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Março 2010 Índice Geral do BLOCO
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06/03/10
• "Março com 4G" (11) - Jana de Paula: Os próximos passos rumo à LTE
de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br,
data 6 de março de 2010 12:48
assunto "Março com 4G" (11) - Jana de Paula: Os próximos passos rumo à LTE
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
Prosseguimos com o evento virtual "Março com 4G", uma parceria informal entre a ComUnidade e o Portal e-Thesis.
01.
Está matéria, ainda muito atual (transcrita mais abaixo), constou da
cobertura analítica feita por Jana de Paula durante a Futurecom 2009:
Fonte: e-Thesis
[19/10/09]
Os próximos passos rumo à LTE - por Jana de Paula
02.
Est'outra será transcrita amanhã: :-)
Fonte: e-Thesis
[03/12/09]
Banda larga, Copa do Mundo, HSPA, Olimpíadas, LTE... - por Jana de Paula
Recorte:
"O governo precisa dar maior atenção à infra-estrutura
móvel de telecomunicações para que o país esteja apto para sediar a Copa do
Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. É preciso levar em conta que se
dispõe de seis anos para atualizar toda esta base tendo em mente a forte demanda
por conexão e transmissão de dados dos dois jogos. A formatação de um plano
nacional de banda larga coerente, e que leve em conta questões regulatórias e da
indústria do setor, deve ser feita imediatamente. Para que o país supere o gap
de acesso à banda larga - cuja penetração hoje é de 7% do mercado total - e o
governo atinja a meta de 60 milhões de assinaturas móveis até os dois eventos
esportivos, será necessária a adição de 10 milhões de assinaturas móveis/ano, no
período, o que se apresenta "um desafio mundo grande". Mas nada impede que o
país disponha de LTE já na Copa do Mundo de 2014. A avaliação é de Erasmo Rojas,
diretor da associação 3G Americas para América Latina e Caribe. (...)
03.
Notícia anotada no IDG Now!:
Fonte: IDG Now!
[03/03/10]
WiMAX lidera batalha pela tecnologia 4G - por Por IDG News Service
(transcrição abaixo)
04.
Chegando agora?
"Posts" anteriores:
•
"Março com 4G" (10) - Dois textos do Estadão: Operadoras investem na 4G e Banda
larga móvel 4G deve movimentar US$ 70 bi em 2014
•
"Março com 4G" (09) - "Março com 4G" (09) - Dois textos de Jana de Paula: "Águas
de Março, com 4G, por favor!" e "O que a 4G e o mundo IP podem fazer pela saúde"
•
"Março com 4G" (08) - Padrão "m" ou WiMAX 2
•
"Março com 4G" (07) - Tutorial do Portal Teleco: "Redes 3G e Evolução para as
Redes 4G"
•
"Março com 4G" (06) - "Convergência LTE e WiMAX revisitada" + Atualização da
"Cartilha Eletrônica do WiMAX"
•
"Março com 4G" (05) - 4G: uma nova Guerra Mundial
•
"Março com 4G" (04) - "WiMAX e LTE: um caso de coexistência na 4G" + "WiMax e
LTE podem acabar com cobrança de chamadas de voz no celular"
•
"Março com 4G" (03) - Artigo da diretora de Comunicações de Marketing do WiMAX
Forum: "WiMAX: abra o seu mundo"
•
"Março com 4G" (02) - José Smolka indica dois artigos: "Sprint and Verizon
head-to-head in '4G' " e "Clearwire's Mexican alliance in doubt after regulator
decision"
•
"Março com 4G" (01) - Início do evento virtual, fechando o verão... + Jana de
Paula: "WiMAX ingressa numa nova etapa, mais complexa"
•
Chamada Geral (2) - Evento comunitário "Março com 4G"
•
Chamada Geral (1) para um Evento Comunitário sobre WiMAX, 4G, Etc...
Ao debate!
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio
Rosa
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Fonte: IDG Now!
[03/03/10]
WiMAX lidera batalha pela tecnologia 4G - por Por IDG News Service
Tecnologia continua ganhando espaço; em contraste, LTE ainda é incipiente,
afirma a ABI Research.
Depois da primeira inauguração das redes móveis 4G Long Term Evolution (LTE) em
dezembro de 2009 pela operadora TeliaSonera, nas cidades de Estocolmo (Suécia) e
Oslo (Noruega), mais lançamentos comerciais dessa tecnologia surgirão este ano.
No entanto, a tecnologia WiMAX continua a ganhar mais espaço, destaca a empresa
de pesquisas ABI Research.
A lista das empresas comprometidas com a tecnologia LTE inclui grandes
operadoras como a Verizon Wireless, dos Estados Unidos, e a NTT DoCoMo, do
Japão. Por enquanto, os serviços das companhias deverão limitar-se a serviços de
dados, por causa de questões como padrões de voz, que ainda estão em
desenvolvimento, e da compatibilidade dos aparelhos.
Mas, ao mesmo tempo que a LTE começa a entrar no mercado, o formato WiMAX
continua ganhando espaço.
O analista da ABI Research, Bhavya Khanna, argumenta que “a LTE promete
velocidades de dados maiores do que 50 Mbps, esse valor ainda não foi alcançado
em testes da rede, enquanto o WiMAX já é um padrão testado”.
Algumas operadoras, incluindo a norte-americana Sprint, escolheram o WiMAX como
base para a rede 4G. Segundo a ABI, existem 164 redes móveis WiMAX em operações
de testes ou comerciais e apenas 100 redes LTE em fase de testes.
Além disso, o número de contratações de redes WiMAX registrados pela ABI
Research foi 242, enquanto os de LTE chegaram a 38.
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Fonte: e-Thesis
[19/10/09]
Os próximos passos rumo à LTE - por Jana de Paula
Os vendors foram os únicos a demonstrar interesse real pela LTE durante o Futurecom 2009. Embora com seu roadmap pronto, como foi apresentado pelo chairman do UMTS, Jean Pierre Bienaimé, durante o evento, ocorrido na semana passada em São Paulo, a LTE ainda parece distante da realidade do restante do ecossistema local de telefonia celular, mais preocupado em otimizar investimentos feitos em 3G. É claro que alguns sinais foram dados: a Telefônica anunciou que pretende fazer seu primeiro trial em LTE em 2010 e o conselheiro da Anatel, Antônio Bedran, afirmou que novos investimentos devem ser feitos pelo setor já a partir do ano que vem, com vista aos dois grandes eventos programados para o Rio de Janeiro - a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Mas, o fato é que sem a atribuição de espectro para as tecnologias de Quarta Geração, nada pode ser concretizado.
Um dos pontos cruciais para definição dos serviços de 4G, segundo Bienaimé, é a limpeza do espectro de 2,5GHz - e das outras freqüências atribuídas à mobilidade pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), como os 700 MHz - dos seus usos atuais, principalmente o broadcasting analógico, de modo que sobrem, livres, 200 MHz de banda a serem distribuídos em canais para os novos usos. Também se faz necessário o alinhamento do espectro disponível, agora e no futuro, de modo a suportar o roaming mundial e criar escala de mercado para os dispositivos. O risco está nas incertezas quanto às atribuições dos diversos espectros de mobilidade, que podem limitar a escala e até atrasar a LTE em algumas regiões.
Ver Gráfico: Roadmap da LTE - Fonte UMTS Forum - Outubro/2009
"Os reguladores precisam coordenar e alinhar a liberação de espectro para a LTE, fator fundamental para suportar o roaming internacional, e criar economias de escala. Os governos e os reguladores devem considerar os benefícios econômicos nacionais da implantação em larga escala de LTE / SAE, fornecendo serviços de banda larga em áreas mal servidas por redes fixas, e impor esses benefícios sobre os preços estimados de um leilão ou atribuição de espectro", aponta Biernaimé.
Diante deste quadro, o chairman do UMTS Forum acredita que o ano de 2015 veja o pleno estágio comercial da LTE, inclusive da parte das operadoras que investiram em HSPA e HSPA+, que já terão obtido a maturidade dos investimentos anteriores em redes. Ele prevê, até mesmo, um processo de migração direta do CDMA para a LTE. "O CDMA deve desaparecer ao longo do tempo, embora a tecnologia ainda exista em grande escala em países como a Coréia, os Estados Unidos e no Brasil, através do EV-DO".
Além das incertezas de espectro, Bienaimé (foto) citou outros pontos que devem ser cuidadosamente analisados e superados. São eles: o recrudescimento da competição por tecnologia; a pronta disponibilidade de dispositivos de usuário final; o impacto da desaceleração econômica; o surgimento de novas tecnologias de ruptura; e a dificuldade de se obter o compromisso das operadoras. Além isso, o ecossistema de LTE terá que incorporar novos dispositivos e componentes, software, aplicações & serviços, novos modelos de negócio e novos players na cadeia de valor.
Casamento entre TI e telecom
Mas um movimento alheio ao cronograma do UMTS Forum para a LTE tende a apoiar o desenvolvimento da 4G: o casamento entre telecom e TI. "Nós mudamos de paradigma e deve haver uma ruptura com o ingresso de novos atores no cenário competitivo mundial. Todos estes atores vão chegar através do modelo de negócios de parcerias, empenhados numa estrutura win-win", pondera Bienaimé. As parcerias, inclusive, já começaram, como da BT com a Deutch ou da Nokia com Intel, o que deve criar um modelo baseado em retribuições para ambos os lados. O sucesso do iPhone da Apple traz um movimento de aplicações, como a TV móvel, cujo provimento deve se basear mais em modelos de negócios do que em tecnologia.
São muitas as questões a serem respondias. É interessante manter serviços gratuitos? Como encontrar a justa parte de retribuição para todos os envolvidos? Como retribuir a quem construiu a infra-estrutura que hoje serve para o provimento de serviços como Yahoo e Google? Todas estas questões se pousam tendo como pano de fundo a crise econômica mundial. E são as tecnologias de 4G, entre elas a LTE, que trazem a garantia de banda larga para as novas aplicações de dados e de infra-estrutura para inclusão digital.
A indústria se encontra numa época difícil para gerenciar crescimento com rentabilidade e a tendência é que poucos grandes vendors coexistam no futuro. Da mesma forma, o mercado das operadoras se reduziu, como podem exemplificar a incorporação da GVT à Telefônica, da Intelig à TIM e da BrT à Oi, no mercado local. "O processo de redução de fornecedores é evidente" aponta o presidente da Alcatel-Lucent do Brasil, Jonio Foigel. Assim, a tendência é que o mercado global seja repartido em áreas macro, nas quais atuarão apenas três grandes vendors. "A Alcatel-Lucent estará em algumas destas áreas macro, através da LTE, onde entramos com bastante força".
A Alcatel-Lucent decidiu apostar fortemente na 4G e Foigel (foto) acredita que, desta vez, a companhia esteja no caminho certo. "Temos clientes que nunca compraram 3G da empresa fechando grandes contratos em LTE", disse ele. A estratégia da Alcatel-Lucent coincide com o cenário de casamento entre TI e telecom. "Nossa visão é ajudar as operadoras a voltarem a ser o centro de telecom, já que atualmente elas se encontram numa posição satelital", acrescentou Foigel, lembrando que a nova geração conhece marcas como Google, iPhone, Blackberry e, não, os nomes das grandes carriers.
Para que as grandes operadoras de telecom voltem a estar sob o foco central do mercado é preciso se criar aplicativos e redes para um tipo de serviço que seja unificado e vá além da briga por preços. "É besteira se brigar contra Google ou Apple ou Microsoft. A briga boa é a operadora, o grande investidor de infra-estrutura de telecom, conseguir se remunerar com o uso desta rede. É preciso expor alguns elementos da rede com uma estrutura de negócios que siga um modelo win-win. No curtíssimo prazo continua a briga de produtos mas, no médio prazo, temos que agregar novos clientes", avaliou ele.
O casamento entre TI e telecom foi demonstrado durante o próprio Futurecom 2009. Rogério Oliveira, presidente da IBM América Latina, e Michel Jacques Levy , presidente da Microsoft no Brasil, tomaram assento no grande painel do dia 14 de outubro, "O Cenário global das comunicações e as transformações no mundo dos negócios", junto aos presidentes das grandes operadoras Telefônica, PT Telecom, TIM, Claro e Oi. Oliveira, após considerar "muito bom" este processo de convergência, típico de um mundo altamente instrumentalizado, disse que ele é irreversível.
Segundo Oliveira, já em 2010 haverá 10 milhões de tags de RFID no mercado global, para monitoramento digital de 2,5 bilhões de pessoas, que consumirão tráfego IP em grande escala. "O volume de consumo digital é tal que já se criou o termo zetabytes para se medir o uso de dados à potência de 1 trilhão de gigabytes". Para o executivo, este universo abre grandes perspectivas aos players de TI, sobretudo nas soluções de endereçamento desta infra-estrutura gigantesca. "É exigido a todos uma grande eficiência operacional", acrescentou. Neste novo ambiente onde convivem telecom, TI, mídia e internet ele afirmou que "a IBM se posiciona como parceira".
Michel Levy também afirmou que a visão da Microsoft em relação às comunicações é "de integração das três telas de modo a integrar a vida do consumidor, seja ele final ou corporativo"
Por que mudar?
Gilson Cereda, diretor de redes de Acesso da Ericsson no Brasil, defendeu durante o Futurecom 2009 que as operadoras precisam se preparar para a LTE por uma questão de evolução. "Em 11 anos haverá 11 bilhões de dispositivos móveis no mundo, para gerenciar do estoque das geladeiras aos acidentes com automóveis. Como hoje existem serviços sem os quais não poderíamos viver, da mesma forma surgirão outros", alertou o executivo.
Para ele, há uma clareza em relação à LTE como não se viu antes na indústria de telecom, o que "traz conforto para quem investe". São 39 operadoras comprometidas com LTE, das quais 20 pretendem lançar redes em 2010. Por mais que o mundo desenvolvido esteja em crise, há contratos com os países emergentes que, segundo ele, garantem a participação da ala em desenvolvimento do planeta.
Quanto ao Brasil, Cereda acredita que ele pode se o primeiro país da América Latina a adotar a LTE e, não apenas, como mero usuário do que é desenvolvido lá fora, mas como desenvolvedor de soluções. "É claro que isto depende de regulamentação de espectro, providência que requer rápida definição de modo que se preparem as redes e se monte um parque industrial para que possamos usar o Brasil como base para exportar para América Latina, África etc.", disse ele.
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