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06/03/10
• Telebrás, Eletronet e PNBL (203) - Agência Estado: "Projeto de banda larga vira bandeira política e não deve sair em 2010" + Comentário de Leonardo Araujo + Conteúdo recente do Blog "Blog Insight - Laboratório de Idéias"
de Helio Rosa <rosahelio@gmail.com>
para Celld-group@yahoogrupos.com.br, wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 6 de março de 2010 17:30
assunto Telebrás, Eletronet e PNBL (203) - Agência Estado: "Projeto de banda
larga vira bandeira política e não deve sair em 2010" + Comentário de Leonardo
Araujo + Conteúdo recente do Blog "Blog Insight - Laboratório de Idéias"
Olá, ComUnidade
WirelessBRASIL!
01.
Depois de uma semana de muito envolvimento com a partida do evento
virtual "Março com 4G", estimulado pelo nosso Clóvis, volto a focar o
PNBL e Telebrás. :-)
Cessadas as declarações governamentais,
diminuiu a repercussão do tema na mídia e na blogosfera.
Mas tivemos alguns assuntos importantes, que vamos tentar repercutir nas
próximas mensagens.
Pra quem quiser se antecipar, listamos lá no final, o conteúdo do
blog
do Leonardo Araujo, ainda não veiculado em nossos fóruns (copiei da coluna
da direita e colei, sem ajuste de formatação).
02.
Recomendo fortemente a leitura desta matéria de ontem, que aterrissa o
debate:
Fonte: Último Segundo - Origem: Agência Estado
[05/03/09]
Projeto de banda larga vira bandeira política e não deve sair em 2010
03.
O Leonardo Araujo faz sua análise do texto, do ponto de vista do investidor:
Fonte: Blog Insight - Laboratório de Idéias: Reativação da
Telebrás e PNBL
[06/03/10]
O óbvio ululante - por Leonardo Araujo
Comentários?
Ao debate!
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio
Rosa
------------------------------
Fonte: Último Segundo -
Origem: Agência Estado
[05/03/09]
Projeto de banda larga vira bandeira política e não deve sair em 2010
Mesmo que o governo consiga definir em abril as diretrizes do Plano Nacional de
Banda Larga, na avaliação de especialistas do setor de telecomunicações será
muito difícil colocar em prática a adoção de meta de atendimento à população
ainda este ano. O mais provável, segundo fontes, é o lançamento de uma espécie
de protocolo de intenções, que pode ser usado pelo governo como bandeira
política, durante a campanha eleitoral.
"É muito difícil que o Plano seja executado este ano, a não ser que seja algo
absolutamente marginal, nada relevante", avalia um técnico do governo. O maior
problema, segundo uma fonte da iniciativa privada, foi o governo ter atrelado a
necessidade de expandir a banda larga com a discussão para revitalizar a
Telebrás, empresa que deverá administrar e operar plano.
A reativação da estatal, que teve suas subsidiárias privatizadas em 1998, foi
defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista ao Estado, no
mês passado. Em abril, o governo volta a discutir o caso e na eventualidade de
optar pela Telebrás, a primeira medida será editar um decreto presidencial
instituindo o plano de banda larga. Uma minuta do decreto circulou em Brasília,
no início do ano, e colocava a Telebrás na liderança do processo.
Depois de formalizada a decisão por reativar a estatal, serão necessários dois
meses para reconstituir a empresa, contratar ou requisitar funcionários, de
acordo com estimativas que vem sendo traçadas no governo. A estatal tem cerca de
200 funcionários cedidos à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Para
voltar a operar, a empresa precisa realizar assembleias de acionistas, enviar
comunicados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e cumprir compromissos junto
ao mercado financeiro, já que é uma companhia com ação listada em bolsa.
A ressurreição da empresa é um processo complexo: será necessário licitar a
compra de equipamentos para a revitalização das fibras de propriedade das
estatais de energia elétrica. Essas fibras, que serão usadas para a montagem da
rede de banda larga, são as que estão em poder da Eletronet, empresa que
decretou sua autofalência, tem dívidas de credores cobradas na justiça e a
pendência jurídica sobre a apropriação das fibras pela Eletrobrás. O cronograma
traçado pelos técnicos dependerá, portanto, da superação desses problemas e do
constrangimento criado com a divulgação de denúncias de envolvimento do
ex-ministro José Dirceu nos negócios da empresa por ter prestado consultoria à
Star Overseas, que é dona de parte da Eletronet.
Sendo assim, mesmo que essa licitação de compra dos equipamentos seja realizada
em tempo recorde e que não haja nenhuma contestação judicial, todo o processo,
na avaliação dos técnicos ouvidos pela Agência Estado, deve durar pelo menos
três meses, sendo concluído em setembro deste ano.
A partir daí, seria dado prazo para entrega de equipamentos pelos fornecedores
contratados e a montagem desses componentes eletrônicos nas redes de fibras
ópticas, trabalho que se prolongaria até o final do ano. Tudo isso considerando
que haverá mão-de-obra suficiente para executar o serviço.
Com as fibras funcionando, a estatal da banda larga poderia começar a atuar no
atacado, ofertando capacidade de transmissão de dados para outros operadores,
como pequenos provedores de internet, que forneceriam os serviços para o
consumidor final. Mas para operar, mesmo que no atacado, é preciso autorização
da Anatel, um processo que não é imediato.
Se o governo optar por atender também ao consumidor final, para cumprir a
promessa de chegar com a banda larga onde as grandes operadoras não querem, ele
terá de construir a capilaridade da rede, para ligar a espinha dorsal formada
pelas fibras das elétricas até as cidades, e das cidades até a casa de cada
cliente, a chamada de última milha.
Ainda não há estimativa de quanto tempo a construção dessa rede pode levar. As
empresas privadas, por exemplo, vão usar ao todo mais de dois anos para fazer
essa ramificação, da rede principal até a sede dos municípios. Elas começaram o
trabalho em 2008 e devem concluí-lo no fim deste ano.
Outras dúvidas, de caráter jurídico, ainda não foram solucionadas, como se o
instrumento correto para reativar a Telebrás seria mesmo um decreto
presidencial, como defende o governo. Para dar nova função à estatal, alguns
técnicos entendem que seria necessária a aprovação do Congresso, por meio de um
projeto de lei.
Também não estaria definida, pelos ministérios da área econômica, a liberação
dos recursos, estimados em R$ 3 bilhões, para revitalizar as fibras da
Eletronet, chegando a R$ 14 bilhões o custo para levar a banda larga a mais 20
milhões de domicílios até 2014.
------------------------------
Fonte: Blog Insight -
Laboratório de Idéias: Reativação da Telebrás e PNBL
[06/03/10]
O óbvio ululante - por Leonardo Araujo
Ao discorrer sobre os prazos de implantação do PNBL via reativação da Telebrás,
o jornalista do Estadão apenas escreveu o "óbvio ululante", pois a dimensão das
ações a realizar pressupõe um tempo mínimo e certo para cada coisa: normatização
legal, assembléias, reorganização, contratações, planejamentos, aquisições de
bens e serviços e uma série de "n" outras coisas que devem acontecer para que
uma empresa saia do "zero" para uma situação onde será a atriz principal do
Plano Nacional de Banda Larga.
Ninguém em sã consciência poderia esperar que tudo isso fosse acontecer em
poucos meses. Afinal, é um projeto estratégico que visa mudar a face do Brasil
em Educação, Saúde, Economia, Segurança Pública, Segurança Nacional,
Comunicações e em tantas outras áreas vitais para o País.
Este fato, além de ser empresarialmente previsível, não tem influência maior ou
menor sobre expectativas iniciais dos atuais acionistas, pois elas têm relação
direta apenas com a concretização da reativação da empresa.
A Telebrás está, atualmente" próxima a "zero" em termos empresariais. Ao ser
reativada, passará a uma situação em que será capitalizada, operacionalizada,
prestigiada e, de acordo com Lula, deverá gerar lucros. Com isso, tornar-se-á
alvo de uma forte expectativa por parte do mercado, capaz de multiplicar suas
cotações para patamares bem mais elevados do que as promessas, boatos e notícias
dispersas já produziram até agora.
O que acontecerá em um momento posterior será outra história, pois dependerá de
variáveis políticas e econômicas que só poderão ser conhecidas mais tarde.
Portanto, é mister que o acionista não misture os dois momentos e mantenha a
calma e o foco no objetivo inicial, deixando para analisar o restante quando
houver informações ou, no mínimo, indícios suficientes.
Leonardo Araujo é analista de TI.
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Índice de
matérias do Blog
Insight - Laboratório de Idéias: Reativação da Telebrás e PNBL
Março 2010
O óbvio ululante (*)
Projeto de banda larga vira bandeira política e n...
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