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Maio 2010               Índice Geral do BLOCO

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06/05/10

• Telebrás, Eletronet e PNBL (259) - Cai a "máscara" + Comentário de Rubens Alves

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!

Todos conhecem minha opinião ferrenhamente contra a reativação da Telebrás.
E minhas restrições à um PNBL eleitoreiro, com ou sem a famigerada estatal. 
E minhas eternas desconfianças da cúpula do atual governo dominada por pessoas que professam ideologias alienígenas e que trabalham apenas no sentido de aumentar seu poder através do controle da sociedade.
E das restrições à atuação de Rogério Santanna, legislando em causa própria.

Cai finalmente a "máscara".
Recorto da matéria transcrita mais abaixo:

- Santanna:
“Sou eu [o novo presidente]. Recebi o convite e já aceitei”

- "Santanna disse que a reativação da Telebrás faz parte de uma “estratégia de defesa nacional”

- “Não é por acaso que o Estado está reativando a empresa. Está reativando para ter mais controle sobre as comunicações. Não tem Estado no mundo que não tem autonomia de comunicação.

- "Santanna classificou de ingenuidade declarações de que o plano deveria ser executado exclusivamente por empresas privadas, sem a atuação massiva do Estado. “O Estado brasileiro tem que ter total autonomia sobre as comunicações. Essa conversa, eu diria, é de ridículo a ingênuo.”"

Ao debate!

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa

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Fonte: G1
[06/05/10]   Telebrás ficará operacional em dois meses, diz secretário de tecnologia - Nathalia Passarinho, do G1, em Brasília

Rogério Santanna disse ao G1 que será o novo presidente da estatal.

O secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, um dos idealizadores do Plano Nacional de Banda Larga, disse que a Telebrás, futura gestora ou “espinha dorsal” do plano, ficará operacional em dois meses. Ele confirmou ao G1 que será o presidente da estatal. “Sou eu [o novo presidente]. Recebi o convite e já aceitei”, disse.

Segundo ele, nas próximas semanas será escolhida a equipe da empresa, que deve contar com cerca de 100 funcionários, transferidos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ou escolhidos para cargos de confiança.

Em entrevista ao G1, Santanna disse que a reativação da Telebrás faz parte de uma “estratégia de defesa nacional”. Para o futuro presidente da estatal, o governo brasileiro precisa ter maior controle sobre as comunicações.

“Não é por acaso que o Estado está reativando a empresa. Está reativando para ter mais controle sobre as comunicações. Não tem Estado no mundo que não tem autonomia de comunicação. É ridículo eu pensar que terei aí submarinos nucleares no lago e de outro lado aviões de último tipo que se falam por um satélite comercial sobre o qual eu não tenho qualquer controle ou por trechos de rede que são loteados em Miami”, disse.
É ridículo eu pensar que terei aí submarinos nucleares no lago e de outro lado aviões de último tipo que se falam por um satélite comercial sobre o qual eu não tenho qualquer controle ou por trechos de rede que são loteados em Miami"
Rogério Santanna, secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento

Santanna classificou de ingenuidade declarações de que o plano deveria ser executado exclusivamente por empresas privadas, sem a atuação massiva do Estado. “O Estado brasileiro tem que ter total autonomia sobre as comunicações. Essa conversa, eu diria, é de ridículo a ingênuo.” De acordo com o secretário, as empresas de telefonia que argumentam que a Telebrás terá condições privilegiadas de atuação no mercado “querem o próprio monopólio”.

“As companhias de telefonia procuram na regulação se proteger da competição. Elas vivem falando em concorrência e sonham o tempo todo com o próprio monopólio. E agora vão concorrer”, disse. Santanna argumentou que a Telebrás não terá privilégios ou isenções específicas, mas admitiu que o governo terá maior facilidade de contratá-la, porque não serão necessários procedimentos de licitação.
saiba mais

“Ela [Telebrás] é uma S.A., então paga todos os impostos que elas pagam, tem ações em bolsa. Aliás, ela tem mais transparência até do que algumas empresas de capital fechado, que a gente não sabe quanto que elas lucram. Não vai ter nenhuma isenção de imposto que as outras não tenham. O que elas [empresas privadas] estão reclamando é do fato de que, como é uma empresa pública, o Estado pode comprar dela sem licitação e, portanto, vai ter mais rapidez para contratar, e vai contratar essas redes estratégicas com essa empresa”, disse.

Segundo Santanna, o próximo passo para a o plano da banda Larga é negociar com as operadoras de telefonia para que elas participem na implementação do serviço para o consumidor final. Nesta sexta-feira, representantes de empresas privadas se reúnem na Casa Civil para tratar de participação no projeto.

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de Rubens <rublst@mandic.com.br>
responder a wirelessbr@yahoogrupos.com.br
para wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 6 de maio de 2010 22:47
assunto RE: [wireless.br] Telebrás, Eletronet e PNBL (259) - Cai a "máscara"

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HR| Recorto da matéria transcrita mais abaixo:
| - Santanna: “Sou eu [o novo presidente]. Recebi o convite e já aceitei”
| - "Santanna disse que a reativação da Telebrás faz parte de uma
| “estratégia de defesa nacional”
| - “Não é por acaso que o Estado está reativando a empresa. Está
| reativando para ter mais controle sobre as comunicações. Não tem
| Estado no mundo que não tem autonomia de comunicação. (...)
| - “O Estado brasileiro tem que ter total autonomia sobre as
| comunicações. Essa conversa, eu diria, é de ridículo a ingênuo.”"
| Ao debate!



Ao debate?
Pode xingar esse Santanna?... :-)
Ridículas são as declarações irresponsáveis e inconseqüentes do g*verno sobre o PNBL, inclusive prometendo preços, quando sequer se tem ideia dos custos ainda, se usa a Telebrás para gerir ume rede que está com a empresa meramente por conta de uma liminar -- sem certeza de ganho de causa ainda --, uma rede pequena, por sinal, sem capacidade de realizar tudo o que foi prometido inicialmente, e outros absurdos...

Helio, a pressa com que levaram esse PNBL deixou tão patente, tão escancarado que a motivação é essencialmente eleitoreira e rasteira, que por enquanto sequer dá para se preocupar realmente com isso. É mais fogo de palha do que qualquer outra coisa, como foi o PAC, por sinal: muita festa, muito discurso, para poucas realizações.

Vamos ver o quanto das promessas ficarão pelo caminho...

Alem da obvia indignação pela maneira como o homem comemora antecipadamente, aparentemente sem pudor, a presidência da empresa, o que realmente me preocupa é o retrocesso no discurso oficial, usado para "justificar" a recriação da Telebrás:

"a reativação da Telebrás faz parte de uma estratégia de defesa nacional"

"o Estado está reativando a empresa (...) para ter mais controle sobre as comunicações."

"O Estado brasileiro tem que ter total autonomia sobre as comunicações."

A gente ja viu esse filme antes, onde a "segurança nacional" era a desculpa preferida para justificar todo tipo de descalabro, como as Reservas de Mercado e outros tristes atrasos
que a sociedade brasileira foi obrigada a conhecer... :-(

Segue na linha dos ultra-superfaturados caças e submarinos franceses "para defender o pré-sal", como se eles servissem de alguma coisa caso alguma potencia estrangeira realmente
quisesse explodir alguma plataforma petrolifera ou coisa parecida (porque meramente tomar de assalto uma plataforma de produção de petróleo de outro país vamos combinar que é
operacionalmente inviável).

[ ] Rubens
 


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