BLOCO
Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário
da
ComUnidade
WirelessBrasil
Outubro 2010 Índice Geral do BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!
24/10/10
• Mensagem de josé Roberto de S. Pinto: "Novo regulamento do STFC pode mudar definição do serviço para incluir banda larga"
de
josersp@terra.com.br
para Grupos
data 25 de outubro de 2010 14:47
assunto Notícia sobre novo regulamento do STFC
Caro Hélio e Grupos
Aqui está um tema de grande importância para as telecomunicações:
Fonte: Teletime
[22/10/10]
Novo regulamento do STFC pode mudar definição do serviço para incluir banda
larga
Vamos promover o debate?
Minha posição:
1- Banda Larga é super importante para o desenvolvimento do país.
2- Mudar a definição do serviço no regulamento do STFC é rasgar o diploma dos
engenheiros envolvidos nesta tarefa.
3- Para garantir obrigações das Concessionárias de STFC na banda larga, a
mudança no regulamento não é suficiente, pois os contratos de concessão devem
ser reformulados e se uma das partes não concordar, vamos ter problemas.
4- O Setor requer uma reforma que incorpore uma licença única de TELECOM, este é
um dos caminhos. Não tem mais sentido impor restrições para a mobilidade na
prestação de serviços, assim como em capacidades de transmissão nos acessos a
estas redes de telecomunicações. Quem obtiver frequências nos processos
licitatórios poderá utilizá-las para prestar os serviços de telecomunicações.
7- O ponto importante é garantir a obrigatoriedade das Concessionárias que detêm
rede de telecomunicações de continuarem investindo na sua expansão e cedendo a
sua rede aos demais prestadores de serviço em condições razoáveis e reguladas
pela ANATEL.
sds
Jose Roberto de Souza Pinto
------------------------------
Fonte: Teletime
[22/10/10]
Novo regulamento do STFC pode mudar definição do serviço para incluir banda
larga
Desde o início do ano, circulam informações de que a Anatel pretenderia alterar
um dos conceitos básicos da oferta do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) -
o de "processos de telefonia" - retirando a limitação existente da taxa de
transmissão de dados que as empresas podem praticar na prestação de seus
serviços. Atualmente, esta limitação é de 64 kbps. Pois a iniciativa está se
materializando. Já está em análise do conselho diretor da Anatel uma proposta de
alteração do Regulamento do STFC. E o famoso conceito de processos de telefonia
não será mais o mesmo caso a sugestão da Superintendência de Serviços Públicos (SPB)
seja aceita pelo comando da autarquia.
Ao contrário do que se comentava até então (o assunto foi antecipado em abril
por este noticiário), a definição não será enxugada, com a retirada do limite de
64 kbps - velocidade máxima que as conexões oferecidas pelas empresas de STFC
podem atingir e que marca a fronteira entre o dial up e a banda larga no Brasil.
Ao invés de "apagar" o parâmetro do conceito de processos de telefonia, a área
técnica da Anatel resolveu ampliar a definição.
Na proposta encaminhada ao conselho, ao qual este noticiário teve acesso, a SPB
sugere que seja incluída na definição a possibilidade de oferta de telefonia por
"qualquer outro modo de transmissão com capacidade equivalente ou superior".
Assim, a nova definição deverá ter o seguinte texto: "processos de telefonia -
aqueles que permitem a comunicação entre pontos fixos determinados, de voz e
outros sinais, utilizando técnica de transmissão nos modos 3,1 kHz-voz, 7
kHz-áudio ou até 64 kbit/s irrestrito, ou qualquer outro modo de transmissão com
capacidade equivalente ou superior a estas, por meio de fio, radioeletricidade,
meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético".
Abrindo caminho
Mesmo sem retirar completamente a referência aos 64 kbit/s, o efeito da mudança
proposta é o mesmo: abrir caminho para que a oferta de banda larga também faça
parte do guarda-chuva do STFC. A alteração é polêmica. Executivos ouvidos por
esta reportagem não estão nada satisfeitos com a tentativa da Anatel de
incorporar, indiretamente, a banda larga à telefonia fixa.
Em carta encaminhada nesta semana ao Conselho Consultivo da Anatel, o
SindiTelebrasil também expressou sua apreensão com relação à política de
reclassificar as ofertas de Internet em alta velocidade. Ao criticar as metas de
universalização que exigem a ampliação de capacidade do backhaul - rede usada
para a oferta de banda larga - o sindicato das teles reclamou do tratamento dado
pela Anatel à banda larga, tratando-a como um "puxadinho do STFC".
Atratividade econômica
A área técnica da Anatel usa dois argumentos para defender a mudança do conceito
de processos de telefonia. O primeiro é que a alteração garantiria a "atualidade
do serviço". O segundo é que o STFC voltaria a ter "atratividade econômica e
social" com a abertura da oferta de pacotes com velocidades maiores. Ambos os
argumentos aparecem de forma lacônica no processo, sem dados que comprovem,
especialmente, o aumento da atratividade econômica do STFC com a alteração.
O novo regulamento do STFC ainda deve passar por consulta pública antes de ser
plenamente aprovado. Por enquanto não há previsão de deliberação do documento,
mas a Anatel estaria bastante disposta a, ao menos, iniciar o processo de debate
público ainda neste ano.
STFC móvel
Outra mudança conceitual também tem poder para mexer com a ideia de telefonia
fixa que vigora atualmente. A SPB sugere uma alteração sutil no próprio conceito
de STFC, eliminando a exigência de que o serviço seja prestado entre "dois
pontos fixos". A mudança pode ser mínima, mas os efeitos são bastante amplos à
primeira vista.
Uma hipótese para a mudança sugerida é garantir que as ofertas promovidas por
operadoras móveis sejam consideradas, de fato, "telefonia fixa". No momento, a
TIM é a operadora com o plano de telefonia fixa mais bem-sucedido, embora outras
empresas de telefonia móvel tenham ofertas semelhantes.
Para além dos interesses das empresas de celular, é certo que a mudança abrirá
espaço para novas engenharias de pacotes, inclusive para as empresas de
telefonia fixa, que hoje não podem prestar qualquer tipo de serviço "portátil".
Vale lembrar que em 2002, a empresa Vésper foi proibida de ofertar um pacote
chamado "Vésper Portátil", onde o cliente tinha mobilidade com o telefone fixo,
embora limitada. Caso a alteração no regulamento se confirme, pacotes como este
podem, em tese, voltar a surgir.
[Procure "posts" antigos e novos sobre este tema no Índice Geral do BLOCO] ComUnidade WirelessBrasil