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Julho 2011 Índice Geral do BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!
• Notícias sobre o PDBL - "Plano Dilma de Banda Lerda" + Computerworld: Flávia Lefèvre considera inconstitucional + Comento: Dilma, Bernardo e Alvarez, a Incompetentíssima Trindade
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
Da mídia:
"A pressa do governo para publicar o termo de adesão ao PNBL é porque ontem
vencia o prazo de vigências das antigas metas de universalização das
concessionárias de telefonia fixa. Como as empresas estavam resistentes em
aderir ao PNBL, o governo fez uma negociação cruzada, ao retirar algumas metas
em troca da adesão ao programa."
"O acordo entre o governo federal e as teles para oferecer banda larga popular a 35 reais o megabit por segundo (Mbps), sem atrelar metas de qualidade para entrega do serviço, é um retrocesso e prejudicial para os usuários. A avaliação é da advogada da Proteste, Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, Flávia Lefèvre, que considerou inconstitucional o termo de compromisso assinado pelo ministro das Comunicações (Minicom), Paulo Bernardo e representantes da Oi, Telefônica, Sercomtel e CTBC, que aderiram ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL)."
"A advogada considerou também flexível a exigência de as teles de garantirem somente 30% da velocidade contratada e o limite para download de 300 Mbps pela rede fixa e 150 Mbps por 3G. “Isso é menos do que o decreto do PNBL estabelecia, que era uma taxa real de 512 Kbps. Se agora é apenas 30% de 1 Mbps, então elas vão entregar 340 Kbps?”, questiona Flávia dizendo que isso não é banda larga."
"No dia seguinte ao anúncio dos contratos da
Telebrás para operação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), as ações da
companhia disparavam mais de 40% nesta sexta-feira. Às 11h15, as ações
preferenciais da estatal reativada pelo governo para participar do PNBL eram
negociadas a 8,69 reais, salto de 49%. As ações não são negociadas no Ibovespa,
que ganhava 0,45% no mesmo horário."
"Outro analista do setor, que preferiu não se identificar, concordou que a
assinatura dos planos pode ter impacto positivo sobre os papéis, mas acrescentou
que as ações da Telebrás ainda são "muito especulativas", já que empresa "está
começando as atividades agora"."
02.
Em 01/01/11
comentei
no BLOCO Tecnologia:
Da minha parte, em relação ao PNBL, registro um "voto de
desconfiança" com relação à correção de rumos neste processo de difusão da banda
larga.
O PNBL foi gestado pelo "Quarteto Fantástico" constituído por:
- Dilma Rousseff (ex-Casa Civil),
- Paulo Bernardo (ex-Planejamento),
- Cezar Alvarez (ex-assessor especial da Presidência) e
- Rogério Santanna (ex-SLTI do MiniPlan).
É notório que o atual PNBL é tudo, menos um Plano ou Projeto, e não passa de um
conjunto de intenções.
O citado "Quarteto", eivado de super-poderes, com toda a retaguarda do MiniPlan
e da Casa Civil, não conseguiu fazer um PNBL.
Agora, movidas as peças do xadrez governamental, os "Quatro", em novas funções,
serão os responsáveis pela execução do que não conseguiram projetar:
- Dilma Rousseff (Presidente),
- Paulo Bernardo (Minicom),
- Cezar Alvarez (secretário-executivo do MiniCom) e
- Rogério Santanna (presidente da Telebrás).
Com a saída de Santanna, temos agora no PNBL
somente Dilma, Bernardo e Alvarez, a "Incompetentíssima Trindade".
Socorro!
03.
Transcrevo abaixo estas notícias:
Fonte: Computerworld
[01/07/11]
Proteste contesta acordo que cria banda larga de R$ 35 - por Edileuza Soares
Fonte: Terra
[01/07/11]
Ação da Telebras tem forte alta após anúncios do PNBL
Fonte: O Estado de S.Paulo
[01/07/11]
Velocidade em três anos terá de quintuplicar - por Karla Mendes
Fonte: Teletime
[01/07/11]
A orientação da presidente é concentrar em uma só, diz Alvarez sobre Telebrás e
Eletrobras
Fonte: Convergência
Digital
[01/07/11]
Plano Dilma: Acessos de 1Mbps serão limitados - por Luis Osvaldo Grossmann e
Luiz Queiroz
Fonte: Convergência
Digital
[01/07/11]
Plano Dilma: Acessos de 1Mbps serão limitados - por Luis Osvaldo Grossmann e
Luiz Queiroz
Fonte: Convergência
Digital - Blog Capital Digital
[01/07/11] O
PNBTeles de Dilma x PNBL de Lula - por Luiz Queiroz
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
BLOCOs
Tecnologia e
Cidadania
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Fonte: Computerworld
[01/07/11]
Proteste contesta acordo que cria banda larga de R$ 35 - por Edileuza Soares
Advogada da entidade, Flávia Lefèvre, considera inconstitucional o termo de
compromisso assinado com as teles por não estabelecer metas de qualidade.
O acordo entre o governo federal e as teles para oferecer banda larga popular a
35 reais o megabit por segundo (Mbps), sem atrelar metas de qualidade para
entrega do serviço, é um retrocesso e prejudicial para os usuários. A avaliação
é da advogada da Proteste, Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, Flávia
Lefèvre, que considerou inconstitucional o termo de compromisso assinado pelo
ministro das Comunicações (Minicom), Paulo Bernardo e representantes da Oi,
Telefônica, Sercomtel e CTBC, que aderiram ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
As teles concordaram em ofertar esse serviço em 90 dias como acerto para
renovação dos contratos de concessão para o período de 2011 a 2015, atrelado ao
terceiro Plano Geral de Metas de Universalização do Serviço Telefônico Fixo
Comutado (PGMU 3), publicado ontem à noite em edição extra do Diário Oficial da
União.
O PGMU 3 deveria ter sido assinado em 31/12/2010, mas as teles contestaram
algumas exigências na Justiça. O governo ficou seis meses negociando com o setor
para chegar a um consenso e o prazo foi prorrogado duas vezes. A data final
estabelecida pelo ministro Paulo Bernardo para a assinatura do novo plano de
metas de universalização foi ontem 30/6, um dia bastante movimentado em
Brasília.
Nos últimos dias, Paulo Bernardo estava acenando com um acordo com as teles, mas
segundo, Flávia somente ontem o mercado tomou conhecimento sobre a existência do
termo de compromisso.
“Esse termo de compromisso de oferta voluntária não estabelece obrigatoriedade
para as teles. Surgiu do nada e não passou por audiência pública nem foi
discutido com a sociedade”, diz a advogada, que acha que o governo cedeu à
pressão das teles e devolveu para as operadoras um setor que é estratégico para
o País.
Flávia afirma que as teles vêm há 13 anos liderando o ranking de reclamações dos
órgãos de defesa do consumidor e acha que o acordo de compromisso firmado com o
governo abre brecha para piorar a qualidade dos serviços. “Agora não temos
nenhuma garantia de que elas vão entregar ofertas de qualidade. O plano não
estabeleceu cronogramas nem as obriga a divulgar os locais onde os serviços
estarão disponíveis”, critica.
O ministro das Comunicações transferiu para a Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) a responsabilidade de fiscalização da qualidade de
oferta do novo serviço, mas a advogada não acredita que o órgão regulador
conseguirá fazer esse trabalho, o que, segundo ela, não acontece atualmente.
A advogada considerou também flexível a exigência de as teles de garantirem
somente 30% da velocidade contratada e o limite para download de 300 Mbps pela
rede fixa e 150 Mbps por 3G. “Isso é menos do que o decreto do PNBL estabelecia,
que era uma taxa real de 512 Kbps. Se agora é apenas 30% de 1 Mbps, então elas
vão entregar 340 Kbps?”, questiona Flávia dizendo que isso não é banda larga.
No entender da representante da Proteste as novas definições mudam a proposta
inicial do PNBL. Para ela, o plano do governo precisa ser revogado, pois deixou
de ser um programa de política pública, ficando nas mãos do setor privado.
PGMU sem exigências
Para Flávia, o consumidor perdeu com a aprovação do PGMU 3, que segundo ela,
retrocede por não trazer metas de universalização. Ela menciona como exemplo a
exigência de entrega de acesso às áreas rurais, atualmente carentes de
infraestrutura porque as teles dizem que não justifica financeiramente investir
nessas regiões.
Segundo o novo documento, o atendimento a essas áreas será “por meio de plano
alternativo de oferta obrigatória de serviço, definido em regulamentação
específica, que estabelecerá os prazos e metas de cobertura, abrangência e
demais condições que assegurem a viabilidade técnica e econômica da oferta”.
Na opinião da advogada, o governo foi flexível ao permitir a adoção de planos
alternativos, sem estipular datas para o cumprimento das exigências na área
rural.
Por não concordar com as novas medidas, com a banda larga popular a 35 reais nem
com o novo PGMU aprovado, a Proteste vai avaliar o que está acordado no termo de
compromisso e promete mobilizar órgãos de defesa do consumidor para exigir do
governo que obrigue as teles a prestarem melhores serviços.
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Fonte: Terra
[01/07/11]
Ação da Telebras tem forte alta após anúncios do PNBL
No dia seguinte ao anúncio dos contratos da Telebrás para operação do Plano
Nacional de Banda Larga (PNBL), as ações da companhia disparavam mais de 40%
nesta sexta-feira. Às 11h15, as ações preferenciais da estatal reativada
pelo governo para participar do PNBL eram negociadas a 8,69 reais, salto de
49%. As ações não são negociadas no Ibovespa, que ganhava 0,45% no mesmo
horário.
As operadoras Oi, Telefônica, CTBC e Sercomtel também vão participar do
Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), afirmou na quinta-feira o ministro das
Comunicações, Paulo Bernardo.
O custo mensal do serviço será de 35 reais por uma velocidade de 1 megabit
por segundo (Mbps). As empresas têm até 90 dias para começar a oferecer o
produto de banda larga popular.
Outro analista do setor, que preferiu não se identificar, concordou que a
assinatura dos planos pode ter impacto positivo sobre os papéis, mas
acrescentou que as ações da Telebrás ainda são "muito especulativas", já que
empresa "está começando as atividades agora".
Pelo PNBL, a Telebrás planeja construir uma ampla rede de fibra ótica em
todo o Brasil para fornecer infraestrutura de banda larga a provedores de
internet e operadoras de telefonia.
No começo de junho, a Telebrás assinou seu primeiro contrato de banda larga
dentro do PNBL, com o provedor local de acesso Sadnet, em Santo Antônio do
Descoberto (GO).
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Fonte: O Estado de
S.Paulo
[01/07/11]
Velocidade em três anos terá de quintuplicar - por Karla Mendes
Até setembro, serviço de banda larga oferecido aos clientes será de 1
megabit por segundo; até 2014, deve chegar a 5 megabits/s
A partir do início de outubro, as empresas terão de oferecer aos clientes um
serviço com velocidade de 1 megabit por segundo (Mbps). Gradativamente, esse
valor terá de subir, até chegar a 5 Mbps em 2014, quando o governo espera
que o serviço de banda larga popular esteja disponível em todos os
municípios do País.
Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, cerca de 70% dos
domicílios que não têm acesso à internet devem aderir ao plano lançado,
oficialmente, ontem. Atualmente, o serviço só está presente em 27% dos lares
brasileiros.
O ministro fez questão de frisar que a oferta de banda larga para o PNBL não
terá injeção de dinheiro público. Bernardo anunciou, no entanto, que a
Eletrobrás poderá se associar à Telebrás para ofertar banda larga em todo o
País no atacado.
A possibilidade de associação das duas estatais para expandir a rede de
fibras óticas e explorar comercialmente o serviço foi bem recebida pela
presidente Dilma Rousseff. "A Eletrobrás pode ser sócia em uma nova empresa
para fazer a expansão e a exploração. A conversa foi bem recebida pela
presidenta", revelou Bernardo.
Segundo o ministro, está sendo negociada uma proposta de acordo comercial em
que a Eletrobrás, em vez de simplesmente "entregar as fibras" para a
Telebrás, fará um "esforço conjunto" na comercialização. "A Telebrás faria
os acordos econômicos, mas a Eletrobrás seria integrante. Pode ter uma
terceira empresa só para explorar essas fibras. Aí sim justificaria a
Eletrobrás colocar dinheiro (no negócio)", explicou Bernardo.
Preço menor. Ao investir em redes de fibra ótica para venda de capacidade no
atacado, o ministro estima que haverá uma redução de 30%, em média, dos
preços cobrados atualmente. Bernardo fez questão de esclarecer, no entanto,
que a proposta do governo de investir R$ 1 bilhão por ano em fibras óticas
não foi abandonada.
A oferta de banda larga no varejo, segundo o presidente da Telefônica,
Antonio Carlos Valente, vai permitir que vários empreendedores, sobretudo
pequenos provedores de internet, possam se desenvolver no mercado, ao
adquirir capacidade de rede por valores inferiores aos praticados
atualmente. No caso da banda larga no varejo, Valente destacou que o
objetivo é "incluir pessoas" que não têm acesso ao serviço hoje.
As empresas que descumprirem o termo de compromisso assinado com o governo
estarão sujeitas a sanções.
A pressa do governo para publicar o termo de adesão ao PNBL é porque ontem
vencia o prazo de vigências das antigas metas de universalização das
concessionárias de telefonia fixa. Como as empresas estavam resistentes em
aderir ao PNBL, o governo fez uma negociação cruzada, ao retirar algumas
metas em troca da adesão ao programa.
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Fonte: Teletime
[01/07/11]
A orientação da presidente é concentrar em uma só, diz Alvarez sobre
Telebrás e Eletrobras
O secretário executivo do Ministério das Comunicações, Cesar Alvarez, deu
detalhes da determinação da presidenta sobre o futuro da Telebrás. Como
havia sido dito na última quinta-feira, 30, pelo ministro Paulo Bernardo, as
conversas ainda são preliminares, mas a determinação da presidenta é que se
concentre a oferta estatal de rede de telecom em uma única empresa. “Sejam
um único vendedor público brasileiro”, teria dito a presidenta nas palavras
de Alvarez.
A formatação jurídica e técnica desse arranjo ainda está em discussão. “As
engenharias para fazer isso são as mais diversas”, diz Alvarez, descartando
a possibilidade da injeção pura e simples de recursos da Eletrobras na
Telebrás. A concretização do acordo, explica o secretário, seria uma maneira
de viabilizar que a Telebrás usasse as demais fibras da Eletrobras que estão
apagadas. Ele lembra que também existem as redes estaduais de posse da
Eletrobras e as redes de comunicação da Petrobras que também podem entrar no
acordo.
Sobre os acordos que a Eletrobras hoje já tem com as teles, Alvarez explica
que, em se concretizando essas negociações, “há uma tendência” de que eles
fiquem com a Telebrás.
Em função das notícias sobre a empresa as ações preferencias da Telebrás
(TELB4) fecharam o pregão desta sexta, 1, em alta de 32%.
Da Redação
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Fonte: Convergência
Digital
[01/07/11]
Plano Dilma: Acessos de 1Mbps serão limitados - por Luis Osvaldo
Grossmann e Luiz Queiroz
Embora ainda não tenha apresentado os termos de compromisso que teriam sido
assinados pelas concessionárias de telefonia, alguns dos parâmetros
definidos deixam claro que há importantes restrições à oferta de 1 Mbps por
R$ 35 – sendo as mais significativas aquelas relativas aos limites de
download dessas ofertas.
No caso do serviço prestado pela Telefônica em rede fixa, a velocidade de
1Mbps só é garantida até o cliente atingir 300 Mbytes de download, volume
que será ampliado para 600 Mbytes em meados de 2012 e, finalmente para 1
Gbyte em 2013. As ofertas da Oi na rede fixa, portanto para a maior parte do
país, são diferentes. O limite é de 500 Mbytes, posteriormente aumentado
para 1 Gbyte.
O volume de download nas conexões móveis – que deverão representar 85% das
ofertas nos moldes acertados entre as teles e o Minicom – é ainda menor. Na
Telefônica, de 150, 300 e 500 Mbytes. Na Oi, 150, 200 e 300 Mbytes.
A partir do momento em que os clientes estourarem esses limites de download,
as empresas não são mais obrigadas a manter a velocidade nominal de conexão
de 1Mbps. Nesse caso, as empresas terão ampla liberdade para definir para
quanto será a redução de velocidade, uma vez que o conceito definido nos
termos de compromisso do governo com as teles é vago.
O texto diz somente que: “Se ultrapassado o limite mensal de download
estabelecido (...) o Grupo poderá reduzir temporariamente a velocidade do
serviço, desde que tal redução não impeça a fruição do serviço pelo
consumidor”. Traduzindo esses termos, desde que a empresa mantenha o usuário
conectado na rede, a velocidade, entretanto, será definida por ela.
Dessa forma, pelo menos em tese, atingido o limite de download, aquela banda
larga de 1Mbps de R$35 poderá significar, na prática, uma conexão de,
digamos, 64kbps – a mesma velocidade do acesso discado.
No caso da oferta da Oi, os consumidores poderão optar por pagar valores
adicionais caso desejem manter a velocidade em 1Mbps. Vale lembrar que em
todos os casos essa velocidade é de 1Mbps “estatístico” para download e de
128 kbps para upload.
O termo define que pelo menos 15% das ofertas de banda larga “popular”
deverá se dar por conexões fixas – daí a perspectiva de que 85% dos acessos
se darão pela rede móvel. Nesse caso, porém, as empresas podem fazer venda
casada com outros serviços.
Para pacotes que contemplem somente internet e telefonia, o termo fixa como
valor máximo R$ 65, mas “sem prejuízo da cobrança pelo tráfego cursado do
STFC, pela prestação de utilidades ou comodidades e/ou por outros serviços”.
Ou seja, o valor será maior a depender do volume de chamadas telefônicas – a
cobrança dos minutos – e dos “outros serviços” adicionados, como a oferta de
televisão por assinatura.
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Fonte: Convergência
Digital
[01/07/11]
Plano Dilma: Links no atacado custarão R$ 1,1 mil a cada 2Mbps - por
Luis Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz
O acerto entre governo e concessionárias – na verdade, com os grupos
econômicos daquelas, pois incluem os braços de telefonia móvel – prevê
ofertas diferenciadas de links no atacado para empresas optantes do regime
simplificado de tributação, o Simples.
Em essência, significa que as empresas terão que oferecer preços um pouco
mais vantajosos em links de 2Mbps – ou múltiplos disso. Assim, cada 2Mbps
deverá custar no máximo R$ 1,1 mil, valor que o Ministério das Comunicações
considera uma boa redução do que, em média, é praticado atualmente no
mercado, na ordem de R$ 1,8 mil.
“Comparado aos termos do mercado atual, sem dúvida é melhor”, festejou o
secretário executivo do Minicom, Cezar Alvarez. O governo sustenta, ainda,
que diferentemente dos contratos normais de links, essas ofertas incluem as
saídas internacionais de acesso à internet.
Vale lembrar, no entanto, que a oferta no atacado da Telebrás, como previsto
no Plano Nacional de Banda Larga original – e em contratos já firmados pela
empresa – custa menos de R$ 200 para cada 1Mbps. Ainda assim, Alvarez
registra que a estatal “ainda não consegue atender a demanda de todo o
país”.
Os valores previstos no termo de compromisso também deverão valer para
aquelas prefeituras autorizadas a prestarem serviço de comunicação
multimídia. A ressalva aos municípios restringe essas condições “apenas para
a prestação de serviços de telecomunicações em locais públicos”.
Além disso, as ofertas no valor definido devem respeitar os limites de
capacidade dos backhauls instalados pelas concessionárias – de 32, 64, 128 e
256 Mbps a depender do tamanho do município, ou seja, até 20 mil, 40 mil, 60
mil habitantes e acima disso. Caso não haja mais capacidade disponível, as
teles terão 180 dias para atender as demandas.
Onde houver capacidade, as empresas terão até 60 dias para instalação do
link. Elas podem conceder descontos por volume e prazo, mas também é
permitida a cobrança adicional de R$ 2 mil como taxa de instalação.
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Fonte: Convergência
Digital - Blog Capital Digital
[01/07/11]
O PNBTeles de Dilma x PNBL de Lula - por Luiz Queiroz
“Dobramos a velocidade da banda larga e cortamos o preço sem um único
centavo público”, comemora Paulo Bernardo (Entrevista exclusiva ao
Telesíntese).
O ministro se referia ao PNBL oficial criado pelo presidente Lula, que
previa 512Kbps. Mas não tinha venda casada, entre outras coisinhas mais.
Deixando essa questão de lado, o atual ministro das Comunicações – que em
termos de discurso, só difere do seu antecessor pela falta da vasta
cabeleira que o outro ostentava – realmente tem o que comemorar?
Vamos avaliar isso com calma:
Os assinantes deste PNBTeles daqui a 90 dias pagarão uma Internet de R$ 35 –
cuja velocidade será de 1Mbps (1 Megabit por segundo). Só que haverá um
limite mensal de 300 Megabytes (em tamanho de arquivos) para download, se
esta for feita por Internet em rede fixa. Já se for uma conexão móvel 3G
esse limite cai para 150 Megabytes, segundo informou o G1.
Vamos tomar, por exemplo, a entrevista de ontem do ministro das Comunicações
Paulo Bernardo, ao anunciar com festa o novo PNBTeles – que subi no site
Convergência Digital. Ele tem um total de 156 Megabytes (no formato flv). Um
vídeo que no Youtube ficou em 19 minutos e 58 segundos.
Se fosse na rede fixa, um pouquinho mais da metade do limite mensal do cara
que fosse copiá-lo do meu computador já teria sido consumida. Já se fosse
numa conexão móvel, o sujeito já estaria devendo 6 Megabytes.
Pelo acordo de ontem do governo com as teles, o usuário terá duas opções:
1- O usuário que ultrapassar o limite poderá escolher em reduzir a sua
velocidade contratada (1 Mbps) para um percentual que não se sabe mais qual
(hoje as teles reduzem para 10%). Isso porque, na pressa de aprovar o
PNBTeles Paulo Bernardo conseguiu convencer a presidenta Dilma a deixar a
discussão com a Anatel, que regulamentará até outubro esse caso, na conexão
fixa. Dilma queria que a velocidade caísse no máximo para 40% o que já seria
ruim. Explico:
*Há uma única possibilidade desse percentual de redução da velocidade
favorecer melhor o consumidor e será na conexão móvel onde as teles já
disseram que farão o PNBTeles ao preço de R$ 35. Caso a Anatel não rasgue e
jogue no lixo a proposta que tem para os serviços 3G – que já passou em
consulta pública – as teles móveis somente poderão reduzir a velocidade do
usuário “gastador” para algo entre 60% a 80% da velocidade contratada.
2 – Mas nos dois casos, seja qual for o limite de redução imposto ao
usuário, ele terá de pagar à mais pelo excesso de download que consumir
quando ultrapassar aquilo que esteja previsto no contrato em termos de
velocidade (1Mbps).
* Daqui a 90 dias saberemos se o Conselho da Anatel irá jogar à favor do
consumidor.
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Fonte: Estadão
[01/07/11]
Operadoras podem ser punidas em até R$ 25 mi se descumprirem PNBL - por
Karla Mendes
Se o cronograma tiver atraso, a concessionária terá de implantar o serviço
no dobro de cidades que deixou de atender
BRASÍLIA - Se as operadoras de telefonia descumprirem o acordo que firmaram
com o governo para o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), estarão sujeitas
a multas de até R$ 25 milhões por ano. Se o cronograma de implantação do
serviço tiver atraso, a concessionária terá que implantar o serviço no dobro
de cidades que deixou de atender na fase anterior, somadas às metas da fase
seguinte. Se essa antecipação de metas, contudo, for desrespeitada, a
empresa será punida por meio de multas. "Se não fez, faz o dobro que faltou
fazer. E essa multa não irá para o cofre público; será revertida em
universalização (do serviço)", destacou o secretário-executivo do Ministério
das Comunicações, Cezar Alvarez.
Em caso de descumprimento das metas de varejo, a operadora estará sujeita a
uma multa diária de R$ 20 mil, limitados a R$ 25 milhões por ano. Se as
penalidades ultrapassarem o limite, a empresa perde o direito de converter
em investimento e o governo poderá acionar a Justiça para cobrar da empresa.
Para ofertas de venda de capacidade de rede no atacado, a multa é de R$ 10
mil por dia e R$ 25 milhões anuais. "Esse foi uma tema bastante controverso,
por ser uma oferta voluntária", admitiu Alvarez.
Os planos de internet com velocidade de um megabit por segundo a R$ 35 para
o PNBL têm metas de aumento da franquia de tráfego de dados e para baixar
arquivos (download) junho de 2013. No acordo assinado pela Telefônica, por
exemplo, o limite de download da banda larga fixa, que inicialmente é de 300
Megabytes (MB), passará para 600 MB e chegará em junho de 2013 a 1 Gigabyte
(GB). Na banda larga móvel, é a metade: 150 MB, 300 MB e 500 MB,
respectivamente.
No caso da Oi, o limite de download ofertado para internet fixa começa com
500 MB e termina com 1 GB, sem patamares intermediários. Para a banda larga
móvel, a franquia inicia com 150 MB, sobre para 200 MB e alcançará 300 MB em
junho de 2013.
Caso o usuário baixe muitos vídeos e filmes, por exemplo, e ultrapasse a
franquia de download, nada poderá ser cobrado além dos R$ 35 mensais. Porém,
a velocidade de conexão pode cair. Se o consumidor quiser garantir a
velocidade contratada mesmo depois da franquia de download, porém, as
empresas poderão cobrar uma taxa adicional. Não há previsão, contudo, dos
patamares mínimos a que a velocidade pode cair, nem um limite de quanto pode
ser cobrado por uma franquia extra para baixar arquivos com a velocidade
inicial.
Oferta
O PNBL prevê que o pacote de banda larga a R$ 35 pode ser ofertado tanto por
meio de redes fixas, quanto por redes de telefonia móvel. As empresas, no
entanto, não são obrigadas a ter disponíveis as duas opções por esse valor.
A regra é a seguinte: por serem concessionárias de telefonia fixa, as
companhias, têm que, necessariamente, ter uma oferta disponível com essa
tecnologia nas áreas onde atuam. Mas se a empresa oferecer um pacote de
internet móvel por R$ 35, ela poderá vender a banda larga fixa ao preço
máximo de R$ 65 pelo combo. Se o usuário quiser ter só a internet fixa,
porém, ele terá direito ao serviço por um valor inferior a R$ 65, mas a
empresas não têm a obrigação de comercializá-lo pelo preço do PNBL.
"Todo e qualquer cidadão, nos termos de atendimento mínimo por cidade (pelas
operadoras), tem direito de pagar R$ 35 e ter acesso à internet. Venda
casada é crime", ressaltou Alvarez. Ele explicou que as vinculações de
serviços de banda larga e telefone fixo no PNBL são combos.
A venda de banda larga nessas condições estará disponível em 90 dias. A
implantação do PNBL ocorrerá de forma gradativa até 2014, quando 100% dos
municípios terão acesso ao serviço. A oferta abrangerá, inicialmente, o
mínimo de 15% da base de assinantes de telefonia fixa da concessionária que
tem ali na primeira fase. Cada fase tem a duração de 12 meses.
O valor da assinatura de R$ 35 será reajustado a cada 12 meses, a partir de
30 de junho, pelo Índice de Serviços de Telecomunicações (IST), que é um
índice de reajuste calculado pela Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel).
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