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Maio 2010 Índice Geral do BLOCO
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05/05/10
• Telebrás, Eletronet e PNBL (257) - Ecos da decisão "PNBL com Telebrás": Ethevaldo: "Sem PNBL e sem decreto" + Renato Cruz: "Plano não é de banda larga"
Olá, ComUnidade
WirelessBRASIL!
O jornalista Renato Cruz é entrevistado "ao vídeo":
Fonte: Estadão - Blog de
Renato Cruz
[05/05/10]
Conversa sobre banda larga
O jornalista Ethevaldo Siqueira critica o anúncio e o "Plano":
Fonte: Estadão - Blog de Ethevaldo Siqueira
[05/05/10]
Sem PNBL e sem decreto - por Ethevaldo Siqueira
(...) O interesse eleitoral ficou patente e superou
todos os obstáculos na forma apressada com que foi anunciada nesta quarta-feira
(5) a volta da Telebrás e as linhas gerais do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
O anúncio oficial, entretanto, deixou muitos pontos sem esclarecimento, porque o
governo ainda não redigiu o texto final do PNBL, nem do decreto que vai reativar
a Telebrás e o oficializar o Plano. Mais uma vez nesse projeto o carro foi posto
à frente dos bois.(...)
(...) Prometer preços entre R$ 15 e 35 – sem que tenhamos todas as variáveis
econômicas e operacionais da banda larga no País – tem pouca credibilidade. Até
porque não poderemos cobrar deste governo nem do próximo as metas anunciadas.
Como se vê, estamos diante de um grande material de campanha eleitoral. E com
recursos que podem sair do bolso de todos os brasileiros.(...)
Vamos comentar?
Ao debate!
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio
Rosa
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Fonte: Estadão - Blog de Ethevaldo Siqueira
[05/05/10]
Sem PNBL e sem decreto - por Ethevaldo Siqueira
O interesse eleitoral ficou patente e superou todos os obstáculos na forma
apressada com que foi anunciada nesta quarta-feira (5) a volta da Telebrás e
as linhas gerais do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O anúncio oficial,
entretanto, deixou muitos pontos sem esclarecimento, porque o governo ainda
não redigiu o texto final do PNBL, nem do decreto que vai reativar a
Telebrás e o oficializar o Plano. Mais uma vez nesse projeto o carro foi
posto à frente dos bois.
Nesse episódio, caberia com precisão a frase-bordão de Lula, se disséssemos
que, nunca antes na história deste País, as telecomunicações foram objeto de
apropriação político-partidária tão escandalosa. E que, para decepção de
muitos, compromete um projeto estratégico, como o Plano Nacional de Banda
Larga (PNBL), cujas conseqüências poderiam ter enorme impacto em toda a
sociedade e no próprio futuro do Brasil. Mesmo privatizadas, as
telecomunicações estão sendo submetidas a um processo de politização jamais
visto ou testemunhado ao longo dos últimos 40 anos.
Sem transparência
A falta de transparência, aliás, tem sido a marca de toda a elaboração do
PNBL e da própria opção pela Telebrás, cuja forma de reativação – por
decreto e não por uma nova lei – corre sérios riscos de ser contestada
judicialmente. Assim fica difícil avaliar com maior profundidade a política
adotada e o novo papel da Telebrás.
O caminho adotado é, na verdade, uma proposta de alto risco, pois o governo
cria o fato consumado, sem se preocupar com a vulnerabilidade das brechas
legais do projeto, num açodamento que busca evitar críticas ao uso eleitoral
da banda larga, a menos de cinco meses das eleições mais importantes da
história do País.
Qual é o verdadeiro objetivo dessa estratégia de divulgação antecipada, pela
metade, de um projeto tão importante para o País? Ao postergar a divulgação
de todas as informações sobre o PNBL e sobre o próprio decreto, o governo
Lula impede que o País tenha um conhecimento mais profundo do problema, para
dificultar ao máximo as críticas à reativação da Telebrás e ao plano, cujo
conteúdo básico nunca foi posto em discussão aberta.
Ilegalidade
O maior risco para a reativação da Telebrás é o da legalidade do decreto
como instrumento de mudança de três leis, a Lei 5972, de 1972, que criou a
estatal, da Lei Geral de Telecomunicações, de 1997, e da Lei de Licitações,
de 1993. No estágio legal em que se encontra, a Telebrás não dispõe de
concessão ou licença para operar nenhum serviço.
Entre suas novas atribuições, a Telebrás, deverá exercer atividades típicas
de operadora de serviços de telecomunicações, já que será incumbida de
“implementar a rede privativa da administração pública federal e de prestar
apoio e suporte a políticas de conexão a internet em banda larga para
universidades, centros de pesquisa, escolas, hospitais, postos de
atendimento e telecentros comunitários”.
Segundo a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, o Plano Nacional de Banda
Larga terá investimentos de cerca de R$ 13 bilhões, nos próximos quatro
anos, o que dá uma média anual de R$ 3,25 bilhões por ano. Mesmo com
créditos adicionais de R$ 7,5 bilhões do BNDES, que elevariam essa média
para R$ 5,125 bilhões/ano, é um volume de investimentos muito pequeno para
garantir as metas anunciadas de 40 milhões de domicílios atendidos em 2014 –
é claro que não serão 40 milhões novos domicílios, mas o total a ser,
eventualmente, atingido por todas as operadoras do País.
Metas eleitorais
O Brasil ainda não sabe quantos domicílios poderão ser, efetivamente,
atendidos pela Telebrás nos próximos quatro anos. Os números mencionados por
Cesar Alvarez, assessor especial do presidente Lula, são meras hipóteses de
trabalho, desejos ou simulações, sem saber se a banda larga será ou não
desonerada da imensa carga tributária, de 43%, que pesa sobre todos os
serviços de telecomunicações do País.
Prometer preços entre R$ 15 e 35 – sem que tenhamos todas as variáveis
econômicas e operacionais da banda larga no País – tem pouca credibilidade.
Até porque não poderemos cobrar deste governo nem do próximo as metas
anunciadas.
Como se vê, estamos diante de um grande material de campanha eleitoral. E
com recursos que podem sair do bolso de todos os brasileiros.
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