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30/01/10

• Telebrás, Eletronet e "Plano de Banda Larga" (137) - Comentários de Leonardo Araújo: "Erenice Guerra na Casa Civil favorece o desenho da Telebrás e do PNBL"

Transcrição de duas notícias seguida de Nota com análise sucinta

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

de lrc_araujo <lrc_araujo@yahoo.com.br>
responder a wirelessbr@yahoogrupos.com.br
para wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 30 de janeiro de 2010 09:22
assunto [wireless.br]   Erenice Guerra na Casa Civil favorece o desenho da Telebrás e do PNBL

Fonte; O Globo
[30/01/10]   Erenice Guerra substituirá Dilma na Casa Civil, mas Miriam Belchior comandará o PAC - por Gerson Camarotti e Luiza Damé

BRASÍLIA - Duas mulheres vão suceder à ministra Dilma Rousseff na Casa Civil a partir de abril, quando ela deixará o governo para disputar a eleição presidencial. Depois de forte resistência de setores do PT, a ministra vai emplacar como titular da pasta a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, que ganhou notoriedade no auge do escândalo do cartão corporativo .

Mas Erenice terá o cargo de ministra esvaziado. O comando do chamado G-PAC, a gerência do principal programa do governo Lula, ficará com a petista Miriam Belchior. Ela já é a atual coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento e subchefe de Articulação e Monitoramento da pasta. Erenice é muito próxima e pessoa de total confiança de Dilma. Miriam, da mesma forma, do presidente Lula.

Essa é a solução desenhada pelo presidente para manter o prestígio de Dilma no governo e também contemplar lideranças petistas incomodadas com a ascensão de Erenice. Com a definição, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que foi cotado para a Casa Civil e vinha sendo chamado por alguns de "Tio do PAC", deve deixar o governo, também em abril, para disputar mandato de deputado federal.

O desgaste político que o governo pode sofrer com a efetivação de Erenice na Casa Civil não é mais motivo de preocupação de Lula nem de Dilma, garantem pessoas próximas dos dois. No auge do escândalo do cartão corporativo, há dois anos, ela foi apontada como a responsável por elaborar um dossiê com os gastos secretos da gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Erenice ficou no olho do furacão durante a CPI do Cartão Corporativo, mas, com apoio de Dilma, foi mantida à distância da investigação pelas forças governistas. A avaliação que se faz hoje no governo é que esse episódio não afetará sua nomeação.

De acordo com um auxiliar direto do presidente, este é um governo que em sete anos já passou por várias crises e já "apanhou muito". Por isso, não haveria qualquer incômodo com críticas à nomeação de Erenice. Por essa avaliação, os ataques internos e externos durariam cerca de uma semana, dez dias, no máximo. Mas, depois, a rotina seria normal, sem prejuízo para a futura gestão de Erenice.

Braço direito da ministra, Erenice foi cotada ano passado para assumir uma vaga de ministra no Tribunal de Contas da União (TCU). Mas Lula foi alertado que o nome dela sofreria grande resistência na aprovação pelo Congresso. Temendo uma derrota do governo, o nomeado pelo presidente foi o ex-ministro de relações institucionais, josé múcio monteiro , ex-deputado com trânsito no Legislativo.

Assessora foi cogitada para o STM

Erenice também foi cogitada para assumir uma vaga de ministra do Superior Tribunal Militar. Mas o pleito nem chegou a ser considerado.

Mesmo com a nítida preferência de Dilma por sua aliada, para substituí-la na Casa Civil, no PT havia forte pressão da cúpula para emplacar no cargo Miriam Belchior. O presidente Lula decidiu, então, manter o critério de empossar secretários-executivos no lugar dos titulares que vão sair para disputar mandatos eletivos, mas com um formato diferente na Casa Civil.

A justificativa é que a intenção é manter o ritmo da administração, com Miriam passando a ser a "comandante-chefe" do PAC - com o aval de Dilma, claro. A avaliação de um ministro é que ficaria difícil de explicar um veto explícito ao nome de Erenice.

Até então, o presidente dava sinais contraditórios. Sinalizou algumas vezes a preferência por Miriam. Em outras conversas, deixou a entender que respeitaria o critério de sucessão natural também na Casa Civil. Mas, recentemente, confirmou para Dilma sua decisão de nomear Erenice para o cargo.

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Fonte; O Globo
[30/01/10]   Nos últimos anos, Miriam Belchior trabalhou para agilizar o PAC - por Gerson Camarotti

BRASÍLIA - A decisão do presidente Lula de reforçar o nome de Miriam Belchior no comando do PAC não é por acaso. Ela integra o seleto grupo de auxiliares diretos que têm a confiança máxima de Lula. Essa posição foi consolidada nesses sete anos de governo.

Miriam é amiga do chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, outro do grupo. Os dois foram secretários em Santo André (SP), na gestão do ex-prefeito Celso Daniel, assassinado em 2002, com quem Miriam foi casada.

Miriam, de 51 anos, começou a militar na esquerda cedo, ainda na associação de moradores de Santo André. Na prefeitura foi secretária de Administração e de Inclusão Social, e de Habitação.

Miriam integrou o grupo que criou o Bolsa Família

Foi casada por dez anos com Celso Daniel, mas já estavam separados quando ele foi assassinado. Ela chegou a ser apontada pelo ex-cunhado João Francisco como uma das pessoas que se opuseram ao suposto esquema de corrupção na gestão do ex-prefeito. Mas em depoimento ao Ministério Público de São Paulo, em 2005, declarou desconhecer qualquer esquema de corrupção.

Assim que Lula foi eleito, em 2002, foi convocada para integrar a equipe de transição. Integrou o grupo que unificou os programas de transferência de renda e criou o Bolsa Família. Em seguida, foi chamada pelo ex-ministro José Dirceu para trabalhar na Casa Civil, e mantida no cargo por Dilma.

Formada em engenharia alimentar e com mestrado em Administração, Miriam é apontada por colegas como uma gerente com liderança e visão global do Executivo. Nos últimos anos sua principal função foi solucionar problemas para agilizar obras do PAC.

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Fonte: Blog Insight - Laboratório de Ideias

Análise sucinta

A provável nomeação de Erenice Guerra para a Casa Civil é de todo interessante para a Telebrás e para o PNBL, pois Erenice, ao lado de César Alvarez, foi quem, na Casa Civil, ajudou a costurar o novo formato da empresa e do plano.

Para exemplificar a importância de Erenice nesse contexto, basta ver que, em 24/11/2009, quando Lula se reuniu com oito ministros e com o presidente da Anatel para ouvir sobre o desenho inicial do PNBL, foi o assessor do presidente, César Alvarez, e a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, que divulgaram ao governo as linhas gerais do plano.

Leonardo Araújo
Analista de TI


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