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Novembro 2010 Índice Geral do BLOCO
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15/11/10
• Telebrás, Eletronet e PNBL (300) - "Reserva de mercado na telefonia" - por Renato Cruz + "Bagunça institucional" - por Ethevaldo Siqueira
Olá, WirelessBR e
Celld-group!
01.
Chegamos à mensagem/"post" de número 300!
Não é um "regulatório" mas é um "marco"!!! :-))
Este acompanhamento, cerrado e perseverante, está registrado no
BLOCO Tecnologia e
também na
página comunitária correspondente.
Contra, a favor e "muito contrário", creio que estamos todos de parabéns pela
preocupação com os problemas da nossa área de atuação.
O
primeiro "post" desta série, em 13 Nov 2007, trouxe um artigo
do jornalista Ethevaldo Siqueira e fico feliz de incluir neste
tricentésimo, uma matéria deste combativo jornalista:
Fonte: O Estado de
S.Paulo
[14/11/10]
Bagunça institucional - por Ethevaldo Siqueira (transcrição mais abaixo)
No período pré-eleitoral deixamos de veicular esta matéria que também está
transcrita mais abaixo:
Fonte: Estadão
[29/10/10]
Telebrás, para comparsas - por Ethevaldo Siqueira
Ethevaldo Siqueira possui um website e também um Blog no domínio do Estadão.
02.
No "post"
Telebrás, Eletronet e PNBL (298) - Telebrás: uma gestão temerária
comentei o assunto que o jornalista Renato Cruz aborda nesta matéria,
também transcrita mais abaixo:
Fonte: O Estado de S.Paulo
[14/11/10]
Reserva de mercado na telefonia - por Renato Cruz
(...)
Preferência a
produtos desenvolvidos e fabricados no Brasil é mais uma polêmica criada com a
reativação da Telebrás (...)
(...) Na sexta-feira, a estatal ressuscitada Telebrás assinou seu primeiro
contrato de compra de equipamentos. A fabricante brasileira Padtec receberá R$
17,5 milhões para fornecer os aparelhos para 73 pontos de presença no Anel
Sudeste de sua rede óptica e 46 no Anel Sudeste. Com isso, a empresa conseguirá
"iluminar" suas fibras e começará a prestar serviços. Os equipamentos serão
entregues em um prazo de três e seis semanas.
A volta da Telebrás foi cercada de polêmica e, no caso de suas compras, não
seria diferente. Em 29 de outubro, a Padtec venceu um pregão eletrônico de
aparelhos com tecnologia DWDM (sigla de Dense Wavelength Division Multiplexing)
com benefício da Medida Provisória 495, que dá preferência a produtos
desenvolvidos e fabricados no Brasil nas compras do governo. (...)
(...) A MP
495 foi publicada, em julho, ..... e corre o risco de deixar de valer, caso não
seja votada e transformada em lei pelo Congresso até o próximo dia 29. (...)
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
BLOCOs
Tecnologia e
Cidadania
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Fonte: O Estado de
S.Paulo
[14/11/10]
Reserva de mercado na telefonia - por Renato Cruz
Preferência a produtos desenvolvidos e fabricados no Brasil é mais uma polêmica
criada com a reativação da Telebrás
Na sexta-feira, a estatal ressuscitada Telebrás assinou seu primeiro contrato de
compra de equipamentos. A fabricante brasileira Padtec receberá R$ 17,5 milhões
para fornecer os aparelhos para 73 pontos de presença no Anel Sudeste de sua
rede óptica e 46 no Anel Sudeste. Com isso, a empresa conseguirá "iluminar" suas
fibras e começará a prestar serviços. Os equipamentos serão entregues em um
prazo de três e seis semanas.
A volta da Telebrás foi cercada de polêmica e, no caso de suas compras, não
seria diferente. Em 29 de outubro, a Padtec venceu um pregão eletrônico de
aparelhos com tecnologia DWDM (sigla de Dense Wavelength Division Multiplexing)
com benefício da Medida Provisória 495, que dá preferência a produtos
desenvolvidos e fabricados no Brasil nas compras do governo.
Jorge Salomão, presidente da Padtec, destacou que a companhia não foi
beneficiada pela regra que permitia contratar os produtos brasileiros com preços
até 25% maiores. "Isso demonstra a capacidade da engenharia brasileira de gerar
produtos competitivos", disse o executivo.
Sediada em Campinas, a Padtec surgiu de um grupo de pesquisadores do CPqD,
centro de pesquisas que pertenceu à Telebrás. Seus principais acionistas são o
próprio CPqD e a Ideiasnet, holding de tecnologia do empresário Eike Batista. "A
Padtec é líder em comunicações ópticas no Brasil", afirmou Hélio Graciosa,
presidente do CPqD. "Este será um ano bom independentemente da compra da
Telebrás."
No pregão eletrônico de outubro, a Padtec havia apresentado um preço superior
aos dos concorrentes, que eram as chinesas Huawei e a ZTE e a sueca Ericsson.
Por não atenderem à MP 495, os concorrentes foram desclassificados, sem
conseguir comprovar desenvolvimento e fabricação local.
A Padtec, por outro lado, reduziu seu preço, que era de R$ 68,9 milhões, para R$
63 milhões, abaixo da menor proposta, de R$ 63,1 milhões, que havia sido da ZTE.
Os fabricantes multinacionais reclamam da MP 495. Eles argumentam que o País tem
o direito de dar preferência aos produtos locais, mas que não podem impedir as
empresas estrangeiras de participar das concorrências.
"É uma volta ao tempo da reserva de mercado", disse um executivo. Outro
argumento é que as atividades de desenvolvimento de produtos hoje acontecem por
meio de redes internacionais de laboratórios, sendo difícil definir onde o
produto foi desenvolvido.
Os defensores da MP 495 dizem que não é isso. O regulamento, segundo eles, não
discrimina origem de capital, pois fala em "empresa brasileira", o que
significaria empresa sediada no País. Sob esse argumento, a MP 495 seria um
estímulo para as multinacionais trazerem ao País fábricas e laboratórios de
pesquisa e desenvolvimento.
Politização.
A Telebrás foi recriada pelo governo para pilotar o Plano Nacional de Banda
Larga (PNBL), que tem como objetivo conectar 100 cidades até o fim do ano. O
problema é que o discurso foi politizado desde o início, com forte preconceito à
empresa privada e ao capital estrangeiro.
A MP 495 foi publicada, em julho, como parte desse pacote, e corre o risco de
deixar de valer, caso não seja votada e transformada em lei pelo Congresso até o
próximo dia 29.
"O uso das compras do governo como incentivo à inovação é uma demanda
histórica", afirmou Carlos Calmanovici, presidente da Associação Nacional de
Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei), que reúne companhias
nacionais e estrangeiras com atividade de pesquisa e desenvolvimento no País. "É
efetivamente um avanço."
Calmanovici destacou que esse instrumento, de dar preferência a produtos
desenvolvidos no país nas compras governamentais, é usado em vários países do
mundo. "O fator preponderante para atrair pesquisa e desenvolvimento para o
Brasil é o mercado", disse o presidente da Anpei. "A MP 495 é um estímulo."
No ano passado, a indústria de equipamentos de telecomunicações faturou US$ 9,2
bilhões no País, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e
Eletrônica (Abinee). No mesmo período, foram importados US$ 2,3 bilhões. O
principal produto da indústria brasileira de telecomunicações hoje é o telefone
celular. Na área de equipamentos de rede, a maior parte é importada.
Até o começo da década, as multinacionais de equipamentos de rede tinham
atividades importantes de fabricação local, além de equipes de pesquisa e
desenvolvimento para adaptar seus produtos ao País.
Nos últimos anos, essas empresas reduziram a fabricação e ampliaram sua área de
serviços, chegando a terceirizar operações inteiras de rede das prestadoras de
serviço de telecomunicações.
As fabricantes brasileiras são pequenas. Muitas delas surgiram de universidades
e de centros de pesquisa. A Padtec emprega 250 pessoas no Brasil, além outras 50
numa subsidiária israelense, e prevê faturar R$ 200 milhões este ano. "Nós,
fabricantes brasileiros, somos sobreviventes", afirmou Salomão.
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Fonte: O Estado de S.Paulo
[14/11/10]
Bagunça institucional - por Ethevaldo Siqueira
No passado, era o Ministério das Comunicações que liderava as grandes mudanças
institucionais do setor. Hoje, essa pasta perdeu totalmente sua razão de ser,
como nos comprova a gestação do anteprojeto da nova Lei de Comunicação, na
Secretaria de Comunicação Social.
Aquilo que sugerimos e destacamos reiteradas vezes, como prioridade máxima das
Comunicações brasileiras, há quase oito anos, desde o primeiro dia do primeiro
mandato de Lula, em janeiro de 2003, só começa a se materializar nos últimos
dias de seu segundo mandato. E, para completar, tudo isso ocorre sem a
participação do Ministério das Comunicações (Minicom), da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) e, muito menos, da sociedade brasileira.
O Minicom já não lidera sequer a discussão dos temas de sua área. A política de
banda larga e a reativação da Telebrás foram decididas por um grupo palaciano
liderado pelo assessor do presidente da República, Cezar Alvarez, e pelo atual
presidente da estatal, Rogerio Santanna - sem qualquer participação da Anatel e
do Ministério das Comunicações, ao qual a Telebrás sempre esteve vinculada.
Agora é a vez do terceiro homem poderoso do Planalto, Franklin Martins,
ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), que prepara o
anteprojeto da nova Lei Geral de Comunicação.
Franklin Martins, Alvarez e Santanna parecem estar acima da lei. Vejam o caso de
Cezar Alvarez que, furioso, chega a ameaçar de retaliação as teles se elas não
retirarem uma ação na Justiça em que pedem nada mais, nada menos, que a Telebrás
cumpra a lei, fazendo licitações como qualquer outra operadora, seja para
conduzir o PNBL, seja para ofertar serviços de telecomunicações ao governo.
Franklin Martins, professoral e pouco modesto, nos manda um recado, a todos nós,
ao afirmar em Brasília na semana passada que "o governo vai regular a mídia,
gostem ou não". Seu grande argumento é a diferença de tamanho entre a mídia
eletrônica e as teles: "No ano passado - ensina o mestre Martins - enquanto a
radiodifusão faturou R$ 13 bilhões, o setor de telecomunicações obteve receitas
totais de R$ 180 bilhões. Se não tivermos uma nova pactuação, se prevalecer o
mercado, a jamanta das telecomunicações vai passar por cima da radiodifusão".
Equívocos. Martins deveria saber que essa mesma disparidade de receitas existe
em todo o mundo. E, nem por isso, as telecomunicações estão engolindo a
radiodifusão em nenhuma região do mundo. O segundo equívoco de Franklin é não
perceber que as telecomunicações são empresas transportadoras de conteúdo,
enquanto as empresas de radiodifusão são produtoras de conteúdo. Os dois setores
são, portanto, complementares e convergentes. Nada mais natural do que essas
empresas se aliarem, como, aliás, já vem ocorrendo até no Brasil, com as fusões
e associações entre empresas como a Net e a Embratel. Ou como a TVA e a
Telefônica.
O terceiro equívoco do ministro é não perceber que um anteprojeto de lei dessa
relevância não pode ser preparado apenas por uma comissão interministerial em
pouco mais de 60 dias, como está ocorrendo.
Seria muito melhor contratar duas consultorias de renome - uma nacional, outra
internacional - para elaborar um estudo realmente sério, moderno e profundo, sem
nenhum viés ideológico, que sirva de base e ponto de partida para o anteprojeto.
Exatamente como foi feito com a Lei Geral de Telecomunicações em 1997.
A partir daí, seriam definidas as grandes linhas de uma nova lei, com a
participação de especialistas, de toda a mídia (rádio, TV, jornais, revistas e
portais de internet), bem como das operadoras de telecomunicações, da indústria,
da universidade e de outras entidades, para se chegar ao texto final de um bom
anteprojeto.
Mexer em vespeiro. Ao mesmo tempo em que bajula a mídia eletrônica, o ministro
Franklin Martins põe o dedo numa ferida e lembra que "deputados e senadores não
podem ter televisão". Para ele, os parlamentares usam "subterfúgios" para
comandar emissoras. Isso demonstra que a radiodifusão virou "terra de ninguém" -
conclui Martins. Com essa acusação, Franklin Martins antecipa uma briga com
alguns dos maiores aliados do governo Lula (e também de Dilma Rousseff), como o
senador José Sarney, além de outros caciques e coronéis eletrônicos, pondo em
risco a aprovação de qualquer nova Lei de Comunicação Eletrônica de Massa.
O curral eletrônico. Vale lembrar que, quando foi presidente da República, de
1985 a 1989, Sarney e seu todo-poderoso ministro das Comunicações, Antonio
Carlos Magalhães, distribuíram mais de 200 concessões de rádio e de TV a
parlamentares, como moeda de troca para garantir a aprovação da emenda
constitucional que aprovou a extensão do mandato do ex-presidente da República
de 4 para 5 anos.
Há quase duas décadas, o Brasil espera uma nova Lei de Comunicação. A legislação
de radiodifusão em vigor é um lixo, uma colcha de retalhos, que inclui um
capítulo do antigo Código Brasileiro de Telecomunicações, de 1962, e até o
decreto-lei 236, da ditadura.
Em lugar de fazer uma boa lei, os assessores petistas do grupo palaciano, como
macacos em loja de cristais, instauram a mais completa desordem institucional
das Comunicações no País.
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Fonte: Estadão
[29/10/10]
Telebrás, para comparsas - por Ethevaldo Siqueira
Coluna do Estadão de domingo, 31-10-2010
“A Telebrás não está sendo recriada para servir à sociedade brasileira. Sua
reativação tem o claro objetivo de atender a comparsas políticos. Exatamente
como tem ocorrido na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Isso nos
conduzirá, inevitavelmente, à degradação dos serviços, como, aliás, já ocorre no
setor postal”.
Essas palavras são do comandante Euclides Quandt de Oliveira, ex-ministro das
Comunicações, de 1974-79, ao avaliar a recriação da Telebrás. Quandt foi o
primeiro presidente daquela estatal que retirou o País da situação de profundo
atraso em suas telecomunicações em que vivia até o começo dos anos 1970.
Lúcido e franco aos 91 anos de idade, Quandt se preocupa com o futuro do País e
relembra que cabe ao Estado fixar políticas públicas e mesmo prestar serviços,
diretamente ou por intermédio de concessionárias. “A prestação de serviços
públicos é uma responsabilidade do Estado. Cabe-lhe, no entanto, fiscalizar a
prestação de serviços com o máximo rigor”.
Defensor histórico e convicto do modelo estatal, Quandt mudou de opinião no
começo dos anos 1990. Ele explica: “Depois de passar pela Telebrás e pelo
Ministério das Comunicações, continuei a defender o modelo estatal, pois
acreditava que ele seria capaz de cumprir sua missão de atender aos brasileiros
em qualquer ponto do País. Fui, porém, forçado a reconhecer que, a partir de
1985, a escolha de dirigentes no Sistema Telebrás passou a ser feita com o claro
propósito de atender a amigos e comparsas políticos, gente que, em sua maioria,
não tem a qualificação profissional para o exercício do cargo. A partir daí,
passei a ser defensor da privatização”.
Loteamento
Por volta de 1990, Quandt já havia perdido sua esperança na possibilidade de a
Telebrás atender a todos os brasileiros. Hoje, o modelo estatal volta a ser
desfigurado em vários setores governamentais pelo loteamento político, inclusive
com a reativação da Telebrás, como acaba de ser feita.
Conheço Quandt há mais de 30 anos e fui testemunha de seu trabalho excepcional
em favor das comunicações brasileiras, ao lado do segundo presidente da
Telebrás, o general José Antonio de Alencastro e Silva. Aquela Telebrás, nascida
em 1972, funcionou de forma exemplar até 1985 e nada tinha de parecido com a
“nova Telebrás”, ressuscitada por Dilma Rousseff e Erenice Guerra – e entregue,
como um feudo, ao petista gaúcho Rogerio Santanna.
Heterodoxia petista
A volta da Telebrás tem sido justificada como estratégia para levar a banda
larga a todo o povo brasileiro, “com a melhor qualidade e o menor preço”. Algo
comovente, não? Os caminhos para alcançar esse nobre propósito, entretanto, não
são nada republicanos. Confira, leitor:
* Holding das antigas Teles, a Telebrás foi privatizada em 1998, mas não foi
extinta, por diversos problemas legais. Por ter sido criada por lei, não poderia
ter sido reativada por decreto, com a mudança de suas finalidades. No entanto,
esse decreto mudou sua condição de empresa holding transformando-a em uma
operadora de serviços. Só uma lei específica, debatida e votada pelo Congresso
poderia mudar sua atividade-fim.
* Nenhuma concessionária ou outra parte legítima teve a coragem de contestar
essa inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Por isso, o
País teve que engolir tudo em seco. Será que o Ministério Público não seria essa
parte legítima para provocar o STF a se pronunciar sobre a constitucionalidade
ou não desse decreto?
* Além de recriar a Telebrás, o governo Lula aprovou, num só decreto, o Plano
Nacional de Banda Larga (PNBL), que, “a rigor, como plano, não existe”, segundo
Otávio Marques de Azevedo, diretor da Andrade Gutierrez, acionista da Oi.
* O PNBL divulgado com o decreto não passa de uma breve carta de intenções,
acompanhado agora por uma lista das primeiras 100 cidades a serem atendidas, 50%
delas com população superior a 350 mil habitantes, nas quais já atuam pelo menos
três operadoras com oferta de banda larga.
* Um plano de banda larga de verdade deveria incluir metas específicas, fontes
de financiamento, orçamento confiável, cronograma de investimentos, áreas
prioritárias, população a ser atendida, evolução dos serviços e suas
características técnicas.
* Por sua importância, a questão da banda larga deveria ter sido debatida pelo
Congresso Nacional há mais de 5 anos e com a participação de toda a sociedade.
Só foi anunciada, entretanto, por um grupo palaciano ávido de poder, no sétimo
ano do governo Lula, como um filão eleitoral.
* O pior da heterodoxia e da ousadia petista na recriação da Telebrás foi alijar
e marginalizar as duas áreas mais qualificadas e legalmente capacitadas a
estudar e a propor modificações setoriais: o Ministério das Comunicações, ao
qual a Telebrás sempre esteve legalmente vinculada, e a Anatel, que detém o
maior número de especialistas em telecomunicações do governo.
* Depois de tantas manobras, tudo acabou sendo decidido por Dilma Rousseff e sua
sucessora, Erenice Guerra, sem o apoio do Ministério das Comunicações, que
elaborou estudo de mais de 200 páginas sobre as linhas do PNBL – totalmente
ignorado pela ministra Dilma.
Eis aí um pequeno retrato das comunicações brasileiras na era Lula.
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