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Fevereiro 2011 Índice Geral do BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!
• Transição IPv4 / IPv6 (2) - Coleção de matérias sobre o tema
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
Aqui está o primeiro "post" desta nova Série:
19/01/11
• Transição
IPv4 / IPv6 (1) - Artigo de José Smolka no e-Thesis: "Demorou..."
Recorte do trecho inicial:
Depois
de muitos avisos e alertas, desta vez parece que finalmente chegou a proverbial
situação da "água fria batendo no bumbum" da Internet IPv4. De acordo com
este relatório (e contador
regressivo para o "armagedom IPv4") feito por
Geoff Houston o
address space
IPv4 deve exaurir-se no dia 19 de fevereiro de 2011. Se vocês quiserem também
podem baixar, a partir desta página
da Hurricane Electric, aplicações para exibir o
contador de exaustão do address space IPv4 no seu iPhone,
smartphone Android, webpage, Windows Vista ou 7 e MacOS X. Segundo
este contador, sugestivamente batizado bye bye IPv4, ainda temos 31
dias (a partir de 13 de janeiro) para conseguir endereços IPv4, o que coloca o
dia fatídico no próximo dia 13 de fevereiro de 2011. Uma semana para lá ou para
cá, não importa. O essencial é que os endereços IPv4 estão acabando,
provavelmente no próximo mês.
02.
Site http://ipv6.br/ foi criado
especialmente para informar usuários e provedores sobre o novo protocolo.
Vamos fazer uma visita por lá nas próximas mensagens.
03.
Transcrevo as seguintes matérias com a recomendação de sempre:
prefiram ler na fonte para consultar figuras, gráficos,
tabelas, etc:
Fonte: Computerworld
[03/02/11]
Prepare-se para evitar que migração para o IPv6 seja disruptiva
Fonte: Computerworld
[02/02/11]
IPv6: garanta um bloco de endereços para a sua empresa - por Paul Zawack, da
NetworkWorld-EUA
Fonte: G1
[02/02/11]
Endereços internacionais disponíveis na internet chegam ao fim - por
Altieres Rohr Especial para o G1
Fonte: G1
[03/09/11]
‘Nova internet’ permitirá a internauta conectar bilhões de dispositivos -
por Altieres Rohr Especial para o G1
Fonte: G1
[03/09/11]
Grupo programa para junho teste de novo padrão de endereços da Internet
Fonte: IPNews
[14/01/11]
Facebook, Google e Yahoo! promovem Dia Mundial do IPv6
Fonte: IPNews
[02/02/11
Cerca de 30% dos provedores no Brasil começaram migração para IPv6 - por
Francine Machado
Temos muitos provedores em nossos Grupos!
Vamos comentar as experiências e dificuldades na migração?
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Fonte: Computerworld
[03/02/11]
Prepare-se para evitar que migração para o IPv6 seja disruptiva
A tendência é a de que a adoção do novo protocolo, somada à virtualização e à
cloud computing, aumente a complexidade das redes e leve a mais erros de
configuração, alerta a EMA.
Quase metade dos gestores de TI enfrentam problemas nas suas redes todos os
meses por erro humano, revela estudo da Enterprise Management Associates (EMA).
Segundo Jim Frey, diretor da entidade, 80% das médias empresas nos EUA tiveram
pelo menos um erro por mês.
O estudo da EMA ouviu 100 gerentes de TI de médias empresas e constatou que, em
média, as empresas têm de corrigir cinco a seis erros por mês e o problema só
deve piorar. A mudança para o protocolo IPv6, a virtualização e a cloud
computing vão aumentar a complexidade das redes e levar a mais erros de
configuração.
"Receio que muitas organizações estejam prontas para um despertar rude quando
tentarem retirar uma ampla vantagem das aplicações de virtualização; a
quantidade de alterações na rede e nos requisitos em tempo real será difícil
para os responsáveis de TI sem as ferramentas de automação necessárias”.
A mudança para o IPv6 pode revelar-se particularmente disruptiva – segundo a
pesquisa da EMA, patrocinada pela Infoblox. Apenas 43% das organizações já
começaram a sua transição para o IPv6, apesar do último bloco de endereços IPv4
já ter sido enviado para os “registries” regionais.
Apesar da aceitação generalizada da importância da automação da rede, as
empresas estão mais lentas que o necessário na implementação da tecnologia.
Segundo a EMA, apenas 14% das empresas automatizaram mais de metade das suas
tarefas administrativas diárias, embora 74% dos gestores concordarem que
ofereceu uma maior estabilidade.
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Fonte: Computerworld
[02/02/11]
IPv6: garanta um bloco de endereços para a sua empresa - por Paul Zawack, da
NetworkWorld-EUA
Existe a possibilidade de as reservas esgotarem o banco de registros de internet
regionais.
Empresas interessadas em assumir desde já o compromisso com o protocolo IPv6,
devem se movimentar e garantir um bloco de endereços compatível com sua demanda.
A pressa é justificada, pois existe a possibilidade de as reservas esgotarem o
banco de registros de internet regionais e a capacidade de os provedores de
acesso processarem esse registro em tempo hábil.
As faixas IP públicas são uma opção atraente para distribuição de IPs internos
em empresas por darem conta do endereçamento duplicado em redes locais – algo
que era comum acontecer com a versão IPv4, atualmente em uso.
Para planejar uma distribuição de IPs interna, é necessário considerar as
regiões geográficas e os aplicativos e suas configurações, além dos endereços
dos servidores. O IPv4 tem uma característica que é a alta customização dos
participantes. Esse recurso continua marcante no IPv6.
É crucial prestar atenção no esquema de endereços de rede, alterações futuras
podem ser uma operação dolorosa e comprovar a necessidade de desenvolver blocos
com um saldo de endereços para agregar novos roteadores e outros participantes
na rede. Se, no uso do IPv4 o quesito mais importante no cálculo é a manutenção
de espaços livres, esse problema desaparece na nova versão do protocolo. É tudo
uma questão de reservar os blocos de tamanho apropriado.
É esperado que o seu projeto de migração para o IPv6 comece com um plano de
engenharia bem estruturado e esteja guarnecido de toda documentação disponível.
Por enquanto, vale eliminar todas as operações que consomem tempo em demasia,
como o design. Vale raciocinar em relação à padronização para blocos de
endereço, em aplicativos, dimensões de sites e sua alocação, sem esquecer as
formas de acesso aos hosts.
Diferente do IPv4, a padronização de uma rede IPv6 é possível em todos os
níveis. Dessa maneira, reduzem-se os prazos com a engenharia e os cansativos
registros e gerenciamento. Além disso, é possível realizar a replicação de
diferentes maneiras e automáticas ao mesmo tempo em que facilita a reserva de
endereços em ambientes densamente povoados.
Os endereços hexadecimais de 128 bits do IPv6 podem intimidar os novatos. Cabe
tornar o trabalho mais fácil possível. Faixas IP padronizadas podem ajudar
nisso, especialmente se a TI optar por padronizar as interfaces limítrofes
principais como /48 /52 /56 /60 etc.
Os limites das rede ficaram mais fáceis de compreender e tornaram as
configurações um processo mais amigável e de menor risco. Se for possível,
avalie a possibilidade de aplicar uma configuração genérica nos diferentes
sites.
Por último. Em uma rede /64 padrão, pode ser possível endereçar de forma
consistente a infraestrutura de rede e os hosts. Existe espaço de sobra para
exercer a criatividade ao mesmo tempo em que usa fórmulas simples.
Saiba se sua estrutura pede a aplicação de autoconfiguração de endereços (SLAAC),
ou se é necessário fazer essa tarefa manualmente e definir os servidores DHCPv6.
Se quiser, poderá optar por modelos híbridos, com distribuição de endereços via
DHCPv6, manual nos casos em que o SLAAC não está previsto. Qualquer tentativa de
padronizar as definições de prefixos /64 devem levar em consideração os limites
dos blocos de endereços maiores no mesmo bit.
Contudo, as organizações são bastante diferentes entre si e devem desenvolver
uma estratégia de endereços e de políticas única. Os conceitos mencionados no
artigo são apenas parte do que deve ser levado em consideração ao bolar um plano
de IPs. O mais importante a ser levado em consideração são os ensinamentos
herdados da estrutura antiga e realizar as melhorias – finalmente possíveis.
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Fonte: G1
[02/02/11]
Endereços internacionais disponíveis na internet chegam ao fim - por
Altieres Rohr Especial para o G1
Órgãos locais e provedores ainda dispõem de números IP.
Solução é a migração para a nova versão do protocolo de internet.
Provedores ainda não habilitam o acesso à rede IPv6. Modems ADSL não possuem
suporte (Foto: Reprodução)Provedores ainda não habilitam o acesso à rede
IPv6 (Foto: Reprodução)
A Autoridade de Internet para Nomes e Números (IANA, na sigla em inglês) alocou
os últimos blocos de endereços IP disponíveis para a APNIC. Ainda restam cinco
blocos na reserva, mas esses devem ser automaticamente distribuídos para cada um
dos registradores locais (RIR), o que significa que, efetivamente, não há mais
endereços disponíveis para atender solicitações específicas.
A IANA gerencia a alocação internacional de números IP. O protocolo usado
atualmente, o IPv4, tem um limite total de quatro bilhões de endereços. Abaixo
da IANA existem cinco autoridades locais (chamadas de Regional Internet
Registries – RIR). A América Latina, por exemplo, é gerenciada pelo RIR LACNIC.
Cada RIR pode solicitar endereços à IANA para, mais tarde, distribuir a cada
país ou provedor que os solicitarem.
Isso significa que o fim da reserva internacional não esgota as reservas locais.
No Brasil, o NIC.br solicita endereços à LACNIC, para depois distribuir aos
provedores nacionais. Em entrevista ao G1 concedida em setembro de 2010, um
diretor do NIC.br afirmou que a reserva nacional pode durar até dois anos depois
do fim da reserva internacional.
Depois que provedores não puderem mais solicitar IPs, eles ainda terão reservas
de IPs não utilizados para alocar a seus usuários. Quando os provedores também
não tiverem mais IPs para fornecer aos clientes, o IPv4 estará realmente
esgotado.
A única solução é a migração para a nova versão do IP, o IPv6. O IPv6 usa
endereços muito maiores. No IPv6, cada internauta pode receber milhões ou até
bilhões de endereços – o equivalente a todo o espaço do IPv4 – e ainda assim
haverá endereços sobrando.
Embora seja chamado de um protocolo “novo”, o IPv6 existe desde 1996. Apesar
disso, provedores não têm investido na adoção do novo protocolo. Especialistas
acreditam que o atraso pode significar uma transição turbulenta para alguns
usuários, que não conseguirão acessar sites fora da rede IPv4 até que a
transição se finalize.
Um dos maiores problemas é a falta de suporte a IPv6 em aparelhos de comunicação
de “ponta final”, como modems ADSL e roteadores caseiros.
Dia Mundial do IPv6
A Internet Society em conjunto com o Google e outros grandes websites lançaram o
Dia Mundial do IPv6, um teste de 24 horas com o "salvador" da internet.
A ideia é que o fato de habilitar o IPv6 em sites grandes e famosos possa testar
o protocolo em escala maciça. Assim, falham seriam descobertas e isoladas,
deixando o serviço mais "redondo" antes da inevitável transição global.
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Fonte: G1
[03/09/11]
‘Nova internet’ permitirá a internauta conectar bilhões de dispositivos -
por Altieres Rohr Especial para o G1
Protocolo IPv6 resolve problema de escassez de endereços.
Equipamentos domésticos ainda carecem de suporte.
A internet sofre de um problema grave: cada computador precisa de um endereço IP
para se conectar e esses endereços estão acabando. Isso significa que em breve –
algumas previsões são para o início do ano que vem – não existam mais endereços
para que novos provedores ou usuários sejam conectados à rede. O protocolo que
vai eliminar o problema da escassez de endereços vai também resolver outras
questões de bastidores de rede e, como consequência, cada internauta receberá
bilhões de endereços fixos e reais de internet – o número é maior que o da
internet inteira hoje, e grande demais para listar aqui.
Antônio Marcos Moreiras é coordenador de projetos no Centro de Estudos e
Pesquisas em Tecnologias de Redes e Operações, que é ligado ao Comitê Gestor da
Internet no Brasil (CGI.br). Segundo ele, apenas 220 milhões (5,4%) dos
endereços de IP disponíveis globalmente hoje – o chamado IPv4 – estão
disponíveis. Todos os outros já estão alocados para redes corporativas ou
provedores de internet.
A previsão é a de que o estoque mundial se esgote até o início do ano que vem.
No entanto, reservas locais ainda podem garantir um fôlego extra para a rede
IPv4 – a Iana (Autoridade de Números Atribuídos na Internet, na sigla em inglês)
é responsável por distribuir endereços globalmente, mas organizações
localizadas, como o Lacnic (Registro de Endereços na Internet para América
Latina e Caribe, da América Latina, em inglês), e o NIC.br (Núcleo de Informação
e Coordenação do Ponto BR), do Brasil, possuem endereços que não foram
redistribuídos. Moreiras diz que é difícil estimar, mas é possível que as
reservas brasileiras sustentem um ou até dois anos de crescimento da internet
nacional depois que o estoque geral acabar.
O IPv6 foi criado em 1998 quando já se previa que os endereços IPv4 não
demorariam a acabar, apesar de soluções como Network Address Translation (NAT)
que permitiram o uso de endereços repetidos pelas chamadas redes internas,
usadas em empresas ou redes domésticas. Com isso, muitos IPs puderam ser
reutilizados por computadores que não se comunicam diretamente.
Esse cenário será bem diferente no IPv6. “Não existe NAT no IPv6”, de acordo com
Moreiras. Espera-se que os aplicativos operem com o pressuposto de que todos os
computadores conectados à internet são acessíveis diretamente, sem roteadores ou
outros computadores agindo como ponte. Todos os IPs alocados no IPv6 são fixos –
hoje, IPs são dinâmicos para “reciclar” endereços que não estejam em uso.
A quantidade absurda de endereços disponíveis no IPv6 permite que milhões de
endereços sejam alocados para cada assinante de serviços de internet. Para cada
usuário doméstico são 256 redes com quatro bilhões ao quadrado de endereços
cada. Empresas terão 65.000 redes – com os mesmos quatro bilhões ao quadrado de
endereços cada. Isso não foi intencional. Essa quantidade está relacionada com
um recurso que busca facilitar a vida de administradores de redes.
“Não é questão do número de endereços. Existe um esquema de autoconfiguração de
endereçamento no IPv6 que acaba reservando esse número de endereços para que o
IP seja atribuído de forma automática. Não é esperado que usuário coloque tudo
isso na rede”, explica Moreira.
O número de quatro bilhões ao quadrado não poderá ser usado na configuração
automática. Além de a infraestrutura de rede simplesmente não suportar tantos
dispositivos, existe uma limitação com base no número identificador físico das
placas de rede, o Media Access Control (MAC). Isso significa que muitos
endereços serão desperdiçados e equipamentos podem acabar gerando conflitos se
conectados dentro de uma mesma rede se realmente alguém tentar usar todos os
endereços disponíveis. Mas até usuários domésticos terão a possibilidade de usar
256 “subrredes” – em cada uma delas, é possível ter equipamentos que, quando
conectados na mesma rede, gerariam conflitos. Mesmo se apenas um dispositivo
fosse conectado em cada rede, ainda seriam 256 dispositivos conectados.
Empresas receberão uma rede com a possibilidade de criar 65 mil subrredes,
permitindo a segregação entre filiais, departamentos, seções, hierarquias, entre
outros.
Brasil é o país com mais endereços IPv6 na América Latina, mas é também o país
com mais endereços IPv4.
Além da configuração, o desenvolvimento de aplicativos fica mais fácil.
Programas como o Skype precisam usar “truques” para permitir que computadores
conectados de forma indireta à internet consigam se “falar”.
Rede doméstica e segurança são incógnitas
Muito esforço tem sido dedicado ao treinamento de profissionais de provedores
para preparem suas redes para o IPv6. O diretor técnico da LACNIC, Arturo Servin,
informa que a organização tem um projeto chamado “IPv6 Tour” que já treinou 5
mil profissionais de rede na América Latina. A LACNIC é a responsável por
distribuir IPs na América Latina e no Caribe.
Mas, apesar da data do esgotamento dos IPs estar se aproximando, equipamentos
domésticos como roteadores e modems ADSL não estão preparados para receber
endereços IPv6. Segundo o engenheiro de vendas da Linksys Diogo Superbi, a
empresa não sabe se uma atualização de software (firmware) será suficiente para
fazer os equipamentos funcionarem ou se uma troca de hardware completa (chipset)
será necessária.
O engenheiro diz que os usuários não procuram o suporte a IPv6 como diferencial,
embora equipamentos sem suporte poderão, em breve, se tornarem obsoletos – os
equipamentos domésticos da empresa ainda não estão prontos para o IPv6. “O que o
consumidor hoje leva em conta é o velocidade do Wi-Fi e o alcance do produto. A
maioria dos consumidores não tem conhecimento IP, nem v4 nem v6”, explica. Para
ele, a transição para IPv6 precisa ser transparente e motivada pelas novas
possibilidades que o internauta terá, como a possibilidade de conectar uma
câmera diretamente à internet.
“O jargão técnico é algo de redes corporativas”, diz o engenheiro da Linksys.
Outra dificuldade está na falta de posicionamento das operadoras sobre como vai
ser o acesso IPv6. Superbi afirma que a Linksys começará a avaliar o IPv6 no
momento que houver um movimento por parte delas para trazer IPv6 ao mercado de
consumo.
A segurança é outra preocupação corrente. Atualmente, os roteadores domésticos
usam a tecnologia NAT para impedir que conexões diretas da internet cheguem à
rede interna, sem interferir na navegação do computador, o que dá mais segurança
aos usuários, protegendo computadores contra ataques. O IPv6 tem como um de seus
objetivos acabar com isso.
“Eu como usuário não quero deixar todos os meus computadores ligados diretamente
na Internet”, afirma o engenheiro da Linksys. “Você vai ter as proteções. As
pessoas não vão poder deixar seu micro aberto”, diz. O engenheiro não sabe
ainda, no entanto, como essa segurança vai acontecer – apenas que elas precisam
ser fáceis de configurar, de modo a não causar incômodo ao usuário.
Embora sistemas operacionais de computadores estejam prontos para lidar com
IPv6, o mesmo não pode ser dito sobre os sistemas de impressoras, consoles de
videogame e outros equipamentos que hoje possuem acesso à rede. Segundo Servin,
da LACNIC, “a comunidade está trabalhando para garantir a conectividade de
equipamentos com suporte a apenas IPv4”.
Adoção está lenta e usuários podem precisar trocar equipamentos
A maior parte dos equipamentos domésticos não têm suporte a IPv6 e podem
necessitar de substituição.
O Brasil possui cerca de 700 redes autônomas. Uma rede autônoma é normalmente um
provedor de internet, empresa ou organização de grande porte, como uma
universidade. Dessas 700, 140 já solicitaram endereços IPv6, o que significa que
estão em testes ou em processo de implantação. Apenas alguns poucos provedores
estão com suporte a IPv6 para usuários finais – nenhum deles de grande porte.
Mesmo assim, o Brasil detém 44% de todos os endereços IPv6 alocados para a
América Latina. O país está se movimentando na mesma velocidade que o resto do
mundo - o que, para especialistas, ainda é lenta.
A adoção ocorre como resposta ao iminente esgotamento. “[A adoção] tem ganhado
força, principalmente a partir de 2008. A gente tem feito um trabalho de
divulgação muito forte, inclusive oferecendo treinamentos gratuitamente no NIC.br.
Parte do movimento nacional é resultado do nosso esforço aqui, e parte é pela
proximidade do esgotamento. O pessoal está vendo que se não implementar é
possível que em alguns anos eles estejam fora do mercado, é uma questão de
sobrevivência”, explica Moreiras.
Os equipamentos de rede de grandes corporações já suportam IPv6. O problema
maior é com mão de obra. Moreiras cita um dado que aponta que 70% dos custos dos
provedores para a migração do IPv6 serão com mão de obra. E mais: o IPv6 não
substitui o IPv4 – as duas redes continuam funcionando ao mesmo tempo, quase que
dobrando o trabalho de configuração de rede.
Embora seja a sobrevivência no mercado o principal motivador para a implantação
do IPv6, há também a possibilidade de novos recursos, tanto para empresas como
usuários. “O dia que chegar, será ótimo, porque abre possibilidades. Isso vai
ser muito legal. Você poderia escolher ter uma câmera, ter um IP de verdade,
remoto, aberta”, comenta Diogo Superbi, da Linksys.
Mas a indefinição segue e, talvez, usuários tenham que trocar equipamentos.
"Fala-se muito, se lê, comenta, é fato. Mas ainda não há por parte das
operadoras uma sinalização de que serão feitas as [adequações da rede para IPv6]
. Quando houver uma sinalização, aí sim quem sabe o chipset [do modem ou
roteador doméstico] suporte, ou não, e aí você vai ter que, talvez, trocar”,
explica Superbi.
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Fonte: G1
[03/09/11]
Grupo programa para junho teste de novo padrão de endereços da Internet
Atualmente, há limite de 4,3 bilhões de máquinas conectadas à rede.
Protocolo IPv6 comporta número quase infinito de objetos.
Site IPv6.br foi criado especialmente para informar usuários e provedores sobre
o novo protocolo.
A internet sofre de um problema grave: cada computador precisa de um endereço IP
para se conectar, e existem 4,3 bilhões de endereços disponíveis pelo padrão
atual, batizado de IPv4. Em breve não existirão mais endereços para que novos
provedores ou usuários sejam conectados à rede, e as previsões mais pessimistas
apostam que isso acontecerá ainda no primeiro semestre. Organizações
responsáveis pelos padrões da rede pretendem, em 8 de junho, realizar um teste
em larga escala do novo padrão de endereços, que permitirá a conexão de trilhões
de provedores, usuários e equipamentos.
O protocolo que vai eliminar o problema da escassez de endereços vai também
resolver outras questões de bastidores de rede e, como consequência, cada
internauta receberá bilhões de endereços fixos e reais de internet – o número é
maior que o da internet inteira hoje, e grande demais para reproduzir nesta
nota.
Convencer os provedores de internet e de infraestrutura de rede a implementar o
protocolo de 128 bits tem sido uma tarefa árdua por anos. Atualmente apenas 0,2%
dos usuários da internet estão conectados pelo novo protocolo. Por isso, a
Internet Society em conjunto com o Google e outros grandes websites estão
lançando o Dia Mundial do IPv6, um teste de 24 horas com o "salvador" da
internet.
A ideia é que o fato de habilitar o IPv6 em sites grandes e famosos possa testar
o protocolo em escala maciça. Assim, os bugs seriam descobertos e isolados e
poderia deixar o serviço mais "redondo" quando da invevitável transição global.
Não é surpresa que o Google esteja liderando essa mudança, já que o gigante das
buscas teria muito a perder num eventual armagedom da internet. Na verdade, e
empresa já está preparada para usar o IPv6 no buscador desde 2008 e no YouTube
desde 2010.
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Fonte: IPNews
[14/01/11]
Facebook, Google e Yahoo! promovem Dia Mundial do IPv6
No dia 8 de junho, as companhias, junto ao Akamai e a Limelight Networks
deixarão seus sites 24h funcionando no novo protocolo.
Os endereços de internet estão quase esgotados e estimulou a necessidade das
grandes companhias em se unir à Sociedade Internet, para uma experiência global:
Dia Mundial do IPv6. Trata-se de provar como se pode mudar a internet do futuro.
O encontro será dia 8 de junho.
Gigantes da rede, como Facebook, Google e o Yahoo! (com cerca de 1 bilhão de
usuários, entre os três), Akamai (que oferece um quarto de todo o tráfego da
internet) e a Limelight Networks estão se preparando para provar como
funcionarão com o novo protocolo, IPv6, durante 24h.
Em uma nota, em que confirma sua participação no Dia Mundial do IPv6, o Google
afirma que, durante 24 horas, todas essas companhias habilitarão o novo
protocolo em seus sites principais durante um dia inteiro. “É uma fase crucial
na transição, porque, enquanto o IPv6 está amplamente implementado em muitas
redes, nunca foi utilizado em larga escala antes”, comenta o engenheiro da
companhia, Lorenzo Colitti.
De fato, o Google recolheu estatísticas durante os últimos dois anos sobre a
adoção do IPv6, e as conclusões não são muito animadoras: somente 0,2% dos
usuários de internet dispõem de conectividade com novo protocolo.
Ainda que se esgotem os endereços IPv4, existem soluções de emergência, como o
uso dos NATs (Network Address Translation), que permitem compartilhar endereços
para prolongar a vida do antigo protocolo.
Os NATs são dispositivos que envolvem intranets e internet e são capazes de dar
acesso à rede a partir de um único IP para vários computadores, os quais dividem
esse endereço. No entanto, eles diminuem a segurança da internet.
A maioria dos usuários não verá nenhum efeito, de imediato, quando os endereços
IPv4 se esgotarem. Alguns cálculos indicam que somente 0,05% dos usuários serão
afetados com alguns problemas de conectividade.
Protocolo de Internet
A rede das redes existe graças a um sistema que atribui a cada máquina um
endereço numérico (por exemplo, 193.110.128.200), que, posteriormente, se traduz
a um nome ou direção web.
Todo dispositivo precisa de um endereço IP para se conectar à internet e
garantir que os dados chegarão ao destino adequado. Por isso, estes dependem da
expansão da rede. O problema é que as possíveis combinações de dígitos estão
acabando: faltam menos de 2% dos números ainda livres. Analistas esperam que
estes se esgotem em menos de um mês.
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Fonte: IPNews
[02/02/11
Cerca de 30% dos provedores no Brasil começaram migração para IPv6 - por
Francine Machado
Expectativa do Nic.BR é de que a migração termine de um ano e meio a dois.
Blocos de IPv6 foram entregues a 270 provedoras de conteúdo ou serviços.
De acordo com o supervisor de projetos Antônio Moreiras, isso significa que por
volta de 30%, num universo de 800 provedores, já começaram a migração para o
novo protocolo.
Ele faz o balanço que no fim do ano passado, 180 solicitaram blocos de endereços
IPv6 e em 2009 foram 60. Ao contrário da expectativa no exterior, de que os
blocos IPv4 restantes se esgotem num prazo de três a sete meses, aqui isso deve
levar um ano. “Dividimos nossos endereços com América Latina e Caribe. A
expectativa de esgotamento dos endereços IPv4 terá que ser revista mensalmente,
pois a Internet cresce de modo não linear.
O órgão tem prestado suporte nesta migração com cursos, publicação de conteúdo a
respeito na Internet, tanto para leigos quanto para especialistas, alertando
sobre o assunto em eventos e chamando a atenção da imprensa. “Já treinamos 800
profissionais de rede de 250 entidades diferentes”.
Moreiras analisa que o alerta sobre o fim dos endereços IPv4 vem sendo feito
desde 1998, mas que só há dois anos tem percebido maior movimentação em
atualização de equipamentos e recursos humanos. “Os provedores de conectividade
porém devem encontrar subterfúgios para os que demorarem mais para se atualizar,
viabilizando ao menos acesso a parte do que têm na web”.
Antônio recomenda que as empresas se planejem, aproveitem a troca de programas e
atualização de equipamentos, para já amarrarem contratos que incluam os ajustes
necessários, só fechem compras que já tenham as atualizações requeridas e
antecedam o que precisam o quanto antes, de forma a controlar melhor os gastos.
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Fonte: e-Thesis
Demorou...
Eu detesto dizer 'eu avisei' -
Artigos
por Jose Smolka
13-Jan-2011
E depois disso, o que acontece?
Não haverá mais possibilidade alguma de obter endereços IPv4 e a Internet, que
ainda não conseguiu organizar uma migração consistente dos seus serviços para
IPv6, será forçada a dar um "freio de arrumação"? Mais ou menos.
Uma possível válvula de escape é promover um refarming intensivo do
address space IPv4. A única dúvida que eu tenho é se isso ocorreria por
iniciativa e pressão dos RIRs (Regional Internet Registrars) ou pela
boa e velha iniciativa privada. A diferença entre os dois casos é que no
primeiro provavelmente não haverá custo associado a este processo, enquanto no
segundo caso...
A saída definitiva, como sempre, é acelerar a migração para IPv6. Algumas
iniciativas interessantes estão finalmente acontecendo nesta área.
Em 8 de junho de 2011 a ISOC (Internet Society)
estará promovendo o World
IPv6 Day, com participação assegurada (finalmente) dos
pesos-pesados da Internet: Google, Facebook, Yahoo!, Akamai e Limelight
Networks. Neste dia (e, possivelmente, em definitivo a partir daí?) todos os
sites participantes disponibilizarão todo o seu conteúdo através de IPv6. Não
está dito, mas eu não creio que eles suspendam o acesso IPv4 neste dia, portanto
acho que todos deverão estar oferecendo acesso dual stack.
E para os usuários, o que isto significa? Bom... quem não possuir uma
configuração dual stack não poderá acessar o conteúdo que venha a ser
oferecido apenas sobre IPv6. E como conseguir esta configuração? Para quem está
usando as versões mais atuais dos sistemas operacionais da Microsoft e da Apple
isto depende basicamente do estado de preparação do seu provedor de acesso à
Internet, porque eles já vem de fábrica com o protocolo IPv6 habilitado, e os
aplicativos mais atuais já estão preparados para fazer consultas de tradução de
nomes para endereços na versão IPv6 do DNS (Domain Naming System).
O que está a cargo do ISP? Atualizar o serviço de configuração automática (DHCP)
para designar endereçamento IPv6 aos hosts; atualizar os servidores DNS
para reconhecer e responder consultas aos registros AAAA (tradução de nomes para
endereços IPv6); ativar o protocolo IPv6 em todos os seus roteadores; e
estabelecer conectividade (peering) IPv6 com o resto da Internet.
Um dos recursos interessantes indicados na página do evento da ISOC é este
IPv6 readiness test para o seu
host conectado à Internet. No meu caso (PC rodando Windows 7 e com conexão
Oi Velox à Internet) o resultado do teste foi o seguinte:
No geral parece bem. Posso
acessar conteúdo IPv6, desde que eu saiba o endereço. Ainda tenho que esperar a
atualização dos servidores DNS, mas creio que isso ocorra em breve (embora eu
não tenha nenhuma idéia de quais são os planos da Oi a este respeito). Minha
única preocupação é com a escalabilidade dos servidores Teredo relay à
medida que o tráfego IPv6 comece a crescer de verdade.
Recomendo a todos que façam este teste e verifiquem o seu status de
preparação para funcionar com IPv6. Acredito que, neste momento, todas as
operadoras de telefonia fixa devem estar em um grau semelhante de preparação ao
que listei aqui (feedback de usuários da Telefónica e da GVT é
bem-vindo). Quanto às operadoras de telefonia móvel a situação ainda é incerta,
porque para suportar IPv6 elas tem que habilitar mais um contexto PDP (Packet
Data Protocol) para cada assinante conectado ao serviço de dados, e isto
tem grande impacto (performance e custo) sobre os gateways do
serviço de dados (SGSN e GGSN). Meu palpite é que inicialmente isto só será
habilitado para usuários 3G, e, possivelmente, somente para uma parcela dos
usuários (modems para notebooks, por exemplo). Já a situação de
preparação dos pequenos provedores de acesso são uma incógnita para mim. Mas
todos eles tem que fazer seus próprios planos para adequar-se às exigências
acima.
O tempo está correndo, e seria bom se a Anatel exigisse dos detendores de
licença do SCM (Serviço de Comunicação Multimídia) a publicação dos seus
roadmaps para adequação ao IPv6. Mais uma vez o aviso está dado. E eu
detesto dizer "eu avisei".
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