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Fevereiro 2011 Índice Geral do BLOCO
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• Telebrás, Eletronet e PNBL (337) - Liminar suspende pregão eletrônico da Telebrás
Olá, WirelessBR e Celld-group!
Transcrevo esta notícia:
Fonte: O Estado de
S.Paulo
[16/02/11]
Liminar suspende pregão eletrônico da Telebrás - por Renato Cruz
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Fonte: O Estado de S.Paulo
[16/02/11]
Liminar suspende pregão eletrônico da Telebrás - por Renato Cruz
Empresa que havia sido desclassificada vê
indícios de tratamento diferenciado entre concorrentes
A estatal Telebrás foi reativada no ano passado para liderar o Plano Nacional de
Banda Larga (PNBL). Ainda não conseguiu conectar uma única cidade à internet,
mas os casos polêmicos que envolvem a empresa não param de crescer. Na
sexta-feira, a Everest Engenharia conseguiu uma liminar suspendendo o pregão
eletrônico de número 8, realizado pela Telebrás para a compra de rádios digitais
e infraestrutura de torres e postes.
"Minha cliente foi vencedora pelo menor preço", disse o advogado Evaristo
Araujo, do escritório Gandelman. "Após manifestação da segunda colocada, ela foi
inabilitada." O pregoeiro apontou irregularidades na documentação da empresa,
como uma certidão negativa da Receita Estadual com o prazo vencido e um balanço
sem o devido registro na Junta Comercial.
Araujo afirmou que a validade da certidão estava vencida porque o processo se
estendeu por 56 dias, e que o balanço foi registrado. O pedido de liminar era
para o oitavo lote do pregão, de torres e postes para a Região Nordeste, mas o
juiz Paulo Cesar Lopes, da 13.ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, decidiu
paralisar todo a concorrência.
"Percebemos que as empresas que levaram mais lotes estavam tendo um tratamento
diferenciado", disse o advogado. "Minha cliente recebeu prazo de 15 minutos para
contestar a decisão do pregoeiro e, a segunda colocada, de dois dias." Segundo
Araujo, quando a empresa foi inabilitada, sua proposta era de R$ 68 milhões,
cerca de R$ 200 mil abaixo da segunda colocada.
A Telebrás informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que recorrerá da
liminar. "A decisão do pregoeiro foi amparada pela lei", argumentou a estatal.
"A certidão negativa da empresa estava vencida e o balanço não estava registrado
na Junta Comercial."
Questionamento. Essa não é a primeira decisão contra o processo de compras da
Telebrás, comandada por Rogerio Santanna. Em dezembro, o Tribunal de Contas da
União (TCU) suspendeu a extensão da contratação de duas empresas para a execução
de infraestrutura básica, no pregão de número 2, de estações de radiobase.
As suspeitas foram de direcionamento e favorecimento às contratadas (ausência de
publicidade); ausência de projeto básico, com sua elaboração confiada aos
próprios executores (aberração jurídica); e sobrepreços ou superfaturamento
escandaloso. O sobrepreço poderia chegar a R$ 80 milhões.
Apesar de ter assinado contratos com fornecedores, a Telebrás enfrentou falta de
dinheiro. A empresa havia solicitado ao governo R$ 1 bilhão para os anos de 2010
e 2011, mas foram autorizados R$ 589 milhões. O dinheiro do ano passado só foi
liberado no fim de dezembro, por meio de medida provisória.
Outro nó que prejudica a entrada da Telebrás em operação são os contratos para o
uso da infraestrutura da Petrobrás e da Eletrobrás, que ainda não foram
assinados. A estatal planeja oferecer banda larga usando as redes do governo,
mas, ao que parece, as negociações sobre as redes de fibras ópticas das outras
empresas não estão tão simples.
Prioridade.
O PNBL é uma prioridade do governo Dilma Rousseff, e a ideia seria conectar as
primeiras cidades com a rede da Telebrás em abril. Ante as dificuldades
enfrentadas pela empresa para contratar a sua infraestrutura, esse prazo, que
inicialmente venceria em dezembro de 2010, pode ser postergado de novo.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, está trabalhando em outras frentes
para colocar o plano de pé, negociando com governos estaduais para a redução do
ICMS que incide sobre planos populares de banda larga, o que não depende da
Telebrás.
Alguns Estados, como São Paulo, já reduziram o imposto sobre os planos populares
de acesso, ainda sem resultados significativos.
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