BLOCO
Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário
da
ComUnidade
WirelessBrasil
Setembro 2010 Índice Geral do BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!
21/09/10
• Telebrás, Eletronet e PNBL (289) - As "100 cidades" + Fibras: Tecnologia DWDM (Dense Wavelength-Division Multiplexing)
Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
01.
Antes do assunto principal, permito-me reciclar uma informação anterior:
Ainda estou envolvido em atividades "extra
virtuais" mas pretendo continuar estimulando o debate sobre o tema.
Entre os sites e portais noticiosos especializados em TI e Telecom, consulto
regularmente o Teletime,
Tele.Síntese,
Convergência Digital, IPNews,
e-Thesis,
IDGNow! e
Info.
E muitos outros websites e blogs, indicados pela minha assinatura (vários
assuntos) do "Alerta do Google".
Creio que o PNBL é irreversível e que o próximo governo deverá mantê-lo, não
necessariamente no formato atual.
Assim como muitos que já se manifestaram em "pvt", estou interessado em
criticar o projeto, desde sua gestação até a execução, para aprimorá-lo.
Vou deixar as notícias (ou pautas?) de "auê" e "badalação" por conta dos
sites já citados e outros, pois meu interesse é colher e trazer ao debate as
críticas, principalmente de articulistas independentes.
Já foram divulgados os primeiros detalhes técnicos e creio que, em nosso
ambiente especializado, temos condições e comentar e avaliar o que está sendo
proposto.
Como moderador e responsável pela fiscalização das poucas regras de convívio comunitário, "vou estar
descartando" mensagens de cunho político-partidário-eleitoral.
02.
Hoje sabe-se que a ressurreição da Telebrás ganhou enorme ímpeto quando o
Sr. Rogério Santanna, então integrante do Ministério do Planejamento,
interessado em presidir a estatal, fez um enorme - e bem sucedido - esforço para
incluir o PNBL nos planos do governo, de tal modo que pudesse ser usado ainda na
campanha eleitoral.
Agora sabe-se também que o PNBL não foi utilizado eleitoralmente: ou por não ter
ficado realmente pronto (o decreto é apenas um conjunto de intenções) ou por não
ter sido necessário, tendo em vista as pesquisas favoráveis à candidata do
Planalto.
Este processo inicial, no entanto, teve o mérito de trazer o tema ao debate
público pois estava restrito às mensagens em nossos Grupos e à alguns poucos
articulistas, capitaneados pelo jornalista Ethevaldo Siqueira, crítico
desde a primeira hora.
Além disso, de uma maneira não ordenada e incompleta, vieram à tona também
alguns dos sérios e competentes programas estaduais e municipais que não foram
levados em conta na elaboração do PNBL.
03.
Creio que, não havendo mais a premência eleitoral, tudo pode revisto e adequado
à realidade do país: estamos numa república federativa e a União pode e deve
coordenar este processo mas a execução pode e deve ser descentralizada, sem
necessidade da criação de uma nova estatal.
Nestes termos, também deixa de fazer sentido a "escalação" apressada de 100
cidades para dar uma eventual partida no PNBL antes do final do ano.
Sobre este tema, transcrevo mais abaixo várias matérias com destaque para
a crítica do jornalista Orlando Barrozo:
Fonte: Blog de
Orlando Barrozo
[30/08/10] As
100 cidades fantasmas
Fonte:
Convergência Digital
[26/08/10]
Teles reagem: Banda larga privada está em 97 das 100 cidades eleitas pela
Telebrás
Fonte: Diário
da Manhã
[28/08/10]
Especialistas questionam plano de banda larga
Fonte:
Teletime
[26/10/08]
Debate sobre PNBL no Conselhão aponta virtudes e problemas do projeto
(...) A provocação aos palestrantes ficou a cargo do pesquisador da Universidade
Federal de Pernambuco, Silvio Meira (...)
Fonte:
Tele.Síntese
[27/08/10]
Provedores afirmam que podem atender as 100 cidades do PNBL
04.
Há um bom material sobre este assunto no
Blog do PNBL do
Portal Cultura Digital.
Lá está uma apresentação citada no último "post" com os critérios da escolha das
100 cidades e vários mapas parciais.
O pdf pode ser visto também
neste link.
05.
O Decreto que instituiu o PNBL (Nº 7.175, de 12 de maio de 2010) atribuiu ao
CGPID - Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital, a gestão e o
acompanhamento do Projeto.
O CGPID, criado em agosto de 2009, sofreu modificações em sua estrutura
determinadas pelo decreto do PNBL mas continuou no âmbito da Presidência da
República, centrado na Casa Civil.
Na fase atual, nebulosa, usando uma expressão popular, o CGPID e a Telebrás
(leia-se Rogério Santanna) estão "batendo cabeça" para ocupar espaço na gestão
efetiva do PNBL.
Um Plano de tal envergadura não pode mais ficar ligado à Casa Civil e a própria
ex-ministra Dilma já declarou que, se eleita, distribuirá as suas atividades
entre os ministérios [Fonte:
Antes de escândalo, Dilma já planejava mudar Casa Civil]. A conferir...
Após os escândalos "erenícicos", melhor seria deixar o atual PNBL em banho-maria
até o próximo governo.
06.
O Sr. Rogério Santanna ainda deve explicações à sociedade sobre a "velha"
Telebrás.
É preciso trazer a público a situação dos (citados com frequência pela mídia)
processos administrativos e trabalhistas pendentes.
O Sr. Santanna precisa fazer uma faxina pública na antiga casa antes de
iniciar as novas atividades.
Não se conhece ainda a topologia das redes de fibras da estatais que serão
utilizadas pelo PNBL, assim como a situação "legal" das fibras da Eletronet mas
já se iniciam consultas visando aquisição de equipamentos para ativar estas
redes. A sociedade precisa de mais detalhes, para poder acompanhar e fiscalizar,
porquê não?
07.
DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing)
Não tenho ilusão, é possível que a Telebrás ressuscitada tenha vindo para ficar,
se o STF permitir e a sociedade continuar anestesiada.
Assim, além dos aspectos administrativos e legais creio que podemos e devemos
acompanhar também os detalhes técnicos.
No "post" anterior tomamos conhecimento que a Telebrás colocou em Consulta
Pública a proposta de Termo de Referência para contratação de solução baseada na
tecnologia DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing).
Para nivelamento, transcrevo um texto básico de Rafael Pereira.
Mais comentários sobre esta tecnologia?
Fibras ópticas e
WDM - por Rafael José Gonçalves Pereira
Definição
O WDM é uma tecnologia que multiplexa diversos sinais diferentes numa única
fibra óptica, mandando cada um em um comprimento de onda (cor) diferente. O que
é feito é tomar cada um dos sinais a serem enviados, codificá-los em luz,
acoplá-los em uma fibra; para, na outra extremidade, separá-los e lê-los.
Ele é um caso específico do FDM (multiplexação em freqüência). Afinal, a luz é
uma onda eletromagnética assim como as utilizadas para realizar o FDM. No
entanto, quando se fala em FDM, geralmente estamos tratando de freqüências de
rádio, e quando nos referimos à luz, tende-se a não falar em freqüência, mas sim
em comprimento de onda.
O grande objetivo de qualquer forma de multiplexação é compartilhar o meio. O
WDM, no caso das fibras ópticas, visa tornar o meio óptico mais eficiente,
possibilitando não apenas o aumento da banda sem a alteração da infra-estrutura,
mas também dando maior flexibilidade aos sistemas de fibras ópticas como
discutiremos adiante.
As estratégias para demultiplexação podem dar-se de diferentes formas. Pode-se
dividir o feixe com os comprimentos de onda ainda multiplexado no número de
saídas desejado e, só então, demultiplexá-las; ir separando o feixe uma fibra de
cada vez, demultiplexando cada saída; e, finalmente, demultiplexar e separar
cada saída ao mesmo tempo, de uma só vez. Veremos adiante um pouco de como
funcionam os sitemas para multiplexação e demultiplexação.
Tipos de WDM
Existem diversos tipos de WDM, sendo que sua classificação é dada basicamente
pela distância entre cada um dos comprimentos de onda multiplexados. Os dois
tipos principais de WDM são o CWDM (Course Wavelength-Division Multiplexing) , e
o DWDM ( Dense Wavelength-Division Multiplexing ), mas não há uma separação
muito clara entre eles, pois tais determinações (denso ou esparso) são
qualitativas, e o que pode ser considerado como denso por alguns pode ser
esparso para outros.
O CWDM é basicamente o WDM com uma distância grande entre os comprimentos de
onda multiplexados, sendo geralmente utilizado nas fibras multi. Embora esse
método de multiplexação não aproveite toda a capacidade da fibra, ele já
multiplica a capacidade de uma fibra sem multiplexação e permite a utilização da
fibra bidirecionalmente. Possui espaçamento da ordem de 20 nm e pode ter de 4 a
16 canais. Suas taxas de transmissão são geralmente mais baixas que as do DWDM
(podem ir de 34Mbit/s até 2,5Gbit/s).
O DWDM, por sua vez, é o WDM com canais de tamanho
aproximadamente igual a 1 nm. Os comprimentos de onda devem estar contidos em
tais canais, como forma de não ocorrer interferência de diferentes comprimentos
de onda. O tamanho do canal depende de muitos fatores, como do tamanho do sinal
modulado pelo emissor e de sua estabilidade. Pode ter de 16 a 128 canais, com
taxas de transmissão que vão de 155Mbit/s a 10Gbit/s.
Há ainda outro tipo ainda em desenvolvimento, o Ultra-Dense Wavelength Division
Multiplexing (UDWDM) que é um tipo de WDM que possui um espaçamento ainda menor
que o do DWDM, e mais canais do que este (mais de 128 canais).
08.
Lá no final está um "resumo comunitário" que lista
alguns dos fatos relacionados ao PNBL e à Telebrás.
Ao debate!
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio
Rosa
------------------
Fonte: Blog de
Orlando Barrozo
[30/08/10] As
100 cidades fantasmas
A lista de 100 cidades a ser atendidas inicialmente pela Telebrás com redes de
banda larga não passa de ficção. Foi tirada da cartola por um grupo de
burocratas que nunca administraram uma empresa e, portanto, não fazem a menor
ideia de como manter um negócio – qualquer negócio – saudável. É fácil, quando
se tem o controle de uma máquina de fazer dinheiro como é o governo atual.
Aguarda-se para qualquer dias desses a revelação dos esquemas políticos que
envolveram a elaboração de uma lista como essa, sabendo-se que no governo Lula
banda larga virou sinônimo de compra de votos (como já acontece com as
concessões de rádio e televisão).
Primeiro, uma pergunta que chega a ser ridícula de tão óbvia: por que divulgar
uma lista de 100 cidades? Poderiam ser 200, ou 1.000, qual seria a diferença?
Se a ideia é levar banda larga a todos os municípios, não faz o menor sentido
priorizar parte deles. A menos que houvesse um critério técnico. A explicação
oficial é que os escolhidos estão a menos de 50km da rede de fibra óptica
mantida pela Eletrobrás, que servirá de base à implantação do PNBL. Além disso,
seriam localidades com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), indicador
da ONU para medir a pobreza das cidades em todo o mundo. Pois bem. O que há de
comum, nesse sentido, entre Campinas (SP) e Ibirité (MG) ou Piracuruca (PI)?
Outro critério seria o de que as tais 100 cidades não são atendidas
adequadamente pelas operadoras privadas – algumas sequer possuem serviço de
banda larga. Se é assim, como incluir na mesma lista São Paulo (sim, a maior
cidade da América Latina) e Lagoa D’Anta (RN)? Rio de Janeiro (RJ) e Muritiba
(BA)? As prioridades seriam as regiões Nordeste e Sudeste (por que?), mas foram
incluídos municípios de Goiás e Tocantins. Cidades paupérrimas de Mato Grosso ou
do Paraná estão fora, mas Brasilia está dentro.
As operadoras já começaram a reagir (leia aqui), argumentando que, das tais 100
cidades, 97 já possuem atendimento de banda larga. É uma meia-verdade: depende
do que se considera “atendimento”. Conexões lentas, instáveis e caras são hoje a
regra pelo país afora. Mas receio que possa se tornar ainda pior. Quem mora num
dos municípios escolhidos não deve ficar muito animado. Estamos todos carecas de
saber que o governo (não só o atual, mas todos os governos) é um péssimo
administrador. Não é baixando decretos e criando falsas listas que se vai
resolver o problema. Seria muito mais fácil – e custaria menos – fortalecer a
Anatel com técnicos competentes e bem remunerados, para fiscalizar as operadoras
e puni-las quando não cumprem bem o seu papel.
Mas isso é utopia. Vale a pena lembrar a velha frase: “O poder corrompe, mas o
poder absoluto corrompe totalmente”.
------------------------------
Fonte:
Convergência Digital
[26/08/10]
Teles reagem: Banda larga privada está em 97 das 100 cidades eleitas pela
Telebrás
O mercado privado, por meio do SindTelebrasil, reagiu ao anúncio das 100
cidades-alvo da Telebrás para 2010. Em documento oficial, divulgado nesta
quinta-feira, 26/08, a entidade, que congrega as operadoras fixas e móveis,
observa que 97 das 100 cidades contempladas já dispõem do serviço de banda larga
privada.
Observa ainda que a meta do governo, de chegar a 4.283 municípios até 2014, será
ultrapassada em muito já em dezembro de 2010 pela iniciativa privada, que
instalará suas redes (backhaul) em todos os 5.565 municípios brasileiros até fim
deste ano.
De acordo com o SindTelebrasil, o plano da Telebrás, além de demandar a
duplicação da infraestrutura já existente, uma vez que, de acordo com a
entidade, a lista divulgada pelo governo contempla cidades com média de Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,7, considerado médio-alto numa escala que
vai de zero a 1.
Para o SindTelebrasil, o critério adotado pelo governo diverge de uma das
premissas do PNBL, que era de atender municípios com menor IDH. Entre as cidades
contempladas, observa o documento, estão, Campinas (SP), Guarulhos (SP), São
Gonçalo (RJ) e Juiz de Fora (MG), que têm, além de banda larga fixa, pelo menos
três operadoras móveis de serviços de internet rápida pelas redes de terceira
geração (3G).
Em Campinas, que detém uma das maiores rendas per capita do País, destaca o
SindTelebrasil, o IDH é de 0,85 e a penetração da banda larga está em 16,47.
Outro critério utilizado pelo governo foi o de atender cidades que estivessem
num raio de 50 quilômetros dos chamados Pontos de Presença (PoP), que dão acesso
à rede principal de fibras ópticas (backbone).
Mas a lista, salienta o informe do SindTelebrasil, deixa de fora pelo menos 89
municípios que estão dentro desse raio e ainda não dispõem de serviços de banda
larga. No informe, a entidade ressalta que hoje as redes fixas de banda larga já
estão presentes em mais de 4.800 municípios. A infraestrutura de 3G, por sua
vez, está em 1.023 cidades e a previsão é de que alcance três mil municípios no
próximo ano.
O SindTelebrasil reage mais uma vez à reativação da Telebrás e sustenta que as
operadoras privadas são a melhor opção para massificar os serviços e atender à
população com banda larga. Em junho, ressalta o documento, os acessos em banda
larga pelas redes privadas chegaram a 26,1 milhões.
Ainda nos dados do sindicato, ao longo do primeiro semestre foram ativados 7,7
milhões de novas conexões de internet rápida, entre acessos fixos, celulares 3G
e modems de conexão à internet. O crescimento no semestre foi de 42% em relação
a dezembro de 2009, que registrou 18,4 milhões de acessos. Os números são
resultado dos constantes investimentos aplicados no País pelo setor privado de
telecomunicações.
Desde a privatização, em 1998, foram investidos mais de R$ 180 bilhões, que têm
garantido a modernização, expansão e construção de novas redes de serviços. Tudo
isso, observa o informe, sem os aportes de recursos públicos previstos, como os
fundos setoriais de telecomunicações, que já recolheram, desde 2001, mais de R$
36 bilhões aos cofres públicos e a grande parte não foi utilizada.
A nota final é finalizada com a questão tributária. O SindTelebrasil salienta
que, apesar de os impostos serem altíssimos (mais de 43%) e de não haver uma
política tributária específica para incentivar a expansão da banda larga, o
preço médio cobrado pelos serviços no Brasil está na média internacional (US$
28).
Observa ainda que velocidade média das conexões brasileiras, de 1,3 megabits por
segundo (Mbps), é a terceira mais rápida da América Latina e está bem acima da
velocidade proposta no PNBL, que é de 512 quilobits por segundo (Kbps).
----------------------
Fonte: Diário
da Manhã
[28/08/10]
Especialistas questionam plano de banda larga
A decisão do governo de levar banda larga para cidades onde as operadoras de
telefonia já oferecem o serviço inibirá investimentos do setor privado, alertam
especialistas. 'Isso afasta investimentos futuros e frustra investimentos já
feitos', diz Pedro Dutra, advogado especializado em concorrência e
telecomunicações, que atende empresas do setor.
Para Dutra, o anúncio das 100 primeiras cidades onde será implantado o Plano
Nacional de Banda Larga (PNBL), das quais as empresas de telefonia estão
presentes em 97, causa distorção no mercado. 'Da forma como está sendo falado, o
Estado não é mais indutor da concorrência. Ele concorre e está distorcendo a
disputa, por ter subsídio. E o subsídio distorce a concorrência, pois torna
desigual a disputa e, consequentemente, afeta investimentos privados', reforça.
Para Luis Minoru, diretor da consultoria Promon Logicallis, especializada em
telecomunicações, o impacto do PNBL nos investimentos das empresas vai depender
de como ele será conduzido daqui para a frente. 'O problema do PNBL é que as
coisas são anunciadas conforme vão sendo executadas e uma das coisas que a
competição pede é um esclarecimento maior de como o jogo vai ser jogado.' Para o
consumidor, diz Minoru, não há dúvidas que o PNBL trará benefícios no curto
prazo.
A composição da lista das 100 cidades do PNBL surpreendeu João Moura, presidente
executivo da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de
Telecomunicações Competitivas (Telcomp). 'A inclusão de algumas cidades, como
Juiz de Fora, Uberaba, Campinas, Guarulhos, Angra dos Reis e Nova Iguaçu não era
necessária, pois são municípios de alta densidade.',
No mesmo dia do anúncio das 100 cidades, o Sindicato Nacional das Empresas de
Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) divulgou nota
criticando a duplicação da infraestrutura já existente, já que as operadoras de
telefonia já oferecem serviços de banda larga em 97 das 100 cidades contempladas
pelo PNBL.
Rogério Santanna, presidente da Telebrás, rebateu as críticas. 'A presença das
operadoras (nas cidades anunciadas) é virtual, pois em mais de 50% o acesso é
inferior a 0,19%, ou seja, em cada mil pessoas, só uma tem acesso à banda
larga', provocou. Em relação a uma possível inibição de investimentos, Santanna
disse que é o contrário. 'Só se é o investimento deles que vai diminuir. A
demanda dos fabricantes de fibra ótica aumentou bastante segundo a Abinee
(Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica)'. As informações são
do jornal O Estado de S. Paulo.
----------------
Fonte:
Tele.Síntese
[27/08/10]
Provedores afirmam que podem atender as 100 cidades do PNBL
Empresas reivindicam a desoneração de rádios de acesso igual à proposta para os
modems
Os provedores de internet, a princípio, terão capacidade de fornecer a última
milha nas 100 cidades onde começará a ser implantado o Plano Nacional de Banda
Larga (PNBL), anunciadas ontem, no encerramento do 2º Fórum Brasil Conectado. É
o que afirmam os presidentes da Abranet (Associação Brasileira de Provedores de
Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet), Eduardo Parajo, e da Abrappit
(Associação Brasileira de Pequenos Provedores de Internet e Telecomunicações),
Ricardo Sanchez, além do diretor da Abramulti (Associação Brasileira de
Provedores de Internet e Operadores de Comunicação de Dados Multimídia), Manoel
Sobrinho.
O próximo passo será fazer um levantamento das empresas existentes nas cidades
escolhidas e saber quantas estão interessadas em aderir ao plano. Paralelamente,
as entidades pretendem obter mais detalhes dos contratos em reuniões com a
Telebrás, estatal responsável pelo gerenciamento da rede pública de fibras
óticas.
As associações consideram competitivo o preço do link de R$ 230 por megabite
transmitido, sugerido pela estatal. Acham também factível a exigência de no
máximo 10 usuários por link. Porém esperam um detalhamento maior de todos os
parâmetros dos contratos para que os provedores possam assegurar um preço final
de R$ 35 mensais, sem isenção de impostos sobre o serviço.
Modem
Para o presidente da Abranet, Eduardo Parajo, a adesão será facilitada caso o
governo acate a sugestão de incluir os equipamentos de rádio e antena para
acesso a provedores na proposta de desoneração de modem. Ele explica que a
maioria dos acessos aos pequenos provedores se dá por meio deste equipamento.
“Ao invés de desoneração do modem, o governo deve isentar do PIS/Cofins e do IPI
[Imposto sobre Produto Industrializado] os outros itens que compõem o kit
acesso”, defendeu.
A proposta foi apresentada no 2º Fórum Brasil Conectado, realizado esta semana
em Brasília, mas ainda não há uma resposta para ela. Parajo entende que a
desoneração dos rádios de acesso terá peso significativo na redução do preço
final ao consumidor. “Nesse caso, o governo deveria adotar um programa
semelhante ao de barateamento dos computadores, de grande sucesso no país”,
sugere.
Financiamento
Outro ponto considerado significativo para o sucesso do plano e que também foi
discutido no fórum, é a criação de fundo garantidor para que as pequenas
empresas possam ter acesso aos financiamentos oferecidos pelo BNDES, por meio do
cartão ou do Proger (Programa de Geração de Emprego e Renda), do Ministério do
Trabalho (FAT). Manoel Sobrinho, da Abramulti, destaca que esses financiamentos
têm juros em torno de 1% ao mês, enquanto os créditos ofertados para as empresas
de maior porte cobram taxas de 0,75% a 0,78% no período.
O presidente da Abrappit, Ricardo Sanchez, reivindica, além da adoção de fundo
garantidor, um prazo de 120 meses para que os provedores paguem os
financiamentos. Durante o fórum, o governo se comprometeu em ofertar linhas de
créditos específicas para provedores e lan houses, mas elas somente estariam
disponíveis em 2011.
Há ainda a preocupação com os prazos de entrega de fibras óticas pela indústria,
que hoje estão entre 30 a 45 dias. “Vamos contatar esses fabricantes para
negociar a redução desses prazos”, afirmou Sobrinho.
----------------------------
Fonte:
Teletime
[26/10/08]
Debate sobre PNBL no Conselhão aponta virtudes e problemas do projeto
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (conhecido como Conselhão),
ligado à Presidência da República, realizou nesta quinta, 26, um colóquio para
discutir o Plano Nacional de Banda Larga. O assessor especial da presidência,
Cezar Alvarez, expôs os principais aspectos do PNBL aos conselheiros, dois dos
quais, como José Zunga e Antônio Valente, ligados ao setor de telecom.
As críticas ao cenário brasileiro couberam a Demi Getschko, coordenador do NIC.Br
e um dos principais especialistas em Internet no Brasil. Ele ressaltou que a
despeito dos números que revelam o quanto a Internet é utilizada e importante
para o brasileiro, os índices comparativos com outros países em questões de
preço e cobertura ainda são muito ruins. Ilustrando o paradoxo, Getschko lembrou
que o Brasil é o segundo país do mundo em uso de redes sociais, quinto em número
de domínios e sétimo em total de servidores, mas ocupa a posição 79 em
penetração, 87 em custo e 51 em qualidade da rede, "muitas vezes inferior para
atender aos serviços que já estão disponíveis".
Antônio Valente, presidente da Telefônica no Brasil, voltou a bater na tecla dos
tributos, reforçando as posições já manifestadas pela Telebrasil, e foi enfático
ao defender uma redução tributária ao setor: "temos consciência de que as
receitas provenientes do setor de telecom são importantes para financiar a
máquina pública, sobretudo nos estados, mas se a discussão aqui é o quão
estratégica é a banda larga para o país, temos que levar isso em conta na hora
de falar, também, em esforços tributários". Ele ressaltou que o peso não está
apenas no consumo, mas nos tributos que incidem sobre a cadeia.
Provocações
A provocação aos palestrantes ficou a cargo do pesquisador da Universidade
Federal de Pernambuco, Silvio Meira. Ele começou questionando Cezar Alvarez
sobre as razões de o Plano Nacional de Banda Larga não estar sendo tocado em
conjunto com a rede pública de TV digital e com o projeto do set-top de baixo
custo. Alvarez reconheceu que talvez haja ai uma falha de coordenação que
precise ser revista, e se comprometeu a conversar com os coordenadores dos
outros projetos. A rede pública de TV digital atenderá as emissoras da União e
funcionará com um operador de rede prestador de serviço pelos próximos 20 anos.
O governo está investindo mais de R$ 1 bilhão no projeto. O set-top popular visa
levar ao mercado, a R$ 200, uma caixa de recepção de TV que permita aplicações
interativas.
Meira também ponderou que o PNBL devesse dar mais ênfase à
mobilidade e menos a redes de fibras, e foi enfático ao dizer que as políticas
de fomento à indústria nacional deveriam estar muito mais focadas em uma
política industrial do que no desenvolvimento de pesquisa para tecnologias
próprias. Por fim, Meira foi crítico às limitações de velocidade do PNBL. "Em
três anos, isso que está sendo colocado não vai servir para nada e precisaremos
de um PNBL 2.0. "Ele ressaltou a falta de discussão sobre uma política de
neutralidade de rede, que permita "levar a Internet a todo mundo com a mesma
intensidade média".
Já o conselheiro José Zunga questionou Cezar Alvarez sobre os prazos para que a
Telebrás volte a operar, mostrando preocupação com os atrasos de cronograma que
podem afetar o plano. Outro conselheiro do CDES, o ex-ministro João Paulo Reis
Veloso, também questionou a questão tributária. "Tributar banda larga é tributar
conhecimento, é como cobrar importo em cima de livro, um absurdo. Isso deveria
ser dito aqui", protestou.
Samuel Possebon
--------------------
Fonte: TI
Inside
[26/08/10]
Telebrás corre contra o tempo para cumprir meta do PNBL
A divulgação da lista das 100 cidades que serão atendidas na primeira fase do
Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) nesta quinta-feira, 26, reabriu o balcão de
apostas sobre a real capacidade do governo de cumprir sua primeira meta do
projeto. A proposta é conectar essas 100 cidades até 31 de dezembro de 2010, mas
a longa jornada de revitalização da Telebrás (responsável por tornar viável o
plano), seleção das localidades e discussão de objetivos, deixou o governo com
pouco tempo para executar as compras necessárias para ligar a rede pública e
iniciar na prática o plano de massificação da banda larga ainda neste ano.
Para que o cronograma possa ser cumprido, a estatal tem corrido contra o tempo
para preparar os editais de compra de equipamentos para os radio-enlaces
necessários à prestação do serviço. As minutas desses editais, que utilizarão a
modalidade tomada de preço via pregão eletrônico, devem ficar prontas ainda
neste mês para divulgação. A ideia é concluir a compra até o fim de setembro.
Mas a prática dos perdedores nos processos licitatórios protestarem na Justiça o
resultado pode comprometer a agenda.
Santanna assegura que o governo está atento ao risco de contestação judicial dos
resultados e que, mesmo que isso ocorra, espera cumprir o prazo fixado pelo
governo. Uma vez homologados os contratos, a estimativa média para que os
equipamentos sejam entregues, montados e ligados é de 45 dias. Assim, mesmo que
as compras sejam feitas de forma tranquila, a Telebrás terá pouco mais de um mês
até o fim de 2010 para colocar a rede pública em funcionamento e fechar as
parcerias necessárias para que os moradores das cidades selecionadas possam
realmente ter uma oferta comercial de banda larga via PNBL.
Anéis
Na primeira fase, o PNBL usará apenas os anéis Sudeste e
Nordeste, que já estão montados. O novo anel que atingirá as Regiões Norte e
Centro-Oeste ainda não tem data fixada para ser implantado. Mesmo colocando o
PNBL em execução em um pequeno número de cidades que estão próximas a estas
redes, a Telebrás terá que iluminar todo o backbone para que a oferta seja
possível.
Para isso, será feito um edital específico para a compra de equipamentos
necessários para ativar os anéis. Paralelamente, a estatal promoverá os leilões
para a aquisição de equipamentos de rádio-enlace para que as cidades listadas
possam, de fato, ser conectadas. Nas redes de telecomunicações em funcionamento,
as empresas costumam fazer dois "saltos de rádio", ou seja, dois enlaces de
rádio a partir do backbone, para conectar a clientela. Com isso, a rede acaba
tendo um uso mais eficiente, ampliando o raio de acesso à infraestrutura de
transporte de dados.
No caso do PNBL, como o projeto está apenas começando, a Telebrás fará apenas um
"salto de rádio". Isso gerou uma limitação do raio de atuação da estatal por
enquanto: todas as cidades listadas para a primeira fase do plano estão a uma
distância de 50 km da rede. Mas Santanna ponderou que esse é apenas o início e
que nas etapas futuras o raio de abrangência da rede pública será ampliado com
novos enlaces.
----------------------------------
Fonte: Convergência Digital
[23/06/10]
Fórum Brasil Conectado não terá força para modificar PNBL - por Luís Osvaldo
Grossmann
Instalado nesta quarta-feira, 23/06, com a presença de aproximadamente 70
representantes de entidades empresariais, governos federal, estaduais e
municipais, além de movimentos sociais, o Fórum Brasil Conectado, instância de
debates sobre o Plano Nacional de Banda Larga, não terá força para mudar a
estratégia de massificação do uso da internet já delineada no plano em si.
O coordenador dos programas de inclusão digital do governo, Cezar Alvarez, que
conduz o Fórum e o comitê gestor desses programas - de onde o PNBL é a expressão
máxima desse esforço - não escondeu dos presentes que há pouco espaço para
ajustes na proposta. Ainda assim, o Fórum poderá discutir itens como os
critérios para as cidades que serão beneficiadas com o acesso às redes públicas
de fibras óticas.
"O governo não vai abrir mão de suas prerrogativas", afirmou Alvarez. Ainda
assim, ele espera que os participantes do Fórum apresentem propostas ("queremos
posicionamentos, não comentários") e destacou que a instância não funcionará
como assembleia, uma vez que "não haverá votação". Em resumo, explicou o Fórum
como instrumento para a “busca de consensos e a diluição ou entendimento dos
dissensos”.
Nesse esforço, Alvarez sustentou que a participação exigirá “paciência, boa
vontade, espírito público e espírito cidadão”. Mas não havendo expectativa de
que a instância possa provocar modificações significativas no que já foi
delineado pelo PNBL, resta ao Fórum, o papel também já antecipado pelo próprio
Alvarez, de legitimar o projeto para que ele se transforme em política de
Estado, sobrevivendo, portanto, a qualquer que seja o resultado das eleições
presidenciais deste ano.
A ideia é que o Fórum Brasil Conectado se reúna a cada dois meses, embora nem
todos os encontros devam ocorrer em Brasília, como este desta quarta-feira,
23/6. Boa parte dos debates deve ser conduzido via internet, com a troca de
e-mails - onde espera-se as sugestões dos participantes.
-------------------------
Fonte:
Tele.Síntese
[27/08/10]
Provedores afirmam que podem atender as 100 cidades do PNBL
Empresas reivindicam a desoneração de rádios de acesso igual à proposta para os
modems
Os provedores de internet, a princípio, terão capacidade de fornecer a última
milha nas 100 cidades onde começará a ser implantado o Plano Nacional de Banda
Larga (PNBL), anunciadas ontem, no encerramento do 2º Fórum Brasil Conectado. É
o que afirmam os presidentes da Abranet (Associação Brasileira de Provedores de
Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet), Eduardo Parajo, e da Abrappit
(Associação Brasileira de Pequenos Provedores de Internet e Telecomunicações),
Ricardo Sanchez, além do diretor da Abramulti (Associação Brasileira de
Provedores de Internet e Operadores de Comunicação de Dados Multimídia), Manoel
Sobrinho.
O próximo passo será fazer um levantamento das empresas existentes nas cidades
escolhidas e saber quantas estão interessadas em aderir ao plano. Paralelamente,
as entidades pretendem obter mais detalhes dos contratos em reuniões com a
Telebrás, estatal responsável pelo gerenciamento da rede pública de fibras
óticas.
As associações consideram competitivo o preço do link de R$ 230 por megabite
transmitido, sugerido pela estatal. Acham também factível a exigência de no
máximo 10 usuários por link. Porém esperam um detalhamento maior de todos os
parâmetros dos contratos para que os provedores possam assegurar um preço final
de R$ 35 mensais, sem isenção de impostos sobre o serviço.
Modem
Para o presidente da Abranet, Eduardo Parajo, a adesão será facilitada caso o
governo acate a sugestão de incluir os equipamentos de rádio e antena para
acesso a provedores na proposta de desoneração de modem. Ele explica que a
maioria dos acessos aos pequenos provedores se dá por meio deste equipamento.
“Ao invés de desoneração do modem, o governo deve isentar do PIS/Cofins e do IPI
[Imposto sobre Produto Industrializado] os outros itens que compõem o kit
acesso”, defendeu.
A proposta foi apresentada no 2º Fórum Brasil Conectado, realizado esta semana
em Brasília, mas ainda não há uma resposta para ela. Parajo entende que a
desoneração dos rádios de acesso terá peso significativo na redução do preço
final ao consumidor. “Nesse caso, o governo deveria adotar um programa
semelhante ao de barateamento dos computadores, de grande sucesso no país”,
sugere.
Financiamento
Outro ponto considerado significativo para o sucesso do plano e que também foi
discutido no fórum, é a criação de fundo garantidor para que as pequenas
empresas possam ter acesso aos financiamentos oferecidos pelo BNDES, por meio do
cartão ou do Proger (Programa de Geração de Emprego e Renda), do Ministério do
Trabalho (FAT). Manoel Sobrinho, da Abramulti, destaca que esses financiamentos
têm juros em torno de 1% ao mês, enquanto os créditos ofertados para as empresas
de maior porte cobram taxas de 0,75% a 0,78% no período.
O presidente da Abrappit, Ricardo Sanchez, reivindica, além da adoção de fundo
garantidor, um prazo de 120 meses para que os provedores paguem os
financiamentos. Durante o fórum, o governo se comprometeu em ofertar linhas de
créditos específicas para provedores e lan houses, mas elas somente estariam
disponíveis em 2011.
Há ainda a preocupação com os prazos de entrega de fibras óticas pela indústria,
que hoje estão entre 30 a 45 dias. “Vamos contatar esses fabricantes para
negociar a redução desses prazos”, afirmou Sobrinho.
-------------------------------------------
Resumo ComUnitário:
• O Conselho de Administração da Telebrás aprovou em 12 de maio de 2010,
o nome do atual secretário de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do
Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, para presidir a companhia. Ele
assume o cargo em substituição a Jorge da Motta e Silva.
Da mídia sabe-se que
Santanna continuará acumulando os dois postos (SLTI e Telebrás) até que se
desligue do atual no Ministério do Planejamento.
• O Conselho de Administração da Telebrás anunciou no dia 23 de junho de 2010 a redação de um novo Estatuto, em função das atribuições que terá no cumprimento do que determina o Decreto 7.175, de 12 de maio de 2010, que instituiu o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
• Em 22 de junho de 2010 a mídia noticiou que a Anatel finalizou a análise da lista contendo 60 nomes de funcionários que deverão retornar à Telebrás.
• Foi implantado no dia 23 de junho de 2010 o Fórum Brasil Conectado, núcleo de debates com a sociedade civil, empresários e membros do governo sobre as diretrizes de implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O grupo conta ao todo com 56 entidades. O Fórum é vinculado ao GGPID. O coordenador de Programas de Inclusão Digital da Presidência da República, Cezar Alvarez, preside o CGPID e o Fórum.
• Em 14 de julho de 2010 o DEM deu entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) à um questionamento na forma de "Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental". Os advogados do partido alegam que ao menos três preceitos fundamentais da Constituição Federal foram desrespeitados pelo decreto presidencial nº 7.175, de 12 de maio de 2010, que ampliou o escopo de atuação da Telebrás, abrindo caminho para que a estatal torne-se o pilar da massificação de banda larga no país dentro do PNBL. Para o DEM, a ação governamental fere os princípios da "legalidade", da "separação de poderes" e da "livre concorrência". A íntegra está neste "post".
• Em 14 de julho de 2010 o Diário Oficial da União publicou extrato do contrato de locação assinado pela Telebrás, com dispensa de licitação, com duração de três anos, para a instalação de sua nova sede em Brasília. O valor do contrato é de R$ 2.352.000,00.
• Em 22 de julho de 2010 a mídia noticiou que o presidente do STF, Cezar Peluso, se absteve de julgar a liminar entendendo que não havia urgência no caso para justificar sua atuação. “Submetam-se, pois, os autos a oportuna e livre distribuição, que permitirá ao relator sorteado apreciação do requerimento de liminar”, determinou o presidente em seu despacho.
•
Em 03 de agosto de 2010 a Telebrás realizou sua primeira Assembleia
Geral Extraordinária (AGE) após a empresa ter sido revitalizada pelo governo
federal. A reunião serviu, basicamente, para validar duas ações associadas com
o ressuscitamento da estatal. A primeira foi a confirmação de Rogério Santanna
como presidente da empresa.
Também foi aprovado na AGE o novo estatuto da companhia. Assim como a nomeação
de Santanna para presidente, o documento já era público há alguns meses, mas
também precisava de aprovação formal em assembleia para ser utilizado
efetivamente. A principal mudança prática é a ampliação de seis para oito o
número de assentos no Conselho de Administração da estatal.
• O Fórum Brasil Conectado realizou sua segunda reunião nos dias 24, 25 e 26 de agosto de 2010 e foram divulgadas as 100 cidades previstas para serem atendidas inicialmente pelo PNBL.
• Em 17 de setembro de 2010 a Telebrás colocou em consulta pública um Termo de Referência, documento que deverá compor uma eventual licitação para aquisição de equipamentos destinados à iluminar as fibras apagadas das estatais.
[Procure "posts" antigos e novos sobre este tema no Índice Geral do BLOCO] ComUnidade WirelessBrasil