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WirelessBrasil
Novembro 2010 Índice Geral do BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!
09/11/10
• Telebrás, Eletronet e PNBL (297) - Íntegra de matérias recentes + "Aspectos gerais do Registro de Preços"
Olá, WirelessBR e Celld-group!
Conforme combinado,
nesta mensagem/post está a íntegra das matérias citadas no e-mail anterior.
Antecipo aqui um dos temas que pretendo questionar para instigar o debate: a
modalidade "Registro de Preços" utilizada pela "nova" Telebrás na atual
temerária enxurrada de licitações.
O Edital transcrito nesta matéria, mais abaixo, registra esta modalidade:
Telebrás publica
novos editais de leilão
Como preparação, sugiro a leitura da seguinte matéria (o texto é pequeno...) :-) que já dá alguns indícios de eventuais questionamentos:
Fonte: Portal Administradores
[13/04/09]
Aspectos gerais do Registro de Preços - por Fernando Forte Janeiro Fachini
Cinquini (advogado da divisão de Licitações Públicas do escritório Correia da
Silva Advogados)
O "registro de preços" não se trata de uma modalidade de
licitação, mas sim, de um procedimento preliminar a uma contratação.
Primeiramente, para melhor elucidar o tema, definimos o Registro de Preços como
“um conjunto de procedimentos para seleção da proposta mais vantajosa, visando o
registro formal de preços para futuras e eventuais contratações de produtos e/ou
serviços”. O registro de preços não se trata de uma modalidade de licitação, mas
sim, de um procedimento preliminar a uma contratação.
Com relação à modalidade, o registro de preços pode ser utilizado tanto na
concorrência, instituída pela Lei nº 8.666/1993, quanto no pregão, instituído
pela Lei nº 10.520/2002. O tipo de licitação a ser utilizado será o “menor
preço”, mas, excepcionalmente, na modalidade concorrência, poderá ser adotado o
tipo “técnica e preço”.
Além das leis federais mencionadas, o Decreto nº 3.931/2001 regulamenta o
sistema de registro de preços previsto no artigo 15 da Lei nº 8.666/1993 e dá
outras providências. Assim, o referido decreto traz as possibilidades de
utilizar o registro de preços:
i- quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de
contratações frequentes;
ii- quando for mais conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas
parceladas ou contratação de serviços necessários à Administração para o
desempenho de suas atribuições;
iii- quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços
para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; e
iv- quando pela natureza do objeto não for possível definir previamente o
quantitativo a ser demandado pela Administração.
O Registro de Preços foi inserido na Lei de Licitação para agilizar as
contratações, tendo em vista a possibilidade da realização de compras até os
últimos dias do exercício financeiro, pois não exige o prévio empenho da verba,
mas sim a designação da dotação orçamentária.
Além disso, evita a repetição de procedimentos licitatórios com o custo que lhes
é inerente, ou seja, supre a multiplicidade de licitações contínuas e seguidas e
o risco do insucesso por falta de interesse ou por dificuldade de ordem formal,
bem como institui certa padronização dos itens consumidos pela Administração.
Contudo, existem algumas desvantagens resultantes do Registro de Preços, como a
defasagem entre os dados do registro e a realidade do mercado (obsolescência), a
inadequação do produto para a Administração e, por fim, o estabelecimento de
categorias gerais de produtos que muitas vezes não atendam às necessidades da
Administração, tendo em vista o seu caráter genérico (incompletude).
O Registro de Preços poderá ser extinto: a) pelo decurso de prazo; b) quando o
preço inicialmente registrado torna-se superior ao praticado no mercado; c)
quando o preço de mercado torna-se superior aos preços registrados e o
fornecedor, mediante requerimento, provar não honrar o compromisso; ou, d)
quando ocorrer o cancelamento da ata caso ocorra um fato superveniente,
comprovado, que venha a comprometer a perfeita execução do contrato.
Esse procedimento vem sendo muito utilizado pela Administração por ter
embasamento no princípio da economicidade (princípio basilar da licitação), ou
seja, garante o regular andamento de suas atividades, assim como as vantagens
acima mencionadas.
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
BLOCOs
Tecnologia e
Cidadania
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Fonte: Tele.Síntese
[08/11/10]
Telebrás anuncia mais um pregão do PNBL para o dia 23
Fonte: Convergência
Digital
[05/11/10]
Padtec vence e garante que DWDM nacional é de última geração
Fonte: Convergência Digital
[05/11/10]
Por R$ 63 milhões, Padtec leva pregão de equipamentos para Telebrás
Fonte: Insight
[04/11/10]
Telebrás publica
novos editais de leilão
Fonte: Convergência Digital
[04/11/10]
Padtec baixa preço para vencer pregão da Telebrás
Fonte: Convergência Digital
[03/11/10]
Telebrás adia resultado de pregão para negociar preço com a PADTEC - por
Luiz Queiroz
Fonte: Insight - Origem: Valor
[04/11/10]
Padtec vence leilão
da Telebrás
Fonte: Teletime
[03/11/10]
Com MP 495, Padtec é primeira colocada no leilão da Telebrás
Fonte: Estadão
[29/10/10]
Plano de banda larga do governo não existe, diz Oi - por Karla Mendes e
Renato Cruz
Fonte: Tele.Síntese
[29/10/10]
Pregão da Telebrás desta sexta terá continuidade na quarta-feira
Fonte: Tele.Síntese
[28/10/10]
Controlador da Oi diz que não há plano nacional de banda larga
Fonte: Tele.Síntese
[28/10/10]
Santana admite que entrada em operação da Telebrás pode atrasar
Fonte: Tele.Sintese
[27/10/10]
Presidente da Vivo ataca teses do governo Lula às vésperas da eleição
Fonte: Teletime
[28/10/10]
"Não há no Brasil um plano de banda larga", diz acionista da Oi
Fonte: Teletime
[28/10/10]
Claro pede maior participação da mobilidade no PNBL
Fonte: Teletime
[28/10/10]
Regulamentação do setor é insuficiente para fomentar concorrência,
diz Santanna
Fonte: Teletime
[28/10/10]
Oi leva fibra às 40 principais cidades do Brasil
Fonte: Teletime
[27/10/10]
"Piloto" do PNBL, projeto da Copel consolida oferta no Paraná
Fonte: Tele.Síntese
[21/10/10]
Queixas contra preferência por produto nacional e sugestões técnicas são os
destaques das consultas da Telebrás que recebem quase 700 contribuições
Fonte: Teletime
[18/10/10]
Custo médio do Mbit/s no atacado caiu 30% em 2010 graças ao PNBL, diz WDC
Fonte: Teletime
[15/10/10]
Telebrás reduzirá volume de ações no mercado
Fonte: Blog Capital Digital
[15/10/10]
Telebrás mantém custeio em R$ 72 milhões e investimentos de R$ 600 milhões
Fonte: Convergência Digital
[15/10/10]
Omissão do Congresso faz Telebrás manter dispositivos da MP 495 em edital
- por Luís Osvaldo Grossmann
Fonte: Insight - Origem: Valor
[15/10/10]
Telebrás prevê fornecer banda larga ainda este ano
Fonte: Tele.Síntese
[14/10/10]
Telebrás mantém preferência por produto nacional em pregão
Fonte: Convergência Digital
[14/10/10]
Telebrás marca segundo pregão para o próximo dia 27
Fonte: Teletime
[05/10/10]
MP 495, que prioriza tecnologia desenvolvida no Brasil, racha a Abinee
Fonte: Convergência Digital
[05/10/10]
Telebrás: Fabricantes nacionais querem mudanças na preferência à tecnologia
brasileira - por Luís Osvaldo Grossmann
Fonte: Insight - Origem : Folha
[05/10/10]
Telebrás pede licença SCM para vender internet
Fonte: Teletime
[04/10/10]
Preferência por tecnologia nacional privará Telebrás de tecnologia de ponta,
dizem fabricantes
Fonte: Teletime
[26/10/10]
Telefônica defende debate sobre neutralidade para evitar
desequilíbrios
Fonte: Teletime
[26/10/10]
Modelo de negócios na banda larga terá que mudar para suportar
demanda, alertam executivos
Fonte: Teletime
[15/10/10]
Demi Getschko e Carlos Afonso agora são conselheiros da Telebrás
Fonte: Teletime
[01/10/10]
Telebrás coloca em consulta proposta de construção de backhaul
Fonte: Teletime
[30/09/10]
Telebrás estabelece conceito técnico do backhaul
Fonte: Teletime
[30/09/10]
Com foco na segurança nacional, Telebrás quer acesso aos
códigos-fontes
Fonte: Teletime
[30/09/10]
Telebrás divulga termos de referência para montagem da rede IP
Fonte: ClippingMP -
Origem: O Estado de S. Paulo
[29/09/10]
Telebrás publica editais para novas compras
Fonte: Instituto Telecom
[14/09/10]
Banda larga: o debate que decidiu uma eleição - por "Nossa Opinião"
Fonte: Instituto Telecom
[07/12/09]
História do Instituto Telecom - por Redação
Fonte: NTE Silvânia
[29/10/10]
Telebrás planeja entrar em operação em dezembro
Fonte: ClippingMP -
Origem: O Estado de S. Paulo
[29/09/10]
Telebrás publica editais para novas compras
Fonte: Teletime
[27/09/10]
Segundo Nec, sem redes wireless PNBL fica inviável
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Fonte: Tele.Síntese
[08/11/10]
Telebrás anuncia mais um pregão do PNBL para o dia 23
Edital prevê abertura de código-fonte de software embarcado, caso empresa
estrangeira vença a licitação.
A Telebrás marcou mais um pregão para aquisição de equipamentos visando a
implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) em diversos estados do País.
Dessa vez está prevista a contratação de solução de rede de comunicação de dados
em protocolo IP/MPLS, referente ao CORE IP e respectivo planejamento técnico,
composta por equipamentos de comutação de dados, servidores, softwares e
serviços profissionais de planejamento técnico, instalação, treinamento,
configuração e operação inicial, com garantia.
A data do pregão eletrônico, na modalidade de registro de preço é no dia 23
deste mês. O edital já está disponível no site do Camprasnet
(www.comprasnet.gov.br). Antes disso, nos dias 19 e 22 a estatal realiza
licitação para compra de solução de rede IP e enlaces de rádios digitais,
respectivamente.
Nesse pregão, a Telebrás poderá exigir a abertura de códigos-fonte dos software
embargados nos equipamentos, caso o certame seja vencido por empresa
estrangeira. A preocupação da estatal é evitar “espionagem”.
O edital também prevê a aplicação do disposto no § 12º do Art. 3º da Lei
8.666/93, alterado pela Medida Provisória nº 495/2010, que estabelece que nas
contratações de sistemas estratégicos de Tecnologia de Informações e
Comunicações é permitida a restrição do certame a bens e serviços com tecnologia
desenvolvida no Brasil e produzidos de acordo com o Processo Produtivo Básico
(PPB) definido na Lei nº 10.176/2001.
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Fonte: Convergência Digital
[05/11/10]
Padtec vence e garante que DWDM nacional é de última geração
Em entrevista ao Convergência Digital nesta sexta-feira, 05/11, o presidente da
Padtec, Jorge Salomão Pereira, comemorou a vitória da empresa no pregão de DWDM
da Telebrás - o preço final ficou em R$ 63 milhões e a companhia usufruiu da MP
495, que dá preferência à tecnologia nacional, mas também reagiu à tese -
defendida por rivais ao longo dos últimos dias - que o Brasil adotará uma
tecnologia defasada em relação à usada em operadoras internacionais no ponto
mais sensível da infraestrutura - o núcleo da rede.
"Já fizemos migração de equipamentos de rivais em outras teles no Brasil e em
outros países, por causa nossa capacidade em transmissão de alta potência. Esse
é um diferencial do equipamento brasileiro, da nossa tecnologia, e replicado
mundialmente. Temos diferencial sim. Essa alegação faz parte do jogo de mercado,
mas não se concretiza no mundo de negócios", sustentou.
Sobre o contrato com a estatal, Salomão Pereira diz que ele é estratégico,
bastante promissor, mas não é o maior já firmado pela Padtec no Brasil - estaria
entre os cinco maiores. Favorecido ainda pelo uso da MP 495 - fato protestado
por algumas empresas multinacionais - o presidente da Padtec não se fez de
rogado. Disse que o uso do instrumento é uma questão de soberania de Estado.
"Esse é um recurso que outros países do mundo utilizam para fomentar a sua
própria tecnologia. O Brasil não está sendo diferente. Apenas resolveu adotar o
mesmo procedimento que, para mim, é absolutamente saudável. Precisamos ter
tecnologia nacional de ponta", afirmou o presidente da Padtec.
Indagado sobre o porque de o Governo ter renegociado o preço do edital - o custo
final do pregão apresentado pela PadTec estava acima das concorrentes ZTE,
Huawei e Ericsson (R$ 68 milhões ante R$ 63,1 milhões da melhor oferta) -
Salomão disse que esse valor diferenciado foi uma questão de apresentação de
custo ao pregoeiro. "O preço acima foi dado poucos momentos depois de o nosso
custo estar abaixo dos demais. Chegamos ao preço que era factível para a nossa
rentabilidade e que atendia a expectativa da Telebrás", explicou, referindo-se
ao custo final de R$ 63 milhões.
Questionado ainda para explicar a razão de o produto fabricado no país estar com
preço bastante semelhante aos importados, que deveriam ser mais caros porque não
usufruem das isenções fiscais do Processo Produtivo Básico, não
titubeou."Certamente foi uma estratégia dos concorrentes para ficar com o
pregão, considerado o de maior relevância no Plano de Banda Larga. Todos fizeram
suas contas e apresentaram os preços factíveis com as suas realidades.
Felizmente, levamos e a rede terá tecnologia 100% brasileira".
Também sobre prazo de entrega dos equipamentos para a Telebrás - a estatal corre
contra o tempo para 'iluminar' 100 cidades já escolhidas até dezembro - o
presidente da PadTec se mostrou bastante tranquilo e disse que a empresa não
fará nenhum movimento diferente da sua rotina tradicional.
Tão logo os pedidos sejam entregues pela Telebrás, garantiu Salomão Pereira, os
equipamentos DWDM serão disponibilizados em três a quatro semanas, com a
produção sendo feita na fábrica de Campinas, no interior de São Paulo. "É um
prazo muito mais rápido do que alguns concorrentes meus podem oferecer,
principalmente em produtos que são cruciais para o bom funcionamento da rede",
observou.
A Padtec não vai participar de qualquer outra disputa da Telebrás. Isso porque,
garantiu o executivo, "nossa especialização é em DWDM. Precisamos ser
especialistas para brigar mundialmente e fizemos a opção. É preciso capacidade
de transmissão, de banda passante. É isso que fazemos e vendemos no Brasil e no
mundo".
Sobre a possível presença da EBX, de Eike Baptista, no processo de produção da
Padtec como investidor, Salomão Pereira, diz que tudo não passa de
'especulação'. A EBX é um dos acionistas da IdeiasNet, que detém pouco mais de
30% do capital da PadTec- o CpQD é o acionista majoritário.
"Qualquer comentário sobre EBX e Eike é um passo além da realidade. A Ideiasnet
nos apoia. Sabe dos projetos. É um acionista, mas a relação deles com os seus
acionistas está no mercado. A IdeiasNet tem capital aberto. Fora isso, não há
qualquer dado", completou.
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Fonte: Convergência Digital
[05/11/10]
Por R$ 63 milhões, Padtec leva pregão de equipamentos para Telebrás
Vitória também é a entrada de Eike Batista no PNBL
Com a apresentação dos documentos relativos à nova proposta de preço da Padtec,
a Telebrás desclassificou os demais concorrentes e manteve a empresa brasileira
como única habilitada na disputa pelo fornecimento dos equipamentos DWDM que vão
“iluminar” as fibras ópticas relativas ao Plano Nacional de Banda Larga.
Foram desconsiderados, portanto, os lances da ZTE, Huawei e Ericsson “uma vez
que somente a Padtec atendeu os requisitos contidos no edital, no que tange
comprovação de desenvolvimento de tecnologia no Brasil e Processo Produtivo
Básico”, conforme anunciou o pregoeiro durante a sessão desta sexta-feira, 5/11.
Em negociação na véspera, a empresa baixou seu preço para R$ 63 milhões, contra
os R$ 68,9 milhões apresentados inicialmente. Para chegar ao novo valor, a
Padtec reduziu o preço unitário de 10 dos 58 itens do pregão.
O efeito foi uma queda de R$ 5.890.340,05 sobre o preço inicialmente sugerido.
Com isso, a empresa brasileira teve a menor proposta global, frente aos lances
de R$ 63,1 milhões da ZTE, R$ 63,6 milhões da Huawei e R$ 63,9 milhões da
Ericsson.
EBX
A vitória da Padtec – até o fim do prazo estipulado não foi manifestada nenhuma
intenção de recurso pelas empresas desclassificadas – também pode ser
considerada como a entrada do bilionário brasileiro Eike Batista no Plano
Nacional de Banda Larga.
Algum movimento do empresário, dono do grupo EBX, era esperado desde meados
deste ano, quando Batista começou a demonstrar seu interesse via twitter. “A
Banda Larga vai ajudar a fazer uma revolução na velocidade do ensino! Me
esperem!”, escreveu.
A Padtec é uma sociedade entre o CPqD e a Ideiasnet, esta com 34,2% de
participação. E a Ideiasnet tem a EBX entre os principais controladores, com
13,6% do capital, atrás apenas da Lorentzen Empreendimentos, com 14,22%.
Veja os itens em que a Padtec reduziu seu preço para cobrir a melhor proposta no
pregão da Telebrás: (ler na fonte)
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Fonte: Insight
[04/11/10]
Telebrás publica
novos editais de leilão
A Telebrás publicou hoje dois novos editais para aquisição de equipamentos para
o Programa Nacional de Banda Larga, sendo um para solução de enlaces de rádios
digitais e outro para solução de rede de comunicação de dados em protocolo IP/MPLS,
referente às redes de Borda e de Acesso IP.
Segundo especulações do mercado, o valor poderá ultrapassar 1,5 bilhão de reais.
Veja os editais:
Aviso de Licitação
Pregão eletrônico – SRP no 08/2010-TB
A Telecomunicações Brasileiras S.A. - TELEBRÁS, no uso de suas atribuições,
consoante o disposto pela Lei no 5.792, de 11 de julho de 1972 e no Decreto
Federal no 7.175, de 12 de maio de 2010, comunica que realizará licitação para
contratação, mediante Registro de Preços, de solução de enlaces de rádios
digitais, composta de equipamento de radiocomunicação, sistema irradiante,
torres, postes, sistema de gerência, serviços de instalação, treinamento,
operação inicial, com garantia, visando a implantação do Programa Nacional de
Banda Larga – PNBL, em diversos estados do país, consoante as diretrizes
contidas nos artigos 1º e 4º do Decreto nº 7.175, de 12 de maio de 2010, cuja
abertura ocorrerá em 22/11/2010, às 10 horas.
O Edital poderá ser obtido no site http://www.comprasnet.gov.br ou ainda na Sede
da Telecomunicações Brasileiras S.A. – TELEBRÁS. Diretoria de Administração;
Setor Comercial Sul, Quadra 09 – Bloco "A" – Torre "B" – Edifício Parque Cidade
Corporate – Brasília – DF CEP 70308-200 - Tel: (61) 3415-2800 – Fax: (61)
3415-2783; Correio eletrônico: licitacao@telebras.com.br,
Brasília, 04 de novembro de 2010,
JOÃO BATISTA DE JESUS SANTANA
Pregoeiro
Aviso de Licitação
Pregão eletrônico – SRP no 06/2010-TB
A Telecomunicações Brasileiras S.A. - TELEBRÁS, no uso de suas atribuições,
consoante o disposto pela Lei no 5.792, de 11 de julho de 1972 e no Decreto
Federal no 7.175, de 12 de maio de 2010, comunica que realizará licitação para
Contratação, mediante Registro de Preços, de solução de rede de comunicação de
dados em protocolo IP/MPLS, referente às redes de Borda e de Acesso IP, composta
por equipamentos de comutação de dados, servidores, softwares e serviços
profissionais de instalação, treinamento, configuração e operação inicial, com
garantia, visando a implantação do Programa Nacional de Banda Larga – PNBL, em
diversos Estados do País, consoante as diretrizes contidas nos artigos 1º e 4º
do Decreto 7.175, de 12 de maio de 2010, cuja abertura ocorrerá em 19/11/2010,
às 10 horas.
O Edital poderá ser obtido no site http://www.comprasnet.gov.br ou ainda na Sede
da Telecomunicações Brasileiras S.A. – TELEBRÁS. Diretoria de Administração;
Setor Comercial Sul, Quadra 09 – Bloco "A" – Torre "B" – Edifício Parque Cidade
Corporate – Brasília – DF CEP 70308-200 - Tel: (61) 3415-2800 – Fax: (61)
3415-2783; Correio eletrônico: licitacao@telebras.com.br
Brasília, 04 de novembro de 2010,
JOÃO BATISTA DE JESUS SANTANA
Pregoeiro
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Fonte: Convergência Digital
[04/11/10]
Padtec baixa preço para vencer pregão da Telebrás
Na tentativa de garantir a vitória no pregão da Telebrás, a brasileira Padtec
concordou em reduzir o valor do lance apresentado e, agora, aguarda a decisão
final do processo de licitação. Em negociação nesta quinta-feira, 4/11, a
empresa baixou seu preço para R$ 63 milhões, contra os R$ 68,9 milhões
apresentados inicialmente.
O valor deixou a Padtec com o mais alto dos lances do pregão, iniciado na
sexta-feira, 29/10. A melhor proposta foi da ZTE, de R$ 63,1 milhões pelo
conjunto de equipamentos DWDM, tecnologia escolhida pela Telebrás para
“iluminar” as fibras ópticas que serão usadas no Plano Nacional de Banda Larga.
Além delas, também participaram a Huawei, com lance de R$ 63,6 milhões para o
conjunto dos 58 itens discriminados pela estatal, e a Ericsson, que no preço
ficou em terceiro lugar, pelo valor de R$ 63,9 milhões.
Apesar de ter apresentado o valor mais alto, a Padtec foi a única das
concorrentes a preencher os requisitos de desenvolvimento de tecnologia no
Brasil e Processo Produtivo Básico. É que a Telebrás se valeu do direito de
preferência à tecnologia desenvolvida no país, prevista na Medida Provisória
495/2010.
Daí o pregão ter sido reaberto nesta quinta-feira para negociação direta com a
Padtec. A tentativa era justamente para que a empresa cobrisse o menor lance
apresentado, aquele da ZTE, de R$ 63,1 milhões. “Como reconhecimento da
importância deste processo para a Padtec, concordamos em chegar ao valor total
de R$ 63.099.999,95”, respondeu a empresa.
O pregão dos equipamentos DWDM foi suspenso, então, para que a Padtec encaminhe
as planilhas em conformidade com o novo preço negociado. A sessão será reaberta
nesta sexta-feira, 5/11, e pode, portanto, confirmar a empresa nacional como a
vencedora do pregão.
Além desse, a Telebrás ainda vai realizar pregões eletrônicos para a camada IP e
para os equipamentos de rádio enlace. Apesar do tempo ser cada vez mais exíguo,
a estatal ainda trabalha com a perspectiva de começar a conectar as primeiras
cidades previstas no PNBL ainda este ano.
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Fonte: Convergência Digital
[03/11/10]
Telebrás adia resultado de pregão para negociar preço com a PADTEC - por
Luiz Queiroz
A Telebrás fez duas tentativas nesta quarta-feira (03/11) de fechar o pregão
3/2010, que visa a contratação de bens e serviços de rede com a tecnologia DWDM
(Dense Wavelength Division Multiplexing). Mas acabou esbarrando em um problema
financeiro, que a obrigou adiar para esta quinta-feira, 04/11, a decisão final
do certame.
A PADTEC S/A, empresa que conseguiu o direito de preferência nas compras da
estatal, está com os seus preços muito acima dos lances que as concorrentes
(Ericsson, ZTE e Huawei) deram para 30 itens do total de 58 que compõem o Grupo
1 deste pregão.
Pela manhã, o pregoeiro da Telebrás limitou-se a abrir a sessão, apenas para
informar que a PADTEC tinha comprovado que produz equipamentos e investe em
tecnologias no Brasil, através de Processo Produtivo Básico, o que lhe assegura
o direito de preferência nas compras da estatal, previsto na Medida Provisória
495, em tramitação no Congresso Nacional.
Ficou de analisar os valores (unitários) dados pela PADTEC no pregão para 30
itens em disputa de um total de 58 que compõem o Grupo 1 do pregão. Mesmo assim,
precipitou-se ao informar que a empresa assumiu a primeira colocação, em
detrimento da avaliação prévia dos preços dos demais concorrentes na disputa.
Para se ter uma idéia, no Item 1 (equipamento multiplex óptico), por exemplo, a
PADTEC ficou na quarta colocação nos lances dados em pregão eletrônico. Seu
preço final foi de R$ 42 mil, ao passo que a primeira empresa colocada, a
Ericsson, se dispôs a vender o mesmo equipamento à Telebrás por apenas R$
3.288,35.
No Item 2, o preço da PADTEC também disparou na venda do mesmo equipamento, só
que com a configuração de duplo terminal. Apresentou um lance final de R$ 82,9
mil, enquanto que a Ericsson ofereceu a R$ 4.714,67.
Com outros concorrentes a situação não foi diferente. No Item 28 a Huawei
apresentou um preço de R$ 71,6 mil para fornecer um transceptor por fibra
óptica, enquanto que a PADTEC, como segunda colocada não conseguiu baixar o
valor para menos de R$ 149,2 mil.
Ao informar aos concorrentes que a PADTEC entregara dentro do prazo estimado a
documentação que comprovaria a sua habilitação para participar do pregão, o
pregoeiro da Telebrás anunciou o adiamento da sessão para esta quinta-feira, em
função de negociações que a estatal terá de fazer com esta empresa visando uma
queda nos preços.
"Esclareço ainda que no momento oportuno pretendemos promover as negociações com
a mencionada licitante, no intuito buscar a obtenção de proposta mais vantajosa
para a Telebrás", disse o pregoeiro para os concorrentes no Comprasnet. Tarefa
considerada difícil, mas não impossível, na agenda dos técnicos da estatal.
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Fonte: Insight - Origem: Valor
[04/11/10]
Padtec vence leilão
da Telebrás
A estatal Telebrás fez valer a sua decisão de dar prioridade à indústria
nacional para a compra de equipamentos. Nem que isso custe alguns milhões de
reais a mais no orçamento. A Padtec, sediada em Campinas (SP), venceu ontem o
pregão eletrônico para fornecer o primeiro lote de componentes que darão vida ao
Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). A empresa levou a melhor na disputa, mesmo
tendo apresentado a proposta mais cara entre os quatro concorrentes que
participaram da licitação. A transação, no entanto, ainda depende da avaliação
de documentos de habilitação e de negociação com a Telebrás.
Pelos preços sugerido à Telebrás, quem fez a melhor oferta financeira foi a
chinesa ZTE, que pediu R$ 63,106 milhões para atender ao projeto. A segunda
melhor proposta foi a da também chinesa Huawei, que chegou a R$ 63,678 milhões.
O lance da sueca Ericsson ficou em terceiro lugar, com R$ 63,993 milhões. Única
brasileira no páreo, a Padtec propôs R$ 68,990 milhões.
Dos 58 itens de equipamentos que compõem o pacote licitado pela Telebrás, a
fabricante nacional ficou em primeiro lugar em apenas 23. Chama a atenção a
discrepância de valores oferecidos pelas empresas em itens como "prestação de
serviços de operação do sistema" (item 50), no qual a oferta de menor preço - da
Huawei - é de R$ 44,5 mil, ante R$ 398,1 mil da Padtec para fazer o mesmo
serviço. A situação se inverte no item 32, por exemplo, que trata do "sistema de
gerência, composto de hardware, software e licenças", em que a Padtec quer R$
39,8 mil para atender ao pedido e a Huawei, R$ 600 mil.
O que, na prática, mais pesou na conta foi o fato de a Padtec ser a única
companhia entre os concorrentes com fabricação local de equipamentos, apoiada
pelos incentivos fiscais do Processo Produtivo Básico (PPB), regra que desonera
a produção nacional.
Nas últimas semanas, o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, fez questão de
deixar claro que as compras da estatal adotariam as regras previstas na Medida
Provisória 495, que dá preferência às empresas - nacionais os estrangeiras - que
fabricam no país, mesmo em situações em que o valor do produto nacional seja
superior ao importado. A MP 495 está em tramitação no Congresso, mas vale até o
fim de novembro. Até lá, a Telebrás quer garantir suas principais encomendas
baseada nas regras dessa MP.
Fundada em 2001, a Padtec tem 250 funcionários e neste ano deve faturar R$ 200
milhões, sem incluir na conta o contrato que pode ser fechado com a Telebrás. A
empresa tem fábrica em Campinas e escritórios em São Paulo, Brasília, Rio,
Argentina, Peru, México e Israel. Seu controle está nas mãos do Centro de
Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), que tem 65,7% da
companhia. Os demais 34,3% pertencem à Ideiasnet, holding de investimentos em
empresas de tecnologia. Fundação de direito privado, o CPqD era o braço
tecnológico da Telebrás, antes da privatização do sistema de telefonia do país.
Ontem, após encerrar a disputa pelo PNBL, o pregoeiro afirmou que irá "promover
as negociações com a mencionada licitante, no intuito buscar a obtenção de
proposta mais vantajosa para a Telebrás".
Para Jorge Salomão Pereira, presidente da Padtec, a proposta final feita pela
empresa considerou os preços praticados nos mercados brasileiro e mundial. "Já
vendemos equipamentos para companhias como Telefônica, Oi, GVT, Global Crossing,
CTBC e Embratel", disse Pereira. "Atuamos com preços muito agressivos, mas vamos
verificar o que podemos fazer."
Desde a tarde de ontem, a Padtec tem negociado reduções de preço com seus
fornecedores de insumos. Hoje, os equipamentos da empresa dependem de circuitos
integrados e componentes ópticos importados dos Estados Unidos e do Japão.
Para Hélio Graciosa, presidente do CPqD, o preço superior oferecido pela Padtec
em relação à proposta mais baixa - uma diferença de R$ 5,884 milhões - não foi
alto. "O valor não superou 10% do preço total, foi ligeiramente superior",
compara. "Além disso, teremos uma tecnologia 100% nacional, gerando emprego no
país."
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Fonte: Teletime
[03/11/10]
Com MP 495, Padtec é primeira colocada no leilão da Telebrás
O leilão para a compra dos equipamentos que irão compor a nova rede pública de
telecomunicações da Telebrás foi suspenso mais uma vez nesta quarta-feira, 3. A
disputa, que teve início na última sexta, 29, só deve ter seu resultado
divulgado amanhã. O pregoeiro, no entanto, apresentou o resultado da análise da
documentação apresentada pelas quatro empresas em disputa. E, até o momento, a
brasileira Padtec está à frente na disputa pelas regras do leilão.
A colocação da Padtec em primeiro lugar deve-se à empresa ser a única que
conseguiu comprovar que possui Processo Produtivo Básico (PPB) e desenvolvimento
de tecnologia no Brasil, requisitos do edital que dão preferência à companhia
para vencer a disputa. Esses requisitos foram regulamentados pela Medida
Provisória (MP) nº 495, editada com o intuito de promover o desenvolvimento
tecnológico no país por meio de incentivos nos editais públicos.
Após a análise das propostas e da documentação apresentada, a disputa ficou com
a seguinte classificação de acordo com o sistema ComprasNet, do Ministério do
Planejamento: 1º Padtec; 2º ZTE; 3º Huawei; e 4º Ericsson. A Padtec, contudo,
não tem o melhor preço.
A Telebrás suspendeu por um dia a divulgação do resultado final para negociar
com a Padtec possíveis reduções nos preços ofertados. Isso porque, apesar de a
empresa ser a primeira colocada, sua oferta de preços global é superior às das
demais concorrentes.
Um outro documento que regulamenta a Lei de Inovação, o decreto nº 7.174/2010,
dá o direito às empresas brasileiras de reduzir suas ofertas caso elas sejam até
10% maiores do que as das demais concorrentes. Além disso, a modalidade de
pregão escolhida pela Telebrás, a "tomada de preços" abre espaço naturalmente
para que o comprador pressione para uma queda no preço final da contratada, com
base na observação da média de preços praticada no mercado.
Com este cenário, o mais provável é que a Padtec seja a grande vencedora para
oferta de equipamentos DWDM para a Telebrás. Apenas uma falha na documentação
pode ainda afastar a empresa da vitória, já que a empresa não precisa fazer
nenhum ajuste de preços caso não queira. Na hipótese de haver algum problema nos
documentos, a empresa que poderia ganhar a precedência é a Ericsson que, apesar
de não desenvolver tecnologia no país, possui PPBs no setor.
Próximos lances
As próximas licitações da Telebrás devem seguir o script em que uma empresa
nacional sairá vencedora. Isso porque os editais serão sempre restritos à regra
de priorização de empresas brasileiras. A exceção será o leilão para os
equipamentos do core da rede IP, onde não haveria ninguém com tecnologia
desenvolvida no Brasil e por isso o leilão será sem restrições.
Já o leilão mais aguardado, de rádios IP, que deve movimentar a maior quantidade
de dinheiro (fala-se de valores superiores a R$ 1,5 bilhão), esse será restrito,
ou seja, empresas brasileiras com desenvolvimento local e PPB terão prioridade.
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Fonte: Estadão
[29/10/10]
Plano de banda larga do governo não existe, diz Oi - por Karla Mendes e
Renato Cruz
Presidente da Andrade Gutierrez, uma das controladoras da Oi, critica lista
estabelecida pela Telebrás
O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) não existe, na opinião de Otávio Marques
de Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez, um dos controladores da Oi. "O que
temos é a decisão do governo de desenvolver um plano", disse ontem, durante o
evento Futurecom.
Ele destacou que um plano tem de definir a que se destina, com custo e
investimentos determinados, o que não existe no PNBL. "É preciso definir para
qual demografia e para qual geografia", completou.
O executivo, que foi vice-presidente da Telebrás antes da privatização, disse
que a lista de 100 cidades que serão atendidas pela estatal não parece coerente
com o "mapa da pobreza" no Brasil.
"Essa lista não pode ser chamada de plano", disse Azevedo. Segundo ele, 72% das
cidades da lista já têm quatro plataformas de prestação de serviço de banda
larga em atividade, e 83% têm três. A Telebrás foi reativada para ser gestora do
plano.
Ele afirmou que o PNBL é mais um plano da Telebrás do que um plano nacional.
"Temos um plano da Oi", ressaltou Azevedo. "No começo do ano que vem, vamos
oferecer banda larga em todos os municípios de nossa área de concessão."
A Oi é concessionária em todos os Estados, menos São Paulo. Antonio Carlos
Valente, presidente do Grupo Telefônica no Brasil, disse que a Telefônica atende
todos os municípios de São Paulo com banda larga desde 31 de março.
O presidente da Andrade Gutierrez afirmou que não vê nada de errado na ativação
da rede óptica do governo, gerenciada pela Telebrás. "Não vejo nenhum motivo
para criticar uma ação política do governo, e não é por ser concessionária." Ele
reconheceu, no entanto, ser "muito incômodo" para uma concessionária criticar o
governo.
O governo é acionista da Oi, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) e de fundos de pensão de estatais. O governo federal
chegou a mudar a regulamentação do setor para permitir que a empresa comprasse a
Brasil Telecom, em 2008.
Dificuldade.
O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, reconheceu que está "cada vez mais
difícil" o cumprimento da meta de interligar as 100 cidades anunciadas como
piloto do PNBL até o fim do ano. "Estamos trabalhando para chegar o mais próximo
possível." Ele evitou, porém, explicitar se a estatal já tem um plano B, como a
redução do número de municípios a serem cobertos ou prorrogação do prazo. "Na
hipótese de haver algum atraso, temos de ver o que vamos fazer", disse. Santanna
se referiu à hipótese de algum questionamento judicial dos editais de licitação,
o que, segundo ele, não ocorreu até agora. "O primeiro leilão já ocorreu e o 2.º
é amanhã (hoje)", afirmou.
Ele explicou que, no leilão de equipamentos de infraestrutura, já finalizado, a
primeira colocada pediu para ser desclassificada por ter errado na cotação. Por
conta disso, estão sendo analisadas as propostas da 2.ª e 3.ª colocadas, o que
segundo ele "é normal" que ocorra nos pregões eletrônicos.
Santana explicou que o segundo leilão, porém, que prevê a contratação de
equipamentos DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing) teve de ser adiado
para amanhã porque houve um erro no cadastramento no sistema da Telebrás.
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Fonte: Tele.Síntese
[29/10/10]
Pregão da Telebrás desta sexta terá continuidade na quarta-feira
Empresas que ofertaram melhores lances não apresentaram comprovação de uso de
tecnologia nacional ou PPB
O segundo pregão da Telebrás, iniciado nesta sexta-feira (29), será retomado na
próxima quarta-feira (3/11), conforme aviso postado no site de compras do
governo (www.comprasnet.gov.br) . A melhor proposta para solução de um sistema
completo de telecomunicações por fibra óptica com tecnologia Dense Wavelength
Division Multiplexing (DWDM) foi de R$ 63,1 milhões para os 58 lotes, porém a
empresa não apresentou o comprovante de desenvolvimento de tecnologia nacional
nem o PPB (Processo Produtivo Básico) no prazo estipulado no edital, de duas
horas após o encerramento dos lances.
Apenas a quarta colocada no certame encaminhou ao pregoeiro as portarias
publicadas no Diário Oficial da União, no intuito de comprovar que os produtos
ofertados são desenvolvidos com tecnologia no Brasil e PPB. As empresas
colocadas no segundo e terceiro lugares também não apresentaram a comprovação
exigida. Além da brasileira Padtec, participaram do pregão s estrangeiras
Ericsson, ZTE e Huawei.
Por meio desse equipamento será possível transmitir dados pelas estruturas de
fibras ópticas já instaladas e, assim, dar sequência ao cumprimento do objetivo
do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que é fazer a internet de alta
velocidade chegar, com baixo custo, a 4.283 municípios brasileiros até 2014.
Os equipamentos serão instalados nos 241 pontos de presença (POPs) estimados
para a rede até 2012. Por meio dele, será possível agregar flexibilidade e dar
maior escala à rede, o que permitirá a extensão gradual da capacidade, com a
adição de comprimentos de onda que atenderão a eventuais crescimentos de demanda
no tráfego de dados.
O primeiro leilão, realizado no último dia 25, abrangeu a implantação dos
aquisição de solução de infraestrutura básica com fornecimento de contêineres,
gabinetes e materiais necessária para o funcionamento e proteção dos
equipamentos ópticos, radio e IP, a serem utilizados na rede nacional de
telecomunicações incluindo garantia e assistência técnica, instalação,
treinamento e operação inicial, também teve definição adiada em 10 dias em
função da desclassificação da empresa que ofertou melhor lance.
Os dois leilões restantes estão previstos para o mês de novembro, um destinado à
aquisição de equipamentos de rádio para conectar a rede e as sedes dos
municípios, e outro para a rede IP, que fará o roteamento das demandas para
controle de tráfego. O cronograma da Telebrás prevê que as primeiras conexões
sejam iniciadas em dezembro.
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Fonte: Tele.Síntese
[28/10/10]
Controlador da Oi diz que não há plano nacional de banda larga
Para Otávio de Azevedo, existe apenas o “Plano Telebrás de banda larga”.
O presidente da AG Telecom e um dos controladores da Oi, Otávio Marques de
Azevedo, reclamou do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), anunciado
recentemente pelo governo federal. Para Azevedo, há uma decisão política, que
considera positiva, de acelerar a expansão da banda larga no país, mas ainda não
existe um plano estruturado. “Pode haver o Plano Telebrás de banda larga, mas
falta o plano nacional”, afirmou.
No seu entender, um plano setorial deve ter metas claras, indicar os objetivos,
os preços, o custo, as fontes de recursos, as bases da expansão. “A divulgação
de uma relação de cidades não pode ser compreendida como um plano elaborado”,
criticou. A crítica do executivo refere-se à lista das primeiras 100 cidades,
além das 15 capitais, que foram anunciadas pela Telebrás como as primeiras
localidades que passarão a contar com os serviços da estatal.
Segundo ele, em pelo menos 72% dessas cidades há nada menos do que quatro
plataformas de banda larga e, em 83% delas, pelo menos três redes competindo
entre si. “Uma situação é o governo querer maximizar o uso de suas plataformas.
Mas há uma distância muito grande entre esta proposta e a de querer prestar
serviço onde a competição já está implantada”, completou.
Para Azevedo, o governo deve ser o indutor dos investimentos privados e deve se
preocupar também com a saúde financeira dos entes regulados. Acha que, se não
for resolvida a questão tributária, a banda larga está fadada a sucumbir no
país.
Telefônica
Para o grupo Telefônica, afirmou Antonio Carlos Valente, a recriação da Telebrás
e a sua atuação são vistas com tranquilidade. “Para nós, a Telebrás, se cumprir
as regras de mercado e a legislação do país, deve ser encarada como mais um
competidor”, concluiu.
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Fonte: Tele.Síntese
[28/10/10]
Santana admite que entrada em operação da Telebrás pode atrasar
O presidente da empresa diz que o tempo está encurtando mas não prevê grandes
batalhas nas licitações em curso
A Telebrás realiza amanhã, 29, a licitação para os sistemas de transmissão do
seu backbone óptico, na tecnologia DWDM. Como os critérios do leilão, apoiados
na Medida Provisória 495, privilegiam a tecnologia nacional, em primeiro lugar,
e a fabricação local em segundo, os fornecedores multinacionais estão
praticamente fora da disputa em função da presença da brasileira Padtec. Ela não
só tem tecnologia nacional, como vem disputando, com competividade, licitações
no mercado privado tanto no Brasil como na América Latina. Assim, o resultado do
pregão não deverá trazer surpresas.
De acordo com Rogério Santanna, presidente da Telebrás, o primeiro leilão na
modalidade registro de preços, no qual se habilitaram duas empresas colocadas em
segundo lugar, já que a primeira classificada pediu sua desclassificação,
transcorreu sem problema e até agora não houve recurso à Justiça. “Mas não
podemos descartar disputas judiciais”, o que poderá atrasar o processo.
Limite orçamentário
Embora ainda otimista, Santanna já admite que poderá ser difícil interligar as
cem cidades do piloto até o final do ano e mais 96 pontos corporativos da rede
de governo. “Não tenho como fazer previsões”, observou em entrevista, após
participar hoje de manhã do Futurecom 2010, que se encerra hoje em São Paulo.
Uma vantagem para cumprir o cronograma é que a licitação da infraestrutura deve
se encerrar em disputa judicial. E a fase mais demorada da interligação das
cidades está justamente na instalação da infraestrutura, como sistemas de força
e gabinetes. Além das eventuais demoras do processo de licitação em si, a
Telebrás depende, para fazer as compras, de que o Congresso aprove ainda este
ano o aumento do seu limite de investimento para R$ 600 milhões.
Quanto à participação das multinacionais, disse que elas podem participar do
fornecimentos aos órgãos de governo desde que desenvolvam tecnologia no país e
tenham processo local de produção. Ou quando não houver produto nacional, como é
o caso dos roteadores IP de grande capacidade. “Não se trata de reserva de
mercado, mas de política de compras do governo. As medidas não envolvem o
mercado privado”, voltou a insistir.
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Fonte: Tele.Sintese
[27/10/10]
Presidente da Vivo ataca teses do governo Lula às vésperas da eleição
Segundo Roberto Lima, o sistema estatal não atende ao interesse público.
O presidente da Vivo, Roberto Lima, resolveu desferir um duro ataque às teses do
governo Lula e da candidata do PT à presidência da República, Dilma Roussef,
durante o Futurecom. "Não foi o sistema estatal que atendeu ao interesse
público.A iniciativa privada é a que atende a sociedade brasileira", desferiu o
executivo em um ataque frontal às teses defendidas pelo atual governo que criou
a Telebrás para atuar no mercado de banda larga e oferecer o serviço mais
barato.
Para contestar os recentes números da ONU que colocaram o celular brasileiro
como um dos mais caros do mundo, Roberto Lima, disse, com ironia, que se os
serviços fossem tão caros, não estariam atendendo a 190 milhões de brasileiros.
"As pesquisas internacionais esquecem de apurar que os impostos no Brasil são
também os mais altos do mundo", completou ele.
Após exaltar a nova sociedade em rede que está sendo criada, Lima salientou que
o papel das empresas privadas de telecomunicações é o de oferecer os serviços
para "empoderar" os indivíduos. Por fim, voltou a exaltar o modelo implantado
pelo governo de FHC. "O setor deve resgatar o orgulho. É a iniciativa privada a
serviço do bem público", concluiu.
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Fonte: Teletime
[28/10/10]
"Não há no Brasil um plano de banda larga", diz acionista da Oi
"Não há no Brasil um plano de banda larga. Temos uma política, mas não um
plano", disse nesta quinta, 28, o presidente da acionista controladora da Oi
Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, durante debate na Futurecom. O
executivo destacou que o plano de banda larga é uma oportunidade para estimular
a indústria de telecomunicações, "que é muito importante do ponto de vista
econômico para o Brasil". Segundo ele, existe uma decisão política, "mas um plano
tem que levar em consideração quem será atendido, a que custo, com que
financiamento, em que bases econômicas". Ele ressalta que para falar em
realidade brasileira é preciso falar do mapa da pobreza no Brasil, "e esse mapa
me parece incoerente com o o que está sendo proposto no PNBL", disse, indicando
que 72% da lista de cidades já previstas para serem atendidas pela Telebrás já
têm quatro plataformas ofertadas de banda larga e 83% delas tem três plataformas
disponíveis. "Não basta isso, tem que ser para todos".
"Eu não entro no mérito de que ferramenta o governo quer utilizar (na política
de banda larga). O mérito foi enorme de levantar a qestão. Esse governo
levantou, mas quais os mecanismos? Não temos um plano". Segundo ele, é preciso
dar o mérito pela política e pela decisão do governo de levantar a discussão, "e
tenho certeza de que a ministra Dilma, se eleita, colocará entre suas cinco
maiores prioridades o PNBL. Assim como colocou outros programas de distribuição
de renda e ascensão social. Mas em relação à banda larga, não temos e precisamos
de um plano", disse o executivo.
Plano da banda larga da Telebrás
Após sua participação no debate, o executivo explicou que o que existe hoje é um
plano da Telebrás. "O que foi anunciado é o plano para a Telebrás oferecer banda
larga. É o plano nacional da Telebrás, assim como a Oi tem um plano nacional,
mas não é um plano para o País".
Outro aspecto levantado por Otávio Azevedo é a questão tributária. Ele ressalta
que essa discussão precisa se dar antes de a banda larga explodir no Brasil.
"Antes de explodir a banda larga, é preciso levar a questão tributária ao
Confaz. Essa questão não foi considerada pelo governo anterior na implementação
do Paste e da privatização. Perdemos a oportunidade naquela hora de fazer essa
transição de impostos, mas temos essa oportunidade de novo", disse. Segundo o
executivo, se esse projeto começar acelerado agora sem essa previsão tributária,
vai fracassar, "porque não tem quem pague. O governo não vai pagar essa conta".
Plano de banda larga da Oi
"Nós temos um plano na Oi e a partir de janeiro do ano que vem começaremos a
vender banda larga em todos os municípios", disse, mesmo nos municípios em que
hoje a Oi está presente com rede de telefonia fixa e não tem nenhum assinante.
"Nós vamos fazer isso em todos os nossos municípios, na velocidade que o
consumidor demandar". Perguntado por este noticiário se praticaria preços iguais
em todas as cidades que vai operar, já que hoje a Oi é a única operadora a
praticar preços diferentes para banda larga dependendo da cidade, o executivo
disse que, na sua opinião, o certo seria oferecer opções mais baratas nas
localidades mais necessitadas. Perguntado novamente se essa seria a estratégia
da Oi, ele desconversou, afirmando que esta é uma questão do conselho da tele.
Elogios à Telebrás
Marques ressaltou que é fundamental que o governo aja como indutor do setor e
promova políticas de banda larga. Elogiou até mesmo a iniciativa do governo de
recuperar, por meio da Telebrás, seus ativos de telecomunicações.
"Não vejo motivo para criticar uma ação política de governo. Não é por ser
concessionário que digo isso. Na minha visão, pelo menos, o governo tem uma
enorme plataforma não integrada, pouco acessível geograficamente ao mercado, e
maximizar o uso dessas plataformas, não vejo por que não fazer. Se estivesse no
governo, eu faria o mesmo. Ter uma idéia de integrar os backbones das estatais,
utilizando a infraestrutura do Estado, não vejo porque combater isso", disse.
Mas, segundo ele, "chegar (com essa rede) na lista de cidade onde estamos (as
teles) prestando o serviço, vai uma distância enlouquecedora". Isso deveria ser
tratado de maneira diferente", disse. "Nós devemos apoiar o governo na
otimização de suas plataformas para ampliar a oferta dos serviços, inclusive com
redução de impostos, para chegar a quem precisa. E temos que falar da TV por
assinatura, que tem metade da penetração da banda larga, e ninguém fala nada",
provocou.
Samuel Possebon
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Fonte: Teletime
[28/10/10]
Claro pede maior participação da mobilidade no PNBL
Rodolfo Tourinho, diretor de regulamentação da Claro, enfatizou durante a sua
palestra na Futurecom a importância de se incentivar o acesso móvel como parte
do Plano Nacional de Banda Larga. Segundo o executivo, o governo hoje prevê que
apenas uma parcela de 40 milhões de acessos banda larga buscados no plano são
móveis. "O que seria necessário é um equilíbrio entre políticas de governo e
investimentos das operadoras, com tratamento diferenciado para consumidores de
menor renda e para regiões mais pobres, reduzindo preços dos serviços,
equipamentos e tarifas para consumidores de baixa renda", disse. Esse modelo
proposto pela Claro é similar ao modelo previsto nos programas de eletrificação
rural e para comunidades de baixa renda, como o "Luz no Campo", do governo FHC,
ou o "Luz para Todos", do governo Lula. Segundo Tourinho, esses incentivos não
devem vir do orçamento, mas sim de fundos setoriais e deve ter benefícios
tributários para os consumidores. "Grande parte do crescimento brasileiro no
setor de telecomunicações móveis se deu na classe C. A banda larga popular terá
que passar pelo acesso móvel, mais do que se pretende no Plano Nacional de Banda
Larga". Ele destaca que um primeiro ponto de reflexão política é a utilização do
Fust. "O papel do Fust no PNBL é tímido ao desonerar apenas pequenas
prestadoras". Outro ponto, segundo a Claro, é o Fistel. "São R$ 2 bilhões pagos
pelas operadoras móveis. A incidência unitária inviabiliza a banda larga. O
Fistel tem que mudar para ajudar a universalização. Isso tem efeito direto sobre
o pré-pago", disse o executivo.
Samuel Possebon
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Fonte: Teletime
[28/10/10]
Regulamentação do setor é insuficiente para fomentar concorrência,
diz Santanna
O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, voltou a defender iniciativas para
assegurar a expansão com qualidade dos serviços de telecomunicações,
especialmente a banda larga. Santanna abriu sua apresentação na Futurecom nesta
quinta-feira, 28, apresentando um panorama da oferta de banda larga no país,
destacando a baixa penetração do serviço nas Regiões Norte e Nordeste. Para o
presidente da estatal, o problema do baixo índice de consumo do serviço nessas
regiões não é falta de interesse ou de renda da população, mas sim de vontade
das próprias empresas em investir de fato na diversificação de seu mercado
primário de telecomunicações.
"O Nordeste cresce a taxas chinesas há 10 anos e consomem o quê vocês colocarem
lá pra vender", afirmou Santanna, provocando a platéia. "Há um certo
desinteresse das operadoras locais de deixarem o mercado de voz, que é altamente
rentável, e ir para o mercado de banda larga. As empresas vêem assim: ‘Voz – um
mercado que ainda vamos perder, mas tomara que não seja agora’", ironizou mais
adiante. Na visão de Santanna, a falta de interesse em investir na expansão do
mercado de dados – que pode "canibalizar" o mercado de voz com serviços como o
VoIP – é o real problema da ausência de massificação da banda larga, ao
contrário do que dizem as empresas.
As teles reclamam reiteradamente da alta carga tributária que incide sobre o
setor, apontando este como o principal obstáculo para a expansão do serviço. No
entanto, iniciativas locais de desoneração da banda larga não surtiram o efeito
esperado na oferta do serviço a preços acessíveis à população, conforme lembrou
Santanna. "O Confaz retirou o ICMS sobre as conexões novas de banda larga em São
Paulo. E o que aconteceu? A banda larga foi implantada quando se tirou o
imposto? Acho que não", provocou.
Concorrência
Para Santanna, o ponto estratégico do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) vai
além da implantação pragmática de uma nova rede de telecomunicações que poderá
massificar a oferta da Internet em alta velocidade. A questão é o fomento à
concorrência, mesmo que isso ocorra sem a necessidade de uma disputa franca
entre a estatal e as empresas privadas. O primeiro ponto relevante do projeto é
a atualização da regulamentação, considerada defasada para a equipe que cuida do
PNBL.
Santanna ressaltou várias vezes que as regras em vigor no setor servem quase
como um mecanismo de combate à concorrência plena. "Nós estamos vendo a
regulação protegendo o setor da concorrência e da inovação", afirmou o
presidente da Telebrás. "O Plano Nacional de Banda Larga não despreza a
regulação. Ele entende apenas que ela é insuficiente e, em alguns casos, protege
o setor da concorrência", reforçou em seguida.
Santanna insistiu que o melhor caminho para o fortalecimento das
telecomunicações e massificação da oferta de serviços continua sendo o aumento
da competição. E a Telebrás, mesmo sem operar efetivamente ainda, já estaria
mexendo com os ânimos do setor e fazendo com que as empresas iniciem uma
concorrência na banda larga.
"Japonesinho"
O presidente da Telebrás contou uma história para ilustrar sua teoria de
influência positiva da estatal no mercado. Quando Santanna ainda presidia a
Companhia de Processamento de Dados de Porto Alegre (Procempa), um representante
Fujitsu entrou em contato querendo oferecer equipamentos à estatal. Na época, a
fornecedora da empresa era a IBM e Santanna explicou que seria difícil mudar de
empresa pelas regras contratuais vigentes.
O "japonesinho da Fujitsu", nas palavras de Santanna, insistiu em um encontro
dizendo: "Me receba que eu garanto que seu preço vai cair". Santanna topou e
agendou o encontro para momentos antes de uma audiência com a equipe da IBM.
Assim, os executivos da IBM cruzaram com os da Fujitsu no hall da Procempa.
"E não é que o preço caiu?!", brincou Santanna arrancando risos da platéia.
"Nunca consegui comprar nada do japonesinho, mas o preço da IBM caiu". E emendou
logo em seguida: "A Telebrás é para o mercado de telecomunicações esse
japonesinho aí. Ainda não vendemos nada, mas já mexemos no mercado". Pelos risos
que se seguiram, a platéia parece concordar com a constatação de Santanna.
Mariana Mazza
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Fonte: Teletime
[28/10/10]
Oi leva fibra às 40 principais cidades do Brasil
A Oi fez um mapeamento das 40 principais cidades da região 1 e de 2 para ampliar
as velocidades da sua oferta de banda larga, através de uma rede de fibra. De
acordo com Alex Zornig, diretor financeiro e de relações com investidores, as
velocidades serão de 4 a 100 Mbps, entretanto, não estarão disponíveis na cidade
toda. A empresa mapeou "manchas" de onde está a demanda pela alta velocidade em
cada uma dessas cidades. As próximas cidades a serem "fibradas" serão Londrina e
Ponta Grossa, no Paraná.
O modelo de negócio aplicado no projeto é conhecido como pay as you grow. Ou
seja, os fornecedores fazem o investimento em fibra, e recebem por ele na medida
em que a Oi vai obtendo receita com o serviço.
Paralelamente a este projeto, a Oi também investe em disponibilizar a banda
larga em todos os municípios da sua área a partir de janeiro do ano que vem.
Helton Posseti
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Fonte: Teletime
[27/10/10]
"Piloto" do PNBL, projeto da Copel consolida oferta no Paraná
Uma iniciativa em curso no Paraná tem provado que há interessados em oferecer
banda larga no modelo proposto pelo governo federal via Plano Nacional de Banda
Larga (PNBL). O estado é o primeiro a ter um plano estadual de oferta de
Internet em alta velocidade que prevê a atuação da estatal de energia na oferta
de rede em parceria com provedores e prefeituras. E, de acordo com Orlando César
de Oliveira, diretor comercial da Copel, a iniciativa está dando certo.
Oliveira apresentou nesta quarta-feira, 27, na Futurecom, os primeiros
resultados da oferta de banda larga pactuada dentro do programa estadual. E, em
apenas um mês de operação concreta, a subsidiária de telecomunicações da
concessionária de energia elétrica, a Copel Telecom, já fechou mais de 50
contratos com provedores para oferecer banda larga em diversos municípios
paranaenses.
Cada provedor tem potencial de atender, em média, 1,5 mil clientes no Paraná.
Assim, os contratos já assinados representam um potencial de cobertura no varejo
de 75 mil consumidores.
O diretor da Copel contou que existem empresários aceitando até mesmo assumir as
penas de uma rescisão contratual com as concessionárias de telefonia para poder
se associar à empresa de energia no programa de banda larga. "Tem gente pagando
multa", afirmou. O sucesso do projeto está no preço que tem sido cobrado pelo
acesso à rede: R$ 230/Mbps de capacidade no atacado.
PNBL
O valor é o mesmo que a Telebrás pretende cobrar pela sua oferta de rede, quando
começar a operacionalizar o PNBL. Mas não é só neste aspecto que o plano
paranaense tem similaridades com o plano federal, tornando a iniciativa da Copel
quase que um "projeto-piloto" do que o PNBL pretende materializar. O decreto
editado pelo governo do Paraná em agosto deste ano prevê que a oferta de varejo
não ultrapasse o valor de R$ 30 por uma velocidade de 512 kbps, mesmo parâmetro
que o governo federal pretende usar no PNBL. No caso do Paraná, há uma segunda
oferta prevista, de 256 kbps, por R$ 15.
A regra para a oferta nos preços citados acima é que cada provedor assegure que,
ao menos, 15% da capacidade comprada sejam direcionadas para a oferta dos planos
de 256 kbps nos moldes do decreto e outros 15% mínimos sigam para os pacotes de
512 kbps. A lógica do projeto conduzido pela Copel é que a empresa estatal
forneça a rede e o suporte à oferta da banda larga a qualquer empresa de Serviço
de Comunicação Multimídia (SCM) interessada no negócio e para prefeituras. No
caso das prefeituras, a regra é que a banda larga viabilizada dentro do plano
seja oferecida gratuitamente à população nas áreas de responsabilidade dos
governos locais.
Sem ganância
No momento, a estatal já possui rede de fibra óptica pronta para o atendimento
das demandas em 230 cidades do estado e a meta é chegar a todas as 399
localidades paranaenses em três anos. Mesmo sem uma cobertura plena de fibra e
com o projeto ainda no início, Oliveira assegura que o negócio já é rentável
para a companhia. E que o preço de comercialização de R$ 230/Mbps cobre com
tranquilidade os custos da operação e ainda gera lucro para a empresa.
"Temos um lucro líquido na casa dos 15%", afirmou o diretor sobre as contas da
Copel Telecom em 2010. A perspectiva é que a companhia feche o ano com uma
receita de R$ 190 milhões, valor acima do realizado pela área de distribuição do
grupo energético. Em sua apresentação, Oliveira questionou o alto custo das
conexões promovidas pelas concessionárias de telefonia em outras áreas do país.
O executivo citou o exemplo de Manaus, onde a oferta de capacidade de rede não
sai por menos do que R$ 34 mil/megabit. "Isso é ganância. E do pior tipo:
ganância em cima de pobre. É a exploração da miséria", protestou.
Para Oliveira, as empresas têm que ter "um pouco mais de fraternidade" e começar
a ver o mundo com uma nova perspectiva para que a inclusão digital realmente
seja promovida. "A mudança só ocorre com novos valores ou novos atores. E isso
está acontecendo no estado do Paraná. São novos valores que estão sendo
aplicados", afirmou. "A comunicação é uma necessidade básica do ser humano e não
um luxo como vem sendo tratada por algumas empresas de telecomunicações."
Mariana Mazza
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Fonte: Tele.Síntese
[21/10/10]
Queixas contra preferência por produto nacional e sugestões técnicas são os
destaques das consultas da Telebrás que recebem quase 700 contribuições
As consultas públicas dos termos de referências para contratação de solução de
rede IP e de enlace de rádios digitais para comporem a rede pública do Programa
Nacional de Banda Larga, gerido pela Telebrás, receberam quase 700
contribuições. A maioria delas versava sobre especificações técnicas, mas muitas
reclamavam da preferência a produtos de tecnologia nacional ou produzidos no
país de acordo com PPB (Processo Produtivo Básico) específico. Outras, ao
contrário, pedem priorização a equipamentos com tecnologia desenvolvida por
empresas brasileiras.
As multinacionais que não possuem unidades de produção no país ressaltam que a
preferência por produto nacional atenta contra a livre concorrência do mercado e
prejudica a isonomia entre os licitantes. “O cenário atual de telecomunicações
do país ainda é deficitário, caracterizado pela baixa oferta de infraestrutura,
por preços elevados e, principalmente, pela baixa concorrência”, argumenta uma
delas. Outra alerta para o perigo da aplicação da MP495/2010, que regulamenta o
poder de compra, ainda se encontra sujeita a modificações e aprovação pelo
Congresso Nacional, antes de estabelecer-se como regra de longo prazo, e já
conta com mais de 30 emendas em trâmite.
Outra empresa estrangeira sugere que a verificação quanto a certificação
relativa ao PPB, previsto para ocorrer após a fase de lances do pregão e após a
promulgação do vencedor, seja estendida para um prazo de quatro meses, tempo
suficiente para que empresas que ainda não detenham produção e desenvolvimento
local para os equipamentos objeto da licitação se adaptem às exigências do
edital.
O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, disse que a proteção da indústria
nacional é praticada na maioria dos países e que a MP 495/2010 está em vigor e
dificilmente será alterada antes da realização dos pregões. Também rebateu outra
queixa apresentada nas duas consultas, de que a licitação seja de forma
integrada para evitar incompatibilidades de equipamentos. Santanna ressalta que
nessas duas licitações – da solução de rede IP e de rádios digitais – há
interoperabilidade nos produtos fabricados por diferentes empresas, permitindo a
compra por região ou lotes. Ele salienta que o mesmo não acontece com a
contratação de sistema completo de fibra óptica com tecnologia DWDM, que será
licitado em único lote.
Consórcios
Outras sugestões pedem a troca da modalidade de compra de pregão eletrônico para
pregão presencial. O argumento usado é de que o pregão eletrônico pressupõe a
existência de produtos altamente padronizados, em todas as camadas de rede, o
que não é o caso quando se trata de produtos da tecnologia mais recente e que
tem o poder de otimizar a construção da rede nos seus mais diversos aspectos.
“Ao engessar o perfil dos produtos e serviços para adequá-los ao pregão,
inibe-se a realização de um projeto mais abrangente, mais eficiente e
econômico”, disse uma das empresas.
As exigências para participação de consórcios no pregão também foram criticadas.
As empresas pedem mais flexibilização, como permitir a formalização do consórcio
após o certame. Outra empresa reclama que a exigência de que cada consorciada
deverá atender individualmente às exigências relativas à regularidade econômica
e financeira é contraditória em relação a finalidade de qualquer consórcio,” uma
vez que estes são estabelecidos com o objetivo de que, a somatória das
capacidades econômico financeiras das partes, possibilite atingir a capacidade
econômico financeira demandada pelo empreendimento”, sustenta.
Outra empresa sugere que o edital cite as resoluções ou normas da Anatel
relacionadas com cada uma das faixas de frequência previstas para operação de
equipamentos de rádio (5GHz a 7,5GHz, 8GHz a 11GHz e 18GHz a 23GHz). Há empresas
que reclamam do rigor das sanções previstas no termo e da dificuldade em montar
as planilhas de preços com alíquotas de ICMS diferentes cobradas pelos estados.
As sugestões ainda estão em análise na Telebrás. Os editais deverão ser lançados
nos próximos dias. Na próxima semana, dois pregões serão realizados: o de
contratação da infraestrutura de rede, na segunda-feira (25), e o para compra de
sistema completo de fibra óptica com tecnologia DWDM, marcado para a próxima
quarta-feira (27).
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Fonte: Teletime
[18/10/10]
Custo médio do Mbit/s no atacado caiu 30% em 2010 graças ao PNBL, diz WDC
Desde que a Telebrás anunciou o plano de oferecer no atacado link de Internet
para os provedores de acesso ao custo de R$ 230 por Mbit/s, a fim de cumprir a
meta de 3,045 mil municípios atendidos pelo Plano Nacional de Banda Larga (PNBL),
o custo médio do Mbit/s cobrado pelas grandes operadoras caiu, segundo o diretor
da WDC Networks, Vanderlei Rigatieri. Segundo o executivo, somente neste ano a
queda foi de 30%. Para ele, isso acontece pois as concessionárias já se preparam
para uma competição com a Telebrás. “No ano passado, o valor do Mbit/s era
superior a R$ 1 mil, hoje varia entre R$ 400 e R$ 600, dependendo da
localização, e vai cair ainda mais”, revela o executivo. “A Embratel,
Telefônica, Oi, enfim, as operadoras que detém os grandes backbones ópticos
neste país, sabem que os provedores terão de levar internet ao usuário final
pelo preço máximo de R$ 35 mensais, e pelo valor praticado ainda hoje no mercado
essa conta não fecha”, explica. Ele se refere a um dos principais pontos do PNBL,
que prevê mensalidades de R$ 15 a R$ 35 cobradas do usuário final pelo serviço
de internet.
No Brasil atualmente há aproximadamente 2 mil provedores de acesso, entre eles
as empresas de Serviço de Comunicação Multimídia (SCM). Segundo Rigatieri, cerca
de 750 são clientes ativos da WDC. Ele acredita que R$ 230 por Mbit/s no link
ainda não é o valor ideal para a viabilização da Internet em grande escala. “A
meu ver, R$ 200 seria o número mágico para a massificação do serviço e ainda
assim com algumas ofertas diferenciadas”, diz. Para o executivo, esse custo deve
variar de acordo com o ponto onde o provedor recebe o sinal da Telebrás. “Se um
provedor ‘buscar’ este sinal no ponto de presença (POP), o valor cobrado pode
cair para R$ 170 ou R$ 180. É uma possibilidade real, boa para ambos os lados”,
diz. A estatal prevê infraestrutura para atender 241 POPs que ligarão 3045
municípios, sendo 2.026 com distância de até 50 km do backbone óptico e 1.019
até 100 km.
Daniel Machado
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Fonte: Teletime
[15/10/10]
Telebrás reduzirá volume de ações no mercado
O Conselho de Administração da Telebrás aprovou nesta sexta-feira, 15, o início
de um processo que alterará o perfil da estatal na bolsa de valores. A empresa
irá remodelar o volume de ações que possui no mercado, agrupando-as em grupos de
10 mil. O anúncio ao mercado foi feito por meio de fato relevante divulgado na
tarde desta sexta, 15. O aglutinamento dos papéis ainda precisa do aval da
Assembléia de Acionistas para ser efetivamente realizado. O próximo encontro de
acionistas deve ocorrer até novembro deste ano. E, apesar de a medida só ter
sido anunciada formalmente hoje, a racionalização do volume de ações negociadas
na bolsa é um antigo pedido dos acionistas.
De acordo com o fato relevante, o reagrupamento das ações trará benefícios à
estatal com a redução dos custos de operação no mercado de valor. Para o
presidente da empresa, Rogério Santanna, há outras vantagens no processo. O
agrupamento em lotes de 10 mil ações fará com que os papéis da empresa passem a
ter um valor mais aderente ao praticado de forma geral na Bolsa de Valores de
São Paulo. Na prática, as ações ordinárias, que na tarde de hoje estão cotadas
em R$ 1,37, passarão a "valer" R$ 13,70 após a aglutinação. Já as ações
preferenciais, no momento com valor de R$ 1,13, passariam a ter valor de face de
R$ 11,30 após o processo de racionalização dos papéis.
A Telebrás é hoje uma das empresas com maior número de
ações em movimento na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), tendo mais de 1
trilhão de papéis em posse dos acionistas. Esse volume extremamente acima do
tradicional é resultado do Plano de Expansão promovido pelas subsidiárias da
Telebrás quando a oferta de telefones era feita pela estatal. Nos quase 30 anos
de controle estatal das telecomunicações, milhões de ações foram emitidas como
"contrapartida" para os assinantes que aceitavam financiar a expansão do sistema
por meio dos planos de expansão. Na prática, cada consumidor de uma linha
Telebrás era também um acionista da estatal. E, assim, o mercado ficou inchado
com milhões de acionistas da Telebrás. Muitos deles não sabem até hoje que ainda
possuem papéis da empresa.
A mudança no loteamento das ações também poderá trazer um benefício colateral
para esses inúmeros acionistas dispersos no mercado. A Bovespa estipula um
mínimo para a negociação de papéis no mercado, fixando o piso em 1 mil ações.
Por conta dessa regra, esses acionistas gerados pelo plano de expansão, que
várias vezes possuem uma única ação, não conseguiam vendê-la na bolsa. Com o
aglutinamento, será criada uma espécie de banca dos acionistas fracionários (que
não atingiram o novo lote de 10 mil ações). Essas ações serão sumariamente
vendidas, gerando um crédito para esses micro acionistas que poderá ser
recuperado nos bancos que hoje gerenciam as ações emitidas nos planos de
expansão: Itaú e Bradesco.
O reagrupamento das ações em lotes de 10 mil acontecerá tão logo a Assembléia de
Acionistas aprove o plano. A partir daí, será dado 45 dias para que os
acionistas façam suas opções de migração para os novos lotes ou negociem os
papéis que dispõem. À primeira vista, o mercado não reagiu bem ao anúncio da
estatal. O pregão da bolsa fechou com as ações ordinárias da empresa em queda de
8,1%. Já as preferenciais tiveram retração de 6,72%.
Mariana Mazza
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Fonte: Blog Capital
Digital
[15/10/10]
Telebrás mantém custeio em R$ 72 milhões e investimentos de R$ 600 milhões
O Conselho de Administração analisou e aprovou a proposta
de reprogramação do Programa de Dispêndios Globais – PDG para 2010, no montante
de R$ 72.687.194,00 (Setenta e dois milhões seiscentos e oitenta e sete mil,
cento e noventa e quatro reais) a título de Dispêndios Correntes e de R$ 600
milhões a título de Investimento, como crédito suplementar solicitado ao
Congresso para incorporação no capital da companhia.
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Fonte: Convergência
Digital
[15/10/10]
Omissão do Congresso faz Telebrás manter dispositivos da MP 495 em edital
- por Luís Osvaldo Grossmann
Embora mesmo fabricantes nacionais tenham demonstrado ressalvas ao uso da Medida
Provisória 495/2010, que dá preferência a tecnologias desenvolvida no Brasil, a
Telebrás manteve aquelas prerrogativas no edital referente aos equipamentos que
vão “iluminar” as fibras ópticas – fundamentais ao Plano Nacional de Banda
Larga.
A Telebrás, no entanto, tem o tempo a seu favor. O pregão dos equipamentos DWDM
está previsto para 27/10. Outros cinco pregões de diferentes bens e serviços –
camada IP, equipamentos de rádio-enlace, infraestrutura básica – também devem se
dar até meados do próximo mês. Como não há milagre que faça a MP ser
transformada em lei até lá, prevalece o texto do Executivo.
Assim, o pregão eletrônico marcado para daqui duas semanas
será inicialmente restrito aos bens e serviços com tecnologia desenvolvida no
país e produzidos de acordo com os critérios de processo produtivo básico. Essa
restrição pode ser adotada porque é exatamente um dos dispositivos da MP 495,
que altera a Lei de Licitações (8.666/93).
Sem surpresas, multinacionais interessadas se mostraram contrárias a essa
restrição, mas até fabricantes nacionais sustentaram ser temeroso definir um
pregão com base numa regra provisória – uma vez que a MP 495 ainda precisa ser
aprovada pelo Congresso Nacional.
E, de fato, deputados apresentaram 31 propostas de emendas à MP e algumas delas
teriam impacto direto nas regras do pregão como previsto pela estatal. A
primeira delas já tenta eliminar do texto a menção ao “desenvolvimento nacional”
como um dos focos dos leilões.
Há ainda emendas que proíbem qualquer restrição a participação de cooperativas –
item também presente nos editais da Telebrás – ou ainda que eliminam a
possibilidade de que produtos e serviços nacionais possam ser vencedores ainda
que apresentem preços até 25% superiores aos de firmas estrangeiras.
Outra emenda que, caso aprovada, poderia permitir questionamentos ao edital é a
que proíbe que um mesmo pregão seja utilizado por diferentes órgãos da
administração pública – também previsto no edital dos equipamentos DWDM, que foi
a tecnologia escolhida pela Telebrás para iluminar as fibras.
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Fonte: Insight - Origem:
Valor
[15/10/10]
Telebrás prevê fornecer banda larga ainda este ano
É improvável que o prazo venha a ser cumprido, mas ainda assim a Telebrás
garante que, até 31 de dezembro, cem cidades do país serão "iluminadas" por sua
rede de banda larga. O plano era ter iniciado a venda de "links" de internet
para provedores este mês, mas houve atraso no cronograma. Nas últimas semanas, a
Telebrás publicou uma série de consultas públicas e editais para compra de
equipamentos e infraestrutura. "Em licitação, há o risco do imponderável, como
questionamentos de concorrentes, mas trabalhamos para cumprir o prazo", diz
Rogério Santana, presidente da empresa.
A reativação da estatal - uma das decisões mais polêmicas
anunciadas pelo governo no ano passado - prevê que o Tesouro injete R$ 1,4
bilhão na Telebrás entre 2010 e 2011 e repita a dose no ano seguinte. Em 2009, o
governo aplicou R$ 200 milhões na Telebrás, sob a forma de adiantamento para
futuro aumento de capital. Atualmente, o caixa da empresa soma R$ 284 milhões,
dinheiro que será usado para acionar parte da rede de 30,5 mil km de fibras
ópticas que o governo quer ter até 2014.
Segundo Santana, um pedido de mais R$ 600 milhões deve ser aprovado até o fim do
ano. Da proposta orçamentária apresentada pelo governo para 2011, está previsto
o aporte de mais R$ 413 milhões. "A ideia é chegar a R$ 1 bilhão no ano que vem,
e se precisarmos de mais recursos, acionar o governo em mais R$ 400 milhões."
Nesta semana, parte dos funcionários da estatal mudou-se para o novo endereço da
empresa, em Brasília. O escritório antigo, de 600 m2, foi trocado por uma
estrutura quatro vezes maior. O quadro de funcionários também sofreu aumento
substancial. Até maio, eram só quatro empregados. Agora a previsão é chegar a
150 pessoas até o fim do ano. Para 2011, diz Santana, está prevista a realização
de concurso público para ampliar o quadro da Telebrás, que deverá chegar a 360
funcionários.
A reativação da Telebrás se apoia na tese de que as operadoras de telefonia
deixaram de lado a população que vive em regiões distantes dos grandes centros.
A fase inicial de implementação do programa prevê a oferta de conexão com
velocidade de 512 kilobits por segundo (kbps), ao preço de R$ 35 por mês. Entre
as cem primeiras cidades a serem atendidas, estão 15 capitais, além do Distrito
Federal. Hoje, existem pouco mais de 13 milhões de casas com acesso à internet
rápida no Brasil. A meta do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) é levar a rede
para mais 28 milhões de residências nos próximos quatro anos, com custo total
superior a R$ 10 bilhões."
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Fonte: Tele.Síntese
[14/10/10]
Telebrás mantém preferência por produto nacional em pregão
Edital do pregão divulgado hoje permite a participação de consórcios de empresas
e de fundações
A Telebrás manteve a preferência ao produto nacional no edital do pregão
eletrônico para compra de um sistema completo de telecomunicações por fibra
óptica com tecnologia DWDM, materiais e serviços necessários para o
funcionamento e operação dos equipamentos ópticos a serem utilizados na rede
nacional de telecomunicações, marcado para o próximo dia 27. Porém, retirou as
restrições à participação de consórcios de empresas e de fundações, acatando
sugestões apresentadas na consulta pública do termo de referência dessa
licitação.
O edital manteve a proibição da participação na licitação de empresas
estrangeiras que não funcionem no país, restrição criticada na consulta pública
pela Alcatel-Lucent, e de sociedades cooperativas. Para participação de
consórcios, exige uma indicação da empresa brasileira como representante das
demais.
As restrições de participação de empresas estrangeiras sem produção no Brasil
estão amparadas na Medida Provisória 495/2010. A norma estabelece que nas
contratações de sistemas estratégicos de Tecnologia de Informações e
Comunicações é permitida a restrição do certame a bens e serviços com tecnologia
desenvolvida no país e que sejam produzidos de acordo com o Processo Produtivo
Básico (PPB), definido na Lei nº 10.176/2001.
O edital do pregão pode ser consultado no site da Telebrás (www.telebras.com.br)
ou no portal de compras do governo (www.comprasnet.gov.br). No dia 25, será
realizado o primeiro pregão eletrônico da Telebrás para contratação de
infraestrutura de rede.
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Fonte: Convergência
Digital
[14/10/10]
Telebrás marca segundo pregão para o próximo dia 27
A Telebrás marcou para 27/10 o segundo pregão para compra
de equipamentos que farão funcionar a rede pública de fibras ópticas necessária
ao Plano Nacional de Banda Larga. Nesse caso trata-se do pregão eletrônico para
os equipamentos DWDM, a tecnologia escolhida para “iluminar” as fibras.
O aviso do pregão foi publicado nesta quinta-feira, 14/10, no Diário Oficial da
União e o edital está disponível no site Comprasnet, página de compras
eletrônicas do governo federal.
Os equipamentos deverão ser instalados, de maneira gradativa, em 241 pontos de
presença (POPs) até 2012, sendo 59 POPs no Anel Sudeste, 73 no Anel Nordeste, 32
no anel Sul e 77 na Rede Norte. Na primeira etapa do PNBL, os anéis Sudeste e
Nordeste são prioridade.
TELECOMUNICAÇÕES BRASILEIRAS S/A
AVISOS DE LICITAÇÃO
PREGÃO ELETRÔNICO
REGISTRO DE PREÇOS
A Telecomunicações Brasileiras S.A. - TELEBRÁS comunica aos interessados que
fará realizar licitação na modalidade de Pregão Eletrônico - SRP nº 03/2010-TB,
processo nº 039/2010, para Registro de Preços com o objetivo de futura aquisição
de solução de um sistema completo de telecomunicações por fibra óptica com
tecnologia DWDM, materiais e serviços necessários para o funcionamento e
operação dos equipamentos ópticos a serem utilizados na
rede nacional de telecomunicações, incluindo garantia e assistência técnica,
instalação, treinamento e operação inicial. Destaca-se que a solução será
implantada em diversos estados do país, para cumprir as disposições contidas nos
artigos 1º e 4º do Decreto nº 7.175, de 12 de
maio de 2010, que estabelece as diretrizes do Programa Nacional de Banda Larga -
PNBL, com abertura marcada para o dia 27/10/2010, às 10:00 horas, de acordo com
as condições e especificações constantes do Edital e seus Anexos. O edital
poderá ser consultado e obtido a partir do dia 14/10/2010 no sítio da
Telecomunicações Brasileiras S.A. - TELEBRÁS, www.telebras.com.br>editais,
Comprasnet - www.comprasnet.gov.br e no Setor Comercial Sul, Quadra 09 - Bloco
"A" - Torre "B" - Edifício Parque Cidade - Brasília - DF - CEP 70308-200.
Brasília, 13 de outubro de 2010
JOÃO BATISTA DE JESUS SANTANA
Pregoeiro
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Fonte: Teletime
[05/10/10]
MP 495, que prioriza tecnologia desenvolvida no Brasil, racha a Abinee
A Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (Abinee) não tem uma
posição oficial sobre o assunto que mais tem preocupado a indústria de telecom:
a MP 495, editada em julho e que altera as regras de contratação da Lei
8.666/93. A medida dá ao governo a possibilidade de realizar licitação restrita
a produtos e serviços produzidos e desenvolvidos no Brasil, o que poderá deixar
as multinacionais de fora das compras da Telebrás, um mercado de R$ 6 bilhões
até 2016.
O não posicionamento da entidade em um assunto tão importante se explica pelo
fato de que dentre as associadas estão as companhias nacionais, reunidas em
torno do Grupo de Empresas Nacionais de Tecnologia, o Gente. Houve uma reunião
há menos de duas semanas com representantes do grupo Gente, que é formado por
Padtec, CPqD, Trópico, AsGa, Icatel, Gigacom, Datacom, Digitel e Parks, e o
grupo de telecomunicações da Abinee. Nessa reunião, as companhias nacionais não
abriram mão da defesa da MP.
A ideia da Abinee, que também representa empresas multinacioniais do setor
eletro-eletrônico, inclusive de telecomunicações, era tentar barrar a MP no
Congresso, já que até novembro ela precisa ser votada. Mas como a associação só
age quando há consenso, a posição contrária das associadas do Gente paralisa a
Abinee. Em entrevista à revista TELETIME de setembro, Aluizio Byrro, chairman da
Nokia Siemens e vice-presidente da Abinee, comentou os impactos da MP 495/2010
para o setor de telecomunicações. A íntegra da entrevista está disponível na
homepage do site TELETIME.
Helton Posseti
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Fonte: Convergência
Digital
[05/10/10]
Telebrás: Fabricantes nacionais querem mudanças na preferência à tecnologia
brasileira - por Luís Osvaldo Grossmann
A preferência a produtos com tecnologia desenvolvida no Brasil, incluída em
todas as propostas de edital da Telebrás relacionadas à infraestrutura
necessária ao Plano Nacional de Banda Larga, causa dúvida mesmo em fabricantes
brasileiros.
Nas contribuições apresentadas ao termo de referência dos equipamentos DWDM (do
inglês Dense Wavelength Division Multiplexing), tecnologia escolhida para
“iluminar” as fibras ópticas, ficou claro o receio em basear essa preferência na
Medida Provisória 495/2010, justamente porque ela pode ser alterada no Congresso
Nacional.
“Não deve um processo licitatório de tão grande monta estar regulado por
legislação provisória que a qualquer momento poderá ser rejeitada ou alterada.
As normas que regem uma licitação não são passíveis de alteração no decorrer do
processo, como ficará então o processo licitatório no caso de rejeição ou
alteração do teor da Medida?”, diz uma das contribuições.
Outras foram apresentadas no mesmo sentido, mesmo por empresas brasileiras como
a Padtec ou o CPqD. “A aplicação da MP 495 ainda se encontra sujeita a
modificações e aprovação pelo Congresso Nacional, antes de estabelecer-se como
regra de longo prazo”, diz outra sugestão. A MP 495 permite a preferência a
produtos e serviços nacionais.
Não causa surpresa que multinacionais como a Alcatel-Lucent ou a Huwaei tenham
também apresentado suas restrições à regra proposta. Ambas gostariam de ver a
regra de preferência excluída do edital.
A Alcatel chega a sugerir que a preferência levará a Telebrás a adquirir
equipamentos “obsoletos”. “A realidade da tecnologia brasileira, no momento,
afasta a possibilidade do Programa Nacional de Banda Larga contar com o que há
de mais moderno no mercado internacional em termos de estado da arte em
equipamentos ópticos.”
Isso não significa que os fabricantes nacionais sejam contrários à preferência
aos produtos com tecnologia desenvolvida no país. Mas sugerem que a estatal
baseie essa preferência nas regras do Processo Produtivo Básico.
“Ao dar exclusividade de participação aos produtos produzidos de acordo com o
Processo Produtivo Básico, haverá o incentivo a indústria nacional e abertura de
novos postos de trabalho, bem como ocorrerá a necessária transferência
tecnológica”, indica outra contribuição ao termo de referência.
A proposta de edital dos equipamentos DWDM atraiu mais de 100 contribuições,
especialmente sobre questões técnicas. Mas há sugestões para que a Telebrás
divida em lotes distintos a compra de equipamentos para os anéis Sudeste,
Nordeste, Sul e para a Rede Norte.
Também há a defesa da participação de consórcios – a princípio permitidas nos
demais editais da Telebrás, para a camada IP e os equipamentos de rádio enlace.
Outra sugestão defende que todos os softwares empregados na construção da rede
sejam de código aberto.
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Fonte: Insight - Origem :
Folha
[05/10/10]
Telebrás pede licença SCM para vender internet
Autorização da Anatel é a única pendência para que estatal seja operadora do
Plano Nacional de Banda Larga
Empresa vai vender conexão do governo a provedores; 400 já pediram compra, para
primeira fase do plano
A Telebrás encaminhou ontem para a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)
o pedido de licença de comunicação multimídia, autorização necessária para que a
estatal comercialize internet banda larga para os provedores.
Segundo Rogério Santanna, presidente da empresa, a agência deve demorar até dois
meses para dar a autorização, última pendência para que a Telebrás seja a
operadora do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga).
Antes da privatização do setor, em 1998, a Telebrás era uma holding controlada
pelo Estado e tinha participações em empresas de telecomunicações. Com o PNBL, a
estatal precisa da licença porque passará a atuar no mercado, vendendo conexão
com preços mais baixos a provedores associados, estimulando a competição no
setor.
Para o primeiro momento, que compreende a conexão de cem cidades nos eixos
Nordeste e Sudeste, a Telebrás recebeu o pedido de mais de 400 provedores
interessados em comprar a conexão do governo, entre pequenas e grandes empresas.
A estatal quer deixar a rede pronta para funcionar em dezembro, mas não descarta
imprevistos, como problemas no final da licitação de equipamentos e softwares.
"Em editais de grande volume de dinheiro, é muito pouco provável que não haja
reclamação, modificação. É bastante provável que ocorra algum evento desse
tipo", disse Santanna. Segundo ele, de 70% a 90% dos equipamentos contratados
serão desenvolvidos no país.
Brasília será, provavelmente, a primeira cidade a vender a banda larga do
governo, já que abriga a sede da Telebrás. As demais conexões vão avançar a
partir desse ponto. Tocantins e São Paulo deverão ser os próximos contemplados.
PEQUENOS PROVEDORES
Os pequenos provedores deverão ter papel importante nas cidades mais afastadas,
onde o serviço de banda larga não é tão rentável e onde não há competição entre
empresas. Santanna considera, inclusive, transformar lan houses de cidades
remotas e com baixa demanda em espécie de microprovedores.
A Telebrás também tem seu cronograma de crescimento. Com pouco mais de 40
funcionários -entre eles, 38 de carreira que estavam cedidos à Anatel-, a
empresa quer recuperar, no próximo ano, 220 empregados cedidos e contratar mais
140.
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Fonte: Teletime
[04/10/10]
Preferência por tecnologia nacional privará Telebrás de tecnologia de ponta,
dizem fabricantes
A maior parte das contribuições que a consulta pública da Telebrás para a
contratação de soluções baseadas em DWDM recebeu diz respeito à aplicação da MP
495, no que se refere à preferência que o governo pode dar para aquisição de
equipamentos e serviços produzidos e desenvolvidos no Brasil para projetos de
caráter estratégicos, como é o caso do PNBL.
Os argumentos evocam desde supostos impedimentos legais como a infração de
princípios contitucionais até questões de ordem técnica. Na contribuição da
Alcatel-Lucent, assinada pelo diretor Wagner Ferreira, a companhia afirma que ao
limitar a compra a equipamentos desenvolvidos e produzidos no Brasil, o governo
está se privando de adqurir o que existe de mais moderno área. "A Alcatel-Lucent
S.A. acredita que há soluções tecnológicas mais atualizadas do que aquelas
especificadas na Consulta, o que permitiria que a Administração Pública pudesse
ter acesso à tecnologia óptica de ponta. Nesse sentido, não há como ignorar o
fato de que a exigência de que a tecnologia licitada seja inteiramente produzida
no Brasil impede o acesso aos produtos mais avançados", diz a companhia.
Uma outra contribuição, assinada por Marcio Melo, afirma que a licitação, ao
adotar as regras da MP 495, fere os princípios da impessoalidade e igualdade. "A
adoção das regras da Medida Provisória levam à distorção do princípio que
norteia as licitações, quais sejam, impessoalidade, igualdade e a busca pela
melhor proposta. Além de cercear a liberdade e impessoalidade da escolha haverá
também uma limitação à possibilidade de contratação da melhor tecnologia, fato
muito relevante na aquisição de bens duráveis".
O caráter transitório da Medida Provisória também foi questionado por alguns
daqueles que contribuíram à consulta pública. Para eles, um grande processo
licitatório como este não poderia estar baseado em uma MP, que pode ser alterada
pelo Congresso Nacional.
Patentes
Segundo uma outra contribuição seria "complexo" exigir a compra de equipamentos
DWDM desenvolvidos no País, uma vez que o Brasil possui apenas 0,025% das
patentes registradas da tecnologia. "Torna-se complexo referir-se aqui ao
conceito de ‘tecnologia desenvolvida no Brasil’ particularmente no âmbito das
regras do comérico internacional". Uma alternativa apresentada seria a criação
de benefícios adicionais aos fabricantes que possuem PPB e o chamado
"desenvolvimento nacional", sem que os demais, entretanto, fossem excluídos do
certame.
Múltiplos fornecedores
Além da aplicação da MP 495, a contratação de um único fornecedor também recebeu
diversas contribuições. "Entendemos ser vantajosa a implantação do conceito 'second
source' na rede DWDM, para que a Telebrás não fique refém de um único fabricante
em um projeto de dimensões nacionais. As contratações poderiam ser feitas por
anel ótico ou outro conceito geográfico ou operacional, o que igualmente
agilizaria a implantação, fornecendo à Telebrás parâmetros reais de comparação
entre diferentes soluções existentes no mercado, assim como elementos de
planejamento estratégico para a evolução de sua rede", diz uma contribuição
assinada por André Pessini.
Helton Posseti
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Fonte: Teletime
[26/10/10]
Telefônica defende debate sobre neutralidade para evitar
desequilíbrios
A discussão sobre neutralidade de rede ganhou fôlego durante a Futurecom 2010,
que acontece esta semana em São Paulo. Trazido à tona pelo presidente da
Telefônica no Brasil, Antônio Valente, o assunto já mostra algum grau de
divergência dentro das operadoras.
Valente mencionou a importância de que se coloque este debate durante sua
palestra na abertura do evento. Mais tarde, em coletiva, detalhou sua visão: "há
um descasamento sobre o crescimento de tráfego e o crescimento das receitas. É
preciso rediscutir os modelos para que a prestação dos serviços se dê de forma
equilibrada, mas não teríamos, nesse momento, nenhuma sugestão regulatória a
colocar", disse, ao ser indagado se a Telefônica desejaria que, do ponto de
vista regulatório, houvesse o sinal verde para práticas comerciais não neutras.
Durante sua apresentação, Valente usou a analogia das estradas, lembrando que
caminhões mais pesados pagam mais para trafegar.
Para os fornecedores que participaram do debate de abertura, as operadoras
precisam ficar atentas aos perfis de tráfego. "Essa é uma questão importante,
temos que passar a oferecer serviços com QoS, alocando tarifas diferenciadas a
usuários diferenciados. Quem usa mais a rede pode pagar mais, respeitando as
regras de neutralidade. Não é dar qualidade diferente, mas uma qualidade mínima
e estabelecer padrões diferentes", explicou Aluizio Byrro, chaiman da Nokia
Siemens Networks no Brasil.
Mas a GVT, por exemplo, mostrou uma visão diferente sobre o tema. "Não concordo
que o usuário pague mais por mais uso. O usuário está pagando por velocidade. O
que acontece é que tem operadora que cobra por 10 Mbps e faz traffic shapping.
Se o assinante pagou por 10 Mbps, ele quer usar essa velocidade. Essa é a
posição da GVT. Cobrar diferente por velocidades diferentes, não por volume",
disse Amos Genish, presidente da empresa. Hoje, a GVT não estabelece em contrato
limites de uso a seus assinantes.
Da Redação
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Fonte: Teletime
[26/10/10]
Modelo de negócios na banda larga terá que mudar para suportar
demanda, alertam executivos
As empresas de telecomunicações se vêem em um momento delicado de reflexão sobre
o promissor mercado de banda larga. A primeira mesa de debates da Futurecom
2010, que começou nesta terça, 26, em São Paulo, focou-se no desafio de
equacionar os investimentos necessários para a expansão da rede de banda larga
com um modelo de comercialização que seja eficiente e, ainda assim, benéfico
para os consumidores.
A tese mais defendida é que o sistema de venda de acesso ilimitado por um preço
único tem que ser abandonado, sobretudo na banda larga móvel, como forma de
dinamizar o crescimento do setor no ramo da banda larga. A lógica defendida no
momento é que as empresas gradualmente migrem os planos para uma oferta por
demanda, onde o cliente pagará pelo que usar de fato. Recentemente, a TIM aderiu
plenamente este novo modelo.
O presidente da operadora, Luca Luciani, reforçou a necessidade de que mais
empresas adotem esse novo sistema, que seria mais saudável para o mercado de
banda larga. "As empresas sabem o que tem que fazer: tem que acabar com a oferta
ilimitada", afirmou o executivo.
Para o presidente da Telefônica, Antônio Carlos Valente, um dos grandes
obstáculos ainda é a falta de espectro. Além de demandar mais faixas de
radiofrequência para que as operadoras móveis continuem expandindo a oferta de
Internet, Valente pede que seja proporcionado um uso mais eficiente do espectro
radioelétrico já alocado. Mas o executivo também concorda que o "valor único"
pela banda larga pode não ser mais tão vantajoso para o setor e precisa ser
"repensado".
Para Eduardo Ricotta Torres, vice-presidente da Ericsson, o sistema de cobrança
flat é muito interessante no estabelecimento dos mercados, "mas com o passar do
tempo, não é sustentável". "Tem que funcionar igual a conta de água, que é
individualizada. No fim, no modelo de oferta ilimitada, a conta não fecha nem
para o consumidor, nem para as empresas", analisou.
Mas a mudança do modelo comercial é apenas uma parte da equação. A outra é a
necessidade de expansão agressiva das redes de telecomunicação. "O que foi
suficiente no passado recente, não será suficiente no futuro. Não é suficiente
nem hoje, frente à atual demanda de vídeo", analisou Amos Genish, presidente da
GVT. Para o executivo, o alto custo das redes ainda é um obstáculo, mas há
ganhos com a eficiência tecnológica e, especialmente, pela oferta convergente de
serviços usando uma mesma infraestrutura.
Mariana Mazza
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Fonte: Teletime
[15/10/10]
Demi Getschko e Carlos Afonso agora são conselheiros da Telebrás
A reunião do Conselho de Administração da Telebrás, realizada nesta sexta-feira,
15, formalizou a nomeação de mais três conselheiros. Os dois escolhidos para as
novas vagas de "conselheiros independentes" são nomes conhecidos no setor de
Tecnologia da Informação (TI). Trata-se de Demi Getschko, presidente do Núcleo
de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br); e de Carlos Afonso, diretor da
Rede de Informações para o Terceiro Setor (RITS).
Ambos colaboraram com a construção do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL),
projeto do governo de massificação da Internet em alta velocidade, que tem como
pilar a revitalização da Telebrás. Além da nomeação dos dois novos conselheiros,
também foi confirmada a indicação do Procurador-Geral Federal, Marcelo Siqueira,
para a vaga do Ministério do Planejamento no grupo de administração da Telebrás.
Com isso, o conselho passa a funcionar com todas as vagas preenchidas.
As nomeações de hoje ainda precisam ser aprovadas pela Assembléia de Acionistas.
Mas, assim como ocorreu com a nova diretoria da estatal, a assembléia apenas
referendará as escolhas anunciadas nesta sexta.
Mariana Mazza
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Fonte: Teletime
[01/10/10]
Telebrás coloca em consulta proposta de construção de backhaul
A Telebrás colocou em consulta pública nesta sexta-feira, 1º, seu quarto Termo
de Referência para a contratação futura de equipamentos que permitirão à estatal
voltar a operar serviços de telecomunicações. O documento divulgado hoje tem as
diretrizes para a compra de equipamentos para a composição do backhaul público
do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Ou seja, é por meio deste futuro edital
que a Telebrás poderá, de fato, atender os municípios próximos ao backbone
estatal, composto pelas fibras ópticas das grandes empresas do setor elétrico.
Basicamente, o termo indica a contratação de "enlaces de rádios digitais
compostos de equipamento de radiocomunicação, sistema irradiante, torres,
postes, sistemas de gerência, serviços de instalação" para a nova rede. Com
esses componentes, a Telebrás constituirá um backhaul via rádio, permitindo o
atendimento com banda larga dos municípios distantes até 100 km do backbone da
empresa.
A proposta de fazer um backhaul via rádio é coerente com a definição dada a esta
parte da rede pela estatal nos Termos de Referência publicados ontem para
consulta, no qual a empresa estabelece as diretrizes para a contratação de
equipamentos que comporão a rede IP do PNBL. Nos documentos de quinta, o
conceito técnico estabelecido para o backhaul é que ele "poderá ser de dois
tipos: rádio enlace, usando rádios ponto-a-ponto de alta velocidade, ou óptica
em anéis metropolitanos para atendimento de grandes cidades e capitais".
Assim, o termo divulgado nesta sexta atende a primeira opção de construção da
rede de banda larga. A projeção feita pela estatal é que esta rede sem fio cubra
3,045 mil municípios brasileiros, localizados a distâncias de até 50 km ou até
100 km do backbone. A maior cobertura prevista é para o Anel Nordeste, onde
calcula-se que 1,285 mil municípios possam ser atendidos por meio dos
rádio-enlaces da nova rede. No Anel Sudeste, está projetada a cobertura de 989
municípios, enquanto no Anel Sul há a perspectiva de atendimento de 547
municípios. A menor cobertura é a do Anel Norte, onde o backbone da estatal
ainda não cobre toda a região. Lá, a projeção é de que o backhaul atinja 224
municípios. Além dos estados da Região Norte, o Anel Norte também cobre parte do
Centro-Oeste.
O Termo de Referência ficará aberto para consulta e contribuições dos
fornecedores interessados em participar do processo de licitação até o dia 15 de
outubro. O documento pode ser acessado pela página oficial da Telebrás
(www.telebras.com.br). Após o término da consulta, a estatal deve publicar
formalmente o edital da concorrência, que se dará pela modalidade "Tomada de
Preço", permitindo a aquisição de equipamentos da empresa ou consórcio vencedor
pelos próximos dois anos.
Mariana Mazza
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Fonte: Teletime
[30/09/10]
Telebrás estabelece conceito técnico do backhaul
A Telebrás divulgou nesta quinta-feira, 30, três termos de referência que
balizarão a compra dos equipamentos para a construção da rede pública de
telecomunicações do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Uma grande inovação
presente nos termos é o estabelecimento de uma definição técnica para o
backhaul. Desde que o termo surgiu na regulamentação do setor de
telecomunicações brasileiro, com o decreto presidencial de 2008 que incluiu a
expansão dessa rede como meta de universalização, as autoridades do setor jamais
fixaram um parâmetro mínino sobre quais equipamentos compõem o famoso backhaul.
A Telebrás, então, fez sua interpretação do que pretende comprar para construir
essa infraestrutura. Pela definição da estatal, o backhaul "realiza a
distribuição da capacidade de trânsito de dados aos municípios vizinhos ao
backbone" e "poderá ser de dois tipos: rádio enlace, usando rádios ponto-a-ponto
de alta velocidade, ou óptica em anéis metropolitanos para atendimento a grandes
cidades e capitais".
O conceito técnico estabelecido pela estatal, como se pode notar, não discrimina
claramente qual será o parâmetro para que se considere um link "de alta
velocidade". Ainda assim, a descrição é um avanço em comparação com a definição
pré-estabelecida no decreto nº 6.424/2008, onde o backhaul é descrito apenas
como a "infraestrutura de rede de suporte do STFC para conexão em banda larga,
interligando as redes de acesso ao backbone da operadora".
Mariana Mazza
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Fonte: Teletime
[30/09/10]
Com foco na segurança nacional, Telebrás quer acesso aos
códigos-fontes
O início, nesta quinta-feira, 30, da consulta pública dos termos de referência
que orientarão os futuros editais de compra da Telebrás confirmou a predileção
da estatal em contratar equipamentos que usem códigos abertos. Uma evidência
está no estabelecimento de que a Telebrás poderá exigir a abertura do
código-fonte dos softwares usados pelas fornecedoras. De acordo com o texto, a
regra só será aplicada "em casos excepcionais" para garantir o sigilo das
comunicações e a segurança nacional. Mas ainda assim, a medida tem potencial
para gerar muita polêmica entre os grandes fabricantes que usam softwares
proprietários e, por isso, costumam tratar com absoluto sigilo esse tipo de
dado.
Em contrapartida, o material divulgado hoje sugere que a Telebrás está disposta
a assinar um Termo de Sigilo com a contratada. O documento é um dos anexos
listados no material em consulta, embora a estatal ainda não tenha divulgado o
texto do termo, informando que o ele está em fase de "construção". Além disso,
já existe entre as obrigações da contratante uma cláusula onde a Telebrás se
compromete a "respeitar os direitos de propriedade intelectual relativo ao uso,
proteção e segurança dos programas, notificando a contratada de eventuais
violações".
A declaração de respeito à propriedade intelectual pode ser considerada uma
praxe nos editais de contratação de serviços que envolvam o uso de software.
Ainda assim, é uma garantia expressa de que o eventual acesso ao código-fonte se
dará dentro dos limites legais. Também seguindo a filosofia de outros editais na
área, a Telebrás fixou que a futura contratada deverá privilegiar o uso de
solução com "algoritmos de criptografia não proprietários" no core da rede,
mostrando predileção por sistemas de softwares livre (códigos abertos).
Mariana Mazza
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Fonte: Teletime
[30/09/10]
Telebrás divulga termos de referência para montagem da rede IP
A Telebrás iniciou nesta quinta-feira, 30, processo de consulta pública de três
Termos de Referência que servirão como base para o processo de compra dos
equipamentos para a montagem da rede IP da estatal. Os documentos dão início
oficialmente ao mais aguardado processo de compras desde que o governo federal
resolveu revitalizar a estatal e dar início ao Plano Nacional de Banda Larga
(PNBL). Os três processos de compra - que serão realizados pela modalidade
"Tomada de Preço" - são essenciais para que a Telebrás possa cumprir sua
primeira meta dentro da nova política pública de telecomunicações: conectar 100
cidades com a rede estatal de banda larga.
O processo de compra foi dividido em três partes, com editais separados para a
aquisição dos equipamentos para o core da rede; a borda e acesso IP; e soluções
auxiliares. No caso do core, o protocolo que deverá ser usado é o IP/MPLS. A
pretensão da Telebrás é que, uma vez escolhido o comprador no futuro edital, os
equipamentos sejam entregues em, no máximo, 30 dias, tendo a contratada mais um
mês para instalação. Caso o cronograma corra sem sustos, a Telebrás poderá
iniciar sua oferta de serviços no limite do prazo projetado pelo governo, no
último mês deste ano.
O prazo máximo sugerido pela estatal para que toda a rede esteja montada e
pronta para uso, incluindo a execução de um roadmap de soluções específicas
exigidas pela Telebrás, varia entre junho de 2011 e dezembro de 2011. Nesta
segunda fase de implantação da rede são exigidos, por exemplo, a implantação de
planos de redundância e robustez da rede. Os três termos ficarão abertos à
contribuições dos interessados até 14 de outubro.
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Fonte: ClippingMP -
Origem: O Estado de S. Paulo
[29/09/10]
Telebrás publica editais para novas compras
Presidente da estatal afirma que será aberta uma concorrência e dois editais
entrarão em consulta pública
A Telebrás, estatal reativada para o Plano Nacional de Banda Larga, deve
publicar amanhã um edital para a compra de equipamentos de energia para a sua
rede de telecomunicações, e colocar mais dois editais em consulta pública. Esses
editais sob consulta seriam para a compra de enlaces de rádio (para comunicação
sem fio) e equipamentos IP (sigla em inglês de protocolo de internet). A empresa
já tem em consulta pública um edital de equipamentos de rede óptica, com
tecnologia DWDM.
"Para o edital de infraestrutura elétrica, decidimos que não precisaria de
consulta pública", disse Rogério Santanna, presidente da Telebrás, durante o 3.º
Seminário TelComp, em São Paulo. "Queremos publicar os outros dois editais até o
fim de outubro e, se tudo correr bem, a instalação dos equipamentos acontecerá
até o fim de novembro, para começarmos a oferecer os serviços em dezembro."
O próprio Santanna reconheceu que o cronograma é otimista. "Muitas vezes os
perdedores contestam o resultado das concorrências", disse. Santanna havia
prometido levar banda larga a 100 cidades, além de 16 capitais, até o fim do
ano.
Licença.
Ainda falta fazer muita coisa para que a empresa comece a trabalhar. A
Telebrás ainda não pediu uma licença de telecomunicações à Anatel. Antes da
privatização, em 1998, a empresa era uma holding, e nunca operou
telecomunicações. A estatal também ainda não assinou os contratos com as
empresas elétricas para usar suas redes de fibras ópticas.
A Telebrás depende ainda da votação do projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias, que está no Congresso, e prevê um orçamento de R$ 600 milhões
para a estatal neste ano. A companhia tem dinheiro em caixa, mas, segundo
Santanna, ter dinheiro em caixa não quer significa ter autorização para gastar.
A volta da Telebrás foi muito criticada pelo mercado. Juristas apontaram até que
sua reativação por decreto foi ilegal, pois não poderia ser transformada de
holding em operadora sem modificar a lei que criou. Além disso, as operadoras
temem tratamento privilegiado da estatal pelo governo. /R.C.
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Fonte: Instituto Telecom
[14/09/10]
Banda larga: o debate que decidiu uma eleição - por "Nossa Opinião"
Enquanto no Brasil a discussão sobre o futuro da internet no país apenas se
inicia, na Austrália a banda larga decide até eleição.
Na semana passada, dia 08 de setembro, um fenômeno aconteceu. A eleição na
Austrália, que estava num impasse, foi decidida pelas propostas dos candidatos
para o futuro da banda larga no país. Nenhum dos concorrentes havia conseguido a
maioria no Parlamento, até que o Partido Trabalhista apresentou a proposta de
manter ativa a National Broadband Network Company (NBN), considerada estratégica
para a expansão do setor. Posição oposta a do Partido Liberal, que propôs a
extinção da estatal e perdeu a eleição.
Diferentemente do que ocorre no Brasil, na Austrália houve de fato um debate
entre os candidatos sobre o setor de telecomunicações e a banda larga. O grande
fator decisivo foi o entendimento da população de que a universalização da banda
larga é uma necessidade básica para o seu desenvolvimento social, político e
econômico. E, assim, deve ser tratado como prioridade pelo futuro governante.
No Brasil, estamos vivendo um momento determinante para o país. De um lado,
dentro de poucos dias elegeremos um novo presidente. De outro, está posto ao
debate um Plano Nacional de Banda Larga e um novo Plano Geral de Metas de
Universalização (PGMU III). Ao mesmo tempo, o Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) divulga os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD), que integra o Censo 2010. São fatos que ajudam a definir o
futuro do país e exigem a participação ativa da sociedade nesse processo.
Os dados da PNAD sobre os serviços de telecomunicações mostram avanços e
atrasos. E trazem informações que podem ser utilizadas para a formulação de
políticas públicas.
Uma delas é sobre o crescimento do acesso à internet.
Enquanto em 2005 a rede contava com 31,9 milhões de usuários, em 2009 esse
número chegou a 67,9 milhões. Um crescimento de 112%.
A PNAD mostra ainda que o país tem hoje 20,3 milhões de domicílios com
microcomputador, sendo 16 milhões com acesso à internet. A concentração dos
acessos e do número de domicílios com microcomputadores em regiões com maior
poder aquisitivo ainda são problemas a serem superados. O Sudeste, o Sul e o
Centro-Oeste concentram 35,4%, 32,8% e 28,2% respectivamente. Os piores índices
continuam nas regiões Norte (13,2%) e Nordeste (14,4%). Ou seja, a banda larga
continua cara, concentrada e lenta.
A pesquisa do IBGE é extremamente relevante para a discussão sobre o Plano
Nacional de Banda Larga. Até hoje uma das maiores dificuldades do setor de
telecom é a falta de conhecimento e dados que definam o tamanho real das
telecomunicações e da banda larga no país.
É extremamente importante que as informações sobre a realidade do acesso digital
brasileiro sejam avaliadas estrategicamente no contexto do PNBL. O Instituto
Telecom considera crucial que os últimos levantamentos do IBGE sejam
considerados nas propostas para o novo Plano Geral de Metas de Universalização.
E devem servir como instrumento de universalização para o Plano Nacional de
Banda Larga.
Ao contrário da Austrália e de outros países, no Brasil, o momento é de
preocupação quanto aos rumos do planejamento para as telecomunicações. O prazo
destinado à consulta pública do PGMU III, parte integrante e fundamental dos
contratos de concessão que vão vigir de janeiro de 2011 até o final de 2015, é
muito curto. E a decisão do governo de segurar, em 2011, boa parte das verbas
dos fundos para universalização (Fust), fiscalização (Fistel) e desenvolvimento
tecnológico (Funttel) ao invés de aplicar os recursos no setor a que se destina,
mostram que as telecomunicações e a banda larga continuam fora da prioridade dos
investimentos do país.
No mundo todo questões importantes como o acesso e a velocidade da banda larga
pautam decisões políticas e econômicas. A União Européia está aprovando um plano
de ação para fomentar investimentos bilionários em banda larga de alta
velocidade em seus 27 países membros. A meta é dar acesso à internet para todos
os europeus até 2013, e alcançar uma velocidade acima de 30 Mbps, até 2020. Na
Coréia do Sul, o planejamento para a banda larga é conectar um milhão de casas
com uma velocidade de 1Gbps, até 2012. Já o governo da Finlândia decidiu que ter
acesso a uma conexão com velocidade de pelo menos 1 Mbps é uma questão de
cidadania e direito de todos.
É claro que cada país tem as suas próprias particularidades, inclusive nas
decisões sobre a banda larga. Mas, não se pode prescindir de um olhar sobre os
movimentos internacionais e investimentos feitos pelo mundo todo no setor.
O Brasil tem que aproveitar o processo eleitoral para cobrar um debate dos
candidatos sobre a banda larga. A internet pode até não decidir a eleição no
país, como ocorreu na Austrália. Mas, com certeza, é um fator essencial para
decidir o futuro dos brasileiros no que diz respeito à inovação, disseminação de
conhecimento, distribuição de serviços, desenvolvimento econômico e redução das
desigualdades sociais.
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Fonte: Instituto Telecom
[07/12/09]
História do Instituto Telecom - por Redação
Da Fundação do INTEL à Constituição do Instituto Telecom
No início dos anos 90, com a vitória de Fernando Collor de Mello à Presidência
da República, o debate sobre a privatização de setores da economia ganhou força
no país. Nos sindicatos, especialmente naqueles que representavam empregados das
estatais, iniciava-se também uma ampla mobilização contra a privatização das
empresas e em defesa do patrimônio nacional.
Representante dos empregados da Telerj e da Embratel, o Sindicato dos
Trabalhadores em Telecomunicações do Rio de Janeiro, o Sinttel-Rio, não só
colocou esse debate no ponto central de suas preocupações, como foi além. Deu
início à discussão da criação de uma entidade autônoma, com uma direção
independente da estrutura sindical, cujos objetivos eram promover estudos e
apresentar propostas acerca do futuro das telecomunicações. Nascia, assim, em
1993, o Instituto de Telecomunicações do Rio de Janeiro, Intel. Para compor a
sua direção foram convidados dirigentes do Sinttel-Rio e personalidades do mundo
acadêmico e científico, como o físico Luis Pinguelli Rosa.
Já na sua origem, o Intel se propunha a levantar dados sobre o setor de
telecomunicações a partir de estudos e pesquisas sobre temas como teledensidade
(relação aparelhos x número de usuários), desenvolvimento tecnológico nacional,
o papel do Centro de Pesquisas da Telebrás (CPqD).
Vivia-se um momento de transição, com o setor de telecomunicações passando por
profundas transformações resultantes do avanço das novas tecnologias. Setores
até então considerados especializados deixavam de sê-lo e a necessidade de
promover uma requalificação profissional tornava-se cada vez mais evidente. É
nesse cenário que a direção do Sinttel-Rio decide adquirir o Colégio Graham
Bell, instituição de ensino médio profissionalizante, que passaria a ser
administrada pelo Intel.
Para a direção do Colégio foi escolhida uma dirigente sindical, Dora Barbieri,
que contou com o apoio decisivo de uma equipe multidisciplinar de professores
vindos de importantes instituições de ensino públicas e privadas disposta a
desenvolver uma nova proposta pedagógica de ensino profissionalizante.
Em 1999, o Intel firma uma parceria com a Secretaria Estadual de Trabalho o que
permitiu o oferecimento de cursos de formação e qualificação profissional,
beneficiando centenas de trabalhadores das empresas de telecomunicações que,
embora atuassem na prática, não tinham capacitação acadêmica adequada.
Ao longo desses quase 20 anos, o Colégio Graham Bell formou quase mil técnicos
em telecomunicações e eletrônica, com um currículo que privilegia, além da
técnica, o debate sobre os grandes temas nacionais, a formação filosófica, a
história do movimento sindical. Hoje os cursos de nível médio com especialização
em informática, eletrônica e telecomunicações atendem adolescentes de toda a
região metropolitana do Rio de Janeiro.
Por outro lado, a crise que se abateu sobre o movimento sindical a partir do
final dos anos 90, e se agravou nos primeiros anos do novo século, teve
conseqüências sobre a ação do Intel, que restringiu sua ação basicamente ao
acompanhamento das atividades do Colégio Graham Bell.
Em 2007, a partir da proposta de implementação e manutenção de dez telecentros
em comunidades populares da região metropolitana do Rio, com recursos do
Orçamento da União, o Intel elege uma nova direção e inicia um processo de
reestruturação, recuperando a idéia original de se transformar num grande centro
de estudos e debates e ocupar o papel de referência nacional sobre o setor de
telecomunicações.
Em 2009 a atual diretoria inicia um trabalho de planejamento estratégico,
buscando dar mais foco e profissionalização ao seu redirecionamento de
constituir um centro de estudos e pesquisas em telecomunicações. Começa a
estruturar um portal na internet, um seminário de políticas públicas e uma
revista voltada para os objetivos do Instituto de Telecomunicações do Rio de
Janeiro, que também adota outro nome fantasia, passando a se chamar Instituto
Telecom.
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Fonte: NTE Silvânia
[29/10/10]
Telebrás planeja entrar em operação em dezembro
A estatal começará a vender capacidade de rede ao mercado no início de dezembro,
disse Rogério Santanna, presidente da empresa. Ele admite que o prazo é apertado
e que pode haver imprevistos.
"Por isso estamos fazendo consultas públicas, para tentar fazer possíveis
acertos antes da licitação", diz. Na próxima sexta-feira (01/10), a Telebrás
lançará duas novas consultas públicas e um edital para a contratação de serviços
e equipamentos.
Além disso, está em andamento uma outra consulta pública para a contratação de
equipamentos e serviços. A expectativa de Santanna é realizar os pregões
eletrônicos em meados de outubro.
O presidente da Telebrás diz que a intenção é estabelecer parcerias com pequenos
provedores, que ofereceriam serviços de acesso à internet à população.
O papel da estatal seria garantir aos pequenos competidores acesso por preços
inferiores aos cobrados hoje no mercado.
A meta é vender 1 megabit por segundo por cerca de R$ 230, quando o valor
cobrado por operadoras tradicionais varia de R$ 1,8 mil a R$ 6,5 mil, segundo
Santanna.
[o megabit tratado aqui é diferente do vendido ao usuário comum. No caso do
usuário normal, que é o consumidor final, 1Mbps equivale a aproximadamente
125Kbps de dowload e 44,5 Kbps de upload. Já o que está sendo tratado no texto e
que a Telebrás pretende vender é 1Mbps em velocidade absoluta, ou seja, é 1Mbps
de download e 1Mbps de upload. Esta diferença só ocorre porque a ANATEL não
exige das operadoras um fornecimento de velocidade mínima para o usuário final,
mas isso está com os dias contados, isso, desde outubro do ano passado :-) como
pode ser lido aqui e mais abaixo]
http://pcworld.uol.com.br/noticias/2009/10/13/banda-larga-pode-ter-velocidade-minima-garantida-por-regulamento/
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Fonte: ClippingMP -
Origem: O Estado de S. Paulo
[29/09/10]
Telebrás publica editais para novas compras
Presidente da estatal afirma que será aberta uma concorrência e dois editais
entrarão em consulta pública
A Telebrás, estatal reativada para o Plano Nacional de Banda Larga, deve
publicar amanhã um edital para a compra de equipamentos de energia para a sua
rede de telecomunicações, e colocar mais dois editais em consulta pública. Esses
editais sob consulta seriam para a compra de enlaces de rádio (para comunicação
sem fio) e equipamentos IP (sigla em inglês de protocolo de internet). A empresa
já tem em consulta pública um edital de equipamentos de rede óptica, com
tecnologia DWDM.
"Para o edital de infraestrutura elétrica, decidimos que não precisaria de
consulta pública", disse Rogério Santanna, presidente da Telebrás, durante o 3.º
Seminário TelComp, em São Paulo. "Queremos publicar os outros dois editais até o
fim de outubro e, se tudo correr bem, a instalação dos equipamentos acontecerá
até o fim de novembro, para começarmos a oferecer os serviços em dezembro."
O próprio Santanna reconheceu que o cronograma é otimista. "Muitas vezes os
perdedores contestam o resultado das concorrências", disse. Santanna havia
prometido levar banda larga a 100 cidades, além de 16 capitais, até o fim do
ano.
Licença.
Ainda falta fazer muita coisa para que a empresa comece a trabalhar. A
Telebrás ainda não pediu uma licença de telecomunicações à Anatel. Antes da
privatização, em 1998, a empresa era uma holding, e nunca operou
telecomunicações. A estatal também ainda não assinou os contratos com as
empresas elétricas para usar suas redes de fibras ópticas.
A Telebrás depende ainda da votação do projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias, que está no Congresso, e prevê um orçamento de R$ 600 milhões
para a estatal neste ano. A companhia tem dinheiro em caixa, mas, segundo
Santanna, ter dinheiro em caixa não quer significa ter autorização para gastar.
A volta da Telebrás foi muito criticada pelo mercado. Juristas apontaram até que
sua reativação por decreto foi ilegal, pois não poderia ser transformada de
holding em operadora sem modificar a lei que criou. Além disso, as operadoras
temem tratamento privilegiado da estatal pelo governo. /R.C.
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Fonte: Teletime
[27/09/10]
Segundo Nec, sem redes wireless PNBL fica inviável
A solução para a massificação da Internet no Brasil e o sucesso do Plano
Nacional de Banda Larga (PNBL) passa, necessariamente pela utilização em grande
escala dos links sem fio principalmente nas redes de acesso. Essa é a opinião de
Luiz Vilella, diretor de marketing e negócios da NEC Brasil, empresa que importa
rádios digitais para o Brasil desde a década de 70.
Segundo ele, o mercado de rádios digitais sem fio movimentará algo próximo de R$
1 bilhão no Brasil até o final do ano, valor que continuará crescendo nos
próximos anos. Apesar do interesse da empresa no crescimento desse setor, o
executivo defende que sua opinião não é tendenciosa, até porque a NEC também
desenvolve soluções de comunicação óptica. "As redes de fibra óptica e de
wireless não podem ser vistas como concorrentes, mas complementares. O problema
é que essas fibras que o governo planeja utilizar no PNBL (da Eletronorte,
Eletronet, Petrobrás e Telebras) não tem a capilaridade necessária para atender
um país gigantesco como o nosso", diz. "E é aí, no backhaul, na última milha de
localidades não atendidas ou pouco atendidas que os links de rádio digital podem
crescer e se consolidar cada vez mais", acrescenta.
Segundo Villela, as soluções wireless apresentam baixo investimento de aquisição
e custo operacional, por isso uma boa relação custo/benefício. "Os links podem
atingir velocidades de transmissão de dados superiores a 1 Gbps. Além do mais,
uma estação radiobase é instalada em uma ou duas semanas, bem mais rápido que um
lance de fibra óptica, que pode demorar dois meses para ser instalado, sem falar
dos problemas com autorização e direitos de passagem", compara. De acordo com
Eduardo Ribeiro, gerente de negócios de transmissão da NEC Brasil, os rádios
digitais também podem ser utilizados em backbone. "Isto ocorre principalmente no
caso de teles novas, em início de operação, em cidades pequenas", explica.
E, para ele, o crescimento do mercado de rádios digitais não está restrito a
pequenas cidades e localidades ainda não cobertas, mas inclusive em grandes
cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro. "Em áreas onde existe gargalo no
backhaul, os links sem fio são uma solução rápida, dinâmica e barata para as
operadoras resolverem determinados problemas pontuais", diz. "Uma grande
operadora móvel de São Paulo está fazendo muito isso", acrescenta.
De acordo com ele, não só a evolução das redes de terceira geração (3G) para as
redes de quarta geração (4G ou LTE), mas também eventos como a Copa de 2014 e as
Olimpíadas de 2016, que acontecerão no Brasil, também demandarão grande
necessidade de novos links wireless de alta capacidade em áreas não atendidas e
já atendidas por redes com fio.
Telefônica e Vivo
Quando questionado se a compra da Vivo pela Telefônica pode gerar uma
substituição de links sem fio por redes ópticas, Villela respondeu que sim, mas
não em curto prazo. "A Vivo ainda está muito baseada em rádio, imagino que a
Telefônica vai aproveitar essa infraestrutura e substituir por fibra óptica com
o tempo, à medida que a demanda for aumentando primeiramente em algumas
localidades pontuais", prevê.
iPasolink
De olho na migração das redes 3G para o Long Term Evolution (LTE) no Brasil, a
NEC está trazendo para o país a plataforma iPasolink. Trata-se de uma nova
versão de rádios digitais da família Pasolink, que comercializou cerca de 1,5
milhão de equipamentos em 141 países, sendo aproximadamente 70 mil somente no
Brasil.
O principal diferencial do novo equipamento é o seu suporte à evolução do atual
TDM híbrido e backhaul Ethernet para o transporte de tráfego IP exigido pelo
padrão LTE. E sua capacidade de transmissão de dados, que pode chegar a até 880
Mbps. "O custo/benefício é excelente, pois essa banda é 2,5 vezes maior que a da
solução anterior da família Pasolink por um investimento somente 20% maior", diz
Villela.
Segundo ele, cerca de 95% dos clientes dessa solução são as grandes operadoras,
e os outros 5% são as prefeituras e grandes empresas.
O equipamento é produzido no Japão e estará disponível para venda no Brasil a
partir de outubro.
Daniel Machado
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Fonte: Instituto Telecom
[14/09/10]
Banda larga: o debate que decidiu uma eleição - por "Nossa Opinião"
Enquanto no Brasil a discussão sobre o futuro da internet no país apenas se
inicia, na Austrália a banda larga decide até eleição.
Na semana passada, dia 08 de setembro, um fenômeno aconteceu. A eleição na
Austrália, que estava num impasse, foi decidida pelas propostas dos candidatos
para o futuro da banda larga no país. Nenhum dos concorrentes havia conseguido a
maioria no Parlamento, até que o Partido Trabalhista apresentou a proposta de
manter ativa a National Broadband Network Company (NBN), considerada estratégica
para a expansão do setor. Posição oposta a do Partido Liberal, que propôs a
extinção da estatal e perdeu a eleição.
Diferentemente do que ocorre no Brasil, na Austrália houve de fato um debate
entre os candidatos sobre o setor de telecomunicações e a banda larga. O grande
fator decisivo foi o entendimento da população de que a universalização da banda
larga é uma necessidade básica para o seu desenvolvimento social, político e
econômico. E, assim, deve ser tratado como prioridade pelo futuro governante.
No Brasil, estamos vivendo um momento determinante para o país. De um lado,
dentro de poucos dias elegeremos um novo presidente. De outro, está posto ao
debate um Plano Nacional de Banda Larga e um novo Plano Geral de Metas de
Universalização (PGMU III). Ao mesmo tempo, o Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) divulga os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD), que integra o Censo 2010. São fatos que ajudam a definir o
futuro do país e exigem a participação ativa da sociedade nesse processo.
Os dados da PNAD sobre os serviços de telecomunicações mostram avanços e
atrasos. E trazem informações que podem ser utilizadas para a formulação de
políticas públicas.
Uma delas é sobre o crescimento do acesso à internet.
Enquanto em 2005 a rede contava com 31,9 milhões de usuários, em 2009 esse
número chegou a 67,9 milhões. Um crescimento de 112%.
A PNAD mostra ainda que o país tem hoje 20,3 milhões de domicílios com
microcomputador, sendo 16 milhões com acesso à internet. A concentração dos
acessos e do número de domicílios com microcomputadores em regiões com maior
poder aquisitivo ainda são problemas a serem superados. O Sudeste, o Sul e o
Centro-Oeste concentram 35,4%, 32,8% e 28,2% respectivamente. Os piores índices
continuam nas regiões Norte (13,2%) e Nordeste (14,4%). Ou seja, a banda larga
continua cara, concentrada e lenta.
A pesquisa do IBGE é extremamente relevante para a discussão sobre o Plano
Nacional de Banda Larga. Até hoje uma das maiores dificuldades do setor de
telecom é a falta de conhecimento e dados que definam o tamanho real das
telecomunicações e da banda larga no país.
É extremamente importante que as informações sobre a realidade do acesso digital
brasileiro sejam avaliadas estrategicamente no contexto do PNBL. O Instituto
Telecom considera crucial que os últimos levantamentos do IBGE sejam
considerados nas propostas para o novo Plano Geral de Metas de Universalização.
E devem servir como instrumento de universalização para o Plano Nacional de
Banda Larga.
Ao contrário da Austrália e de outros países, no Brasil, o momento é de
preocupação quanto aos rumos do planejamento para as telecomunicações. O prazo
destinado à consulta pública do PGMU III, parte integrante e fundamental dos
contratos de concessão que vão vigir de janeiro de 2011 até o final de 2015, é
muito curto. E a decisão do governo de segurar, em 2011, boa parte das verbas
dos fundos para universalização (Fust), fiscalização (Fistel) e desenvolvimento
tecnológico (Funttel) ao invés de aplicar os recursos no setor a que se destina,
mostram que as telecomunicações e a banda larga continuam fora da prioridade dos
investimentos do país.
No mundo todo questões importantes como o acesso e a velocidade da banda larga
pautam decisões políticas e econômicas. A União Européia está aprovando um plano
de ação para fomentar investimentos bilionários em banda larga de alta
velocidade em seus 27 países membros. A meta é dar acesso à internet para todos
os europeus até 2013, e alcançar uma velocidade acima de 30 Mbps, até 2020. Na
Coréia do Sul, o planejamento para a banda larga é conectar um milhão de casas
com uma velocidade de 1Gbps, até 2012. Já o governo da Finlândia decidiu que ter
acesso a uma conexão com velocidade de pelo menos 1 Mbps é uma questão de
cidadania e direito de todos.
É claro que cada país tem as suas próprias particularidades, inclusive nas
decisões sobre a banda larga. Mas, não se pode prescindir de um olhar sobre os
movimentos internacionais e investimentos feitos pelo mundo todo no setor.
O Brasil tem que aproveitar o processo eleitoral para cobrar um debate dos
candidatos sobre a banda larga. A internet pode até não decidir a eleição no
país, como ocorreu na Austrália. Mas, com certeza, é um fator essencial para
decidir o futuro dos brasileiros no que diz respeito à inovação, disseminação de
conhecimento, distribuição de serviços, desenvolvimento econômico e redução das
desigualdades sociais.
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