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Janeiro 2010 Índice Geral do BLOCO
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11/01/10
• Rádio Digital (57) - Relação de matérias do jornalista e articulista Ethevaldo Siqueira sobre "Rádio Digital"
de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 11 de janeiro de 2010 14:35
assunto Rádio Digital (57) - Relação de matérias do jornalista e articulista
Ethevaldo Siqueira sobre "Rádio Digital"
01.
Está "rolando" e termina dia 17 (não está descartado novo adiamento...) um "Aviso
de Chamamento Público
nº 1/2009" publicado em 22 de maio de 2009 pelo Minicom, para
realização de "experimentos com
sistemas de rádio digital nas diversas faixas de frequência das respectivas
modalidades (OM, OT, OC e FM) do Serviço de Radiodifusão".
Supostamente esta "consulta/aviso" permitirá uma decisão sobre o padrão de
Rádio Digital a ser adotado no Brasil.
A mídia pasteurizada não valorizou todo este processo, que poderia
ter sido um enorme escândalo. Não foi e não é, ainda, pois a sociedade mal
informada e anestesiada, não se interessou para justificar a definição de
"escândalo" (Aulete): Fato, situação ou acontecimento que causa
perplexidade, indignação e censura públicas por serem contrários às
convenções morais, éticas, sociais, religiosas.
Em dez 2008, após um relatório desfavorável
ao IBOC feito pelo Instituto Mackenzie (a ABERT diz que não!) o ministro
Calixto da Costa aparentemente desistiu do Rádio Digital.
"Consta" que a desconsideração do tal relatório poderia prejudicar
certas pretensões eleitorais e "consta" também que a "parceria" entre o
ministro e o Pimentel Slaviero da ABERT andou abalada por este motivo.
Mas não durou muito o possível mal estar, como sói acontecer nas relações
entre lobistas e políticos.
Especula-se que o mesmo "efeito Sarkozy" que hoje azeda a licitação dos
caças da FAB também influenciou a decisão, em 2009, de reativar os testes do
Rádio Digital, para recolocação do europeu DRM na disputa.
Um dia virá tudo à tona mas, por enquanto, é difícil especular sobre o
resultado devido às "manobras evasivas" de Costa e Slaviero.
Ah, se tivéssemos uma mídia mais investigativa...
02.
O "quase nosso" participante jornalista e articulista Ethevaldo Siqueira
tem sido uma das honrosas exceções da mídia abordando criticamente o tema
Rádio Digital.
Prezado Ethevaldo!
Sabemos que está viajando à serviço mas considere-se convidado a retornar ao
tema! :-)
03.
Mais abaixo está a transcrição das matérias do Ethevaldo coletadas em nossos
"arquivos implacáveis". Vale conferir!
Eis o "sumário":
Fonte: Ethevaldo
Siqueira
[24/05/09]
O surrealismo de um ministro das Comunicações - por Ethevaldo Siqueira
Fonte: Ethevaldo
Siqueira
[15/01/09]
Abert contesta artigo, Ethevaldo responde
Fonte: Midia Clipping
[12/01/09]
Abert faz esclarecimento sobre matéria a respeito do Rádio Digital
["Hélio Costa abandona projeto de Rádio Digital"]
Fonte: Adnews
Origem: Estadão
[29/12/08]
Hélio Costa abandona projeto de rádio digital - por Ethevaldo Siqueira
Fonte: Estadão
[26/08/08]
Escolha de rádio digital abre polêmica - por Ethevaldo Siqueira -
[Abert quer sistema americano, mas Mackenzie pede novos testes]
Fonte: Estadão
[25/05/08]
Televisão na Finlândia já é 100% digital - por Ethevaldo Siqueira [mas
o Rádio Digital foi descartado]
Fonte: AESP - Associação das Emissoras de Rádio e TV do Estado de São Paulo
- Origem: O Estado de S.Paulo - Economia & Negócios
[21/10/07]
A polêmica do rádio digital no Brasil - por
Ethevaldo Siqueira
00.
Aqui estão os últimos "posts" sobre o tema no BLOCO:
Ao debate!
Boa leitura!
Ótimo 2010!!!
Um abraço cordial
Helio Rosa
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Fonte: Ethevaldo
Siqueira
[24/05/09]
O
surrealismo de um ministro das Comunicações - por Ethevaldo Siqueira
Congresso Brasileiro de Radiodifusão
Entre muita coisa interessante e útil, o Congresso Brasileiro de
Radiodifusão da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e
Televisão) teve seu lado cômico. Comecemos pelo surpreendente apelo aos
jovens feito pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, ao falar na
solenidade de abertura do evento. Fui ouvir a gravação para acreditar na
declaração. Numa linguagem pouco convencional, ele disse: “Essa juventude
tem que parar de só ficar pendurada na internet. Tem que assistir mais rádio
e televisão". Meu professor de português ginasial me reprovaria se eu
escrevesse duas frases como essas. Pior do que a forma, no entanto, é o
sentido.
Lembrei-me imediatamente de que o próprio Ministério das Comunicações tem
feito alarde de um projeto nacional de universalização da banda larga, cuja
função essencial é permitir o acesso de todas as escolas à internet. E mais:
o governo federal tem anunciado reiteradas vezes a intenção de promover a
mais ampla inclusão digital, que começa pela democratização do acesso à
internet.
Fiz questão de ouvir a reação de alguns jovens a respeito do apelo
ministerial. Todos, unanimemente, ressaltaram que o rádio e a TV estão
acessíveis há anos na internet. Um estudante de 18 anos observou: “Eu não
acredito. Acho que tudo não passou de uma piada. Não vou ridicularizar Hélio
Costa. Não me passa pela cabeça que um ministro das Comunicações proponha
algo tão anacrônico, como pedir à juventude que pare de navegar internet”.
Qualquer garoto adolescente sabe que a convergência tecnológica transformou
a internet em mídia das mídias e que, por meio dela, podemos acessar
jornais, revistas, emissoras de rádio e TV, bancos de dados, centros de
informação, universidades, o Vaticano, o Palácio do Planalto e qualquer
outra instituição. E é bom frisar, leitor, que a frase impensada do ministro
não foi um alerta contra os eventuais perigos da rede mundial de
computadores.
Não tenho dados sobre o índice de audiência de rádio e TV pelos jovens –
seja em broadcasting, seja via internet. Por isso, acho que não cabe fazer
qualquer crítica aos hábitos da juventude.
Pessoalmente, tenho a maior admiração pela contribuição da radiodifusão à
democracia e à cultura brasileira, até porque trabalho há mais de 15 anos
nesse meio de comunicação. Mais ainda: ouço rádio por meio de um software
que nos permite sintonizar, via internet, até 16 mil emissoras de rádio de
todo o mundo, em meu computador.
TELES vs. RADIODIFUSÃO
Outra pérola ministerial veio na mesma solenidade de abertura do Congresso
de Radiodifusão, logo em seguida ao apelo formulado aos jovens para que não
vivam pendurados na internet: “O setor de comunicação fatura R$ 110 bilhões
por ano. Desse total, somente R$ 1 bilhão é do rádio e R$ 12 bilhões das
TVs. O resto vocês sabem muito bem onde está".
Não é a primeira vez que o ministro das Comunicações faz esse tipo de
comparação, incitando as emissoras de rádio e TV contra as operadoras de
telecomunicações. Para ele, o grande pecado das telecomunicações é faturar
quase 10 vezes mais do que a radiodifusão, quando o mesmo fenômeno ocorre em
todo o mundo.
Se esse argumento tivesse alguma significação especial, poderíamos lembrar
que o setor de energia fatura mais do que o triplo das telecomunicações. E o
Brasil estaria dominado pela agropecuária, cuja receita equivale a um terço
do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, ou cerca de R$ 900 bilhões.
Em lugar de propor uma legislação moderna e avançada para as comunicações em
seu sentido mais amplo, e que, portanto, envolva telefonia, rádio, TV,
correios e outros segmentos, o ministro insiste em ressaltar simplesmente a
desproporção de receita entre os dois setores. Seria muito mais lógico e
sensato que mostrasse claramente novos caminhos para o rádio e a TV no
Brasil.
Hélio Costa precisa convencer-se de que é ministro não da Radiodifusão, mas
das Comunicações. Mais do que isso, que não lhe cabe defender um segmento,
mas toda a sociedade brasileira. Não lhe cabe exercer nenhum papel de
lobista ou de representante de um grupo de emissoras, contra o interesse de
outras. Ou o interesse de uma associação contra o de outras. Cabe-lhe
exercer seu mandato com o máximo de isenção, equilíbrio e independência. E,
se possível, com o máximo de competência.
MULTIPROGRAMAÇÃO
A novela da multiprogramação tem mais um capítulo. Ainda na abertura do
Congresso de Radiodifusão, o ministro Hélio Costa afirmou que a decisão
final a respeito da multiprogramação não virá do ministério, nem da
Presidência da República, mas que caberá ao Congresso Nacional definir as
regras da utilização do recurso. Vale lembrar que multiprogramação é a
facilidade da qual que as emissoras de televisão podem dispor para
transmitir até quatro programas em definição padrão (standard definition)
simultaneamente num único canal digital de frequência.
Como em muitas situações anteriores, o Ministério das Comunicações lança
balões de ensaio, anuncia mudanças e edita portarias ou normas sem nenhum
debate nem consenso e, em seguida, volta atrás, ao perceber que se trata de
questões polêmicas. Foi isso que aconteceu com a proibição do uso da
multiprogramação, em que a TV Cultura sofreu até ameaça de punição se usasse
esse recurso sem uma autorização especial do governo. Só recentemente,
diante da repercussão negativa da medida, Hélio Costa decidiu autorizar a
emissora pública paulista a usar o recurso da multiprogramação em caráter
científico e experimental.
Como temos afirmado em diversas oportunidades, o uso da multiprogramação não
precisa de qualquer tipo de regulamento ou autorização. É uma facilidade
inerente à tecnologia de TV digital. Todas as emissoras autorizadas a
implantar a nova tecnologia podem usufruí-la, oferecendo novas opções ao
cidadão e democratizando o uso do espectro de frequência.
NACIONALISMO
Outro aspecto polêmico do Congresso de Radiodifusão foram as críticas do
presidente da Abert, Daniel Slaviero, ao modelo aberto de internet que
vigora no Brasil. Em sua opinião, a web deve estar sujeita à mesma
legislação que rege a comunicação social – impondo, assim, limitação à
participação de capital estrangeiro.
Slaviero sugere uma espécie de camisa de força a ser colocada na internet
para, talvez, deter sua expansão e sua eventual concorrência com a
radiodifusão. E aponta a oportunidade de ouro para alcançar esse objetivo:
incluir as restrições no texto do Projeto de Lei 29/2007, que prevê a
regulamentação do mercado de TV por assinatura.
AH, O RÁDIO DIGITAL
A novela do rádio digital retorna aos debates. Conforme antecipou o ministro
Hélio Costa, a escolha do sistema do rádio digital que será adotado pelas
emissoras brasileiras será feita após consulta pública, com prazo de 180
dias. Para tanto, o Ministério das Comunicações divulga portaria específica,
autorizando a consulta pública, para ouvir sugestões da sociedade sobre o
tema.
A escolha do padrão de rádio digital para o Brasil não é uma questão de
opinião. Por isso, o Brasil não pode simplesmente escolher uma nova
tecnologia apenas com base em sugestões de pessoas e entidades, por mais
competentes que elas sejam. É preciso que uma comissão de especialistas e
representantes de entidades altamente qualificadas do ponto de vista
científico e tecnológico, realmente isentas, conduza testes exaustivos em
centros de pesquisas e universidades, num processo de licitação
internacional.
Veja também a reportagem de Mariana Mazza para o Teletime (http://www.teletime.com.br/
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Fonte: Ethevaldo
Siqueira
[15/01/09]
Abert contesta artigo, Ethevaldo responde
(...)
Ethevaldo responde, parágrafo por parágrafo
Na resposta à Abert, o jornalista Ethevaldo Siqueira
diz, entre outras coisas, que a entidade deveria contestar a posição do
ministro Hélio Costa.
Na abertura do texto, a Abert diz que o artigo de minha coluna questiona a
posição do ministro das Comunicações, Hélio Costa. Não é verdade, meu artigo
até aplaude a decisão específica de recuar diante do padrão Iboc. Diz também
que o artigo é impreciso. Nunca um texto foi tão claro, como demonstramos
abaixo, quanto o de minha coluna intitulada Hélio Costa abandona projeto de
Rádio Digital.
1. Não há nenhum equívoco a ser reparado pela Abert. Ninguém é contra a
digitalização do rádio brasileiro, desde que exista tecnologia amadurecida e
aprovada em todos os testes que o País deve conduzir. Foi exatamente a
posição do ministro Hélio Costa.
2. Nossos leitores podem comparar o texto do artigo do ministro Hélio Costa
publicado no jornal Estado de Minas com o texto de nossa coluna e concluir
que a Abert não tem razão quando afirma que aquele artigo, “citado como
fonte de sua matéria, não confere com as informações veiculadas”. O ministro
das Comunicações nunca foi tão claro na rejeição a qualquer tecnologia de
digitalização do rádio, a começar do padrão Iboc, citando diversos
testemunhos de alta credibilidade em sua argumentação. É contra a posição do
ministro que a Abert deveria lutar, não contra minha posição ao comentar as
mudanças de opinião de Hélio Costa.
3. Minha coluna não fez nenhuma referência aos testes conduzidos pelo
Mackenzie.
4. Igualmente, não fiz referência aos testes feitos pelas emissoras (que,
por sinal, não foram satisfatórios – segundo informações da maioria delas).
5. Apenas a Abert “considera o Iboc o padrão mais adequado para o contexto
da radiodifusão brasileira”. Os testes feitos pelo Mackenzie não o
recomendam para a radiodifusão brasileira, no estado atual de seu
desenvolvimento, como também não aprovam nenhum outro padrão. O artigo do
ministro Hélio Costa confirma essa realidade.
6. Esse parágrafo nada mais faz do que confirmar a necessidade de
aperfeiçoamento do padrão Iboc. Por que, então, não esperar que sejam
corrigidas as suas insuficiências e problemas?
7. Nós, também, continuamos defendendo a digitalização do rádio brasileiro.
Mas com responsabilidade, sem açodamento, com a maior transparência e
independência, em favor das emissoras e, principalmente, dos milhões de
radio-ouvintes brasileiros.
8. O resto é futuro, com a apresentação de todas as tecnologias disponíveis,
amadurecidas, plenamente desenvolvidas. É para isso que existe o Ministério
das Comunicações.
Reiteramos nosso respeito à radiodifusão brasileira, por sua contribuição
histórica à cultura, à democracia e ao desenvolvimento do Brasil.
Respeitamos, igualmente, a Abert por seu passado. Por isso, e só por isso,
estranhamos sua insistência em defender uma solução comercial de tecnologia
que nem em seu país de origem tem dado bons resultados. Quando isso ocorrer,
caberá ao Ministério das Comunicações e à Anatel retomar os testes e, em
função de seus resultados, adotar o padrão Iboc no Brasil. Antes disso, é,
no mínimo, questionável, a pressa e o desespero da entidade em causa.
São Paulo, 15 de janeiro de 2009
Ethevaldo Siqueira
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Fonte: Midia Clipping
[12/01/09]
Abert faz esclarecimento sobre matéria a respeito do Rádio Digital
["Hélio Costa abandona projeto de Rádio Digital"]
Matéria publicada hoje na Rádio Agência:
No dia 29 de dezembro, o jornal O Estado de S. Paulo publicou matéria
intitulada "Hélio Costa abandona projeto de Rádio Digital".
Além de questionar a decisão do ministro de implementar a nova tecnologia de
rádio no país, o autor do texto, jornalista Ethevaldo Siqueira, é impreciso
sobre a posição da Abert em relação ao padrão Iboc e sua versão HD Radio, da
empresa Ibiquity dos Estados Unidos.
Diante da necessidade de reparar os equívocos da matéria, a Associação
Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão esclarece aos seus associados
que:
1. O conteúdo do artigo "E o Rádio Digital? Uma análise responsável",
assinado pelo ministro Hélio Costa, em O Estado de Minas (dia 21 de dezembro
de 2008), citado pelo jornalista como fonte de sua matéria, não confere com
as informações veiculadas.
2. No artigo, o ministro Hélio Costa faz uma análise da implantação do rádio
digital no mundo e anuncia que irá indicar as "ferramentas que devem compor
a arquitetura do Rádio Digital", ou seja, refere-se à consulta pública
anunciada para 2009 que irá prever as exigências para o novo sistema.
3. Em 2007, o ministro das Comunicações solicitou à Abert a realização de
testes do padrão Iboc (In-Band On-Channel, na mesma faixa, no mesmo canal),
e recomendou o acompanhamento de uma instituição de reconhecida competência
técnica. A Abert contratou a Universidade Presbiteriana Mackenzie para, por
meio de seu Laboratório de Rádio e TV Digital, elaborar a metodologia e
realizar os testes dentre as emissoras autorizadas a experimentar o padrão,
com base nos guias emitidos pela Anatel. A instituição havia desenvolvido os
testes para o Sistema Brasileiro Terrestre de TV Digital (SBTVD).
4. Os testes e estudos com o padrão Iboc foram executados durante nove
meses, em quatro emissoras comerciais - duas OM e duas FM -, dentre as 20
rádios já autorizadas pela Anatel a operar em caráter experimental. O
trabalho contou com a contribuição da Associação Brasileira de
Radiodifusores (Abra) e de Associações Estaduais de Emissoras de Rádio e
Televisão.
5. A Abert considera o Iboc o padrão mais adequado para o contexto da
radiodifusão brasileira. Por isso, optou por testá-lo. As suas principais
vantagens são:
- não exige destinação de nova faixa de freqüência;
- adapta-se às características atuais das estações, possibilitando uma
transição suave da tecnologia analógica para a digital;
- pode ser implementado tanto nas emissoras de onda média (OM) como nas de
freqüência modulada (FM); e
- permite a utilização da mesma infra-estrutura de transmissão existente nas
estações.
6. Apesar disso, os testes indicaram que o sistema HD Radio deve ser
aperfeiçoado, pelas seguintes razões:
- o sistema HD Radio, no atual estágio de desenvolvimento tecnológico,
melhora o desempenho com relação à modulação analógica, mas na faixa de OM
ainda demanda melhorias na robustez; e
- mesmo já tendo sido adotado oficialmente em seu país de origem, o sistema
continua em processo de evolução e deverá desenvolver versões mais robustas,
mais imunes ao ruído urbano, crescente nos grandes centros.
7. A Abert, entretanto, continua defendendo a digitalização do rádio
brasileiro e reforça o entendimento sobre a adequação do padrão Iboc. Eis
mais algumas das razões:
- as emissoras podem operar em seu próprio canal, o que não implica em
planejamento de canais, possibilita o aproveitamento da planta tecnológica
instalada e reforça a fidelização do público ouvinte;
- o público ouvinte continua a sintonizar sua rádio no sistema analógico,
sem a necessidade imediata de adquirir novos receptores, já que as
transmissões híbridas permitem a simultaneidade dos sinais analógico e
digital; e
- cada radiodifusor poderá iniciar a transição conforme sua disponibilidade
e estratégia.
8. Para 2009, espera-se a realização da consulta pública, anunciada pelo
ministro das Comunicações em audiência para a entrega do relatório dos
testes do padrão Iboc, em dezembro último, com a presença de representantes
do segmento da radiodifusão e da Universidade Mackenzie. A consulta
permitirá aos fabricantes apresentarem seus sistemas e, ao governo
brasileiro, definir as características e pré-requisitos que melhor atendam
ao interesse público e à necessidade de atualização tecnológica das
emissoras de rádio.
Daniel Pimentel Slaviero
Presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão -
Abert
. . . . . . . . . . . . . . .
Por Anderson Diniz Bernardo:
Sem querer ser preconceituoso, já sendo, não ponho a minha mão no fogo
por nada publicado no Estadão que tenha relação com o governo Lula ou
qualquer governo do PT e aliados. O Estadão é bem transparente nesse
aspecto: é antiesquerda, antiLula, antiPT - tudo sem hífen? -, independente
do quando Lula e PT sejam ou deixem de ser de esquerda. Então pode ser mesmo
que o artigo de Hélio Costa usado como fonte não corresponda com o que foi
publicado... Mas bem que a Abert, envolvida nos testes desde o início, e o
ministro podiam ter combinado um posicionamento mais sólido, não?
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Fonte: Estadão
[25/05/08]
Televisão na Finlândia já é 100% digital - por Ethevaldo Siqueira [mas
o Rádio Digital foi descartado]
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