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Janeiro 2010 Índice Geral do BLOCO
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15/01/10
• "O que é Campus Party?" + Edição 2010, politizada, é "apoiada" pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos!
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!Outras transcrições:
Fonte: Abril Digital
[16/01/09]
O que é Campus Party?
Fonte: Info Online
[11/01/10]
O que esperar da Campus Party 2010? - por Guilherme Pavarin que entrevista o
diretor Marcelo Branco
Alguém já participou da Campus Party para dar depoimento ("técnico", se
possível...)? :-)
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio
Rosa
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Fonte: Abril Digital
[16/01/09]
O que é Campus Party?
Olá amigos!
Venho tentar esclarecer o que é Campus Party? Bem para você que não entendeu, ou
entendeu parcialmente, aqui vaí uma descrição do evento, que também pode ser
vista no
www.campusparty.com.br:
Uma porta para o conhecimento digital
Campus Party é considerado o maior evento de inovação tecnológica e
entretenimento eletrônico em rede do mundo. Um encontro anual realizado desde
1997 na Espanha, que reúne durante sete dias milhares de participantes com seus
próprios computadores procedentes de diversos países, com a finalidade de
compartilhar curiosidades, trocar experiências e realizar todo tipo de
atividades relacionadas a tecnologia, a cultura digital e ao entretenimento em
rede.
Pela Campus Party já passaram convidados de destaque como o astronauta Neil
Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua, em 1969, Eveline Herfkens,
coordenadora geral da Campanha dos Objetivos do Milênio das Nações Unidas,
Stephen Hawking, o grande físico britânico que, através de um vídeo, inaugurou a
edição do evento no seu décimo aniversário.
Os participantes da Campus Party mudam-se com seus computadores, malas e
barracas para dentro das instalações do evento. Lá encontram uma completa
infra-estrutura de serviços, lazer, higiene, segurança, alimentação e,
principalmente, tecnologia. Durante uma semana a Campus Party transforma-se na
casa de todos.
Participam do evento estudantes, professores, cientistas, jornalistas,
pesquisadores, artistas, empresários e curiosos. Todos buscam as últimas
novidades tecnológicas, a troca livre de conteúdos e o compartilhamento de
experiências ligadas ao mundo digital.
É um público composto por líderes de comunidades on line extremamente ativas na
sociedade em rede, com enorme poder de formar opinião e criar tendências. Um
público de vanguarda, trendsetter, que antecipa o futuro da nova economia e os
caminhos da tecnologia da informação.
Após 12 edições na Espanha a Campus Party iniciou em 2008 seu processo de
internacionalização. E o Brasil foi o primeiro País escolhido para receber a
maior festa mundial da internet. Também em 2008 foram realizadas edições do
evento na Colômbia e em El Salvador, dentro da Cúpula Ibero-americana de Chefes
de Estado. Em 2009 e evento pretende se expandir por diversos países da América
Latina.
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Fonte: Info Online
[11/01/10]
O que esperar da Campus Party 2010? - por Guilherme Pavarin que entrevista o
diretor Marcelo Branco
Marcelo Branco, diretor da Campus Party, concedeu entrevista a INFO Online para
falar sobre a edição 2010: este ano, redes sociais e direitos humanos estão
entre os principais focos de debate
SÃO PAULO – “Faltam apenas duas semanas”. Ativistas digitais, geeks e
simpatizantes da cultura cibernética de todo o Brasil já fazem a contagem
regressiva para o início da Campus Party 2010.
De 25 a 31 de janeiro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, seis
mil pessoas se reunirão para debater questões importantes como as novas regras
sobre direitos autorais no país, o plano nacional de banda larga e a influência
das redes sociais nas eleições deste ano.
Mas não só de dialética vive a Campus Party. Segundo Marcelo Branco, diretor do
evento, a principal motivação da reunião de pessoas é o desejo de compartilhar,
de trocar experiências e, sobretudo, de divertimento.
“A Campus Party para entender, além desse debate e coisas sérias, é uma festa,
um acampamento de festa. Este é o espírito que queremos manter. É um lugar de
encontro, de festa e de diversão”, diz.
Em entrevista a INFO Online, Marcelo Branco ainda falou sobre suas expectativas,
as novidades na organização, a exemplo da participação da Microsoft, e o que
permanecerá intacto, como a atenção especial à área de software livre.
Confira, abaixo, o bate-papo e acesse a programação da Campus Party no site
oficial:
INFO ONLINE: O que você ressaltaria como diferencial da Campus Party 2010 em
relação ao ano passado?
MARCELO BRANCO: Este é o ano de consolidação do evento no Brasil. É um ano
importante, em que a internet brasileira, possivelmente, terá um grande impulso
para o seu desenvolvimento. Poderia citar três grandes desafios para 2010 que
estão colocados na nossa pauta. Um deles é o “Plano Nacional de Banda Larga”,
que se ele for adiante, muda completamente o panorama da rede no Brasil, pelo
ponto de vista de infraestrutura. O outro, que vai ferver na Campus, é o “Novo
Direito Autoral”, afim de flexibilizar a relação entre a indústria do
entretenimento e o direito do usuário da internet. E a terceira é o “Marco Civil
de Direitos de Internet”, que está em debate por meio de um processo
colaborativo. Nós criamos pela primeira vez um fórum chamado Campus Fórum, que
debaterá esses três temas com centralidade. A idéia é reunir o poder público, as
esferas estaduais e federal, a sociedade civil e o setor privado. Queremos que
isso crie uma mobilização na internet.
INFO ONLINE: E sobre a ação especial de Direitos Humanos, inaugurada este ano,
no que estará focada?
MARCELO BRANCO: A Secretaria Nacional de Direitos Humanos passou a apoiar
oficialmente o evento este ano e, com ela, serão abordadas três ações: uma
relativa à pedofilia da internet, com a idéia de que os campuseiros criem uma
campanha contra o abuso infantil com peças gráficas; outro tema é a questão da
própria educação e a relação com a internet; e o terceiro é um tema tecnológico
mesmo, a acessibilidade, discutindo como incluir essas milhões de pessoas com
deficiência física no Brasil.
INFO ONLINE: O ano de 2009 foi marcado pelo crescimento de muitas redes sociais
entre os brasileiros, como Twitter e Facebook. Como isso será tratado?
MARCELO BRANCO: O tema das redes sociais está fervendo. Na Campus Party, será
uma oportunidade das pessoas estarem em contato ao vivo com as redes sociais.
Como é o ano eleitoral, não poderíamos deixar de discutir as estratégias de
marketing, já que a legislação alterou positivamente, permitindo campanha na
internet. Traremos o assunto sob o ponto de vista das agências. Um dos destaques
é o Scott Goodson, um dos marqueteiros do Obama, que cuidou na campanha das
redes sociais, do Twitter e da parte do SMS.
INFO ONLINE: Como serão as divisões das áreas este ano?
MARCELO BRANCO: Dividimos em zonas. A área de “Inovação”, tem software livre,
desenvolvimento e segurança e redes; na área de “Criatividade”, estão blogs,
redes sociais, música digital, design, desenho e vídeo; a área de “Ciência”
ficou o modding e a robótica; e área de “Entretenimento”, com jogos e simulação.
INFO ONLINE: Haverá alguma mudança na área de Software Livre?
MARCELO BRANCO: A área de Software Livre continua tendo a mesma importância. Ano
passado, era 38% do público do evento e temos a expectativa que este ano seja
algo em torno disso também. O tema do software livre é indissociável da
internet. A internet roda abaixo de plataforma de software livre, os
desenvolvedores do software livre são os mesmos que inventaram a internet, há
toda uma relação dinâmica de desenvolvimento típica da sociedade em rede,
colaborativa e aberta. Essa idéia que as redes sociais são apenas orkut, Myspace
e Facebook, é errada; as redes sociais são as novas formas de relação da
humanidade. A primeira grande rede social foi a que girou em torno do
código-fonte do sistema operacional Linux, quando, a partir dos anos 90,
passaram a de forma colaborativa se relacionar em torno do código-fonte. A
comunidade do software livre é a primeira comunidade social. Ela não era para um
público não-técnico, então claro que quem desenvolveu a rede foi o primeiro a
utilizar as potencialidades dele. Hoje as redes sociais passaram a ser uma
dinâmica não só de técnicos, mas de todos os setores da economia, da sociedade.
INFO ONLINE: Este ano vocês terão a parte de desenvolvimento na Campus Party.
Qual é a intenção?
MARCELO BRANCO: Queremos gerar um debate na área. A própria Microsoft está
participando do evento pela primeira vez. Ela terá também seu posicionamento, a
possibilidade mostrar e desenvolver suas tecnologias na área de desenvolvimento.
INFO ONLINE: Crê que a convivência entre Microsoft e o pessoal do software livre
será pacífica?
MARCELO BRANCO: Sim, claro. Acho que é tranquilo. São dois modelos diferentes,
tanto de negócio quanto de construção de tecnologia. A Campus Party é um espaço
de todos os setores da internet brasileira. Estão lá desde as grandes empresas e
corporações até as redes sociais mais ativas que vem para dentro do evento.
Queremos a reflexão. Empresas de código fechado também participam da construção
da internet.
INFO ONLINE: Quanto à infra-estrutura, haverá alguma mudança significativa? A
banda será de quanto?
MARCELO BRANCO: Mantemos a banda de 10 gigas, a maior de eventos internacionais
até agora. Na parte de desenho e posicionamento das áreas, mudamos algumas
coisas para evitar, ou tentar evitar aquela contaminação de ruído entre uma área
e outra, então estamos vendo como fazer isso sem perder a idéia de que os
auditórios são abertos. Não pode ser algo fechado.
INFO ONLINE: Ano passado, alguns freqüentadores reclamaram dos problemas de
segurança, dizendo que era fácil sair do evento com qualquer máquina. Em 2010,
ainda prevalecerá o mesmo esquema?
MARCELO BRANCO: A gente trocou a empresa de segurança, mas, assim, as
ocorrências foram insignificantes para seis mil pessoas e com mais da metade
dormindo lá. Tivemos duas ocorrências, dois desaparecimentos: um de computador e
outro de máquina fotográfica. No Fashion Week do fim do ano passado, por
exemplo, 40 equipamentos sumiram. Alertamos para que os campuseiros cuidem de
seus equipamentos como fazem em locais públicos. No estádio de futebol, ninguém
deixa a máquina em cima do banco e vai ao banheiro. Vamos ter um reforço da
estratégia de segurança, mas é um evento com milhares de pessoas, então, para
ter 100% de segurança cada um tem que se ligar.
INFO ONLINE: A bebida alcoólica também será proibida este ano?
MARCELO BRANCO: Sim, bebida alcoólica é proibida. Nós teríamos duas opções:
proibir menores de 18 anos de entrar no evento ou esta medida. Bebidas e drogas
ilícitas dentro do recinto continuam proibidas por questões legais. O resto está
liberado.
INFO ONLINE: Com o aumento da popularidade e do alcance da Campus Party, não
aumenta a possibilidade de surgirem novas brigas, como aconteceu no ano passado
com o rapper De Leve?
MARCELO BRANCO: É perfeitamente normal. Não considero isso grave, acontece e
possivelmente vai acontecer. Temos que conviver com isso. Infelizmente, em
ambiente onde tem milhares de pessoas, tem cara que extrapola um pouquinho.
Nossa idéia é sempre prevenir e procurar estar atento ao que acontece, mas não
fazer um esquema repressivo que possa endurecer a galera. A única briga que teve
foram dois caras da mesma cidade, de Pelotas, que brigaram por uma mulher e
voltaram para a casa logo em seguida (risos).
INFO ONLINE: Algum recado final para os futuros campuseiros?
MARCELO BRANCO: A Campus Party para entender, além desse debate e coisas sérias,
é uma festa, um acampamento de festa. Este é o espírito que queremos manter. É
um lugar de encontro, de festa e de diversão.
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Fonte: Observatório da
Imprensa
[12/01/10]
O debate da desinformação - por Luciano Martins Costa (transcrição parcial)
Definitivamente, não é pela imprensa que o cidadão brasileiro será informado
sobre o verdadeiro significado do Programa Nacional de Direitos Humanos, ponto
central da polêmica que inaugura este ano eleitoral.
Até esta data, passadas mais de duas semanas da divulgação do texto do decreto,
cujos detalhes já vem sendo discutidos publicamente há anos, os jornais e
revistas ainda não fizeram mais do que reproduzir declarações – na maior parte
de personalidades contrárias às principais propostas.
A coisa funciona mais ou menos assim: os editores dão uma olhada no essencial e
determinam como o tema será abordado. Em seguida saem as pautas para os
repórteres, que tratam de coletar declarações.
Para reforçar o controle da opinião que será formada, encomendam-se artigos para
os mesmos protagonistas de sempre – aqueles que garantem seu quinhão de
exposição pública, pelo talento de agradar a corrente dominante na imprensa, não
importa qual seja o assunto.
Essas declarações, pela proporção, pela extensão e pelo destaque que ganham em
cada página, definem como pensam os donos dos jornais. E os donos dos jornais
são conservadores.
Opiniões radicalizadas
É assim que funciona o mecanismo de controle das discussões públicas. Não que
funcione como controle efetivo, porque, com as novas tecnologias de informação,
a comunicação se estende para muito além da imprensa de papel e da televisão.
Mas, para o mundo institucional, a imprensa tradicional ainda é o principal
veículo que organiza e delimita a agenda pública.
Da mesma forma que coloca em discussão sob restrições o Programa Nacional de
Direitos Humanos, a imprensa parece pouco interessada em aprofundar o debate de
temas importantes que compõem o decreto.
Como o noticiário disponível não contempla as sutilezas do que se propõe no
decreto, o resultado é a radicalização das opiniões, como se pode observar nos
comentários que suscitam qualquer citação aos temas da proposta.
A discussão pública, inclusive neste Observatório, acontece mais em função da
desinformação provocada pela imprensa do que pela informação que a imprensa pode
ou quer oferecer. (...)
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