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Julho 2011               Índice Geral do BLOCO

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05/07/11

• Telebrás, Eletronet e PNBL (389) - "Plano Dilma" e os Provedores

Olá, WirelessBR e Celld-group!

01.
No "post" nº 365 desta série eu comentava, referindo-me à Eletronet:

(...) Aparentemente, há um novo tipo de empresa no mercado brasileiro, atuante e, provavelmente, fazendo bons negócios: a "massa falida"!
Os outros tipos mais comuns (Google) são: empresa de capital aberto, empresa de capital fechado, empresa de economia mista, empresa de grande porte, empresa estatal, empresa familiar, empresa transnacional, etc. (...)

Pasmem, a empresa "massa falida" Eletronet volta ao noticiário, na terceira notícia mais abaixo: continua negociando suas fibras...  Uma vergonha!

02.
Com as fortes críticas iniciais ao "PNBL da Dilma", "aparentemente" foi decretado um silêncio obsequioso sobre o tema: o "Alerta do Google" está calminho e a blogosfera progre$$ista em compasso de espera...  :-)
O foco agora começa a ser dirigido para os pequenos provedores, que precisam se manifestar mais!

Transcrevo mais abaixo, na íntegra, estas notícias:

Fonte: Computerworld
[05/07/11]  PNBL: Provedores prometem banda larga a R$ 35 para competir com teles - por Edileuza Soares
Recorte:
(...) Provedores de internet estão preparando uma oferta de banda larga popular para competir com as teles. Para conquistar o consumidor, eles pretendem entregar o acesso e mais um telefone VoiP (Voz sobre IP, como o Skype) por 35 reais. O plano deles é lançar essa oferta antes das operadoras, informa o presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), Wardner Maia.
A ideia de lançar um plano alternativo no mercado é uma reação ao acordo assinado entre cinco operadoras de de telefonia fixa na semana passada e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo para popularizar os serviços de banda larga. Telefônica, Oi, Embratel, Sercomtel e CTBC se comprometeram a ofertar 1 Mbps com limite de download por 35 reais.
“Temos nossa caixinha de ferramentas para brigar com as teles”, diz o presidente da Abrint, que conta com cerca de 420 pequenos provedores de internet distribuídos por cerca de mil cidades.(...)

Fonte: Terra Tecnolgia
[05/07/11]  Concorrência faz acesso com PNBL ficar mais caro e lento - por Daniel Favero
Recorte:
(...) Para o presidente da Abranet, definir um padrão de velocidade e preço para todo o Brasil como prega o PNBL, é um erro por causa das grandes diferenças regionais. "Uma coisa é padronizar a banda larga e o preço na Coreia, que é um país pequeno. Outra coisa é fazer isso no Brasil. Se pegarmos o Brasil, de imediato, podemos segregar a região Norte, onde o contexto de instalação de banda larga é diferente de todo o resto do País", explica.(...)

Fonte: Convergência Digital
[04/07/11]  PNBL exige provedor com licença de SCM - por Luiz Queiroz e Luís Osvaldo Grossmann
Recorte:
(...) Hoje no mercado ainda existem associações de empresas que compraram links no atacado através da Eletronet - que continuou operando a venda de rede apesar da situação de falência decretada pelos sócios. Desde que começou a ser discutido o plano do governo, essas mesmas associações passaram a negociar os links diretamente com as concessionárias de telefonia e depois os repassavam para seus "associados", sendo boa parte empresas de informática que não estavam em situação regular perante a Anatel.(...)

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
BLOCOs Tecnologia e Cidadania

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Fonte: Computerworld
[05/07/11]  PNBL: Provedores prometem banda larga a R$ 35 para competir com teles - por Edileuza Soares

Prestadores de serviços pretendem incluir na oferta um telefone padrão VoIP, cobrando o mesmo valor das teles.

Provedores de internet estão preparando uma oferta de banda larga popular para competir com as teles. Para conquistar o consumidor, eles pretendem entregar o acesso e mais um telefone VoiP (Voz sobre IP, como o Skype) por 35 reais. O plano deles é lançar essa oferta antes das operadoras, informa o presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), Wardner Maia.

A ideia de lançar um plano alternativo no mercado é uma reação ao acordo assinado entre cinco operadoras de de telefonia fixa na semana passada e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo para popularizar os serviços de banda larga. Telefônica, Oi, Embratel, Sercomtel e CTBC se comprometeram a ofertar 1 Mbps com limite de download por 35 reais.

“Temos nossa caixinha de ferramentas para brigar com as teles”, diz o presidente da Abrint, que conta com cerca de 420 pequenos provedores de internet distribuídos por cerca de mil cidades.

Como o telefone VoIP que os provedores pretendem agregar ao seu plano é privado e funciona apenas na rede dos associados da entidade, Maia informa que a associação vai cobrar da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que implemente o plano de numeração da telefonia IP para os prestadores de Serviços de Comunicação Multimídia (SCM).

Maia lembra que essa regulamentação existe desde 2001, mas que precisa ser implantada pelo órgão regulador. Com a implementação, os provedores teriam direito a um número público e os clientes de VoIP vão poder divulgar sua linha para assinantes da rede tradicional.

A proposta da Abrint é ter uma oferta de banda larga popular igual a das teles, com acesso de 1 Mbps com franquia para acesso limitado para download e outro plano intermediário, sem cotas. Maia explica que atualmente há dois perfis de usuários, os que querem acesso rápido e os que querem baixar música e outros arquivos. Segundo ele, esses assinantes deixam o computador ligado durante a noite inteira, baixando arquivos e precisam de mais banda.

Hoje, os associados da Abrint já oferecem banda larga popular de 512 Kbps a 40 reais sem limite de download. Com o plano do governo, ele diz que será possível oferecer o serviço por meio de franquia, estabelecendo taxas de acesso.

Venda no atacado
O presidente da Abrint também considerou alta a média de preço estabelecida pelas teles para venda de links no atacado aos provedores de internet foi considerada fora da realidade. No acordo fechado com o governo, as operadoras assumiram o compromisso de oferecer capacidade a essas empresas de 1,1 mil reais a 1,2 mi por 1 Mbps.

Maia diz não entender esses preços, já que os valores atuais estão bem mais abaixo dessa média. Na cidade de São Paulo, por exemplo, ele informa que o custo desse serviço chega a custar até 100 reais.

O presidente da Abrint acha que as teles fizeram o cálculo pela média nacional, pegando regiões carentes de infraestrutura, como é o caso do Amazonas, onde um link de 1 Mbps pode custar até 5 mil reais.

Com essa diferenciação de preços, o executivo diz que os provedores vão continuar com as negociações que vinham fazendo antes e esperam também fechar acordos com a Telebrás para comprar capacidade na área de cobertura da rede nacional do governo. Segundo estimativas da autarquia, um link de 1 Mbps será vendido abaixo de 230 reais, dependendo do volume contratado.

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Fonte: Terra Tecnolgia
[05/07/11]  Concorrência faz acesso com PNBL ficar mais caro e lento - por Daniel Favero

A primeira cidade brasileira a receber o Plano Nacional de Banda Larga é considerada cidade dormitório de Brasília

Após o anúncio das 100 primeiras cidades que receberiam o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que prevê a popularização do acesso à internet com preços de R$ 35 por 1 Megabyte de velocidade, os valores cobrados pelas operadoras caiu e a velocidades aumentou a patamares melhores do que os anunciados pelo governo. Isso criou competição em setores da cadeia de acesso à internet que, até então, não existiam. É o que dizem a própria Telebrás, a Sadnet (primeira empresa a assinar o contrato do PNBL) e a Associação Brasileira de Internet (Abranet).

Para o presidente da Abranet, Eduardo Neger, o grande mérito do PNBL pode ser resumido em uma palavra: "competição". Na cadeia de acesso à rede mundial de computadores, os provedores são os responsáveis pelo acesso para o usuário final. No entanto, essa ligação é feita através de operadoras, que possuem os backbones (estrutura de servidor que distribui o sinal). Essas mesmas operadoras controlam a quantidade e velocidade do serviço, e dependendo do caso, competiam com as empresas para as quais vendem o acesso. "Você tem um fornecedor que ao mesmo tempo era o seu concorrente", exemplifica.

Neger diz que já existia concorrência entre as operadoras e provedores na "última milha", como é conhecido o acesso para usuário final, mas com o PNBL, o serviço que era oferecido apenas pelas operadoras sofreu queda de preços com a concorrência. Essa era uma das dificuldades enfrentadas pela Sadnet, provedor localizado na cidade de Santo Antônio do Descoberto (GO), a primeira receber o PNBL, segundo explica o gerente de redes da empresa, Bruno Santana.

"Você ficava na mão de duas operadoras e elas pensavam: 'o provedor é meu concorrente'... O consultor sempre nos dizia que não havia disponibilidade porque era muito distante, que não era economicamente viável. No dia seguinte ao da assinatura do contrato, recebi uma ligação de outro consultor dessa operadora nos oferecendo o dobro da velocidade que a Telebrás oferece, por um preço menor", diz. Ao perguntar sobre a mudança na política de preços, ouviu que se tratava de outro funcionário que não estava muito bem orientado. "Uma boa explicação", ironiza.

De acordo com a Telebrás, o preço do acesso à internet tem caído desde a participação da empresa no mercado e sofreu uma nova queda com o anúncio das 100 primeiras cidades que receberão o PNBL. O primeiro contrato foi assinado com valor abaixo dos R$ 230 estimados por Megabyte, sendo que cada um destes links comporta 10 usuários, a uma velocidade de 1 MB.

O PNBL
Para o presidente da Abranet, definir um padrão de velocidade e preço para todo o Brasil como prega o PNBL, é um erro por causa das grandes diferenças regionais. "Uma coisa é padronizar a banda larga e o preço na Coreia, que é um país pequeno. Outra coisa é fazer isso no Brasil. Se pegarmos o Brasil, de imediato, podemos segregar a região Norte, onde o contexto de instalação de banda larga é diferente de todo o resto do País", explica.

Segundo Neger, os primeiros cabos de fibra ótica só chegaram à cidade de Manaus (a sétima capital mais populosa do Brasil, com 1,8 milhão de habitantes) no final de 2010, até então todas as conexões ocorriam via satélite. "Por essa limitação técnica, a internet lá era mais lenta e mais cara".

Para ele, a situação é diferente no Sul, Sudeste e nas capitais nordestinas, onde o PNBL pode ser considerado obsoleto. "Para quem está em regiões remotas, a velocidade é considerada muito boa, mais do que o suficiente, o que, por outro lado, dificulta a implementação".

Custos
A Telebrás não proverá acesso para o usuário final, vai instalar a infraestrutura com backbones. A primeira empresa escolhida foi a Sadnet, que fornece acesso via rádio. Para que a pessoa possa acessar a internet é necessário que ela adquira um kit composto por antena e modem, cujo preço varia entre R$ 200 e R$ 250, valor considerado alto para as camadas C, D e E, público alvo do PNBL. No entanto, segundo Santana, a Sadnet estuda formas de oferecer parcelamentos para facilitar a compra dos equipamentos.

O presidente da Abranet defende a desoneração dos equipamentos e diz que existem linhas de crédito do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) que podem ser usadas pelos provedores para embutir o preço do equipamento na mensalidade. "O BNDES tem linhas de financiamento com juros de 1% ao mês, com parcelamentos de até 48 meses, para que o provedor possa adquirir o equipamento e dissipar esse calor na mensalidade. Seria uma forma de viabilizar para o assinante a compra do equipamento", explica.

Segundo o gerente de redes da Sadnet, o valor de R$ 35, por acesso de 1 MB, é menor do que o valor médio gasto por jovem nas lanhouses espalhadas pela cidade. "Se um jovem paga R$ 2 por hora de acesso e frequenta a lanhouse por mais de 20 dias em um mês, pode pagar pelo acesso livre de banda larga menos de R$ 35, mas se optar por conexão mais barata, encontra preços de R$ 29,90 por 100 kbps", argumenta.

A Sadnet diz que pretende marcar a implantação do PNBL, que deve começar a funcionar em meados de julho. A inauguração do plano será marcada por um ato organizado pela empresa que vai presentear uma família de baixa renda com um computador e acesso gratuito a internet por pelo menos um ano. Segundo Santana, o ato será um gesto simbólico para marcar o lançamento do plano.

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Fonte: Convergência Digital
[04/07/11]  PNBL exige provedor com licença de SCM - por Luiz Queiroz e Luís Osvaldo Grossmann

O governo deixa claro que não pretende aceitar no Plano Nacional de Banda Larga, provedores de internet que não possuam licenças concedidas pela Anatel para a prestação do Serviço de Comunicação Multimidia (SCM).

Hoje no mercado ainda existem associações de empresas que compraram links no atacado através da Eletronet - que continuou operando a venda de rede apesar da situação de falência decretada pelos sócios. Desde que começou a ser discutido o plano do governo, essas mesmas associações passaram a negociar os links diretamente com as concessionárias de telefonia e depois os repassavam para seus "associados", sendo boa parte empresas de informática que não estavam em situação regular perante a Anatel.

Esse modelo de negócio tende a sumir do mercado por dois fatores. Primeiro, o Ministério das Comunicações avisa que as futuras de vendas de links do PNBL para oferta de Internet à R$ 35; só serão feitas para empresas que participarem do plano. Não haverá intermediários nesse negócio, segundo explicou o secretário-executivo Cezar Alvarez, até porque o governo não quer ninguém alegando que não pode manter o preço estipulado no acordo.

Segundo, porque os pequenos provedores sofrerão forte concorrência com as empresas de telefonia que não apenas podem participar do plano pela rede fixa (através de pacotes de serviços em que a internet não poderá ser superior a R$ 35 para 1Mbps, mas podem se tornar atrativos para alguns), quanto na rede móvel 3G. Nesta segunda hipótese o preço de R$ 35 das empresas de telefonia faz a diferença na competição com os pequenos, porque o modem poderá ser subsidiado. Os pequenos normalmente são obrigados a cobrar do cliente pelo aluguel do modem para conexão WiFi.

Independentemente da concorrência que se estabeleça no mercado entre grandes e pequenos, o importante foi que as empresas, cuja principal atividade era prestar serviços de informática, não vão poder continuar a burlar o regulamento de Serviço de Comunicação Multimídia, operando no mercado sem a devida licença concedida pela agência reguladora.

Há estudos dentro da Anatel para o barateamento dessas licenças, porém a pressão das empresas de telefonia tenderá a evitar que o valor caia, para impedir eventual competição dos provedores em determinadas áreas. Ainda mais se essas pequenas empresas conseguirem links por menos de R$ 200 junto à Telebrás.


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