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• Transição IPv4 / IPv6 (1) - Artigo de José Smolka no e-Thesis: "Demorou..."
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
Transcrevo mais abaixo este artigo recente do nosso José Smolka no
e-Thesis da nossa Jana de
Paula: :-)
Fonte: e-Thesis
[13/01/11]
Demorou... - por José Smolka
Recorte:
(...) O essencial é que os endereços IPv4 estão acabando,
provavelmente no próximo mês.
E depois disso, o que acontece? Não haverá mais possibilidade alguma de obter
endereços IPv4 e a Internet, que ainda não conseguiu organizar uma migração
consistente dos seus serviços para IPv6, será forçada a dar um "freio de
arrumação"? Mais ou menos. (...)
Comentários?
Mais informações?
Sugestões de novas leituras sobre o tema?
02.
Aqui estão os demais artigos do Smolka na "série"
Eu detesto dizer 'eu avisei' no e-Thesis
[22/09/10]
O que realmente significa net neutrality?
[12/07/10]
Meditações...
[14/04/10]
Bitpipe Wars
[21/06/08]
NGN, IMS e SDP. Será suficiente?
03
Conheça:
Website de José
Smolka no domínio WirelessBRASIL
------------------
Fonte: e-Thesis
Demorou...
Eu detesto dizer 'eu avisei' -
Artigos
por Jose Smolka
13-Jan-2011
E depois disso, o que acontece?
Não haverá mais possibilidade alguma de obter endereços IPv4 e a Internet, que
ainda não conseguiu organizar uma migração consistente dos seus serviços para
IPv6, será forçada a dar um "freio de arrumação"? Mais ou menos.
Uma possível válvula de escape é promover um refarming intensivo do
address space IPv4. A única dúvida que eu tenho é se isso ocorreria por
iniciativa e pressão dos RIRs (Regional Internet Registrars) ou pela
boa e velha iniciativa privada. A diferença entre os dois casos é que no
primeiro provavelmente não haverá custo associado a este processo, enquanto no
segundo caso...
A saída definitiva, como sempre, é acelerar a migração para IPv6. Algumas
iniciativas interessantes estão finalmente acontecendo nesta área.
Em 8 de junho de 2011 a ISOC (Internet Society)
estará promovendo o World
IPv6 Day, com participação assegurada (finalmente) dos
pesos-pesados da Internet: Google, Facebook, Yahoo!, Akamai e Limelight
Networks. Neste dia (e, possivelmente, em definitivo a partir daí?) todos os
sites participantes disponibilizarão todo o seu conteúdo através de IPv6. Não
está dito, mas eu não creio que eles suspendam o acesso IPv4 neste dia, portanto
acho que todos deverão estar oferecendo acesso dual stack.
E para os usuários, o que isto significa? Bom... quem não possuir uma
configuração dual stack não poderá acessar o conteúdo que venha a ser
oferecido apenas sobre IPv6. E como conseguir esta configuração? Para quem está
usando as versões mais atuais dos sistemas operacionais da Microsoft e da Apple
isto depende basicamente do estado de preparação do seu provedor de acesso à
Internet, porque eles já vem de fábrica com o protocolo IPv6 habilitado, e os
aplicativos mais atuais já estão preparados para fazer consultas de tradução de
nomes para endereços na versão IPv6 do DNS (Domain Naming System).
O que está a cargo do ISP? Atualizar o serviço de configuração automática (DHCP)
para designar endereçamento IPv6 aos hosts; atualizar os servidores DNS
para reconhecer e responder consultas aos registros AAAA (tradução de nomes para
endereços IPv6); ativar o protocolo IPv6 em todos os seus roteadores; e
estabelecer conectividade (peering) IPv6 com o resto da Internet.
Um dos recursos interessantes indicados na página do evento da ISOC é este
IPv6 readiness test para o seu
host conectado à Internet. No meu caso (PC rodando Windows 7 e com conexão
Oi Velox à Internet) o resultado do teste foi o seguinte:
No geral parece bem. Posso
acessar conteúdo IPv6, desde que eu saiba o endereço. Ainda tenho que esperar a
atualização dos servidores DNS, mas creio que isso ocorra em breve (embora eu
não tenha nenhuma idéia de quais são os planos da Oi a este respeito). Minha
única preocupação é com a escalabilidade dos servidores Teredo relay à
medida que o tráfego IPv6 comece a crescer de verdade.
Recomendo a todos que façam este teste e verifiquem o seu status de
preparação para funcionar com IPv6. Acredito que, neste momento, todas as
operadoras de telefonia fixa devem estar em um grau semelhante de preparação ao
que listei aqui (feedback de usuários da Telefónica e da GVT é
bem-vindo). Quanto às operadoras de telefonia móvel a situação ainda é incerta,
porque para suportar IPv6 elas tem que habilitar mais um contexto PDP (Packet
Data Protocol) para cada assinante conectado ao serviço de dados, e isto
tem grande impacto (performance e custo) sobre os gateways do
serviço de dados (SGSN e GGSN). Meu palpite é que inicialmente isto só será
habilitado para usuários 3G, e, possivelmente, somente para uma parcela dos
usuários (modems para notebooks, por exemplo). Já a situação de
preparação dos pequenos provedores de acesso são uma incógnita para mim. Mas
todos eles tem que fazer seus próprios planos para adequar-se às exigências
acima.
O tempo está correndo, e seria bom se a Anatel exigisse dos detendores de
licença do SCM (Serviço de Comunicação Multimídia) a publicação dos seus
roadmaps para adequação ao IPv6. Mais uma vez o aviso está dado. E eu
detesto dizer "eu avisei".
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