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Janeiro 2010               Índice Geral do BLOCO

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15/01/10

• 1ª Confecom (62) - Governo desconsiderou Confecom no Programa Nacional de Direitos Humanos, diz ABRA

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

01.
O nosso Rubens Alves, em mensagem anterior, manifestou sua descrença no aproveitamento das "resoluções" da Confecom:
13/01/10
 1ª Confecom (61) - "O que pode mudar no setor, depois da Confecom?" + Comentário de Rubens Alves

(...) Na verdade eu ate mesmo espero que a maior parte das "decisões" da Confecom não vinguem mesmo, porque, para variar, elas incluem muito daquele lixo autoritário do
pessoal de esquerda, como a insistente ideia fixa de controlar os meios de comunicação (...)

02.
Numa mensagem de hoje sobre a Campus Party referenciamos o Programa Nacional de Direitos Humanos:
15/01/10
"O que é Campus Party?" + Edição 2010, politizada, é "apoiada" pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos!

03
Para nivelamento, aqui está um pequeno resumo retirado de uma das matérias transcritas mais abaixo:
"O decreto que trata dos direitos humanos tem causa polêmica na sociedade civil e entre integrantes do governo. As polêmicas giram, principalmente, em torno da criação da Comissão da Verdade, que propôs investigar violações cometidas na ditadura. Para contornar a insatisfação dos militares, o presidente editou um novo decreto, substituindo a expressão "repressão política" por "conflito político".
Na área de comunicação, não houve alteração no texto. O decreto prevê a criação de uma comissão governamental que fará o acompanhamento da produção editorial das empresas de comunicação e estabelecerá um ranking dessas empresas, no que se refere ao tema dos direitos humanos. Prevê ainda punições - e até mesmo cassação de outorga, no caso dos veículos de radiodifusão - para as empresas de comunicação que não sigam as diretrizes oficiais em relação aos direitos humanos."

04.
A Associação Brasileira de Radiodifusores (ABRA) considera que o PNDH oculta mecanismos de censura e de constrangimento econômico contra os meios de comunicação. Além disso, para a Abra, o decreto ignora as discussões realizadas em 2009, na Conferência Nacional de Comunicação:
Fonte: Tele.Síntese
[15/01/10]   Governo desconsiderou Confecom no PNDH, diz ABRA
(...) O consultor jurídico da associação, Walter Vieira Ceneviva, diz que "os radiodifusores representados pela Abra sempre defenderam os Direitos Humanos e a liberdade de expressão, mas o decreto 7.037 tem diretrizes maniqueístas e totalitárias". "Na Confecom, defendemos diversas propostas que valorizam e viabilizam a ampla proteção dos Direitos Humanos no Brasil, mas nenhuma dessas propostas foi considerada pelo Decreto", observa, acrescentando que a melhor forma de proteger os Direitos Humanos é garantir o exercício da liberdade de imprensa.(...)

05.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Nacional dos Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) também publicaram  nota oficial denunciando "ameaças à liberdade de expressão" que estariam contidas no Decreto nº 7.037, de 21 de dezembro de 2009, que cria o Programa Nacional de Direitos Humanos:
Fonte: Tele.Síntese
[08/01/10]   Depois dos militares, Abert se insurge contra decreto sobre direitos humanos

Apesar do assunto ser essencialmente político vemos que interfere em nossa área de atuação profissional e merece ser acompanhado.

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa

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Fonte: Tele.Síntese
[15/01/10]   Governo desconsiderou Confecom no PNDH, diz Abra.

Em meio às polêmicas sobre o texto do decreto 7.037, de 21 de dezembro de 2009, que cria o Programa Nacional de Direitos Humanos, a Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra) considera que o PNDH-3 oculta mecanismos de censura e de constrangimento econômico contra os meios de comunicação. Além disso, para a Abra, o decreto ignora as discussões realizadas em 2009, na Conferência Nacional de Comunicação.

O consultor jurídico da associação, Walter Vieira Ceneviva, diz que "os radiodifusores representados pela Abra sempre defenderam os Direitos Humanos e a liberdade de expressão, mas o decreto 7.037 tem diretrizes maniqueístas e totalitárias". "Na Confecom, defendemos diversas propostas que valorizam e viabilizam a ampla proteção dos Direitos Humanos no Brasil, mas nenhuma dessas propostas foi considerada pelo Decreto", observa, acrescentando que a melhor forma de proteger os Direitos Humanos é garantir o exercício da liberdade de imprensa.

Ceneviva cita como exemplo a Diretriz 22, na qual o Poder Executivo pode criar "ranking" de veículos que não respeitam os direitos humanos. "As alíneas C e D da Diretriz 22 abrem espaço para um mecanismo burocrático de controle estatal do exercício da liberdade de expressão vinculado à manipulação da receita publicitária sob pretexto de tutelar os Direitos Humanos", ressalta.

Outro destaque dado pela Abra foi a Diretriz 17, que permite ao poder público introduzir mudanças para "construir ou desconstruir uma cultura social de respeito e proteção aos Direitos Humanos". "O papel do Estado não é construir nem desconstruir culturas, mas sim o de garantir os Direitos Humanos. Este tipo de regulamentação da Cultura, proposto agora pelo governo Lula, é um atentado contra a liberdade de expressão e contra a própria Constituição Federal", considera.

O consultor jurídico da Abra argumenta ainda que várias propostas que tratavam do assunto Direitos Humanos e especialmente de diversas formas de controle social da mídia foram rechaçadas na Confecom, por estarem vinculadas à censura e ao totalitarismo. "Para que o Brasil gastou milhões nessa Conferência? Para que o governo mobilizou seus ministros e centenas de servidores públicos? O Decreto dá a impressão de que foi tudo um grande desperdício de dinheiro público, já que as conclusões da Confecom foram ignoradas, na semana seguinte de sua realização. O governo desconsiderou grosseiramente as discussões ocorridas na Conferencia", conclui Ceneviva.

Histórico

O decreto que trata dos direitos humanos tem causa polêmica na sociedade civil e entre integrantes do governo. As polêmicas giram, principalmente, em torno da criação da Comissão da Verdade, que propôs investigar violações cometidas na ditadura. Para contornar a insatisfação dos militares, o presidente editou um novo decreto, substituindo a expressão "repressão política" por "conflito político".

Na área de comunicação, não houve alteração no texto. O decreto prevê a criação de uma comissão governamental que fará o acompanhamento da produção editorial das empresas de comunicação e estabelecerá um ranking dessas empresas, no que se refere ao tema dos direitos humanos. Prevê ainda punições - e até mesmo cassação de outorga, no caso dos veículos de radiodifusão - para as empresas de comunicação que não sigam as diretrizes oficiais em relação aos direitos humanos. (Da redação)

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Fonte: Tele.síntese
[08/01/10]   Depois dos militares, ABERT se insurge contra decreto sobre direitos humanos

08/01/2010 - O mesmo decreto que provocou uma crise militar e a ameça de renúncia do ministro da defesa Nelson Jobim, no final do ano, agora é motivo de protesto das associações representativas das empresas de comunicação. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) publicaram hoje nota oficial denunciando "ameaças à liberdade de expressão" que estariam contidas no Decreto nº 7.037, de 21 de dezembro de 2009, que cria o Programa Nacional de Direitos Humanos.

Na visão dos militares, o decreto iria mexer com a lei da anistia, ao apurar responsáveis pelos crimes de tortura no período da ditadura militar. Para as entidades representativas das emissoras comerciais, esse decreto fere a liberdade de imprensa porque seria criada uma comissão governamental para fazer o acompanhamento da produção editorial no que se refere ao tema dos direitos humanos, propondo até mesmo cassação de outorgas para as empresas. As entidades querem que essas cláusulas sejam eliminadas do decreto.

A seguir a íntegra da nota oficial das entidades:

"As associações representativas dos meios de comunicação brasileiros manifestam sua perplexidade diante das ameaças à liberdade de expressão contidas no Decreto nº 7.037, de 21 de dezembro de 2009, que cria o Programa Nacional de Direitos Humanos.

A propósito de defender e valorizar os direitos humanos, que estão acima de qualquer questionamento, o decreto prevê a criação de uma comissão governamental que fará o acompanhamento da produção editorial das empresas de comunicação e estabelecerá um ranking dessas empresas, no que se refere ao tema dos direitos humanos.

O decreto prevê ainda punições - e até mesmo cassação de outorga, no caso dos veículos de radiodifusão - para as empresas de comunicação que não sigam as diretrizes oficiais em relação aos direitos humanos.

A defesa e valorização dos direitos humanos são parte essencial da democracia, nos termos da Constituição e de toda a legislação brasileira, e contam com nosso total compromisso e respaldo. Mas não é democrática e sim flagrantemente inconstitucional a idéia de instâncias e mecanismos de controle da informação. A liberdade de expressão é um direito de todos os cidadãos e não deve ser tutelada por comissões governamentais.

As associações representativas dos meios de comunicação brasileiros esperam que as restrições à liberdade de expressão contidas no decreto sejam extintas, em benefício da democracia e de toda a sociedade.


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