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Janeiro 2011 Índice Geral do BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!
• A Anatel se prepara para monitorar chamadas telefônicas fixas e móveis (2) - Paulo Bernardo defende + "Pro Teste" apóia + Íntegra da Nota da Anatel
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
Transcrevo abaixo estas matérias, em repercussão ao tema:
Fonte: Teletime
[20/01/11]
Paulo Bernardo defende Anatel na questão do monitoramento dos clientes
Fonte: Tele.Síntese
[21/01/11]
Proteste apoia acesso remoto aos dados das chamadas
Fonte: Cidade Marketing
[21/01/11]
Proteste pede que ANATEL garanta privacidade
Fonte: Website Ethevaldo Siqueira
[21/01/11]
Anatel nega quebra
de sigilo - Íntegra da Nota da Anatel
Fonte: Câmara Federal
[20/01/11]
PSDB pede que Ministério Público investigue Anatel por possível quebra de sigilo
telefônico
02.
Artigos do "post" anterior:
Fonte: ClippingMP -
Origem: Folha de S. Paulo
[19/10/11]
Anatel terá acesso total a dado sigiloso de telefones - por Júlio Wiziack
Fonte: ClippinMP - Origem: Estadão
[20/01/11]
Anatel pode parar na Justiça por ''quebra de sigilo'' - por Karla Mendes
Fonte: O Estado de S.Paulo
[21/01/11]
A
Anatel ameaça o sigilo - Editorial Estadão
Comentários?
Boa leitura!------------------
Fonte: Teletime
[20/01/11]
Paulo Bernardo defende Anatel na questão do monitoramento dos clientes
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, criticou a nota publicada nesta
quarta-feira, 19, pelo presidente nacional do PSDB, senador Sergio Guerra (PE),
atacando a proposta de um sistema de monitoramento de ligações telefônicas feita
pela Anatel. A nota diz que o partido vai acompanhar a discussão do assunto de
perto e não vai permitir violações. "Estive ontem com o embaixador Sardenberg
(Ronaldo Sardenberg, presidente da Anatel) e não há nenhuma violação telefônica.
O novo sistema não dá acesso a conversas e mensagens entre os usuários, isso foi
mal interpretado pelos jornais, operadoras e todos aqueles que criticam o novo
modelo", diz.
Por fim, o ministro fez uma pergunta retórica, questionando o motivo pelo qual o
maior rigor das informações gerenciais trazido pelo novo sistema não interessa
às empresas de telecomunicações. "Por que as operadoras são contra o novo modelo
de monitoramento proposto pela Anatel? Fica aí a questão", indaga.
Acesso irrestrito
Vale lembrar que boa parte dos dados que estão sendo solicitados pela Anatel já
precisam ser fornecidos pelas operadoras. A diferença é que esse acesso se daria
de forma online, com acesso direto ao sistema. Outro ponto relevante é que,
hoje, a rede de revendedores de celulares e serviços de call center, que muitas
vezes não pertencem ou estão diretamente vinculados às operadoras, têm acesso a
dados reservados dos clientes, bastando para isso a consulta pelo número da
linha.
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Fonte: Tele.Síntese
[21/01/11]
Proteste apoia acesso remoto aos dados das chamadas
Entidade, porém, pede garantia à Anatel da privacidade dessas informações.
A Proteste - Associação de Consumidores apóia a alteração de procedimentos de
fiscalização das operadoras de telefonia - para que a Anatel passe a ter acesso
online aos dados detalhados de ligações telefônicas, que são informados aos
usuários nas contas telefônicas, e que apenas as empresas possuem. Mas defende
que haja uma regulamentação rigorosa do acesso a esses dados pela Anatel e que
os meios tecnológicos a serem empregados pela agência para esse tipo de
fiscalização assegurem o sigilo e a privacidade dos consumidores.
A entidade disse que acompanhará o procedimento instaurado pelo Ministério
Público Federal para apurar as condições da Agência em ter acesso a esses dados
sem ameaçar o sigilo telefônico e solicitará diretamente à Anatel informações
sobre como será feito esse acesso aos dados de ligações, e de como serão
garantidos os direitos individuais dos usuários de telefonia. A associação
ressalta que o controle eletrônico dificultará cobranças indevidas e sonegação
de informação.
Segundo a entidade, o detalhamento das ligações telefônicas na conta mensal, com
a informação de número chamado, localidade, dia e hora, foi uma conquista dos
consumidores, e atendeu a uma reivindicação da Proteste, que protestava contra a
falta de informações e o número excessivo de cobranças indevidas feitas pelas
empresas do setor. “Ainda assim, a ausência de um controle externo sobre os
registros de chamadas fragiliza a fiscalização dos serviços prestados pelas
empresas e deixa o consumidor vulnerável quando tem alguma reclamação e quer
contestar um registro indevido em sua conta”, aponta a associação em nota. (Da
redação, com assessoria de imprensa)
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Fonte: Cidade Marketing
[21/01/11]
PROTESTE pede que ANATEL garanta privacidade
Associação considera que controle eletrônico dificultará cobranças indevidas e
sonegação de informação mas alerta para perigo de perda de sigilo
A Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) pretende alterar seus
procedimentos de fiscalização das operadoras de telefonia, para passar a ter
acesso aos dados detalhados de ligações telefônicas, que são informados aos
usuários nas contas telefônicas, e que apenas as empresas possuem. De acordo com
a ANATEL , não haverá gravação de conversas telefônicas, e o acesso aos dados
serve para aumentar o poder de fiscalização da Agência sobre o cumprimento de
metas e a qualidade do serviço prestado pelas operadoras.
O detalhamento das ligações telefônicas na conta mensal, com a informação de
número chamado, localidade, dia e hora, foi uma conquista dos consumidores, e
atendeu a uma reivindicação da PROTESTE Associação de Consumidores, que
protestava contra a falta de informações e o número excessivo de cobranças
indevidas feitas pelas empresas do setor. Ainda assim, a ausência de um controle
externo sobre os registros de chamadas fragiliza a fiscalização dos serviços
prestados pelas empresas e deixa o consumidor vulnerável quando tem alguma
reclamação e quer contestar um registro indevido em sua conta.
Com a proposta da ANATEL, haverá um controle eletrônico, por parte da Agência,
sobre as ligações feitas pelas operadoras, que não poderão mais fazer cobranças
indevidas, ou sonegar informações que sejam requeridas pela Agência para fins de
fiscalização. Como atualmente apenas as empresas dominam essas informações,
tanto a ANATEL quanto os consumidores acabam reféns das operadoras quando querem
verificar ou contestar um registro de chamada.
Apesar dos avanços em termos de fiscalização, a PROTESTE manifesta preocupação
com os riscos de violação de sigilo e de uso indevido dessas informações da
privacidade dos consumidores. Atualmente os dados de privacidade já são
coletados pela empresa e também há o risco de uso indevido ou vazamento.
Por isso a PROTESTE considera positivo que haja um controle público por parte da
agência reguladora sobre essas informações. A PROTESTE entende que as operadoras
de serviços de telecomunicações são representantes da União Federal - que é a
responsável direta por estes serviços, ainda que concedam ou autorizem empresas
privadas a fazê-lo. Assim, quando as operadoras disponibilizam os dados das
ligações a ANATEL - que é o órgão do Poder Executivo Federal com a atribuição de
regular e fiscalizar o setor de telecomunicações (de acordo com a LGT) - não
está havendo violação de sigilo. Ou seja, só haverá violação se agentes da
ANATEL fizerem uso ilícito das informações.
Sendo assim, a Associação defende que haja uma regulamentação rigorosa do acesso
a esses dados pela ANATEL e que os meios tecnológicos a serem empregados pela
Agência para esse tipo de fiscalização garanta o sigilo e a privacidade dos
consumidores. A PROTESTE acompanhará o procedimento instaurado pelo Ministério
Público Federal para apurar as condições da Agência em ter acesso a esses dados
sem ameaçar o sigilo telefônico e solicitará diretamente à ANATEL informações
sobre como será feito esse acesso aos dados de ligações, e de como serão
garantidos os direitos individuais dos usuários de telefonia.
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Fonte: Website Ethevaldo Siqueira
[21/01/11]
Anatel nega quebra
de sigilo - Íntegra da Nota da Anatel
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou hoje nota de
esclarecimento a respeito da compra de aplicativo para fiscalizar os serviços
das concessionárias de telefonia. Entre outros esclarecimentos, a agência
assegura que o acesso às informações das prestadoras tem como único objetivo a
fiscalização dos serviços regulados e que a fiscalização da Anatel não tem
acesso às conversas e mensagens trocadas entre os usuários.
Veja a seguir a
íntegra da nota.
“Em relação à compra de aplicativos para a fiscalização de serviços de
telecomunicações, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) apresenta os
seguintes esclarecimentos:
A Anatel adquiriu três plataformas de mediação e análise de registros de
chamadas (SP, RJ e MG).
As plataformas configuram um aplicativo (software) de leitura de informações
brutas de tráfego de chamadas telefônicas das centrais das prestadoras.
Os softwares serão instalados em computadores da Anatel para processamento de
informações brutas em mídias recebidas das prestadoras.
Essas informações brutas são numéricas e codificadas e não são relacionadas a
dados cadastrais de usuários.
Não é possível saber, por essas informações das centrais, o nome do usuário que
fez ou do usuário que recebeu a chamada.
A leitura das informações permite, por exemplo, confrontar informações
sistêmicas com padrões de tarifação sem invadir a privacidade dos usuários.
Em outras palavras: compara-se o conjunto de um grande número de chamadas
telefônicas com os valores que devem ser tarifados, o que torna possível a
verificação dos valores cobrados.
É importante observar que os valores variam segundo a origem e destino das
ligações (fixas e móveis), variam em função de horários, variam em função da
duração, variam em função dos códigos de área (DDD) e também variam em função
dos planos de serviços.
O procedimento de verificação sistêmica é rotineiro e faz parte da atividade de
fiscalização da Agência. É executado desde a criação da Anatel, com dados
fornecidos pelas empresas, de forma rotineira, com vistas tanto a aferir a
qualidade e a confiabilidade dos serviços quanto para atender a reclamações
específicas de usuários sobre cobranças, por exemplo.
Com os aplicativos adquiridos, as empresas fornecerão as informações das suas
centrais telefônicas em estado bruto. Os aplicativos farão a "tradução" dessas
informações - procedimento que hoje é feito pelas empresas.
Os softwares comprados não permitem acesso remoto, nem em tempo real ao tráfego
das centrais.
Os aplicativos adquiridos apenas lêem as mídias encaminhadas pelas prestadoras
com as informações brutas do tráfego das centrais.
Anteriormente, por exemplo, essas informações eram registradas em fita
magnética. Com os aplicativos, a leitura passa a ser digital.
No caso das reclamações individuais, a partir da reclamação de um usuário que
fornece seus dados, é possível fazer uma verificação pontual realizada apenas
com a finalidade de apurar irregularidades, por exemplo, na cobrança.
Ressalte-se que uma reclamação individual pode significar uma falha sistêmica -
ou seja, a Anatel pode verificar que a falha de tarifação detectada por um único
usuário pode ter sido multiplicada por um grupo de chamadas semelhantes.
Atualmente, a Anatel rotineiramente tem acesso a essas informações, enviadas
pelas prestadoras mediante solicitação, sem o que não seria possível fiscalizar
o atendimento das obrigações legais e regulamentares impostas às empresas
concessionárias e autorizadas de serviços públicos de telecomunicações.
O acesso às informações das prestadoras tem como único objetivo a fiscalização
dos serviços regulados.
A fiscalização da Anatel não tem acesso às comunicações, ou seja, às conversas e
mensagens trocadas entre os usuários.
Nos treze anos de sua existência, a Anatel sempre obedeceu rigidamente a todo o
marco constitucional e legal vigente, de forma a preservar e zelar pelo sigilo
de todos os dados privados de usuários e de regulados.
Qualquer quebra de sigilo continua a depender de mandado judicial, nos Termos da
Constituição Federal. Além disso, a Lei Geral de Telecomunicações, em seus
artigos 38 e 39, estabelece que:
Art. 38. A atividade da Agência será juridicamente condicionada pelos princípios
da legalidade, celeridade, finalidade, razoabilidade, proporcionalidade,
impessoalidade, igualdade, devido processo legal, publicidade e moralidade.
Art. 39. Ressalvados os documentos e os autos cuja divulgação possa violar a
segurança do País, segredo protegido ou a intimidade de alguém, todos os demais
permanecerão abertos à consulta do público, sem formalidades, na Biblioteca.
Parágrafo único. A Agência deverá garantir o tratamento confidencial das
informações técnicas, operacionais, econômico-financeiras e contábeis que
solicitar às empresas prestadoras dos serviços de telecomunicações, nos termos
do regulamento.
Regulamento de Fiscalização
As alterações propostas no Regulamento de Fiscalização, ainda em etapa de
discussão na Agência, têm por objetivo aperfeiçoar a atividade de fiscalização
sobre as prestadoras de telecomunicações, tornando-a mais célere e efetiva.
A fiscalização da prestação dos serviços de telecomunicações abrange, por
exemplo:
- o atendimento das obrigações de qualidade, universalização e continuidade na
prestação dos serviços
- o atendimento às solicitações dos consumidores
- a correção na tarifação de chamadas
As alterações propostas foram submetidas à Consulta Pública para manifestação da
sociedade, mas ainda estão em apreciação pelo Conselho Diretor da Agência.”
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Fonte: Câmara Federal
[20/01/11]
PSDB pede que Ministério Público investigue Anatel por possível quebra de sigilo
telefônico - por José Carlos Oliveira
PSDB e OAB reagem contra a proposta da Anatel de ter ampliado o acesso aos dados
telefônicos dos usuários de telefonias móvel e fixa. A medida, que foi submetida
à consulta pública, ainda está em análise pela agência com o objetivo de
aperfeiçoar a fiscalização sobre as prestadoras de telecomunicações. Porém,
matérias publicadas na imprensa afirmam que, com essa medida, a Anatel teria
acesso irrestrito a documentos fiscais com os números discados e recebidos, o
valor pago pela chamada, além de data, horário e duração das ligações.
Diante das possibilidades de quebra do sigilo telefônico dos usuários e de
monitoramento das ligações, o PSDB pediu, nesta quinta-feira, que o Ministério
Público investigue a Anatel.
O partido também divulgou nota para expressar que acompanha o caso com "extrema
preocupação" e anunciar que poderá adotar outras medidas de proteção aos
direitos do cidadão. O líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida, afirma
que a proposta da Anatel é inconstitucional.
"Quebrar o sigilo, de forma nenhuma. Não tem sentido. Nós temos que proteger o
que a Constituição protege e não ficar transgredindo, a toda hora, a regra
constitucional. É importante que ela (Anatel) monte um sistema (de
fiscalização), mas será preciso fazer isso com todos os telefones ou pode-se
fazer por amostragem periódica e sistematicamente? Talvez assim pudesse atingir
o mesmo objetivo sem constituir, como parece que se constituirá, um banco de
sigilo telefônico que possa ser acessado por pessoas não autorizadas. Quando
você começa a vulgarizar e a disponibilizar para muita gente o acesso a esses
sigilos garantidos constitucionalmente, corre-se o perigo de, daqui a pouco,
esse dispositivo constitucional não ter mais validade."
A OAB também acompanha o caso para estudar possíveis contatos com a Anatel ou
até medidas judiciais contra a agência, caso a proposta seja efetivada. O
presidente da comissão de assuntos regulatórios da OAB do Distrito Federal, José
Dutra Júnior, argumenta que a atividade de fiscalização não pode violar os
direitos individuais do cidadão.
"Essa proposta viola direitos fundamentais. O sigilo de dados e o sigilo
telefônico são direitos fundamentais, assim como a intimidade e a vida privada
também. O entendimento da doutrina e da jurisprudência é no sentido de que, para
relativizar esses direitos e abrir mão deles em nome de outro interesse estatal
qualquer, é preciso que isso seja feito pelo Poder Judiciário. A Anatel ter
esses dados genericamente, a qualquer tempo e sem uma justificativa de
investigação e fiscalização concreta, não é uma medida razoável ao nosso ver."
A Anatel divulgou nota em que afirma sempre respeitar o sigilo telefônico dos
usuários. A nota esclarece que, com a ampliação da fiscalização, a agência terá
acesso a um grande número de chamadas telefônicas, sem observar o detalhe da
ligação nem invadir a privacidade dos usuários.
O líder do governo, deputado Cândido Vaccareza, do PT paulista, reconheceu a
independência da Anatel para aprimorar suas regras de fiscalização, mas garantiu
que a proposta não entrará vigor se desobedecer a Constituição.
"O governo não se pauta pelo que a oposição está considerando e, sim, pelas
necessidades do país. A Anatel tem independência para tomar medidas e o governo
não fica monitorando a ação das agências reguladoras. É a agência que emite suas
opinões e regula o mercado. Esse é um assunto da Anatel. Se for (uma medida)
inconstitucional, não será aplicada."
A proposta que altera o regulamento de fiscalização da Anatel ainda está em
análise pelo conselho diretor da agência.
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