Online
[01/08/07]   Governo pode definir rádio digital sem testes  

Apenas uma emissora de rádio já entregou à Anatel o relatório com os resultados dos testes realizados no padrão digital de transmissão. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero, as emissoras entregarão os relatórios em até 60 dias. Mas a definição do governo sobre o sistema ideal pode sair antes disso. Se cumprir o prazo anunciado, o conselho consultivo apresentará sua proposta final até o dia 14 de setembro. Atualmente, 16 emissoras de rádio AM e FM operam em caráter de teste no sistema norte-americano In Band on Chanel (Iboc).
(...) O diretor de TV Digital do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), Juliano Castilho Dall`Antonia, alerta que "é preciso ter um volume razoável de dados para responder categoricamente qual sistema é o melhor. O que parece é que a discussão está incipiente. Precisava ter mais informação. Não é só uma discussão teórica. São tantos os parâmetros e os padrões possíveis, que precisa fazer um monte de testes, depois um monte de análises", diz.(...)
 
(...) O pesquisador do CPqD Takashi Tome ressalta, no entanto, que é "fundamental realizar um teste completo com ambos os padrões. Para ele, enquanto não for feito, todas as discussões carecem de embasamento. No caso da TV, foi realizado um teste na cidade de São Paulo envolvendo várias emissoras e analisamos todos os parâmetros. Foi um teste que demorou quase um ano".
Takashi Tome diz que, entre as características tecnológicas que precisam ser observadas na prática estão a cobertura, qualidade do sinal recebido, recepção em todos os pontos e qualidade do áudio de cada um dos dois sistemas (o americano e o europeu). "Em cada sistema existem várias configurações. Não é como comparar melancia com melão", diz o pesquisador. (...)

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Fonte: Meio&Mensagem
[01/08/07]   Hélio Costa confirma padrão híbrido para o rádio digital por Gilberto Evangelista

Ministro diz que decreto que estabelece o novo sistema sai até meados de setembro
 
Depois de reunir-se com o conselho consultivo, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou que o padrão de rádio digital que será adotado no Brasil será constituído por um sistema híbrido. O modelo adota os sistemas o americano In Band on Chanel (Iboc), da Ibiquity, para as rádios AM e FM e o europeu, Digital Radio Mondiale (DRM), para as rádios de ondas curtas (OC), como antecipado pelo Meio & Mensagem Online - leia aqui.  
Hélio Costa informou ainda que o texto do decreto que estabelece o padrão de rádio digital que será adotado no País será encaminhado até 14 de setembro ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reunião serviu para discussão da solução encontrada pelo ministério e também para a fixação de prazos para entrega de relatórios pelas emissoras que testam o sistema digital. Dentro de 30 dias as rádios AM e FM que realizam testes com os sistemas deverão entregar os relatórios finais com a análise desse período estudo do rádio digital. (...)

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Fonte: TIInside
[02/08/07]   Escolha de sistema de rádio digital será adiada até conclusão de testes

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, garantiu nesta quinta-feira (2/8) que o ministério vai aguardar os resultados dos testes com o sistema norte-americano In Band on Chanel (Iboc) antes de fechar a proposta do conselho consultivo sobre qual sistema de rádio digital o país deve adotar.

De acordo com o ministro, não há possibilidade de anunciar o sistema sem ter os resultados dos testes do Iboc. “Definitivamente, não podemos anunciar os resultados se não tivermos os testes, que precisam ser analisados tanto pelo ministério quanto pela Anatel”, afirmou.

Segundo a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), seriam necessários 60 dias para que todas as rádios fizessem suas conclusões. O prazo inicial era que o conselho consultivo sugerisse até 14 de setembro o modelo ideal. Ontem (1º), após reunião com o conselho, o ministro deu um prazo limite de mais 30 dias, mas afirmou hoje à Radiobrás que o prazo poderá chegar a 60 dias, se for o caso. “Se é totalmente impossível esse relatório ficar pronto em menos de 60 dias, vamos aguardar”, disse.

Hélio Costa afirmou, no entanto, que não tem como esperar a realização de testes com o sistema europeu Digital Radio Mondiale (DRM). “Os testes DRM tem que ser feitos por eles [os técnicos que defendem o sistema europeu]. Eles têm que trazer um transmissor da Europa, colocar em São Paulo, fazer o teste, indicar para as emissoras que estão dispostas a montar o sistema. Se não trazem esse transmissor até São Paulo, não tem teste. Ou eles fazem os testes, ou não tem como participar”.

Até o momento, nenhuma das rádios que operam em caráter de testes com o sistema Iboc encaminhou seu relatório final à Anatel. O ministro diz que 21 rádios já operam digitalmente em caráter de testes com o Iboc. Os testes definitivos com o DRM ainda nem começaram.

Hélio Costa afirmou que os técnicos do DRM foram convidados a realizar os testes, “mas infelizmente não tivemos uma boa resposta”. Agora, segundo Hélio Costa, os europeus foram convidados para fazer uma exposição do sistema ao conselho consultivo. Ontem (1º), dois técnicos do Iboc participaram da reunião do conselho e, posteriormente, fizeram uma exposição sobre o funcionamento do sistema norte-americano aos radiodifusores e empresas fabricantes de equipamentos.

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Fonte: Agência Brasil
[27/08/07]   Entidades civis criticam testes de rádio digital sem método definido por Alessandra Bastos 

Brasília - A falta de uma metodologia que traga critérios e parâmetros para os testes com a nova tecnologia digital é a principal crítica dos especialistas e das entidades civis que fazem parte do conselho consultivo criado pelo Ministério das Comunicações para a digitalização do rádio no país. “Os testes foram feitos sem a existência de uma metodologia que pudesse dar unidade a eles”, diz a representante da Universidade de Brasília (UnB) no conselho, Nelia Del Bianco.
 
O representante da Frente Nacional por um Sistema Democrático de Rádio e TV Digital no conselho, Jonas Valente, reclama: “Não há uma avaliação concreta sobre as tecnologias. Não há nenhum técnico do Estado acompanhando esses testes. Vai haver só uma coletânea dos relatórios”, reclama. A Frente representa cerca de cem entidades da sociedade civil. (...)
 
Para a professora da UnB, mesmo os testes feitos com o o sistema de rádio digital norte-americano In Band – On Chanel (Iboc) são de pouca serventia. “Você não pode comparar o resultado dos testes, uma vez que há divergência sobre a forma de realização dos mesmos”, diz, referindo-se à falta da metodologia.
 
A metodologia que deverá ser aplicada pelas rádios AM no testes com o padrão americano Iboc foi encomendada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) à UnB e já está pronta. A metodologia passou por um processo de consulta pública e os resultados estão sendo agora analisados pelos técnicos da Anatel. A metodologia poderá ser usada a partir do momento em que for publica no Diário Oficial, e a previsão da Anatel é que isso ocorra em um mês.
 
Entretanto, a metodologia para testes na faixa FM com o padrão americano e na freqüência ondas curtas (OC) com o padrão europeu DRM ainda não foram concluídas. As duas, depois de prontas, também passarão pelo processo de consulta pública. A Anatel não têm previsão de quando os testes poderão ser iniciados.
 
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), cujas rádios membro realizam os testes com o Iboc, informou que as emissoras não terão que refazer os testes depois que a Anatel publicar a metodologia. Os relatórios dos testes com o Iboc serão apenas adaptados, diz o presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero.
 
“Não há necessidade de novos testes. Não precisam de mais testes AM e FM, porque eles já vêm ocorrendo com as 15 emissoras que já estão no ar. O que realmente precisa é de uma consolidação desses números de uma maneira uniforme, que são os critérios propostos pela Anatel”, explica Slaviero.
 
De acordo com o ministro Hélio Costa, 21 rádios espalhadas por quase todas as capitais brasileiras já operam em testes com o Iboc. Dessas, 15 emissoras - localizadas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre - são registradas na Abert.

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Fonte: Valor Online
[22/08/07]   Ministério das Comunicações enviará avaliação sobre sistema de rádio digital em dois meses

SÃO PAULO - O ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou que vai enviar a avaliação sobre o padrão para rádio digital nos próximos dois meses para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que terá palavra final sobre o assunto.
 
Nós do ministério estamos trabalhando em conjunto com deputados e senadores das comissões de telecomunicações do Congresso para finalizar o projeto do padrão da rádio digital, que depois será encaminhado ao presidente , disse Costa hoje durante cerimônia de abertura da feira Broadcast & Cable, em São Paulo.

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Fonte: Agência Brasil
[26/08/07]   Testes com rádio digital não precisam ser refeitos após Anatel definir metodologia, diz ABERT por Alessandra Bastos

 Brasília - Os testes com o sistema de rádio digital norte-americano In Band – On Channel (Iboc), que já vem sendo realizados pelas emissoras ligadas à Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, não terão que ser refeitos depois que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) definir a metodologia deles. Os relatórios dos testes com o Iboc serão apenas adaptados, diz o presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero.
 
“Não há necessidade de novos testes. Não precisam de mais testes AM e FM, porque eles já vêm ocorrendo com as 15 emissoras que já estão no ar. O que realmente precisa é de uma consolidação desses números de uma maneira uniforme, que são os critérios propostos pela Anatel”, explica Slaviero.
 
Na última reunião do conselho consultivo, no último dia 1º, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, solicitou às emissoras de rádio que enviassem seus relatórios em até 30 dias, mas depois disse que poderia prorrogar o prazo, se fosse necessário. “Este prazo é absolutamente factível. As rádios precisam agora adequar aos critérios da Anatel”, diz o presidente da Abert.
 
Segundo a Anatel, a expectativa é publicar em breve a metodologia que deverá ser aplicada nos testes pelas rádios AM - que já está pronta, após passar por consulta pública. Porém, a metodologia para as rádios FM e Ondas Curtas (OC) ainda não está terminada. Depois de pronta, ainda terá que passar pelo processo de consulta pública, da mesma forma que ocorreu no processo com a AM.
 
Os resultados da consulta pública são passados aos técnicos da Anatel que, após análise, repassam a metodologia para aprovação da diretoria da agência. Só então o texto é publicado no Diário Oficial - o que, segundo a assessoria, não tem previsão de ocorrer.
 
“Entendemos que essa é uma decisão que precisa ser tomada agora, com máxima urgência, porque todos os competidores do rádio já estão operando no âmbito digital, inclusive a televisão, que começa as transmissões em dezembro. E o rádio está fora”, reclama Slaviero.

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Fonte: INFO
[28/08/07]   Anatel não define padrão de rádio digital
 
BRASÍLIA - A Anatel disse que não tem data para definir qual padrão de rádio digital o país vai adotar.
 
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está criando padrões para os testes com os sistemas de rádio digital que poderão ser implantados no Brasil.
 
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, pediu que as rádios enviem, o quanto antes, o relatório final com o resultado dos testes.
 
Os testes, entretanto, terão que se enquadrar nos padrões exigidos pela Anatel para serem validados, e não há data para a definição da metodologia para os testes nas freqüencias de FM e Ondas Curtas (OC).
 
A metodologia que deverá ser aplicada pelas rádios AM no testes com o padrão americano Iboc (In Band On Channel) foi encomendada pela Anatel à Universidade de Brasília (UnB) e já está pronta.
 
Após passar por um processo de consulta pública, os resultados estão sendo agora analisados pelos técnicos da Agência. A metodologia poderá ser usada a partir do momento em que for publica no Diário Oficial, e a previsão da Anatel é que isso ocorra em um mês.
 
Entretanto, o padrão para testes na faixa FM com o padrão americano e na freqüência ondas curtas (OC) com o padrão europeu DRM ainda não está definido. As duas, depois de prontas, também passarão pelo processo de consulta pública e a Anatel não têm previsão de quando os testes padronizados poderão ser iniciados.
 
O autor da metodologia dos testes em AM, Lúcio Martins da Silva, avalia que uma quantidade “muito grande” de testes foram feitos nos Estados Unidos por entidades confiáveis. “Tem uma série de testes que não precisariam ser repetidos. Podia ser fazer uma avaliação nos pontos onde se têm alguma dúvida de como o sistema se comporta e se aproveitar os testes já feitos nos EUA, porque o modelo de radiodifusão deles e o nosso são muito parecidos. Em normas, procedimentos e canalizações, são quase idênticos”, afirma o professor.
 
Segundo ele, que é professor do departamento de engenharia elétrica da Universidade de Brasília (UnB) e coordenador na UnB dos testes com o sistema europeu DRM, “aparentemente, não houve grandes problemas ou problemas relevantes na implantação do sistema nos Estados Unidos”.
 
Associações e entidades de rádios comunitárias divergem da opinião de Martins. Afirmam que, no modelo americano Iboc de rádio digital, rádios comunitárias deixariam de existir. Pela legislação brasileira, a potência máxima permitida a uma rádio comunitária é 25 Wattz. O consultor jurídico da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), Joaquim Carlos Carvalho, diz que, no Iboc, 25 Wattz equivale à potência dos ruídos.
 
Na prática, portanto, “só se ouviria ruído. Estarão fora do mercado todas as rádios comunitárias, educativas e as rádios comerciais pequenas. Só ficarão as grandes emissoras”. Segundo Joaquim Carvalho, o ministério das Comunicações está “pegando um sistema americano, que não é uniforme nos Estados Unidos, atende a poucas empresas e querem unificar isso como um padrão brasileiro”.
 
Para o pesquisador do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) Takashi Tome, São Paulo é um caso onde seria preciso fazer muitos testes, já que por causa da grande quantidade de rádios operando poderia ocorrer interferência nas transmissões. Há também, em muitas transmissões, pontos ou viadutos que funcionam como obstáculos ao sinal. “O interessante seria um conjunto de emissoras realizarem um teste exaustivo na localidade”, diz o pesquisador.

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Fonte: UAI
[04/09/07]   Rádio digital pode eliminar empregos - por Heberth Xavier - Estado de Minas 
 
(...) 
Os testes com o padrão digital estão sendo feitos em 20 emissoras de rádio no Brasil, mas os equipamentos com a nova tecnologia já estão sendo vendidos em São Paulo pela Chilena Continental/Lenza, que, segundo o assessor técnico da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Ronald Siqueira Barbosa, instalou um parque de fabricação de antenas digitais no país. Além disso, Harris Digital, Nautel e BE, todas americanas, estão comercializando a tecnologia em território brasileiro. “A Harris está montando um grande parque no Brasil para a fabricação de emissores”, conta. Na avaliação dele, os fabricantes locais, ainda presos ao sistema analógico, não serão prejudicados pelas mudanças, mas serão forçados a negociar com a Ibiquity Digital Corporation a aquisição do direito de uso do Iboc. A outra opção, economicamente inviável, seria desenvolver um padrão próprio.
 
“Se o governo não deixar claro que essa tecnologia deverá ser repassada para os fabricantes nacionais, as empresas do setor vão simplesmente fechar as suas portas”, diz o presidente do Sindicato das Indústrias de Eletroeletrônica do Vale da Eletrônica de Santa Rita do Sapucaí (Sindvel), Roberto de Sousa Pinto. Segundo ele, o município abriga oito das 10 fabricantes nacionais de equipamentos radiotransmissores e receptores. “Só aqui seriam fechados mais de mil postos de trabalho”, avisa. A estimativa é de que a substituição do padrão analógico pelo digital vai demandar investimentos de US$ 500 milhões nas emissoras de rádio AM e FM do país.
 
Segundo Rogério de Souza Correia, sócio da Teletronix, fabricante de transmissores para radiodifusão em FM há 11 anos, que emprega 40 empregados no chão de fábrica, com salário médio de R$ 900, os equipamentos que produz são vendidos em todo o território brasileiro, na América Latina – “do México à Argentina” – e até na Espanha. “O Iboc é um padrão fechado, se o governo não negociar a transferência de tecnologia para as indústrias nacionais, estaremos fora do mercado, porque nem sequer sabemos se os americanos têm intenção de negociá-la”, sustenta.  (...) 

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Fonte: Computerworld
[11/09/07]   Entenda como a Anatel conduz os testes dos padrões de rádio digital

Apresentação aconteceu durante a reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática realizada nesta terça-feira (11/09) em Brasília.
 
O superintendente de Serviços de Comunicação de Massa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ara Minassian, explicou durante a reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática que os testes que estão sendo feitos atualmente no País em relação ao padrão que será adotado para a rádio digital levam em conta o desempenho do sistema, a robustez quanto a perturbações causadas por ruídos radioelétricos, e as interferências de outras transmissões analógicas e digitais.
 
Segundo ele, também são avaliadas a extensão da área de cobertura; a qualidade áudio-digital; a compatibilidade do sinal digital com o sistema analógico; e a interferência provocada pelo sinal digital nas transmissões analógicas existentes.
 
O debatedor informou que, nos últimos anos, a Anatel autorizou dez emissoras FM e oito emissoras AM a fazer testes com o sistema norte-americano, conhecido como In Band On Channel (Iboc). Também foi dada uma autorização para a Universidade de Brasília (UnB) testar o sistema DRM para ondas curtas.
 
Ara Minassian participa da audiência pública promovida pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática sobre a implantação da rádio digital no País.

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Fonte: O Globo Online
[11/09/07]   Indústria nacional quer garantir espaço no mercado de rádio digital  - por Mônica Tavares
 
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O superintendente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ara Minassian, afirmou que, pelos relatórios enviados pelas emissoras de rádio à instituição, ainda não é possível escolher um padrão digital para o país. No entanto, ele mesmo informou que a Anatel já autorizou dez emissoras FM e oito emissoras AM a fazer testes com o sistema americano. A Universidade de Brasília (UnB) também foi autorizada a testar o sistema europeu DRM para ondas curtas, principalmente nas transmissões voltadas para a Amazônia.
 
- Os relatórios ainda não permitem qualquer conclusão por parte da agência - disse Minassian.
 
Mas a expectativa do governo, já divulgada pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, no início do mês passado, é de que o país possa adotar um sistema híbrido no rádio. O padrão americano IBOC para as rádios AM e FM e o europeu DRM para ondas curtas, que tem maior alcance, podendo inclusive substituir as transmissões por satélite na região Amazônica.(...)

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Fonte: JB Online / Agência Brasil
[11/09/07]   Anatel avalia que testes com rádio digital estão incompletos 

BRASÍLIA - A Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel) ainda não tem condições de indicar o modelo de rádio digital a ser adotado no país, com base nos testes já realizados por diversas emissoras. Há dois anos, 21 rádios testam o padrão norte-americano In Band on Chanel (Iboc) e o europeu DRM. Para a Anatel, no entanto, essas experiências estão incompletas e a Agência pode pedir novas pesquisas.

Nesta terça-feira, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, o representante da Anatel, Ara Apkar Minassian, defendeu que os testes não demonstram a possível interferência dos sistemas digitais em rádios com sinal analógico nem o alcance da freqüência das emissoras com qualquer dos modelos. A Anatel, explicou, quer garantir que o novo sinal não afetará as rádios analógicas durante o período de transição.

- Ninguém conseguiu responder se uma rádio analógica, hoje com alcance de 70 quilômetros, cobrirá com o sinal digital essa mesma distância ou se parte dos ouvintes ficará sem o sinal - afirmou Minassian, que é superintende do Serviço de Comunicação de Massa da Anatel.

A digitalização, segundo ele, pode tirar emissoras do ar. Por isso defendeu a importância das pesquisas para a busca de medidas de precaução. Como o alcance ainda não foi avaliado e “os relatórios não foram apresentados de forma conclusiva, podemos pedir testes adicionais”.

Na semana passada, a Anatel recebeu relatórios de testes de seis emissoras com os dois sistemas. Nesta terça, durante a audiência pública, o representante da Rádio Bandeirantes, Flávio Lara Resende, revelou que com o modelo europeu (DRM) não é possível manter a transmissão digitalizada na mesma faixa e no mesmo canal. Ou seja, com a transição o ouvinte poderá não encontrar suas emissoras favoritas no visor dos aparelhos.

- Depois de dois anos de testes, observamos que os modelos [Iboc e DRM] não funcionam da mesma maneira. Percebemos que no Iboc dá para operar com a mesma freqüência tanto no sistema analógico quanto no digital - apontou.

Resende informou ainda que a Rádio Bandeirantes considera o modelo americano melhor, mas defendeu que a opção não é conclusiva e que a escolha do padrão deve ser feita sem pressa pelo governo. - Se pudéssemos adiar essa escolha nós o faríamos - acrescentou.

O resultado dos testes feitos pela Rádio Bandeirantes é referendado pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), cujo representante, Ronald Barbosa, lembrou que a transmissão simultânea (analógica e digital) com o modelo europeu sofre mais interferência. Quinze emissoras filiadas à Abert testam os dois sistemas.

Os resultados já apresentados, no entanto, não correspondem à expectativa da Anatel. - Até onde sabemos, os modelos norte-americano e europeu operam da mesma forma. Dependendo da configuração, operam na mesma freqüência e no mesmo sinal - rebateu Minassian, ao informar que outros países obtiveram sucesso nos testes com o DRM.

Ele disse ainda que devido à falta de subsídios técnicos para os testes podem ser pedidos novos estudos a instituições de pesquisa e universidades. O prazo para as emissoras apresentarem os resultados terminaria nesta semana, mas foi prorrogado e algumas delas só o farão em abril de 2008. Esses resultados irão a consulta pública. Em agosto, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse que a escolha do sistema digital não será feita antes da entrega e da análise dos testes com o modelo americano e que não pretende esperar o resultado das pesquisas com o europeu, que estariam atrasadas.

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Fonte: Agência Brasil  
[16/09/07]   Pesquisadores demonstram preocupação com modelo de rádio digital no país - por Isabela Vieira

 Brasília - Pesquisadores e professores da área de Comunicação alertaram na última semana para os rumos dos testes com rádio digital. Em carta divulgada pela internet, eles enumeram sete “preocupações” com o processo de escolha do novo modelo, entre elas a falta de metodologia nos testes e a baixa eficiência de transmissão no padrão In Band - On Channel (Iboc), defendido pela Associação Brasileira de Emissores de Rádio e Televisão (Abert).
 
Em relação aos testes, além de cobrar a padronização de critérios, os professores afirmam que não estão sendo testados recursos de interatividade e mecanismos que favoreçam a integração do rádio com outras mídias. “O que pode significar a perda da possibilidade de intensificar a participação dos ouvintes na programação das emissoras”, diz o documento.
 
Os professores e pesquisadores acompanham, voluntariamente, testes de emissoras cadastradas à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Há dois anos, cerca de 20 emissoras testam dois modelos de rádio digital, o norte-americano Iboc e o Digital Radio Mondiale (DRM). As experiências devem subsidiar a escolha do modelo a ser adotado no Brasil. No entanto, até agora, a Anatel disse não ter elementos para realizar uma análise técnicas dos modelos.
 
No documento, também não faltaram críticas ao modelo norte-americano Iboc. “Os pesquisadores observaram problemas de interrupções abruptas do sinal digital em locais onde havia fios de alta tensão (rede elétrica), prédios e túneis, forçando o aparelho receptor a transmitir no modelo analógico, com atraso que pode chegar a oito segundos”, diz o texto.
 
O professor Luiz Artur Ferraretto, da Universidade Luterana do Brasil, explica que com esse atraso, chamado de delay, o brasileiro pode até ter que mudar o hábito de assistir jogos de futebol acompanhado de seus aparelhos de rádios.
 
“Nos testes realizados, esse delay significa que o sujeito verá o gol na frente dele no estádio e ouvirá o grito de gol depois de seis ou 12 segundos”, disse. Para ele, não existe a necessidade de migrar de tecnologia antes de ter certeza da qualidade do novos sistema.
 
Os pesquisadores também destacaram que devido aos custos do processo de digitalização, rádios educativas e comunitárias podem ter dificuldades para fazer a transição, já que 50% das emissores provavelmente terão que trocar os transmissores a válvula por modulares e adequar a produção radiofônica, com a troca de equipamentos do estúdio, por exemplo.
 
Outra preocupação diz respeito ao modelo proprietário de tecnologia do Iboc. Diferentemente do sistema europeu (DRM), o norte-americano pode obrigar os radiodifusores a pagarem royalties à empresa Ibiquity, que administra o modelo. A sociedade civil também alerta para os altos custos da digitalização. Porém, o Ministério das Comunicações já sinalizou com financiamento público para a transição.

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Fonte: O Globo Online / Agência Brasil
[07/10/07]   Não há prazo para fim dos testes com rádios digitais, diz Anatel

BRASÍLIA - O prazo para o fim dos testes com rádios digitais vai depender dos esforços que serão realizados por cada grupo. A afirmação é do superintendente de Serviços de Comunicação de Massa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ara Apkar Minassian, sobre o tempo que se levará para concluir os testes oficiais de rádio digital dentro da nova metodologia.

- Se tiver um esforço integrado com universidades, em dois, três meses, é possível ter, pelo menos, alguma finalização. Porém, o último pedido de autorização para realização de teste individual foi feito em abril deste ano. Ou seja, até abril do ano que vem, ainda haverá rádios testando - explica.

Minassian diz não querer gerar expectativas sobre quando os testes oficiais com os sistemas de rádio digital estarão prontos.

- Hoje, eu não tenho resultados confiáveis - avisa o superintendente. - O importante é ter resultados confiáveis porque a sociedade internacional vai olhá-los com lupa e não pode ter furos - afirma.

O superintendente conta que, no processo de escolha da TV digital, "muita gente questionou o resultado dos testes, mas nós tínhamos tanta confiança que confirmamos tudo e tínhamos razão. Então você não pode vacilar", diz Minassian.

Para ele, só agora, com a metodologia elaborada, é que o processo de escolha do sistema digital começa a andar.

- Estamos na estaca, se não zero, incipiente ainda. Recentemente conversamos com os radiodifusores que têm vontade de prosseguir com os testes e também com as associações de classe envolvidas.

Segundo Minassian, o prazo final será dado pelo desenrolar dos testes.

- Temos que avaliar com muita cautela esses resultados. Se, na hora de testar, surgir um imprevisto? É difícil você identificar agora os problemas que vão surgir - avalia.

O superintendente conta que a maioria da empresas - tanto AM, quanto FM - que realizaram testes individuais, optaram por testar o sistema americano Iboc. Duas a três rádios serão escolhidas para fazerem os testes oficiais.

Já o modelo europeu DRM será testado pela Universidade de Brasília (UnB) em parceria com a Radiobrás. O transmissor já está com a equipe da UnB e será instalado na estação transmissora da Rádio Nacional, em Brasília. O aparelho receptor será instalado em um veículo móvel da Radiobrás. Onze rotas distintas foram traçadas para testá-lo em diversas localidades. Para iniciar os testes, a equipe aguarda a visita de um técnico alemão que finalizará a instalação dos equipamentos.

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Fonte: Hoje
[30/10/07]   Sistema digital deve ser testado por três rádios
 
 Nas próximas semanas, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) vai enviar a duas ou três emissoras de rádio escolhidas a metodologia criada para a realização de testes com os sistemas de rádio digital.

 De acordo com o superintendente de Serviços de Comunicação de Massa da agência, Ara Apkar Minassian, a escolha das rádios fica a cargo do setor. “Nós pedimos que escolhessem, entre eles, quem vai ser o cobaia para estes testes. É mais fácil do que você impor”. Para tanto, as especificações e metodologia serão entregues à Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão) e à Abra (Associação Brasileira de Radiodifusores).

 Três principais questões deverão ser avaliadas: a qualidade do sinal, a abrangência da cobertura e possíveis interferências entre emissoras do sistema digital sobre o analógico.
 
O superintendente destaca que concentrar os testes em duas rádios “não significa que são as duas melhores. Não tem nada a ver. Mas tenho que fazer um teste na praça de São Paulo porque é crítica. Tenho edifícios altos e um monte de obstáculos. Se o sistema der certo em São Paulo, a tendência de dar certo em outras cidades mais planas é muito maior”.

 Ele cita também Belo Horizonte e Rio de Janeiro como cidades que têm a topografia bem diversificada. “Não pretendo remeter para 20 emissoras porque, quando você abre muito o leque, vai ter resultados dispersos”, acrescenta.
 
RELATÓRIOS
 Há dois anos, a Anatel começou a autorizar emissoras a realizarem testes com sistema digital. Ao todo, 19 emissoras pediram autorização, no entanto, a Anatel não sabe dizer quantas efetivamente realizaram testes.
 
Minassian conta que cada rádio testava o sistema da sua forma e o resultado dos relatórios entregues à Anatel não responderam a uma série de dúvidas sobre os sistemas. “Ninguém até agora conseguiu apresentar um resultado concreto, sólido, que possa dizer o seguinte: ‘Eu usei o sistema e ele me atendeu, não perdeu cobertura, não gerou interferência nos sistemas analógicos vizinhos’. Ninguém me apresentou isso”, diz.

 A Anatel definiu as metodologias que devem ser usadas pelas rádios nos testes. Com ela, “vamos tentar fazer isso de forma coordenada”, completa o superintendente.

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Fonte: O Globo OnLine
[17/12/07]   Rádio digital passa por testes a partir de janeiro - por Monica Tavares
 
A partir de janeiro, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e o Instituto Mackenzie vão fazer os últimos testes de rádio digital. O trabalho terá duração de cerca de 40 dias e vai utilizar a tecnologia IBOC (In-Band-On-Channel). O primeiro teste ocorrerá na cidade de São Paulo e vai durar 10 dias. Depois, a equipe irá para Ribeirão Preto (SP), onde permanecerá avaliando a tecnologia pelo mesmo período. Por fim, os testes ocorrerão em Belo Horizonte (MG). O trabalho será coordenado pelo assessor técnico da Abert Ronald Barbosa.
 
- Passaremos um período em cada cidade, analisando todos os aspectos da transmissão digital. O objetivo é fazer uma análise profunda do comportamento do sinal, para que o governo tenha total segurança de optar pela tecnologia - disse Barbosa.
 
Os técnicos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) serão convidados a acompanhar os testes porque é importante que todos os passos tenham a concordância da Anatel, explicou Barbosa. Para a Abert, o IBOC reúne as melhores condições para ser adotado no Brasil porque é o único padrão capaz de promover a transmissão simultânea, ou seja, mesmo com o funcionamento da tecnologia digital, o sinal analógico continuará sendo transmitido.
 
A expectativa da associação é que até meados de janeiro do ano que vem os trabalhos sejam concluídos para serem encaminhados ao governo.
 
- Vamos solucionar qualquer dúvida a respeito do IBOC, colaborando com o governo no processo de escolha do padrão tecnológico - afirmou Ronald Barbosa.

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2008

Fonte: Convergência Digital
[23/09/08]   Abert aponta padrão IBOC para rádio digital no Brasil por Luiz Henrique Ferreira
 
O segmento de radiodifusão vai entregar até o dia 15 de outubro ao ministro das Comunicações, Hélio Costa, e para o presidente da Anatel, embaixador Ronaldo Mota Sardenberg, o relatório final dos testes realizados para adoção de padrão de rádio digital.
 
A informação foi anunciada pelo presidente da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), Daniel Pimentel Slaviero, nesta terça-feira, 23/09, durante coletiva à imprensa para apresentar a pesquisa do perfil sócio-econômico do serviço de rádio.
 
Segundo Slaviero, os dados estão sendo consolidados, mas por exclusão, o padrão que melhor se adaptou para transmissão de AM e FM foi o sistema norte-americano IBOC (In-Band-On-Channel). "Com base nos dados dos testes será possível para o Governo decidir qual será o padrão implementado no país",frisou.
 
Os testes aconteceram a partir de uma iniciativa que reuniu a Abert, o Minicom, a Anatel e o Instituto Mackenzie, de São Paulo. O diretor da Abert, Flavio Cavalcanti, enfatizou que não há no mundo outro padrão que, hoje, opere com qualidade as faixas de AM e FM.

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Fonte: Estadão
[26/08/08]   Escolha de rádio digital abre polêmica - por Ethevaldo Siqueira[Abert quer sistema americano, mas Mackenzie pede novos testes]
 
Abert quer sistema americano, mas Mackenzie pede novos testes
 
O Instituto Mackenzie concluiu os testes sobre o desempenho do padrão norte-americano de rádio digital Iboc (In Band on Channel, ou HD Radio) feitos sob a direção do professor Gunnar Bedicks, mas não recomenda sua adoção pelo Brasil sem que se façam testes comparativos com outros padrões. Essa é a razão por que o Mackenzie se recusa a assinar o relatório final dos testes, nos termos solicitados pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
 
Defensora ardorosa do padrão norte-americano, a Abert insiste na adoção dessa tecnologia digital pelo Brasil, independentemente de qualquer comparação com outros padrões. Para tanto, vai elaborar relatório final sobre os testes feitos pelo Mackenzie e levar o documento ao Ministério das Comunicações.
 
O Instituto Mackenzie não considera correto nem possível recomendar um padrão sem conhecer o desempenho dos demais com a mesma profundidade. Os testes de campo do padrão Iboc foram contratados em novembro de 2007 pela Abert, e foram acompanhados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelo Ministério das Comunicações.
 
"Ao fazer esses testes, nossa missão foi avaliar o desempenho do padrão Iboc, isoladamente, acompanhando os testes que vinham sendo feitos em várias emissoras em São Paulo, Ribeirão Preto, Cordeirópolis e Belo Horizonte", diz Bedicks. "Medimos o alcance do sinal digital em comparação com o sinal analógico, as eventuais interferências, a qualidade da transmissão e da recepção móvel e fixa, tanto em amplitude modulada (AM) como em freqüência modulada (FM). Não podemos, entretanto, recomendar a adoção desse padrão sem compará-lo com outros padrões europeus, como o DRM (Digital Radio Mondiale) e DAB (Digital Audio Broadcasting)."
 
Bedicks reitera que o Mackenzie aprova o objetivo geral de digitalização das emissoras de rádio. "Mas não pode recomendar o padrão Iboc sem comparar seu desempenho com o de outros padrões. E não queremos fazer nada de forma apressada, senão corremos o risco de adotar um padrão que será como a lei que não pega. Além disso, é bom reconhecer que a digitalização do rádio em todo o mundo está numa fase incipiente, muito menos avançada do que a TV."
 
OS TESTES
 
Os testes de cobertura de área foram feitos com as Rádios Bandeirantes (FM), Cultura (AM), Ribeirão Preto (FM), Belo Horizonte (AM) e Cordeirópolis (AM) classe C, ou seja, rádio comunitária. Os resultados dos testes com emissoras de AM na área da cobertura predefinida mostraram que o alcance do sinal digital é praticamente equivalente ao do analógico, e a qualidade, satisfatória.
 
O padrão Iboc testado permite a transmissão simultânea do mesmo programa tanto na forma digital quanto analógica, no mesmo canal de freqüência. É a característica chamada simulcast - que permitirá aos receptores analógicos sintonizar as mesmas emissoras, durante 10 anos ou mais, até que todas as rádios encerrem suas transmissões analógicas e passem a transmitir exclusivamente com sinal digital. Até aqui, o Iboc era o único padrão que permitia o simulcast.
 
Esse padrão digital, entretanto, enfrenta alguns problemas ainda insanáveis, como o atraso de 4 a 8 segundos do sinal digital em relação ao analógico. Quando o sinal digital perde intensidade e não é recebido, entra o analógico. Ao retornar, o sinal digital está atrasado alguns segundos em relação ao analógico, causando a repetição de trechos já ouvidos.
 
Pior do que isso é o consumo excessivo de baterias dos receptores digital, que torna praticamente impossível o uso de receptores portáteis. Essas limitações parecem ser de todos os padrões de rádio digital existentes atualmente e, talvez, só venham a ser superadas com a evolução tecnológica futura.
 
O professor Gunnar Bedicks acha essencial que o Brasil compare o desempenho do padrão norte-americano com os padrões europeus DRM e DAB. Até porque a versão DRM-Plus também permite a transmissão simultânea de programa analógico e digital no mesmo canal, tanto em AM como em FM, conforme foi demonstrado no evento International Broadcasting Conference (IBC), realizado há duas semanas em Amsterdã. (...)

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Fonte: Caros Ouvintes
[21/12/08]   E o rádio digital? Uma análise responsável - por Hélio Costa, jornalista, senador da República, ministro das Comunicações

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Como se vê, claramente, nem mesmo nos Estados Unidos e na Europa o rádio digital está aprovado. O Brasil está atento a tudo isso e só tomará uma decisão quando ela for tecnicamente correta e atender o interesse público. A demora não é nossa. O rádio digital, mesmo nos países de origem, tem ainda muitos problemas que precisam ser solucionados antes de tomarmos uma decisão que terá um impacto direto nas comunicações, na indústria eletroeletrônica e principalmente nas políticas públicas de inclusão digital. Por outro lado, como fez na decisão da TV Digital, o Governo Brasileiro não escolherá “um sistema de rádio digital até o fim de 2008″, como diz equivocadamente a articulista. Vamos indicar as ferramentas que devem compor a arquitetura do rádio digital. Na verdade, entre outras exigências, já amplamente divulgadas, o sistema terá de contemplar a transmissão em FM e OM, no mesmo canal, cobrir todas as zonas de sombras do rádio analógico, dar à indústria brasileira acesso aos detalhes técnicos do padrão, promover a transferência de tecnologia e não ter custo para o rádio-ouvinte.(...)

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2009

Fonte: Coluna Circuito - Convergência Digital
[21/05/09]  TV Digital: Brasil pode ter o quarto padrão mundial reconhecido pela UIT - por Cristina De Luca
 
 Há pelo menos dois anos, André Barbosa, assessor especial da Casa Civil da Presidência da República, bate na mesma tecla: usar o mesmo processo de escolha da TV Digital para o rádio digital, envolvendo universidades e indústrias nos testes, além dos radiodifusores, para análise abrangente e proposição e incorporação de possíveis melhorias técnicas adequadas ás necessidades brasileiras. E isso, agora, tem uma chance real de acontecer, com as decisões do Minicom de ampliar por seis meses os testes tanto com o sistema americano, quanto com o sistema europeu, para tirar a melhor proposta em conformidade com a realidade brasileira, e de lançar a consulta pública de 90 dias para ouvir a população.
 
 "Nenhum dos padrões de rádio digital existentes hoje no mundo teve sucesso comercial. Todos têm algum problema sério de cobertura, interferências, excessivo consumo de baterias dos receptores, e por aí vai... "Isso abre para nós uma oportunidade, como tivemos com a TV Digital. A academia precisa participar mais ativamente desse processo", explica Barbosa, que por muitas vezes já revelou sua preocupação com as possíveis conseqüências da adoção de um padrão de rádio digital ainda sujeito a essas intempéries, capazes de trazer muito mais conseqüências negativas do que benefícios às emissoras e aos ouvintes.
 
 Com chapéu da Casa Civil, Barbosa continua defendendo a criação de um grupo incumbido de testar e comparar os resultados das tecnologias DAB (Inglaterra), HD Radio e IBOC (americanas), ISBD-T (Japão) e DRM (européia), com participação majoritária de cientistas e acadêmicos da Universidade brasileira e do CPqD.
 
 "Os testes que serão feitos agora, em São Paulo, já são um grande avanço", diz Barbosa. "Agora precisamos envolver a indústria. Você acredita que há 11 anos não fabricamos rádio no Brasil, com exceção dos rádios para automóveis? Não podemos deixar de escolher o melhor padrão e empregar todos os esforços para reduzir custos na sua implantação". Além disso, o padrão IBOC não é totalmente aberto. Já o europeu, diz ser. essa é uma outra questão que, a exemplo do que aconteceu com a TV Digital, deve pesar na balança.
 
 Embora os radiodifusores tenham pressa na definição do padrão de transmissão digital de rádio e defendam o americano IBOC (In-band on Channel), da empresa iBiquity, a verdade é que ainda não há elementos técnicos suficientes postos na mesa que permitam uma a melhor escolha para o país, considerando todos os segmentos envolvidos.
 
 O principal argumento dos radiodifusores a favor do IBOC é que ele permite o simulcast – a transmissão analógica e digital na mesma banda de freqüência, sem necessidade de um novo canal. Mas, em ondas médias, apresenta sérios problemas de propagação, com áreas de sombra maiores do que as que são observadas hoje no sistema analógico, segundo testes realizados no ano passado pelo Universidade Mackenzie. "Eles farão testes agora com o padrão europeu, DRM, que, no mundo, é o que tem apresentado melhores resultados", afirma Barbosa.
 
 Nos corredores do congresso da Abert, em Brasília, é possível esbarrar com um dos membros da delegação europeia especializada no padrão, que veio ao país especialmente para acompanhar os testes.

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Fonte: Geek
[22/09/09]   Ministro das Comunicações pretende adotar padrão Europeu de Rádio Digital - por Matheus Gonçalves

Senadores contestam e pedem explicações.

Em entrevista à Rádio do Senado, o Ministro das Comunicações Hélio Costa disse ter informações suficientes para considerar que o Brasil pode adotar o Sistema Digital de Rádio no padrão Europeu, ainda em 2009.

Entre as vantagens de se adotar um padrão digital de rádio, Costa citou a melhoria da qualidade do sinal e a possibilidade de uma mesma Rádio transmitir vários programas distintos usando a mesma freqüência.

Duas opções estão em fase de estudo : O padrão dos EUA, denominado IBOC (In Band on Channel) e o padrão Europeu, chamado DRM (Digital Radio Mondiale). Ambos são métodos de transmissão de rádio digital e analógico com sinais simultâneos que usam a mesma freqüência, funcionando com sinais AM e FM. A vantagem do padrão DRM, segundo o Ministro, é que ele também trabalha com ondas curtas. Segundo o site oficial deste sistema, por enquanto as bandas contempladas estão abaixo dos 30Mhz, mas já existe um projeto que visa atingir 174MHz. A conclusão dessa melhoria está prevista para o final de 2009.

Costa se declarou convencido a adotar o padrão Europeu: “Depois das informações que eu comecei a receber do sistema DRM, acho que agora já dá pra se tomar uma decisão até o final do ano.” – afirmou o Ministro.

Essa declaração vai contra o que era defendido por ele mesmo até 2006. Segundo notícia publicada no site FNDC no dia 18 de outrubro deste ano, o ministro dizia-se “absolutamente convencido de que o sistema americano para o rádio digital é o melhor”.

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Fonte: Tele.Síntese
[29/09/09]   Hélio Costa recoloca o Iboc na disputa pelo padrão de rádio digital - por Lúcia Berbert

Os testes com o sistema europeu de rádio digital devem começar nas próximas semanas, em São Paulo. Segundo o ministro das Comunicações, Hélio Costa, a decisão final sobre o padrão sairá depois de novembro, quando acaba o prazo da consulta pública para os testes.
Além do sistema DRM (Digital Radio Mondiale), da Europa, o Brasil testou o norte-americano, o Iboc (In Band on Channel), por dois anos, mas que apresentou problemas de interferências. Além do mais, o sistema Iboc não trabalha com Ondas Curtas (OC), essenciais para atingir a região amazônica.
Já o sistema europeu, que trabalha com OC, ainda não obteve a homologação da transmissão em FM pela UIT (União Internacional de Telecomunicações). “Acho que eles conseguem a homologação em poucos meses, assim como os norte-americanos podem resolver as questões das sombras nas transmissões, verificadas nos testes”, disse Costa, recolocando o sistema Iboc na disputa.
Segundo Costa, a maioria das grandes emissoras de rádio já possui o equipamento para o sistema Iboc, o que apressaria a implantação desse sistema no país. Ele avalia que a implantação do sistema europeu demore pelo menos um ano. “Para fazer um processo democrático, aberto, temos que assegurar as mesmas condições que oferecemos aos americanos. Eles [os europeus] terão que fazer os testes e mostrar que o sistema DRM é bom”, disse.
Iboc
Os testes realizados com o sistema Iboc, sob a coordenação da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), demoraram dois anos, porém, o trabalho foi reprovado pela Universidade Mackenzie, que reúne os maiores especialistas de rádio digital no Brasil. Além de não transmitir em OCM, o padrão norte-americano também ainda não superou os problemas das “sombras” nas transmissões em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, não foi solucionada a questão referente a royalties, já que é um sistema proprietário.

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Fonte: A Rosa dos Reis Engenharia de Radiodifusão
[24/11/09]  Testes com o padrão europeu de rádio digital serão iniciados em 30/11 - por Eng.º André Ippolito Bouças

Finalmente os testes com o padrão europeu DRM (Digital Radio Mondiale) terão início na próxima semana. Após atrasos devido à burocracia e autorizações para entrada e permanência no território nacional, os equipamentos já estão prontos para serem instalados e testados em São Paulo. A entidade que realizará as medições será o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), que foi designado pelo Governo Federal como o responsável pela padronização da rádio digital em âmbito nacional, conforme notícia veículada na página do INMETRO, em 25/09/2009.

A escolha do padrão de rádio digital vem sendo discutida e tem sido alvo de muitas críticas por parte dos radiodifusores brasileiros por ter apresentado, até o momento, testes realizados apenas com o padrão americano HD Radio, resultados estes que têm sido muito criticados pela insuficiência de dados para a tomada de decisão. Apesar de alguns radiodifusores e fabricantes levantarem a hipótese da criação de um padrão brasileiro de rádio digital, o padrão europeu, que teve sua eficiência já comprovada no sistema de Ondas Curtas, tem agora a oportunidade de testar seu novo padrão, englobando a faixa de FM, o padrão DRM+ e a faixa de AM com o DRM.

Assim como o padrão americano, o padrão europeu traz a oportunidade de uma competição mais justa entre as rádios AM e FM, já que os padrões permitem a inclusão de novas emissoras dentro da mesma faixa de frequência e tornam o som de ótima qualidade e livre de interferências, além de outros benefícios através da digitalização. Depois do padrão americano não ter alcançado o sucesso esperado para a faixa de AM, a realização dos testes com o padrão europeu tornam o processo mais democrático e justo e dá sobrevida aos radiodifusores de AM até a escolha definitiva do padrão.


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